domingo, 27 de março de 2016

ONG denunsia detensaun iha Xina tanba karta ne’ebé husu ba Prezidente atu detime


Amnistia Internasionál denunsia no kondena iha loron-sesta ne’e alegada detensaun ema dezena iha Xina mak iha relasaun ho karta ne’ebé husu ba Prezidente xinés, Xi Jinping atu detime.

Denúnsia hosi organizasaun defeza direitu umanu nian tuir ida seluk ne’ebé eskritór xinés disidente Wen Yunchao, ne’ebé agora hela iha Nova Iorque, EUA halo, no hatete katak nia inan-aman ho maun lakon.

Eskritór ne’e hatete katak autoridade xineza sira kaer ema na’in 11 tanba karta ne’ebé husu Xi Jinping atu demite, mak publika iha portá sira iha Internet no "membru leál sira ba Partidu Komunista" mak asina.

Fonte sira ne’ebé BBC sita garante katak ema na’in 20 detidu ona tanba testu ne’e.

Tuir Wen Yunchao, autoridade sira “naok” nia inan-aman no maun, ne’ebé hela iha Xina, iha loron 22 marsu tanba karta ne’e, nune’e mós ho ema na’in ualu seluk.
Eskritór ne’e revela katak nia aman fó hatene ona ba nia katak nia hanesan suspeitu tanba distribui karta ne’e.

Entre sira ne’ebé lakon iha mós membru na’in haat hosi ekipa portál ofisiál Wujie News, ne’ebé publika karta ne’e, entretantu apaga tiha, haktuir fonte ne’ebé ajénsia AFP sita.

Iha semana otuk, fó sai mós katak jornalista Jia Jia, hela iha Hong Kong, lakon iha aeroportu Pekin banhira atu sai hodi fila ba uma, no grupu defeza direitu umanu nian, familiar no amigu relasiona nia lakon ho karta ne’e, tanba repórter manifesta interese iha dokumentu referidu.

Jia Jia hetan libertasaun iha loron-sesta kalan, haktuir advogadu ida ba AFP, sein esplikasaun klaru.

"Persegisaun ba familiár disidente sira-nian nu’udar tátika kruel no ilegál", konsidera William Nee, hosi Amnistia Internasionál, relasiona ho kazu ne’e, no konsidera ne’e "paródia" garantia Xina nian ne’ebé respeita lei.

Karta refere publika iha portál ofisiál Governu xinés Wujie News iha loron 4 marsu, iha véspera inísiu sesaun anuál Asembleia Nasionál Populár xineza (órgaun lejislativu) no, entretantu, apaga tiha.

Testu ne’e hahú ho rekoñesimentu ba buat di’ak balun tanba kampaña antikorrupsaun ne’ebé Xi Jinping lansa, maibé tuir fali hatete katak, tanba sentralizasaun podér hosi atuál prezidente - líder xinés ne’ebé forte liu iha dékada hirak ikus ne’e -, mosu "problema ne’ebé molok ne’e la akontese ".

Tuir polítika , Xi "hamonu podér órgaun Estadu hotu nian", inkluzive autoridade primeiru-ministru nian, Li Keqiang, lee iha surat ne’e.

Iha planu ekonómiku, sita krize iha merkadu kapitál xinés no kapasidade produsaun maka’as liu iha indústria hanesan sinál frakasu no krítika, ih nível ideolójiku no kulturál, Xi nia apelu foin lalais ba lealdade meiu komunikasaun ofisiál sira-nian ba Partidu Komunista Xinés (PCC).

"Nune’e, kamarada Xi Jinping, ami sente la iha kualidade hodi lidera Partidu no nasaun ba future no merese kaer kargu sekretáriu-jerál" PCC nian, konklui karta refere.

SAPO TL ho Lusa

Livrarias com livros e revistas proibidos na China saem do aeroporto de Hong Kong


Hong Kong, China, 27 mar (Lusa) - O número de livrarias no aeroporto de Hong Kong vai passar de 16 para dez em abril, estando previsto o encerramento de algumas lojas populares entre chineses por venderem livros e revistas proibidos na China continental.

A notícia está hoje no jornal South China Morning Post, de Hong Kong, que confirmou a redução do número de livrarias com as autoridades do aeroporto.

A administração do aeroporto justificou que há "mudanças nos hábitos" dos viajantes, referindo a influência da tecnologia, e rejeitou motivações políticas na decisão.

Segundo o South China Morning Post, duas das maiores livrarias do terminal de partidas do aeroporto, populares entre viajantes chineses, vão fechar e no seu lugar vão abrir lojas de roupa.

Uma delas pertencia à cadeia de Singapura Page One, que vai fechar todas as seis livrarias que tem no aeroporto de Hong Kong.

A outra grande loja era da cadeia francesa Relay, que tem dez livrarias no aeroporto, mas passará a ter apenas cinco em abril.

As restantes cinco livrarias passarão a ser de uma cadeia da China continental, Chung Hwa, "com forte 'background' da China continental", segundo explicou ao jornal Lisa Leung Yuk-ming, professora do departamento de estudos culturais de uma universidade de Hong Kong.

As licenças da Relay e da Page One para o aeroporto de Hong Kong terminam em abril.

Um porta-voz da Page One disse ao South China Morning Post que os novos espaços propostos pelo aeroporto não eram "adequados".

O jornal sublinha a coincidência destas mudanças no aeroporto de Hong Kong com a polémica em torno de cinco livreiros ligados a uma editora da cidade, conhecida por publicar livros críticos do regime de Pequim, que estiveram desparecidos durante meses.

Os homens desapareceram quando estavam em Hong Kong, Tailândia e na China continental.

Todos reapareceram depois sob tutela das autoridades chinesas, na China continental, não havendo registo, no caso dos dois que estavam em Hong Kong e na Tailândia, de quando e onde cruzaram a fronteira.

Todos surgiram também na televisão chinesa a confessar crimes ou terem ido à China voluntariamente para colaborar com investigações policiais.

Organizações de defesa dos direitos humanos, familiares e amigos consideram que as confissões foram feitas sob coação.

Alguns dos livreiros foram libertados, regressaram a Hong Kong para pedir às autoridades locais que deixem de investigar os respetivos desaparecimentos e regressaram quase de imediato ao interior da China.

MP // APN

Loja das Conservas abre em Macau atenta ao curioso e exigente turista da Ásia


Macau, China, 26 mar (Lusa) -- A Loja das Conservas abriu hoje em Macau, embarcando numa primeira experiência além-mar, com a indústria a apontar a mira ao curioso e exigente turista da Ásia e a preparar terreno para o imenso mercado da China.

"Os asiáticos procuram cada vez mais produtos diferentes dos que estão habituados a ver nos seus próprios mercados. São bastante curiosos e cada vez mais exigentes na qualidade e nós vimos aí uma oportunidade de apresentar o nosso produto", afirmou Sérgio Real, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), que apadrinha o projeto, que agrupa 19 empresas conserveiras portuguesas.

A inauguração oficial em Macau constitui uma dupla estreia para a Loja das Conservas: trata-se da primeira loja fora de Lisboa e o primeiro espaço fora da Europa (existem atualmente apenas 'corners' em cidades como Paris ou Viena).

A escolha de Macau para a primeira experiência internacional prende-se com "razões históricas", com a indústria conserveira portuguesa a procurar lançar o anzol aproveitando o perfil dos milhões de turistas que anualmente escolhem o território como destino.

"Esperamos que seja do agrado do povo asiático", realçou Sérgio Real, à margem da inauguração oficial da Loja das Conservas, de portas abertas no "coração" da cidade.

O objetivo é "atingir não só o mercado de Macau e de Hong Kong, mas também, claro, entrar no mercado da China".

Embora sem dados concretos sobre as exportações para Macau, um mercado onde peixe português em lata deu à costa há largas décadas, Sérgio Real, cujo avô "provavelmente terá sido das primeiras pessoas a trazer as conservas portuguesas para o mercado asiático no início dos anos 50", tem a perceção de que têm aumentado: "Pela nossa experiência [Sérgio Real é administrador da conserveira A Poveira] e pela dos meus colegas estão a crescer".

A indústria conserveira portuguesa tem atualmente como principais mercados de exportação na Europa países como França e Inglaterra e também Espanha, sobressaindo-se no resto do mundo em destinos como Estados Unidos, África do Sul e o Canadá.

Com mais de 160 anos de história, a indústria conserveira portuguesa, que atualmente emprega diretamente mais de 3.500 pessoas da Póvoa de Varzim a Olhão, "teve sempre os seus momentos de glória e os seus momentos de crise", e apesar de hoje ter menos unidades fabris do que em finais dos anos 30, por exemplo, produz muito mais, encontra-se melhor apetrechada e "em constante expansão", avaliou Sérgio Real.

"Estamos já com projetos para abrir outras lojas noutros mercados", indicou, avançando a intenção de abrir um espaço no mercado americano, talvez ainda este ano, com Nova Iorque a surgir no horizonte.

Embora inicialmente a ideia subjacente à Loja das Conservas em Lisboa assentasse no consumo externo, o presidente da ANICP nota que "o povo português também está a começar a redescobrir as conservas", deixando de a ver como "prato de recurso".

Tanto que "muito em breve" a Loja das Conservas vai abrir portas no Porto, adiantou Sérgio Real.

"O próprio mercado português está a crescer imenso e um dos nossos objetivos é também, de certa forma, substituirmos as importações por produto nacional", afirmou.

Embora a importação no caso da sardinha seja "bastante residual", no caso do atum -- o produto enlatado que mais se consome -- é "enorme": São quase cem milhões de euros, o que é um número assustador e que bem poderia ser substituído pela indústria nacional".

A Loja das Conservas, que conta com mais de 300 produtos, abriu hoje com uma cerimónia tradicional entre o Oriente e o Ocidente, em que o folclore português se cruzou com a tradicional dança do leão, antes de terminar com um leitão trinchado à maneira de Macau.

DM // APN

Missa em coreano e um santo de apelido Kim são cartão-de-visita de paróquia em Macau


Macau, China, 26 mar (Lusa) -- Na Igreja de Santo António, em Macau, cidade onde apenas 5% da população é católica, uma missa semanal em coreano serve a comunidade residente, mas também turistas e peregrinos devotos a André Kim Taegon, santo e mártir da Coreia.

A presença de padres coreanos em Macau é a retribuição de um favor antigo, conta à Lusa o pároco da Igreja, Lee In Ho. Em 1837, o jovem André Kim Taegon veio para a cidade, berço do catolicismo na Ásia, estudar Teologia.

Mais de um século depois, em 2006, o então bispo de Macau, José Lai, deslocou-se à Coreia do Sul para pedir à Congregação Clerical dos Beatos Mártires da Coreia que enviasse padres de dada a falta de sacerdotes no sul da China.

"Na altura, quando o Santo André veio para Macau, a diocese estava aberta a ajudar. Agora foi ao contrário, havia falta de vocação e lá há muita vocação. Agora ajudamos, é ao contrário", explicou, referindo-se ao primeiro dos 103 mártires coreanos, vítimas de perseguição religiosa no seu país.

Hoje, a Igreja de Santo António, uma das mais antigas da cidade, ministra a única missa semanal em coreano em Macau, uma das quatro línguas usadas regularmente pela Igreja no território - as outras são português, chinês e inglês.

A missa em coreano é ministrada para três dezenas de fiéis residentes e para os muitos turistas e peregrinos que visitam a cidade, atraídos pela ligação ao primeiro sacerdote e missionário de etnia coreana e primeiro mártir coreano, que viveu seis anos em Macau.

No Jardim de Camões, junto à Igreja onde André Kim Taegon, decapitado aos 25 anos, foi fiel, ergue-se hoje uma estátua sua. Lee In Ho, que adotou também o nome português Pedro, recebe entre 20 a 30 fiéis residentes, incluindo norte-coreanos, aos sábados, quando, pelas 16:00, decorre a missa em coreano.

"Trabalham no turismo, nos hotéis, nos restaurantes. Alguns trabalham em Zhuhai [cidade chinesa adjacente a Macau] e vêm de propósito a Macau para a missa", descreve.

As cerimónias em coreano começaram em 2009, para servir os residentes e dar resposta às frequentes visitas de turistas e peregrinos.

"As peregrinações podem trazer até 50 pessoas. Há todos os meses, às vezes até dois grupos por dia. A igreja é muito usada, Santo António tem muito significado para os coreanos", explica o pároco, de 44 anos.

Três sul-coreanos trabalham nesta igreja, dois padres e um irmão. Todos aprendem português, mas Lee, por ser o pároco e ter mais trabalho, ainda só sabe rezar a missa.

Quando José Lai se deslocou à Coreia "só falou do chinês, disse que era o mais importante [de aprender], não falou de outra língua". Chegado a Macau, após dois anos a estudar chinês em Hong Kong, Lee, então vigário, percebeu que "tinha de aprender pelo menos a rezar a missa em português".

"Ninguém me tinha dito que a paróquia de Santo António tinha uma forte presença portuguesa", recorda.

Foi Arlete, tradutora reformada e voluntária na igreja, quem lhe ensinou o que sabe do idioma e lhe corrige a pronúncia na homilia, servindo também de intérprete quando necessário.

"Por agora é mais leitura [que treinamos], batismos, exéquias, bênçãos de óleo, funerais. Ele tem bom ouvido", graceja Arlete, sublinhando que o conhecimento de Latim dos padres ajuda na aprendizagem.

Oito anos passados, Lee In Ho diz gostar de Macau, apesar de o impacto inicial ter sido difícil.

"A primeira coisa que notei foi a humidade e muito calor. Pensei 'Como é que o Santo André aguentou seis anos em Macau?' Bom, se ele aguentou, eu também aguento", recorda.

Hoje, "se tivesse opção, gostava de ficar" mais tempo e a presença da indústria do jogo é a única coisa que lhe faz "confusão".

Na relação com os fiéis e na forma como encaram o catolicismo, identifica as maiores diferenças entre portugueses e macaenses.

"A relação de chineses e coreanos com a religião é muito semelhante. [Já] os portugueses e macaenses, aqueles que conheço, têm grande dificuldade em seguir os mandamentos: deviam ter só uma mulher mas têm várias, dizem que têm fé mas divorciam-se e querem casar novamente, ter filhos, não pensam tanto na fé como os coreanos", observa.

ISG// PJA

Infetadu ho zika la bele halo seksu la protejidu durante fulan neen - EUA


Autoridade saúde sira EUA nian hatete iha loron-sesta ne’e katak mane infetadu sira ho vírus zika ka ho sintoma moras ne’e la bele halo seksu la protejidu durante pelumenus fulan neen.

Feto infetada ka ho sintoma sira tenke hein to’o pelumenus semana ualu, hafoin mosu moras ne’e, hodi tenta bele isin-rua, hatutan sentru kontrolu no prevensaun moras nian hosi Estadus Unidus Amérika.

Organizmu ne’e rekomenda períodu tempu prevensaun ne’ebé hanesan ba kazál seksualmente ativu ne’ebé la tenta atu bele isin-rua.

Orientasaun ne’e bazeia ba período rezisténsia vírus nian ne’ebé naruk ne’ebé to’o agora multiplika ba tolu.

Detekta Zika iha sémen meneida nian iha loron 62 hafoin primeiru sintoma, tuir ida ne’ebé sentru kontrolu no prevensaun ba moras norte-amerikanu nian fó sai.

Mane sira iha parseira seksuál isin-rua hela hetan konsellu atu uza prezervativu karik halo seksu vajinál, anal no orál ka la halo seksu durante isin-rua.

Vírus zika iha relasaun ho bebé sira ne’ebé moris ho mikrosefalia.

Maski dala barak susuk mak tranzmite zika, ida ne’e bele mós hetan liuhosi seksuál.

Sentru kontrolu no prevensaun moras iha Estadus Unidus Amérika nian rejista kazu tranzmisaun seksuál zika ne’e hosi mane ira ne’ebé infetadu durante viajen ba nasaun sira Amérika Latina nian.

Brazil hanesan nasaun ne’ebé afetadu liu virus ne’e, ho infetadu besik millaun 1,5.

SAPO TL ho Lusa

Tuberkuloze oho ema na'in tolu iha minutu ida iha mundu tomak


Iha minutu ida ne'ebé liu, ema na'in tolu mate tanba tuberkuloze iha mundu tomak no pasiente 2% de''it maka iha asesu ba ai-moruk foun sira. Alerta ne'e mai hosi asosiasaun oioin no mosu antes selebra Loron Internasional ba Luta hasoru Tuberkuloze.

Tuir koligasaun PLUS, ne'ebé halibur asosiasaun oioin hodi luta hasoru Sida, ema millaun sia resin maka hetan tuberkuloze no millaun 1,5 mate tanba moras ne'e iha tinan 2014.

"Ema sira ne'ebé hela ho HIV bele hetan tuberkuloze, ne'ebé hanesan moras oportunista ne'ebé mosu beibeik ho ligasaun ba Sida no hanesan kauza dahuluk mate nian hosi ema sira seropozitivu nian", aponta hosi PLUS iha komunikadu, antes hatete katak situasaun hanesan preokupante liu iha Áfrika, maibé mós iha Roménia, "ne'ebé kazu sira rezisténsia nian aumenta maka'as tanba laiha asesu ba tratamentu no kuidadu sira".

Organizasaun Médecins sans Frontières (MSF) lamenta katak tinan rua liutiha hafoin aprovasaun ba molékula foun rua - Bedakilina ho Delamanida - ne'ebé permiti trata pasiente sira ne'ebé iha tuberkuloze multirezistente ba tratamentu baibain sira - fó de'it ba pasiente 2%.

"Hafoin sékulu metade ba tentativa sira, ita iha ai-moruk foun sira ne'ebé bele salva pasiente sira iha estadu todan liu no hanesan frustante bainhira labele fó ai-moruk sira ne'e ba pasiente tomak ne'ebé presiza duni", esplika hosi Joseph Tassew, kordenadór médiku hosi MSF iha Rúsia, nasaun ida ne'ebé afetadu liu ho kazu sira tuberkuloze multirezistente nian.

Tuir MSF, tratamentu sira ne'ebé uza liu hasoru forma sira tuberkuloze nian iha folin entre dolár 1.800 no 4.600 ba pasiente ida, menus duké gastu iha tinan 2011 (entre dolár 4.400 no 9.000).

"Maibé, aumentu hosi ai-moruk foun rua no molékula importante sira seluk ba kompozisaun hosi tratamentu ida ne'ebé di'ak liu aumenta ona folin sira", esplika hosi MSF ne'ebé luta atu laboratóriu sira hato'o folin "viável sira" ba nasaun sira ne'ebé iha dezenvolvimentu.

"Bele trata tuberkuloze; ohin loron hanesan moras infesiozu ne'ebé oho liu iha mundu", hatutan hosi Grania Brigden, espesialista iha tuberkuloze hosi Kampaña ba Ai-moruk Importante sira (CAME) hosi MSF.

Koligasaun PLUS hanoin katak "tenki iha resposta mundiál lalais ida" no konvida prezidente sira hosi Fransa, François Hollande, no hosi Áfrika-Súl, Jacob Zuma, ne'ebé iha loron-tersa ne'e sei hasoru malu iha Lyon, "hodi mobiliza maka'as hodi hatán ba luta hasoru tuberkuloze no HIV, katástrofe loloos sanitáriu mundiál nian".

SAPO TL ho Lusa – Foto: Pasiente sira ne'ebé iha kadeia Cipinang, Indonézia, hein hodi simu konsulta jerál. EPA@ Mast Irham

SESTA FEIRA SANTA AKONTESE TUDA MALU IHA COMORO


DILI - Timor Leste nasaun ne’ebé maioria katólika, maibe pratikamente laos ona tuir dutrina katolika nian, hatudu momós iha loron sesta feira santa ohin, akontese tuda malu hafoin viasakra santa nian.  

Kronolojia akontesimentu, purvolta oras tuku 11, sarani barak fila hosi viasacra Dalan crus ba iha Gruta Comoro, fila too iha area kampung baru, besik kedas igreija Maria Auxiliadora Comoro mosu insidente ne’e tuda malu, iha fatin publiku ne’e.

Iha minute balun Polisia PNTL to’o kedas iha fatin akontesimentu, hodi fo seguransa no hakalma situasaun.

Ami mos halai ba subar iha komunidade ninia uma nebe besik iha ne’eba, hafoin haree polisia nia prejensa, ema sira ne’e halai lakon hotu,” Fontes latemi naran konta tuir kronolojia ne’e hafoin fila hosi viasacra ne’e.

Enkuantu tuir estimasaun nebe iha, katak sarani capital Dili, besik rihun 10 mak halao viajen krus nian ba Gruta Comoro. Hetan mos seguransa hosi polisia sira tanba deskonfia iha ema balun lori kroat hanesan tudik iha viasacra santa ne’e.

Timor Post

LENDARIU BARCELONA, JOHAN CRUYFF REMATA VIDA IHA MUNDU


Eis futebolista Barcelona, Johan Cruyff, hakotu ninia vida ho tinan 68. Nia mate iha Barcelona hafoin luta kontra kankru iha tempu naruk nia laran.

"24 Marsu 2016, Johan Cruyff (68) taka matan ho hakmatek iha Barcelona , haleu hosi ninia familia sira hodi kontra mkaas ninia kankru. Ho tristesa klean, ami husu ba imi atu proteje privasidade familia nian durante loron lutu nian," deklrasaun ofisial hosi familia.

Cruyff jogador futebol lendariu Olandés. Nia lori ona ninia nasaun sai kampiaun kopa mundial iha tinan 1974. Aleinde defende Barca, Cruyff  mos sai estrela ba Ajax tanba lori Ajax sai kampiaun kopa Europa to dala tolu.

Timor Post

PALOP e Timor-Leste recebem quase 1,7 milhões por dia em ajudas oficiais até 2020


Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste vão receber quase 1,7 milhões de dólares por dia de ajuda oficial da União Europeia e do Banco Mundial até 2020, segundo a consultora CESO.

Em entrevista à Lusa, o vice-presidente da CESO - Development Consultants disse que estes seis países vão receber pelo menos 1842 milhões de dólares entre 2015 e 2020 do Banco Mundial, a que se juntam mais 1227 milhões da União Europeia, num total de quase 3070 milhões, ou seja, mais de 1,6 milhões de dólares por dia até final da década.

"Estes são os valores que o Banco Mundial e a União Europeia têm programado conceder a projetos de desenvolvimento, nalguns casos, e em apoio direto ao Orçamento, noutros casos", disse Rui Miguel Santos em entrevista à Lusa.

Para o vice-presidente desta consultora especializada em ajuda ao desenvolvimento e na elaboração de programas de políticas de desenvolvimento, "no caso da União Europeia, estas verbas referem-se a donativos a estes países para programas, projetos e apoio orçamental em diferentes áreas".

Os montantes que já estão adjudicados não estão ainda direcionados para programas específicos, explica o consultor: "Este bolo divide-se em apoio ao orçamento e a projetos, a divisão vai sendo feita, portanto nem tudo há de ir para as empresas que executem os programas, nem tudo há de ir para o orçamento".

Rui Miguel Santos pormenorizou que em Moçambique e Cabo Verde as verbas vão quase todas para o Orçamento, enquanto em Angola e Guiné-Bissau é tudo para projetos, explicando que "a lógica é dar apoio orçamental apenas aos países que tenham administrações públicas mais sólidas e onde haja credibilidade adicional para se ter a certeza do investimento e maturidade na gestão de fundos internacionais".

O financiamento de investimentos por parte de instituições financeiras multilaterais é uma das oportunidades a que as empresas podem recorrer para expandirem a sua estratégia de internacionalização, mas para Rui Miguel Santos há ainda muitas dificuldades e constrangimentos, para além de um enorme desconhecimento sobre estas potencialidades.

"Há muito poucas empresas portuguesas neste mercado, e há um grande desconhecimento da indústria e como se concorre a estes financiamentos, e depois, em segundo lugar, as empresas esbarram com dificuldades porque envolve trabalhar em inglês ou francês, e depois há também o problema da competitividade e da exigência dentro do próprio setor", explica o consultor.

A CESO - Development Consultants é uma consultora especializada em gestão de políticas públicas que trabalha exclusivamente com contratos financiados por agências multilaterais como a Comissão Europeia e o Banco Mundial, ou seja, auxiliam os governos, através da assessoria a ministérios, a formular, definir e gerir as políticas públicas que depois são candidatas a receber financiamento externo.

FINANCIAMENTO MULTILATERAL ATÉ 2020
..............Banco Mundial......União Europeia
Angola...............435...........210
Cabo verde............83............55
Guiné-Bissau..........75...........105
Moçambique..........1004...........734
São Tomé e Príncipe...20............28
Timor-leste..........225............95
TOTAL...............1842..........1227

Montantes comprometidos até 2020
Valores em milhões de dólares
FONTE: Consultora CESO - Development Consultants

MBA // PJA - Lusa

Presidente moçambicano exonera ministro da Justiça


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exonerou o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Abdurremane Lino de Almeida, nomeando Isaque Chande para o cargo, informa um comunicado da Presidência da República enviado à Lusa.

Abdurremane Lino de Almeida deixa o cargo de ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos um ano após a investidura do Governo de Filipe Nyusi, na sequência da sua vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.

Sem avançar as causas da exoneração Lino de Almeida, o documento da Presidência da República de Moçambique indica para cargo Isaque Chande, que já ocupou a função de comissário do Conselho Nacional de Eletricidade de Moçambique.

Lusa

Presidenciais na Guiné Equatorial são "mero trâmite" para Obiang se manter no poder -- oposição


A oposição equato-guineense assegura à agência Lusa que vai boicotar as eleições presidenciais de 24 de abril, denunciando "várias irregularidades" num processo que é um "mero trâmite" para manter Obiang Nguema no poder, onde está há 37 anos.

Contactado pela Lusa telefonicamente desde Lisboa, o secretário-geral da Convergência para a Democracia Social (CPDS) da Guiné Equatorial, Andrés Esono Onda, disse a partir de Malabo que as ilegalidades são "muitas" e que não há condições para que a votação decorra com transparência e com credibilidade.

"Vamos boicotar. Isto não são eleições, mas simplesmente um trâmite para que o presidente Obiang, que já leva 37 anos no poder, juntar mais sete anos. Por isso, não vamos às eleições, até porque os resultados são já conhecidos", afirmou Andrês Esono, cujo partido integra a Frente de Oposição Democrática (FOD), com a União Popular (UP), Força Democrática Republicana (FDR) e Movimento Para a Autodeterminação da Ilha de Bioko.

JSD // PJA – Lusa

A BRIGADA NEGRA E A DELIMITAÇÃO LEGAL DAS FRONTEIRAS MARÍTIMAS


Combatentes da Brigada Negra vão pressionar o Governo da Austrália para aceitar a delimitação das fronteiras marítimas permanentes à luz do Direito Internacional e da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar


O Jornal «A Voz Socialista» entrevistou o Presidente Interino da Associação dos Combatentes da Brigada Negra (ACBN), Nuno Corvelo / Laloran. A Brigada Negra (BN) era uma força especial das FALINTIL (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste) que actuava sob orientação directa do Comandante-Em-Chefe das Falintil, Kay Rala Xanana Gusmão. Toda a estratégia da BN teve como grande mentor Kay Rala Xanana Gusmão e foi concretizada por Avelino Coelho da Silva (Shalar Kosi, FF), Presidente do Partido Socialista de Timor (PST), na altura Secretário-Geral da Associação Socialista de Timor (AST), com o apoio de um grupo restrito de combatentes, e sob orientação de Xanana Gusmão. Na edição de Março de 2016, Laloran aborda o histórico da Brigada Negra e refere-se também à questão da delimitação das fronteiras marítimas, como se segue:

Jornal «A Voz Socialista»: Senhor Presidente Interino da Associação dos Combatentes da Brigada Negra (ACBN), Nuno Corvelo / Laloran, em primeiro lugar gostaríamos de agradecer-lhe pelo facto de conceder esta entrevista ao Jornal «A Voz Socialista».

Nuno Corvelo / Laloran: Eu é que agradeço pelo facto do Jornal «A Voz Socialista» desejar entrevistar-me sobre a história da Brigada Negra, sua importância histórica e objectivos da ACBN.

AVS: É precisamente por essa razão, conhecer mais sobre a Brigada Negra, que estamos a falar consigo. Muitos timorenses e pessoas de outras nacionalidades em todo o mundo não sabem o que foi a Brigada Negra (BN), nem quais foram as razões que motivaram a sua criação, assim como, quem esteve envolvido em todo este processo da luta, como estava organizada e administrada e quais eram os objectivos da BN. O Senhor quer falar-nos um pouco sobre a história da Brigada Negra?

Laloran: A Brigada Negra (BN) era uma força especial das FALINTIL (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste) que actuava sob orientação directa do Comandante-Em-Chefe das Falintil, Kay Rala Xanana Gusmão. Toda a estratégia da BN foi concebida por Xanana Gusmão e implementada pelo Camarada Avelino Coelho da Silva (Shalar Kosi, FF), Presidente do Partido Socialista de Timor (PST), na altura Secretário-Geral da Associação Socialista de Timor (AST), e pelos seus colaboradores directos, um pequeno grupo de dirigentes da AST, muito restrito, e que desenvolviam trabalhos na Indonésia, em Timor-Leste, na Austrália e nos restantes países através da Representação Externa da AST representada pelo nosso Camarada Azancot de Menezes, actual Secretário-Geral do PST, e que recebia orientações directas de Avelino Coelho / Shalar Kosi FF. No campo operacional, a BN era organizada por um corpo directivo subordinado às ordens do Comandante-Em-Chefe das FALINTIL.

AVS: Em concreto, quais eram os objectivos da BN? Fale-nos um pouco sobre a composição orgânica da BN e das suas atribuições/competências.

Laloran: Como já tive ocasião de referir, o grande mentor da Brigada Negra foi Kay Rala Xanana Gusmão que orientou o nosso Camarada Shalar Kosi, FF, Presidente do PST, com o apoio de um núcleo muito restrito, e que produziu um documento designado por «Job Description da Brigada Negra». De acordo com este documento orientador, a Brigada Negra era dirigida por um Chefe Principal e coadjuvado por vários assistentes operacionais que chefiavam várias secções. Havia quatro secções. A Secção A tratava do estudo, organização e planeamento da aquisição de material de guerra para a BN e para a Resistência Armada (RA). O planeamento, execução e envio do material à RA era definido segundo mecanismos próprios e em resposta às necessidades que fossem surgindo.

AVS: E as restantes Secções?

Laloran: A Secção B tinha como grande missão o recrutamento de elementos e a sua preparação técnica na fabricação de explosivos para uso da BN e das FALINTIL, e a mobilização desses explosivos para a Resistência Armada. E havia as Secções C e D que tinham como grande missão provocar o caos total na Indonésia.

AVS: Não percebi muito bem… quer dizer-nos melhor como é que isso era possível de concretizar-se?

Laloran: A Secção C estava planeada para desencadear a guerrilha urbana em todo o país e na Indonésia. Através de sabotagens armadas, principalmente na Indonésia, visando pontos estratégicos, económicos, pontos sensíveis que pudessem provocar reacções nas massas populares contra o regime. Toda esta estratégia está definida no Job Description da BN.

AVS: E a Secção D?

Laloran: A Secção D, basicamente fazia trabalhos de inteligência e contra-inteligência, claro, há aspectos que ainda continuam no “segredo dos Deuses”, como se costuma dizer.

AVS: O plano da BN era do conhecimento do Comandante das FALINTIL, Kay Rala Xanana Gusmão? Há provas de que de facto a BN actuava sob o comando de Xanana Gusmão?

Laloran: Concerteza! A BN actuava sob a orientação directa do Comandante-Em-Chefe das FALINTIL. Todo o plano foi aprovado, com a sua assinatura, imagine, em Cipinang (!), no dia 12 de Outubro de 1996.

AVS: Qual era o calendário programático de organização e actuação?

Laloran: A Secção A começou a funcionar em 1995 e integrava-se nos planos da F. Operação Asuwain. Entre 1995 e 1996 fez-se a organização e tratou-se de toda a preparação interna, e no início de 1997, sob instruções e decisões do Comandante-Em-Chefe das FALINTIL a actuação.

AVS: A permanência de Shalar Kosi, FF, da família e mais dois irmãos nossos na Embaixada da Áustria em Jacarta durante quase dois anos teve alguma relação com a Brigada Negra? Fazemos esta pergunta porque a frente diplomática da luta raramente falou no assunto. No exterior, à excepção do Representante oficial da AST no Exterior, o nosso Camarada Azancot de Menezes, ninguém falava neste assunto. Há aspectos da luta que até hoje não foram explicados. José Ramos-Horta, Representante Especial do CNRM, nunca mencionou o caso no sentido de denunciar a situação relacionada com o refúgio de Avelino Coelho / Shalar Kosi, FF durante quase dois anos na Embaixada da Áustria em Jacarta. Nem a Delegação Externa da FRETILIN denunciou a situação junto das Nações Unidas e da Comunidade Internacional para a protecção de Shalar Kosi. Sabe dizer-nos porquê?

Laloran: O que eu lhe posso garantir é que a Representação Externa da AST teve um papel chave na denúncia da violação dos direitos humanos em Timor-Leste e na luta pela independência de Timor-Leste. Aliás, O Job Description da Brigada Negra foi enviado no dia 29 de Abril de 1997 para Azancot de Menezes que representava no exterior a AST (a partir de 1997, transformado em PST). Por orientação de Avelino Coelho / Shalar Kosi, FFE vários outros documentos secretos foram levados para a nossa Representação Externa, por Tama Laka Aquita, um dos Comandantes da BN, precisamente para fazermos contactos internacionais e procurar apoios para a causa, em particular, junto dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). O apoio dos PALOP foi determinante para a libertação de Timor-Leste. Quanto aos “silêncios” de José Ramos-Horta, Representante Especial do CNRM, e da Delegação Externa da FRETILIN, pelo facto de nunca se terem pronunciado sobre o caso da Embaixada da Áustria em Jacarta e da situação de Shalar Kosi, FF, com todo o respeito, essa pergunta deverá ser feita aos próprios. O que eu sei é que os nossos irmãos estiveram refugiados na Embaixada da Áustria em Jacarta durante quase dois anos, foram acusados de serem terroristas, mas mesmo assim uma Delegação da União Europeia e das Nações Unidas tiveram que ceder, visitar a Embaixada e ouvirem as reivindicações da AST e portanto, da Brigada Negra. Aliás, em torno de todo este processo, muitos combatentes da BN foram presos e torturados na tentativa de se desmantelar a Brigada Negra porque representava um grande perigo para o regime indonésio.

AVS: Muito obrigado por responder com honestidade às nossas perguntas. Pensamos que as suas respostas vão ajudar os timorenses a perceber melhor a importância da BN, bem como, o papel fundamental que a AST e o PST tiveram no processo da luta de libertação nacional de Timor-Leste. Gostaria de fazer-lhe uma última pergunta. Depois das suas respostas fica-se com a ideia de que foi cumprida uma missão e que já não faz sentido a existência da Brigada Negra. É isso? Os timorenses têm-se questionado sobre o reaparecimento público da ACBN, nomeadamente na organização desta Conferência Internacional sobre Fronteiras Marítimas. Quer explicar-nos, por exemplo, a razão de ser da Associação dos Combatentes da Brigada Negra e porque é que decidiram organizar este importante evento internacional?

Laloran: A Associação dos Combatentes da Brigada Negra vai assumir a liderança de uma nova fase da luta em várias frentes, científica, económica, cultural e em outras vertentes, para garantir a soberania total de Timor-Leste. Envolve várias organizações e será uma instituição caracterizada pela determinação e por valores de solidariedade para com os mais pobres e excluídos. Por isso vamos dizer à Austrália que chegou o momento de se definirem as delimitações das fronteiras marítimas. Por cada barril de petróleo explorado no nosso mar nasce uma família mais pobre em Timor-Leste. Para a BN a exploração ilegal dos nossos recursos vai ter que acabar. Por esta razão, como primeiro passo, decidimos organizar esta Conferência Internacional com a presença de figuras importantes da luta, os combatentes da Brigada Negra e a solidariedade internacional, onde se inclui Kay Rala Xanana Gusmão, o nosso Comandante-Em-Chefe.

AVS: Bem, irmão Laloran, a conversa já vai longa, o Jornal «A Voz Socialista» agradece muito esta entrevista, outras se seguirão para esclarecer e corrigir alguns aspectos nebulosos da luta de libertação nacional. Muito obrigado.

Laloran: Eu é que agradeço e aproveito a oportunidade para desejar muitos sucessos ao Jornal «A Voz Socialista».