Díli, 25 jul (Lusa) - O
primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, considerou hoje, no discurso de
apresentação do Programa do VIII Governo Constitucional, que tal permitirá
transformar Timor-Leste num país "seguro, saudável, com uma população mais
instruída e próspera".
Taur Matan Ruak, que também foi
Presidente do país entre 2012 e 2017, assumiu a vontade de transformar
Timor-Leste de uma nação que era "até agora de rendimentos baixos, numa
sociedade próspera com rendimentos médio-altos".
No discurso, Taur Matan Ruak
salientou o progresso do país nos últimos anos, apontando a resolução do
problema dos deslocados internos e refugiados, em 2014, o cumprimento das metas
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o estabelecimento de uma ação
governativa sustentada e eficiente e o sucesso nas negociações internacionais.
Taur Matan Ruak, assinalou também
a melhoria das condições de vida em Timor-Leste.
"Com grande satisfação
nossa, temos assistido a uma progressiva e continuada melhoria dos padrões e
condições de vida dos Timorenses", disse, apontando de seguida alguns
fatores que contribuíram para tal.
"O salário mínimo aumentou
de 85 dólares para 115 dólares, porque conseguimos criar, em 2015, mais de
63.000 novos empregos, porque o consumo privado aumentou em 2015 para 900
milhões de dólares (um aumento de cerca de 160% entre 2004 e 2014) ou porque a
esperança de vida dos Timorenses ter aumentado dos 66,2 anos em 2007 para 69,8
registados em 2017", algo que para o responsável "revela melhorias
nos indicadores da saúde, alimentação ou habitação das famílias e no acesso a
serviços públicos de eletricidade, água, saneamento e ambiente",
constatou.
O primeiro-ministro timorense
encara o futuro com "redobrada confiança".
"Tudo isto nos leva a
encarar o futuro, com redobrada confiança, pois se nos últimos dez anos, com
uma taxa média de crescimento acima de 7,3%, conseguimos reduzir a pobreza em
16 pontos percentuais, é legítimo acreditar, que se soubermos manter os índices
de crescimento acima dos 2,37% atuais, iremos certamente conseguir reduzir
ainda mais 10% o número de pessoas e famílias ainda afetados por este flagelo
social", salientou Taur Matan Ruak.
Para gerir os destinos do país, o
primeiro-ministro destaca cinco "áreas prioritárias consideradas fundamentais"
para o futuro do país: o capital social, as infraestruturas, o desenvolvimento
da economia, a consolidação governativa e a boa governação e o combate à
corrupção.
Para o desenvolvimento do capital
social, o programa prevê investir no acesso, formação profissional e na
qualidade dos serviços prestados, na educação, na saúde, na inclusão social,
nas atividades artísticas, culturais, religiosas ou desportivas.
No âmbito do desenvolvimento das
infraestruturas, o Governo timorense pretende investir "não apenas na
construção de estradas, pontes, portos, aeroportos, mas também na boa
utilização, conservação, manutenção e reparação atempada".
A proposta pretende ainda o
desenvolvimento da economia para garantir o crescimento económico elevado, os
reduzidos níveis de inflação e o aumento de postos de trabalho.
Taur Matan Ruak quer "um
ambiente favorável aos negócios e ao desenvolvimento do setor privado" e
"estimular o alargamento e a diversificação" deste e promover o
consumo interno.
Na consolidação governativa, o
primeiro-ministro aponta, em especial, para a "melhoria do
planeamento estratégico e o equilíbrio das finanças públicas".
Para uma boa governação e combate
à corrupção, Taur Matan Ruak defendeu ainda a adoção de três responsabilidades
que considera fundamentais para manter um diálogo permanente e para aproximar
os governantes dos governados: "comunicação, colaboração e
transparência".
No final, o primeiro-ministro
apelou ao diálogo entre os cidadãos e o Governo.
JYO // EL