Secretário-geral
da ONU espera que UE se mantenha como "parceiro sólido"
24
de Junho de 2016, 22:43
O
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou hoje a esperança de
que a União Europeia se mantenha como um "parceiro sólido" da ONU,
independentemente da decisão do Reino Unido de abandonar o bloco europeu.
“O
secretário-geral espera que a União Europeia continue a ser um parceiro sólido
das Nações Unidas nas questões humanitárias e do desenvolvimento, assim como da
paz e segurança, incluindo a migração”, afirmou Ban Ki-moon num comunicado,
citado pela agência France Press.
O
diplomata sul-coreano expressou ainda a esperança de que o Reino Unido continue
a assumir a sua liderança em muitas áreas, incluindo a do desenvolvimento.
Em
relação ao período de transição que agora se inicia até à saída formal do Reino
Unido da União Europeia, o secretário-geral das Nações Unidas afirmou confiar
na “história comprovada do pragmatismo da Europa e no seu sentido comum de
responsabilidade no interesse dos cidadãos europeus”.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia
(UE), depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9 por cento dos votos no
referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
O
primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a sua demissão com
efeitos em outubro.
As
principais bolsas europeias abriram hoje em forte queda, com a bolsa de Londres
a descer perto dos 08%, mantendo-se ao fim da manhã com perdas entre os 05% e
os 11%.
Numa
primeira reacção, os presidentes das instituições europeias (Comissão,
Conselho, Parlamento Europeu e da presidência rotativa da UE) defenderam um
‘divórcio’ o mais rapidamente possível, “por muito doloroso que seja o
processo”.
SAPO
TL com Lusa
Austrália
garante que relações com Reino Unido manter-se-ão "fortes e íntimas"
24
de Junho de 2016, 18:09
Sydney,
24 jun (Lusa) -- As relações entre Austrália e Reino Unido irão manter-se
"muito fortes e íntimas", afirmou hoje o chefe do Governo australiano
Malcolm Turnbull, acrescentando acreditar no sucesso das negociações com a
União Europeia para um acordo de comércio livre.
Os
mercados australianos mergulharam também no mar vermelho das bolsas mundiais
provocado pela vitória obtida no referendo britânico pelos defensores da saída
do Reino Unido da União Europeia, com o índice de referência da bolsa australiana,
o S&P/ASX 200, a fechar com perdas de 3,17%.
"Não
tenho dúvidas de que as nossas relações muito fortes e íntimas com o Reino
Unido continuarão completamente imperturbadas", afirmou o
primeiro-ministro australiano aos jornalistas em Devonport, na Tasmânia, a ilha
australiana no sul do país.
"E
as nossas relações muito fortes com a Europa, com a Europa continental, que
levaram às negociações para um acordo de livre comércio, também vão
continuar", acrescentou Turnbull, até porque, continuou, a Austrália
reforçou nos últimos anos as suas "relações com as principais economias
europeias continentais, em particular, com a Alemanha e com a França".
O
chefe do Governo australiano disse ainda que a decisão dos britânicos saírem da
UE deverá provocar um período de incerteza e de alguma instabilidade nos
mercados internacionais, mas sublinhou que "os australianos não têm razões
para alarme".
"Temos
que reconhecer que a recuperação mundial é, em algumas partes do mundo, muito
frágil. Portanto, esta incerteza contribui para esse ambiente", afirmou.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia,
depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9 por cento dos votos no referendo de
quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
O
primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a intenção de se
demitir em outubro, na sequência deste resultado.
As
principais bolsas europeias abriram hoje em forte queda, com a bolsa de Londres
a descer perto dos 8%.
APL//
APN
Obama
garante parcerias especiais com Reino Unido e União Europeia
25
de Junho de 2016, 01:18
O
Presidente dos EUA, Barack Obama, garantiu na sexta-feira, numa mensagem
divulgada em Bruxelas, que o país manterá as parcerias com o Reino Unido e com
a União Europeia, sublinhando respeitar a opção do eleitorado pelo 'Brexit'.
"O
povo do Reino Unido falou e respeitamos a sua decisão. A relação especial entre
os Estados Unidos e o Reino Unido é duradoura e o como membro da NATO, o Reino
Unido continua a ser fundamental na política externa, de segurança e económica
dos EUA ", disse Obama.
O
líder norte-americano realçou ainda que também a relação com a União Europeia é
vital, tendo contribuído "para promover a estabilidade, estimular o
crescimento económico e acolher a promoção dos valores democráticos no
continente e para além dele".
Obama
tinha apelado ao voto pela permanência na UE durante uma visita de Estado ao
Reino Unido, em abril.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia
(UE), depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9 por cento dos votos no
referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
SAPO
TL com Lusa
China
pede acordo "rápido" entre UE e Londres
24
de Junho de 2016, 17:40
Pequim,
24 jun (Lusa) - A China apelou hoje à União Europeia (UE) para que alcance um
acordo "rapidamente" com o Reino Unido, após a vitória da
"saída" no referendo, e reiterou o seu respeito pela decisão do povo
britânico.
"Esperamos
que as duas partes iniciem conversações e cheguem rapidamente a um
acordo", sobre a forma como se conduzirá a saída britânica, disse hoje a
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying.
Hua
disse, na conferência de imprensa de rotina que mantém com os jornalistas
estrangeiros, que a China "respeita" o resultado do referendo e a
decisão do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que já anunciou a
intensão de se demitir.
A
porta-voz esclareceu, no entanto, que o país asiático manterá os acordos de
cooperação financeira com o Reino Unido.
Um
dos mais importantes diz respeito à escolha da "City" para lançar
emissões de títulos denominados na moeda chinesa, o yuan.
Hua
indicou ainda que a UE e os seus membros vão necessitar de "algum
tempo" para estabelecer os termos da saída.
A
porta-voz acrescentou que Pequim manterá a sua cooperação com o Reino Unido e a
UE, insistindo que "uma Europa forte e estável favorece os interesses da
China".
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia,
depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de
quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
O
primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a intenção de se
demitir em outubro, na sequência deste resultado.
As
principais bolsas europeias abriram hoje em forte queda, com a bolsa de Londres
a descer perto dos 8%.
JOYP
// VM
Macau
cria "plataforma de resposta" apesar de prever impacto limitado
24
de Junho de 2016, 21:04
Macau,
China, 24 jun (Lusa) -- O Governo de Macau afirmou hoje que a saída do Reino
Unido da União Europeia terá um impacto "relativamente limitado" no
território, mas criou "uma plataforma de resposta" às consequências
que podem advir no plano económico e financeiro.
Apesar
das "implicações" do resultado do referendo nas tendências económicas
internacionais e nos mercados financeiros "serem muito profundas",
prevê-se que o impacto em Macau "deva ser relativamente limitado",
refere um comunicado do gabinete do secretário para a Economia e Finanças,
Lionel Leong.
Por
um lado, a percentagem dos ativos denominados em libras esterlinas, detidas
pela reserva cambial de Macau, é muito reduzida e, por outro, o volume de
comércio com o Reino Unido também é pequeno e Macau não dispõe de mercado de
capitais de ações.
Em
paralelo, o executivo macaense reitera que dispõe de "capacidade
suficiente para fazer face às flutuações eventuais do mercado financeiro".
Hoje,
o secretário da tutela desloca-se à Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para
um reunião de trabalho, organismo que "já definiu uma plataforma de
resposta às consequências" que possam advir do resultado do referendo e
desencadeou os respetivos "mecanismos de supervisão e de resposta ao
incidente".
No
comunicado, a tutela explica ainda que os fundos da reserva cambial são denominados
principalmente em ativos em dólares norte-americanos e em dólares de Hong Kong,
com os em libras a representarem apenas 0,35%.
Em
paralelo, a reserva financeira de Macau não dispõe de ativos em libras
esterlinas.
Já
no sistema bancário local, no capítulo dos ativos estrangeiros, a proporção de
crédito sobre a Grã-Bretanha cifra-se em apenas 2,1%, correspondendo a cerca de
17,8 mil milhões de patacas (2 mil milhões de euros).
"Apesar
de se constatar um aumento dos investimentos realizados pelos residentes de
Macau, nos títulos emitidos pelas entidades britânicas, que ascenderam, no ano
passado, a 11,7 mil milhões de patacas (1,3 mil milhões de euros), o peso de
tais investimentos representou menos de 3% em títulos emitidos no
exterior", detalha.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair da União Europeia,
depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de
quinta-feira.
DM
// ARA
Coreia
do Sul fala em "grande golpe" na defesa da integração económica
global
25
de Junho de 2016, 14:48
Pequim,
25 jun (Lusa) - O ministro das Finanças da Coreia do Sul, Yoo Il-ho, afirmou
hoje que a saída do Reino Unido da União Europeia ('brexit') é um "grande
golpe" para quem acredita nas vantagens da integração da economia global.
"Apesar
de respeitarmos a voz dos eleitores do Reino Unido, é um grande golpe para
todos os acreditamos que uma economia mundial mais integrada é benéfica",
disse Yoo, num discurso durante a abertura da primeira reunião anual do Banco
Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), que hoje decorre em Pequim.
O
ministro da Coreia da Sul, a terceira economia da Ásia, sublinhou que a vitória
do 'brexit' no referendo britânico de quinta-feira deixou o mundo
"atónito" e provocou uma reação "brusca" nos mercados
internacionais, gerando mais "incerteza e volatilidade" na economia
mundial.
"Acredito,
no entanto, que deveríamos usar esta oportunidade para mostrar que podemos
cooperar para superar desafios e conseguir uma prosperidade partilhada",
afirmou.
Neste
contexto, considerou que o BAII deve ser olhado como um exemplo, já que nasceu
com a "aspiração partilhada de apoiar o desenvolvimento económico da
Ásia", e fez votos de que "possa ajudar nesta nova situação".
O
Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas BAII é a primeira instituição
financeira internacional proposta pela China e conta com 57 países fundadores,
entre os quais Portugal.
No
início do mês, o presidente do banco, Jin Liquin, anunciou que o BAII vai
alargar o número de países membros de 57 para cerca de 100.
Caso
se concretize, o BAII ultrapassará o Banco Asiático de Desenvolvimento, criado
pelo Japão em 1966, e que conta com 67 membros, 19 dos quais exteriores à
região da Ásia-Pacífico.
Com
uma participação de cerca de 13 milhões de dólares, Portugal é um dos 57 países
fundadores do BAII, que no conjunto integra 14 países da União Europeia.
O
Brasil é o nono maior acionista, com uma quota de 3.181 milhões de dólares e o
único membro em todo continente americano.
Proposto
pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, é visto como uma reação do Governo
chinês ao que considera o domínio norte-americano e europeu em instituições
globais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Entre
as grandes economias do planeta, apenas Estados Unidos da América e Japão não
fazem parte do BAII.
Com
sede em Pequim, o BAII tem um capital inicial de 100.000 milhões de dólares
(30,34% pertence à China) e é assumido como o principal instrumento de
financiamento da iniciativa chinesa "Uma Faixa e Uma Rota", um
gigante plano de infraestruturas, que pretende reativar a antiga Rota da Seda
entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
MP
(JOYP) // MP