quarta-feira, 29 de julho de 2020

COVID-19: PM husu ajuda ba parlamentu hodi aprova lei sira ba kontrola moras nian

Iha loron-tersa ne'e, primeiru-ministru husu ona "ajuda" ba Parlamentu Nasional atu aprova mudansa sira ba lei imigrasaun ho azilu ho ba lei sistema saúde nian, hodi bele kontinua aplika medida sira kontrolu nian ho prevensaun COVID-19 nian.

"Ami presiza ajuda hosi Parlamentu Nasional ba esforsu hafoin estadu emerjénsia, hodi kontinua kontrola situasaun", Taur Matan Ruak hatete bainhira halo intervensaun iha Asembleia Nasional.

"Ami husu ba parlamentu atu ajuda ami hodi muda lei hosi sistema saúde ho imigrasaun ho azilu hodi ajuda Governu hamenus risku sira", nia nota.

Taur Matan Ruak hatete katak bainhira la akontese, "alternativa maka estadu emerjénsia" foun iha nasaun.

"Bainhira hakarak estadu emerjénsia, Governu disponível, maibé atu enkuadra medida sira kontrolu nian iha lei sira, ami presiza ajuda hosi parlamentu", nia subliña.

Primeiru-ministru ko'alia iha Parlamentu Nasional durante debate naruk ida hosi relatóriu análize ba aplikasaun durante fulan tolu estadu emerjénsia nian iha nasaun tanba COVID-19.

Ho títulu "Estratéjia boot hodi kombate hasoru SARS-CoV-2 iha Timor-Leste”, dokumentu prepara hosi Estadu-Maior Kordenador hosi Sala Situasaun hosi Sentru Integradu ba Jestaun Krizi nian (CIGC), ne'ebé laiha ona funsaun hafoin final hosi estadu emerjénsai, iha loron 26 Juñu.

"Iha esforsu sira hodi proteje sidadaun sira nia moris, ami tenki garanti kontrolu hosi fronteira sira hodi evita importasaun hosi kazu sira ho evita kontájiu komunitáriu iha nasaun. Ne'e hanesan esforsu ida ne'ebé ita tenki halo nafatin", nia hatete.

"Maibé ami tenki jere efeitu sira hosi COVID-19 iha nível sosioekonómiku sira, iha atividade ekonómiku sira ho empregu ne'ebé proteje", nia subliña.

Taur Matan Ruak hatete katak Governu tenta ekilibra nesesidade hodi mantén kontrolu hosi fronteira sira ho entrada sira - liuliu kona-ba kuarentena obrigatóriu ba sé maka tama iha nasaun - ho esforsu sira hodi buka rekupera ekonomia ho hamenus impaktu sosioekonómiku sira hosi pandemia.

Iha semana liubá, Tribunal Rekursu konsidera la konstitusional dekretu-lei ida hosi Governu ne'ebé hakarak implementa medida kontrolu oioin, inklui kuarentena obrigatóriu ho impaktu sira iha direitu sira sidadaun nian.

Ho final hosi estadu emerjénsia iha Timor-Leste, iha fulan resin liubá, Governu laiha enkuadramentu legal hodi bele aplika limitasaun sira ne'ebé antes hala'o, liuliu kona-ba kuarentena obrigatória.

Maski nune'e, sé maka to'o iha nasaun kontinua kumpri autoizolamentu ka kuarentena iha infraestrutura governamental sira.

Governu aprova ona mudansa sira ba Lei Imigrasaun ho Lei Saúde nian ne'ebé bele permiti limitasaun sira ne'e, maibé diploma sira tenki liu hosi Parlamentu, ne'ebé hakotu períudu hosi servisu lejislativu iha loron-sesta ne'e. Servisu sira hahú fali iha Setembru maibé bele, iha kazu urjénsia, analiza iha intervalu.

Seidauk aprova mós diploma konjuntu seluk ida hosi Ministériu Interior, Negósiu Estranjeiru, Saúde ho Transporte ho Telekomunikasaun sira hodi defini regra sira ne'ebé sei aplika hafoin hakotu estadu emerjénsia.

Fonte hosi Governu hatete ona ba Lusa katak esbosu hosi diploma ne'ebé konkorda hosi Ministériu haat haruka ona ba Prezidénsia hosi Konsellu Ministru "iha semana rua liubá" maibé seidauk debate iha Konsellu Ministru.

Taur Matan Ruak hatete katak hanesan "jestaun susar" ida ne'ebé, durante estadu emerjénsia, "no maski hosi esforsu ho susar sira" bele ona maibé agora tama "iha faze foun ida".

Iha nível ekonómiku sira, nia rekorda, Governu avansa ona ho pakote dahuluk hosi medida sira hosi "estabilizasaun hodi hamenus impaktu COVID-19" nian, kria ona ekipa rekuperasaun ekonómiku ida "hodi prepara planu rekuperasaun ne'ebé, bainhira buat hotu la'o di'ak, sei hala'o iha 2020 no 2021 hodi ajuda rekuperasaun ekonómiku ho kresimentu".

Xefe Governu hatete katak enkontru sira ho parseiru sira dezenvolvimentu nian, organizasaun internasional sira ho embaixada sira, hatudu katak iha vontade hodi "rekupera atividade sira ne'ebé paradu tanba COVID-19".

Maibé tanba ne'e maka presiza atu Governu fleksibiliza kondisaun sira "hodi permiti atu sidadaun sira hosi organizasaun internasional sira, empreza sira, embaixada sira, ne'ebé sai ona, bele fila ba nasaun".

Kestaun ida ne'ebé inklui "flexibilizasaun hosi kondisaun kuarentena nian", permiti autokonfinamentu, no rezolve kestaun hosi proibisaun ne'ebé mantén nafatin semo komersial sira ho charter sira.

"Medida sira ne'ebé ami hili iha risku ida iha atividade ekonómiku, infraestrutura sira, tanba traballador sira hosi organizasaun internasional sira ho funsionáriu sira ne'ebé sai ona", nia nota.

"La'ós hanesan to'o 100%, hanesan antes COVID-19, maibé sufisiente hodi laiha impaktu iha atividade ekonómiku ho empregu", nia hatete.

Timor-Leste, hahú loron 15 Maiu, laiha kazu ativu sira hosi COVID-19.

Sapo TL | Lusa

PAM alerta para riscos da pandemia nas condições alimentares em Timor-Leste


Díli, 29 jul 2020 (Lusa) - O responsável do Programa Alimentar Mundial em Timor-Leste alertou hoje para os riscos de a pandemia da covid-19 agravar as condições alimentares e de nutrição de uma parte da população timorense, já vulnerável.

"Timor-Leste não produz alimentos suficientes para alimentar a população. Setenta por cento do arroz consumido é importado, mas com a covid-19, muitos dos países fornecedores suspenderam as exportações", disse Dangeng Liu.

"Ainda assim a covid-19 pode servir como alerta para a necessidade de uma política agrícola adequada, para evitar que crises como estas se transformem em crises alimentares", frisou.

Dageng Liu falava num encontro com jornalistas em Díli para dar conta dos vários programas que o PAM tem vindo a desenvolver em Timor-Leste desde que começou a operar no país, em 1999.

A ação do Programa está centrada, nos últimos anos, no apoio à ação do Governo para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, particularmente a erradicação da fome e da malnutrição.

Liu frisou que a questão da nutrição é especialmente importante, nomeadamente entre as crianças, com Timor-Leste a continua a registar os níveis mais elevados de nanismo entre crianças com menos de cinco anos, da região da Ásia e Pacífico.

"A questão tem a ver com a alimentação, mas também com questões como saúde, água e saneamento e mudanças de comportamento", afirmou.

Tanto Dageng Liu como o secretário de Estado da Comunicação Social, Merício Akara, que participou no encontro, apelaram aos jornalistas para ajudarem na defesa a estas estas questões.

Merício Akara disse que o Governo tomou já as decisões políticas no sentido de "minimizar os efeitos económicos da pandemia" e que está agora na fase de execução das medidas, reafirmando o seu empenho em reativar a economia nacional.

Ao mesmo tempo, Akara pediu aos jornalistas que deem algum destaque a "notícias positivas" sobre o país, inclusive nas questões como a ação do PAM e de outras entidades para combater os problemas de nutrição do país.

O PAM iniciou as suas operações em Timor-Leste em outubro de 1999, com um orçamento de 26,4 milhões de dólares para a operação de emergência de apoio aos deslocados internos devido à onda de violência depois do referendo de 30 de agosto desse ano.

A operação inicial previa a distribuição de quase 26 mil toneladas de ajuda alimentar a mais de 400 mil pessoas durante seis meses.

A organização manteve o seu apoio em 2002 e em 2003 canalizou apoio a comunidades afetadas pelas secas e inundações.

Entre 2004 e 2007, a PAM lançou o projeto "Invest in the Future" concentrando-se no Programa de Alimentação Escolar, na saúde maternoinfantil e na preparação e resposta a situações de emergência, tendo apoio deslocados internos.

Nos anos seguintes, e até 2011, o PAM trabalhou em conjunto com o Ministério do Turismo, Comércio e Indústria para apoiar no fortalecimento das condições alimentares locais, direcionada para populações vulneráveis e que viviam com insegurança alimentar.

A organização apoiou o estabelecimento inicial da produção de Timor Vita.

Entre 2012 e 2014, o PAM transferiu a responsabilidade do Programa de Alimentação Escolar ao Governo de Timor-Leste, centrando-se na assistência técnica no desenvolvimento da capacidade alimentar e na gestão da cadeia de abastecimento.

Até 2017 a organização implementou um programa direcionado para suplementos alimentares em seis municípios para apoiar mulheres e crianças e também forneceu suplementos alimentares à população afetada pelo El Niño, produzindo o Relatório de Revisão da Estratégia Nacional para a Fome Zero.

Timor-Leste está sem casos ativos de covid-19 desde 15 de maio.

ASP // SB

Novo presidente do regulador petrolífero timorense nomeado quarta-feira



Díli, 28 jul 2020 (Lusa) -- O Conselho de Ministros timorense nomeia na quarta-feira Florentino Ferreira como novo presidente da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM), disse à Lusa um membro do Governo.

"Florentino Ferreira vai ser nomeado amanhã", disse a mesma fonte.

"É uma nomeação porque o mandato do atual presidente [Gualdino da Silva] já terminou no dia 30 de junho", explicou.

Florentino Ferreira, que é atualmente assessor principal do novo ministro do Petróleo e Minerais, é formado em Geologia e Economia de Recursos, da Universidade de Western Austrália, com um mestrado em Geociência e Engenharia de Reservatórios, da Universidade de Tulsa.

Ferreira chegou a integrar, durante um período, a equipa timorense que negociou com a Austrália o tratado de fronteiras marítimas, processo onde Gualdino da Silva foi um elemento chave da equipa liderada pelo ex-Presidente, Xanana Gusmão e pelo ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira.

A decisão do executivo não renovar o mandato de Gualdino da Silva ocorre no contexto de várias mudanças no setor petrolífero no país, com a tomada de posse de um novo ministro da tutela, Victor Soares e a substituição do presidente da petrolífera nacional, a Timor Gap.

O novo presidente da petrolífera, António José Loiola de Sousa, anunciou hoje a nova estrutura de gestão da empresa, na sequência da nomeação pelo Governo dos novos membros do Conselho de Administração.

O ministro do Petróleo e Minerais, Victor Soares, explicou no decreto de nomeação de Loiola de Sousa que com a alteração na liderança da Timor Gap pretende-se uma gestão mais eficiente, eficaz e alinhada com a "nova visão estratégica" do Governo para o setor petrolífero.

"Os objetivos estratégicos do Governo para o setor e o alinhamento das atividades empresariais e orientação estratégica da Timor Gap requerem uma mudança de presidente do Conselho de Administração, por forma a permitir uma melhoria da coordenação com a tutela, garantir uma gestão mais eficiente e eficaz e, consequentemente, garantir uma melhor gestão dos recursos do Estado de Timor-Leste", refere-se no diploma.

No decreto considera-se que as mudanças marcam "uma nova visão estratégica para a implementação do plano do Governo" para o setor petrolífero, "um dos pilares do desenvolvimento económico futuro de Timor-Leste" a ser utilizado "para construir a nação e proporcionar o progresso e bem-estar a todo o povo timorense".

A decisão de exoneração do ex-presidente, Francisco Monteiro, levou Xanana Gusmão, a resignar como representante do Governo para as fronteiras marítimas com a Austrália e para o desenvolvimento do projeto petrolífero do Greater Sunrise, no Mar de Timor.

ASP // PJA 

Ex-PM da Malásia condenado a 12 anos de prisão e multa de 42 ME por corrupção


Banguecoque, 28 jul 2020 (Lusa) -- O ex-primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, foi hoje condenado a 12 anos de prisão e multado em 42 milhões de euros por sete acusações de corrupção apresentadas no primeiro processo do escândalo relacionado com o fundo de investimento 1MDB.

Najib Razak foi condenado a 12 anos por um crime de abuso de poder, 10 anos de prisão por cada um dos três crimes de lavagem de dinheiro e outros 10 anos por cada um dos três crimes de abuso de confiança, mas irá cumprir todas as penas simultaneamente.

O juiz do Supremo Tribunal de Kuala Lumpur considerou o ex-chefe de governo culpado de uma acusação de abuso de poder, três de abuso de confiança e três acusações de lavagem de dinheiro ligadas ao desvio para as suas contas privadas de 42 milhões de ringgit (8,4 milhões de euros) da SRC International, uma subsidiária do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).

Najib Razak, que governou o país entre abril de 2009 e maio de 2018, manteve sempre a afirmação de inocência e garantiu ter sido enganado pelo empresário malaio Jho Low, que foi conselheiro próximo do então primeiro-ministro e que está fugido da Justiça.

De acordo com a defesa de Najib, várias "circunstâncias e eventos" fizeram supor que Jho Low tinha ligações à casa real saudita e levaram o então chefe de governo a acreditar que os fundos colocados nas suas contas eram provenientes de uma doação do próprio rei Abdullah bin Abdelaziz, que morreu em 2015.

O juiz rejeitou o argumento, considerando que o réu "cometeu um erro ao não confirmar a veracidade" da doação, apesar de ter os mecanismos necessários para o fazer, não tendo sequer enviado uma carta de agradecimento.

O juiz também considerou provada a ligação entre o ex-primeiro ministro e Jho Low, tido como estratega do plano de corrupção.

"Perante todas as provas, considero que o réu sabia das três transações, mas ocultou-as deliberadamente", disse o juiz.

O esquema de corrupção do 1MDB surgiu em 2015, quando uma investigação jornalística expôs o desvio de vários milhões de dólares do fundo estatal para as contas privadas de Najib, fundador do fundo e então primeiro-ministro da Malásia.

Najib, que tem pendentes outras 35 acusações de corrupção e mais quatro julgamentos, desviou, em conjunto como os seus conselheiros, o equivalente a 3,2 mil milhões de euros do mecanismo de investimentos do Estado da Malásia para as suas contas privadas, um escândalo que levou à sua queda do poder em 2018.

PMC // ANP