sábado, 9 de maio de 2015

Índia: “Não é bem verdade” que “ninguém” fale português em Goa


O leitor do Instituto Camões em Goa sustenta que “não é bem verdade” que “ninguém” fale português no território que se tornou independente de Portugal há 50 anos.

“[Os turistas portugueses] vêm a Goa e ficam um pouco escandalizados, ‘ah, ninguém fala português’. É preciso compreender que… depois de 1961, quando é que nós voltámos à Índia? Voltámos já no final da década de 1980 e, portanto, perdemos uma ou duas gerações”, realça Delfim Correia da Silva, também responsável pelo Centro de Língua Portuguesa em Goa.

“O que é louvável é que o Português se manteve, apesar de tudo, apesar das grandes dificuldades, porque foi gradualmente sendo substituído pelo inglês, na administração, a todos os níveis, no ensino… Apesar de tudo, o português continua a ser ensinado nas escolas”, contrapõe.

Antes de 1961, as pessoas “eram forçadas a aprender português e essas (…) agora têm 60 ou 70 anos”, mas o português continua a ser leccionado no ensino oficial e “há imensa gente, sobretudo jovens” a aprendê-lo, insiste Delfim Correia da Silva.

Segundo dados fornecidos pelo leitor do Camões, o português é aprendido, no ensino oficial ou particular em Goa, por “cerca de 1.300 alunos”.

Nas escolas oficiais, como língua opcional, é frequentado por “cerca de 700 alunos”.

As universidades também oferecem o Português nos seus currículos e, no total, “entre 50 a 60 alunos têm o português como disciplina no seu plano de estudos”.

A Universidade de Goa tem desde 1988 um mestrado em Estudos Portugueses, “grau de ensino fundamental para exercer funções docentes em Goa e no resto do sub continente indiano”, explica Delfim Correia da Silva, adiantando que anualmente registam-se “10 a 12 alunos”.

O Português é ensinado por um corpo docente local – ao qual o Instituto Camões dá formação pedagógica, enquanto a Fundação Oriente apoia em termos financeiros –, o que é uma “mais-valia” para Goa no actual contexto de cortes no Ensino de Português no Estrangeiro, considera aquele que é “o único professor de Portugal” no território.

Além disso, “entre 30 a 40” alunos frequentam “cursos opcionais e livres de Língua Portuguesa” e “cerca de 500 alunos” estão inscritos em diversas instituições particulares, que “oferecem cursos de Português em regime pós-laboral”, entre elas o Centro de Língua Portuguesa em Panjim, refere.

A comunidade portuguesa em Goa divide-se entre os que têm funções oficiais, os que optaram por viver em Goa por questões pessoais ou de negócios – “uma comunidade bastante reduzida” – e aqueles que têm uma ligação afectiva com o território, no qual passam parte do ano (muitos dos quais têm nacionalidade portuguesa).

O património de origem portuguesa em Goa, sobretudo arquitectónico, “impressiona” quem visita o território, considera Delfim Correia da Silva, sublinhando que têm sido feitos trabalhos de recuperação. 

“Infelizmente, os portugueses estão pouco envolvidos no turismo”, embora – assinala - haja “bons sinais de progresso”, nomeadamente com a entrada na Índia, sobretudo nos últimos dois anos, de marcas portuguesas. “Começa a haver sinais de maior interesse de empresas portuguesas”, destacou.

(ES) Hard Musica

SOMENTE UMA EM CADA 100 PESSOAS ACEDE À INTERNET EM TIMOR-LESTE


Portal GlobalStat apresentado em Itália com "orgulho" de Passos Coelho

Florença, Itália, 08 mai (Lusa) - O portal estatístico GlobalStat, uma parceria entre uma instituição portuguesa e outra italiana, foi hoje formalmente apresentado em Florença, Itália, na presença do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, que disse sentir-se orgulhoso.

"Sinto-me orgulhoso com este lançamento com uma fundação portuguesa", disse Passos Coelho numa curta intervenção, referindo-se à Fundação Francisco Manuel dos Santos, que em conjunto com o Instituto Universitário Europeu criou o portal GlobalStat.

Com o objetivo de, de forma fácil e gratuita, providenciar informações estatísticas a nível mundial referentes ao último meio século, o portal junta dados de mais de 80 fontes internacionais e sobre 193 países, agrupados em 12 temas e três áreas transversais.

"Sou um grande apoiante deste tipo de iniciativas", que permitem ter mais informação sobre "nós mesmos" e também de outros países, disse o primeiro-ministro, salientando a importância de uma sociedade informada e renovando o orgulho de Portugal estar associado a uma plataforma como a GlobalStat.

A plataforma tem estado em destaque nas jornadas sobre a União Europeia que estão a decorrer em Florença e que hoje serão encerradas pelo primeiro-ministro português.

Na cerimónia de apresentação Nuno Garoupa, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, considerou a "plataforma amiga do utilizador sobre a globalização" e "um instrumento fundamental para compreender" o mundo de hoje.

"A GlobalStat irá ajudar académicos, intelectuais, jornalistas, opinion makers/formadores de opinião e o público em geral na sua ânsia por saber mais sobre as tendências das diferentes variáveis económicas, socias, ambientais e políticas", acrescentou.

Nuno Garoupa citou outro portal estatístico da Fundação, Pordata, para dizer que também a GlobalStat não produz dados novos, oferecendo antes "uma ferramenta informática que, embora sofisticada, é facilmente acessível a toda a gente, a custo zero para o utilizador".

Também pela Fundação, José Soares dos Santos salientou que não se pode entender o futuro da sociedade sem o reconhecimento de que se vive num mundo global, apelidando o novo portal de "um passo importante" para levar a Fundação "para as arenas internacionais e globais", ao mesmo tempo que ajuda a "expandir um conhecimento profundo sobre a posição de Portugal no mundo global de hoje", disse, citando o fundador da instituição, Alexandre Soares dos Santos.

Através do portal e em poucos segundos pode ficar a saber-se, por exemplo, que Portugal representa 0,15 por cento da população mundial, que a China tem mais de 130 vezes a população portuguesa, que por sua vez é 1.060 vezes mais numerosa do que Tuvalu e Nauru, os Estados com menos pessoas do mundo.

Ou saber-se que seis em cada 10 portugueses estão ligados à internet, mas que na Islândia quase toda a população está "online", e que em Timor-Leste, pelo contrário, apenas uma cada cem pessoas acede à "rede".

Ou ainda que as emissões de dióxido de carbono por habitante estão em Portugal abaixo da média europeia ainda que sejam hoje cinco vezes superiores às registadas há 50 anos. Ou até que em 2013 mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais, algo como nove vezes a população portuguesa.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus participaram na cerimónia, apresentada por Gaby Umbach, diretora do portal.

FP // CC - Lusa

D. Ximenes Belo e D. Jorge Ortiga debatem “Valores numa Sociedade Moderna” - Famalicão


D. Ximenes Belo, prémio nobel da paz em 1996 e bispo de Timor, vai estar em Vila Nova de Famalicão, no próximo dia 15 de maio, Dia da Família, a participar numa conferência intitulada “Valores numa Sociedade Moderna”. Para além do bispo timorense, a iniciativa conta também com as presenças do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga e do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha.

A conferência está marcada para as 18h30, no auditório da CESPU e insere-se na programação do Mês da Família, promovida pela autarquia famalicense.

Com entrada gratuita, a iniciativa dirige-se a toda a população, sendo animada com momentos musicais a cargo da Associação Tane Timor.

Ximenes Belo é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste". É Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, por proposta da respetiva Faculdade de Letras (investido em outubro de 2000, juntamente com Xanana Gusmão e José Ramos-Horta). Em 21 de fevereiro de 2010 recebeu o "Prémio Personalidade Lusófona do Ano"1 , concedido pelo MIL - Movimento Internacional Lusófono.

Permanece como um dos símbolos da resistência e grande aliado dos timorenses contra a ocupação indonésia.

Jornal do Ave

Mauk Moruk - Hanita: Vitima Inocente Husi Operasaun KOK Aumenta


Infomasaun Lakredivel husi Instituisaun Kredivel: Vitima Inocente Husi Operasaun KOK Aumenta

Hafoin operasaun HANITA buka tuir Mauk Moruk ho nia membru sira iha grupo ilegal Konsellu Revolusaun Maubere. Ho rezolusaun Konsellu Ministru ne’e indika ba krime organizadu ho objetivu kria instablidade ba nasaun. Operasaun ne’ebé lao tuir ho natureza iha lei siguransa nasional no mos regra empeñamentu hodi la preojudika normalidade bázika no direitu fundamental ema nia.

Maske nune’e operasaun konjunta mos sai toman agresiva polítika setor siguransa Timor-Leste nia. Vitima inocente rejista mos durante iha operasaun HANITA nia atuasaun siraPasa revista 24 oras iha estrada ba movimentu transporte publiku, revista kartaun eleitoral no tesi mane sira ne’ebé fuuk naruk. Inklui pasa revista tama uma sai uma ne’ebé estraga mos sasan balu husi komunidade nia.

Hetok at liu tan pasa revista ba rezidensia ema ne’ebé deskonfia subar Mauk Moruk no kilat ikus la iha rezultadu. Ida ne’e kauza husi informasaun sira la kredivel husi instituisaun sira ne’ebé kredivel. Tanba ohin loron lahatudu lolos paradeiru Mauk Moruk no nia membru balu seidauk kaptura.

Operasaun HANITA ne’ebé estadu aloka ona osan 2 millaun ikus laiha rezultadu. Portantu operasaun extende tan no vitima husi violasaun mos sei aumenta, tanba fulan ida resin KOK lakonsege kaptura Mauk Moruk ho nia membru grupo ilegal balu.

FM alerta kona-bá operasaun HANITA ne’ebé sei extende tan ho aproximasaun foun, ne’ebé delega L-7 no ema seluk ne’ebé deskonfia besik Mauk Moruk atu buka solusaun ba problema. Nune’e FM husu ba komunidade atu koopera ho autoridade siguransa hodi kontribui ba estabilidade nasional. Dialogu maka nu’udar solusaun pasifika atu hametin paz no hakmatek iha Timor-Leste.

Incredible Information from Credible Institution: Innocent Victims of the Joint Operation Command are Increasing

The HANITA operation is currently underway, searching for Mauk Moruk the members of his illegal group, the Revolutionary Maubere Council operating with the intention of creating instability for the country. The operation been conducted based on national security law and is not supposed to violate the fundamental rights of the people.

Despite this, the joint operation has become characterized by the aggression of the security forces.Innocent victims were the collateral damage of HANITA’s operationconducting a checkpoint 24 hours a day in the streets against public transit, checking electoral cards, and cutting the hair of long-haired males, as well as unwarranted searching of houses and in some cases, the destruction of community goods.


The state has so far spent US$2 million for the HANITA operation, yet has nothing to show for it, while the number of victims of the violence is increasing. It has been over a month since the joint operation began but the government has thus far been unable to capture Mauk Moruk and his lieutenants.

FM is concerned with the ongoing HANITA operation, which is asking for L-7 and other people who are closely to Mauk Moruk to find for a peaceful solution soon. FM urges people to cooperate with the security authorities to contribute to national stability. Dialogue is a peaceful solution to strengthen security and stability in Timor-Leste

Fundasaun Mahein

Diplomata timorense considera intercâmbio cultural factor de fortalecimento na CPLP


Luanda - O encarregado de negócios da embaixada da República Democrática de Timor Leste, em Angola, Avelino Pereira, considerou nesta sexta-feira, em Luanda, que o intercâmbio cultural é um elemento imprescindível no fortalecimento das relações entre os membros da CPLP.

Em declarações à Angop a propósito das festividades do Dia  Língua Portuguesa e da Cultura  da  CPLP, que se comemorou no dia 5 de Maio, salientou que  realização de forma regular de acções de índole cultural nos países membros deve servir de elemento catalisador  no intercâmbio e na   consolidação  das relações entre os  Estados. 

Para o diplomata, Angola  é rica em termos de cultura e aliado a sua vasta experiência neste sentido urge a necessidade de promover ainda mais evento culturais no espaço da CPLP, em particular em Timor Leste, por ser um país novo.

“Queremos mais acções entre os dois estados, de forma a promover um conhecimento mais amplo em termos culturais, pois Angola tem sido um membro bastante imprescindível da CPLP e que tem prestado um enorme apoio em muitos aspectos, dado o seu  vasto potencial.

Na ocasião, o diplomata disse que embora existir uma dinâmica cultural deve, no entanto, haver, um incremento nas acções, sem esquecer o aspecto formação, nas várias manifestações culturais, nomeadamente na literatura, dança, artes plásticas, entre outros.

A República Democrática de Timor Leste, conquistou a sua independência nacional em 2002 e  desde  23 de Julho assumiu a presidência rotativa  da  Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ( CPLP ). O território abrange uma área de 14874 km2, onde vivem cerca de 1,1 milhão de habitantes. Têm como moeda o dólar norte-americano, a capital do país é Dili.

Angop

Australia knew about Indonesia's napalm plans in Timor Leste

Philip Dorling

The Australian and United States governments knew Indonesia was prepared to use napalm against the people of Timor Leste but made no protest, according to secret documents unearthed by an Australian researcher.

Associate Professor Clinton Fernandes from the Australian Defence Force Academy has found previously classified Australian diplomatic papers that call into question repeated Indonesian denials that incendiary weapons were used in Timor Leste during Jakarta's 24-year occupation of the former Portuguese colony.
   
The discovery is a breakthrough in Dr Fernandes' long running research to establish the extent of the Australian Government's knowledge of Indonesian war crimes in East Timor.

One of the documents found by Dr Fernandes at the National Archives of Australia is a September 1983 letter from the Australian consul in Bali, Malcolm Mann, to Dennis Richardson, then counsellor in the Australian Embassy in Jakarta, to report a conversation with the United States consul in Surabaya, Jay McNaughton.

The American had told Mr Mann that he had "seen intelligence reports that the Indonesians were fitting napalm tanks to their F5 aircraft for use in Indonesia". 

The Indonesian Air Force had acquired from the United States a dozen Northrop F-5 ground attack aircraft three years earlier. Mr McNaughton explained that "American experts had been asked to help with the fitting of the napalm tanks as the Indonesians were having difficulty in trimming the aircraft". 

Mr Richardson asked the US Embassy in Jakarta to confirm the Indonesians had approached the United States for assistance in fitting napalm tanks and was told that US contractors had been engaged "because the napalm tanks were made in Italy and modifications were needed in order to fit them to F5s". 

In early November 1983 Richardson forwarded a report to the Department of Foreign Affairs in Canberra in which he added that "the United States assumed that, given the recent military build-up in East Timor, the approach had been made in connection with East Timor". 

Following international outcries generated by the use of napalm in the Vietnam War, use of the incendiary weapon against civilians was effectively banned by a 1980 United Nations convention that prohibits conventional weapons which are "excessively injurious" or have "indiscriminate effects".

However Indonesia did not and has not signed the convention.

The Department of Foreign Affairs files examined by Dr Fernandes show the Australian Embassy in Jakarta took no action to protest against Indonesia's use of napalm and there was no reaction in Canberra, where then prime minister Bob Hawke's Labor Government was eager to improve relations with Indonesia and open negotiations with Jakarta on the oil and gas resources of the Timor Sea.

In 2006, following the publication of allegations of Indonesian napalm use against Timorese civilians in the report of Timor's United Nations-sponsored Truth and Reconciliation Commission, then Indonesian defence minister Juwono Sudarsono declared that such attacks "never happened".

"How could we have used napalm against the East Timorese? Back then we didn't even have the capacity to import, let alone make napalm," Mr Sudarsono. 

One witness quoted by the Truth and Reconciliation Commission, Lucas da Costa Xavier, recalled:  "The trees and grass would burn when the bombs hit them … Many civilians died from drinking the water contaminated with shrapnel from bombs dropped from the planes, and many died of burns – it was the dry season, so the grass burned easily." 

Dr Fernandes said the Foreign Affairs department documents were significant "because they are the first hard evidence of napalm from the official records, and not just the testimony of survivors."

"The documents show that the East Timorese and the small group of international activists who supported them were telling the truth," Dr Fernandes said.
  
"The Labor government that came to office in 1983 knew that the Indonesian military were committing crimes against humanity, including burning people alive with napalm, but they said and did nothing."

Dr Fernandes has been engaged in a protracted legal battle in the Administrative Appeals Tribunal and the Federal Court to secure the declassification of Australian intelligence and diplomatic records relating to Indonesia's occupation of East Timor.
  
The Australian government claims declassification of the papers would reveal still sensitive intelligence and damage Australia's relations with Indonesia.  Much of the government's evidence has been suppressed following the issue of a "public interest certificate" by Attorney-General George Brandis. 

"The current government should declassify all relevant records so that the full truth can come out," Dr Fernandes said. 

The Age

Tribunal de recurso timorense indefere recursos de ex-ministra das Finanças


Díli, 08 mai (Lusa) -- Os juízes do Coletivo do Tribunal de Recurso timorense indeferiram os recursos apresentados à mais alta instância judicial pela ex-ministra das Finanças, Emília Pires, abrindo assim caminho para que possa ser julgada no Tribunal de Díli.

A decisão do Tribunal, a que a agência Lusa teve acesso hoje, foi comunicada no passado dia 21 de abril, com uma sentença com 18 páginas -- das quais três são dedicadas às deliberações em si -- que está assinada pelos três juízes do Tribunal de Recurso, Guilhermino da Silva, Maria Natércia Gusmão Pereira e Deolindo dos Santos.

Contactada pela agência Lusa, Emília Pires confirmou ter sido notificada da decisão do Tribunal de Recurso, escusando-se a fazer para já outros comentários.

Emília Pires é acusada da prática de crimes de participação económica em negócio e administração danosa, por factos que alegadamente ocorreram quando ainda era ministra.

Pires e a ex-vice-ministra da Saúde, Madalena Hanjam, são arguidas por alegadas irregularidades na compra de centenas de camas hospitalares em contratos adjudicados à empresa do marido da ex-ministra das Finanças, com um suposto conluio entre os três para o negócio, no valor de 800 mil dólares.

O julgamento tinha sido adiado no passado dia 23 de março depois da apresentação pela defesa de Emília Pires de vários recursos por alegadas irregularidades.

Em causa estão vários recursos, um dos quais a pedir a nulidade da acusação "por falta de indicação das disposições substantivas, falta de narração dos factos que constituem o crime e falta de especificação do elemento volitivo ou dolo".

Na sua sentença o Tribunal de Recurso considera que a acusação "contém todos os elementos legalmente previstos" e que "os factos narrados demonstram a participação das arguidas nos crimes imputados em coautoria".

Os juízes consideram igualmente improcedente o recurso da "falta de verificação dos pressupostos de aplicação da medida de coação", nomeadamente a proibição de a arguida se ausentar para o estrangeiro.

"Tendo a arguida a sua família constituída e residente na Austrália, há possibilidade de ir visitar e reunir-se com a família e poder desviar-se à realização da justiça", escrevem os juízes.

"Assim, andou bem o Tribunal a quo, ao prevenir essa situação, decidindo aplicar à arguida essa medida de coação", sublinha.

Sobre os recursos das restantes irregularidades, nomeadamente a falta de interrogatório antes da dedução da acusação e a suspeição do comissário adjunto da Comissão Anti Corrupção (CAC), José Neves, o Tribunal de Recurso também os considera improcedentes.

"O interrogatório à arguida não se realizou por a mesma optar pelo silêncio e não constitui nenhuma irregularidade", escrevem os juízes.

"Nada consta dos autos de que o comissário adjunto (...) teve intervenção no inquérito da arguida. Sendo assim, não existe irregularidade nesta parte", afirmou.

Além de concluir "pela total improcedência" dos recursos, os juízes condenam Emília Pires ao pagamento de 100 dólares americanos por custas.

Em entrevista à Lusa em março, Emília Pires afirmou que os tribunais a querem usar como "vingança" contra o Governo e que até já a informaram, mesmo antes do julgamento começar, que vai ser condenada a 10 anos de prisão.

"Já recebi 'e-mails' de pessoas que parecem ter informações de dentro dizendo que iriam fazer isto. Tenho um 'e-mail' a dizer que iriam usar-me e condenar-me a 10 anos. Até sabem o período", disse Emília Pires, em entrevista à agência Lusa.

"Querem usar-me como uma vingança do que o Governo fez, pelas decisões que tomou e especialmente as resoluções do ano passado", explica.

Emília Pires refere-se às polémicas resoluções aprovadas pelo Governo e parlamento timorenses, em outubro do ano passado, que levaram à expulsão de Timor-Leste de vários magistrados internacionais.

Na sua entrevista acusou o Ministério Público de cometer várias irregularidades e ilegalidades, afirmando que não quer "acusar ninguém" mas simplesmente "explicações" sobre essas irregularidades.

ASP // FV.

PM Maka Halo Avaliasaun Ba Ministru Sira Nia Servisu


DILI - Atu halo avaliasaun ba prestasaun servisu VI Governu, Primeiru Ministru Rui Maria de Araujo maka presiza avalia, tamba Ministru sira hanesan asistente Primeiru Ministru.

Membru Parlamentu Nasional husi bankada PD, deputadu Virgilio Hornai afirma, atu avalia Ministru no Sekertariu Estadu sira nia kinerja servisu, indikador tenki klaru, agora momentu VI Governu fo prazu ba loron 100 la hanesan prazu avalia kinerja ka performance servisu kada Ministeiru.

Primeiru Ministru tenki iha ninia notas rasik, nia catatan rasik konaba oinsa maka nia bele avalia servisu Ministeiru ida nian,Ministru no Sekertariu Estadu nian,hau hanoin Pontus Pontus inportante neb eke sai hanesan indakdor de suksesu tenki sira nee atu fo sasukat ida katak ninia target servisu sira nee to iha nebe numinimu tenki iha persentagen ida konaba ninia pencapaian nee tenki iha persentagen ida para atu nunee it abele hare katak indikador nee iha klaran I kriteiru sira nebe mak ke ita uja nee klaru,” dehan deputadu Virgilio ba jornalista sira iha PN, Dili, Sesta (08/05/2015).

Iha fatin hanesan membru PN husi bankada CNRT, deputadu Antonio Cerpa hatete VI Governu Konstitusional ninia servisu, tuir duni hanesan planu estratejiku V Governu nia. VI Governu Kontitusional halo servisu nebe diak, tenki reforma buat hotu I los duni liu-liu konaba merenda sira nee Primeiru Ministru hasai ona. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado, (9/5/2015). Carme Ximenes

Suara Timor Lorosae

Kazu Mauk Moruk Involve Politiku Depende Investigatisaun


DILI - Kazu Mauk Moruk nebe deskofia involve Politiku balun iha laran, tamba nee too Agora seidauk kaptura Prezidente Konseilu revolusionariu Maubere Paulino Gama Alias Mauk, depende Rejultadu Investigasaun nebe halao.

Tuir Prokurador Jeral Republik Jose Ximenes katak involvimentu ema seluk iha kazu Mauk Moruk hein Investigasaun hodi indetifika ema nebe involve depende ba Investigasaun, maibe se iha Prosesu Investigasaun tenki segradu justisa.

Atu Involve ema seluk iha laran ita hein Rejultadu Investigasaun maibe se iha Prosesu Investigasaun  maibe sei iha prosesu Investigasaun haul abele fo sai tamba segradu Justisa,” dehan Jose ba Jornalista Kinta (07/05/2015)  hafoin hasoru malu ho Prezidente Republika Taur Matan Ruak iha Palasiu Prezidensial Nicolao Lobato.

Iha fatin ketak Diretur Asosiasaun Hak Manuel Moteniro Katak kazu Mauk Moruk Kazu politika depois kriminaliza politika nee mak sidadaun hotu labele hetan, tuir lolos kazu nee rezolve tuir politika. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado, (9/5/2015). Timotio Gusmao

Suara Timor Lorosae