Há
42 anos o exército indonésio iniciava a operação de genocídio do povo timorense e ocupação de Timor-Leste
Em
7 de Dezembro de 1975 ocorreu a invasão de Timor-Leste ordenada pelo ditador
indonésio Shuarto com a cumplicidade da administração de Gerald Ford e de Henry
Kissinger, dos EUA, assim como de outros países asiáticos, da Oceânia (Austrália) e da
própria Europa – caso do Reino Unido.
Em
24 anos de ocupação, pura e dura, assassina, mais de 200 mil timorenses foram
mortos pelo exército e polícia da Indonésia. Os responsáveis de tal genocídio
mantêm-se impunes até hoje, 42 anos volvidos, e muitos desses criminosos ainda
estão vivos, de saúde e recomendam-se, à mistura com as suas áureas de
impunidade. À efeméride os timorenses chamam “Dia da Memória” e comemoram-no
todos os anos com o seu coração negro de tristeza e de saudades dos entes
queridos que pereceram perante a sanha dos animalescos generais, militares e
polícias indonésios.
A
propósito da efeméride, ocorrida ontem, recorremos à Wikipédia com o intuito de
também aqui no TA partilhar um pouco da tristeza de Timor-Leste. Recomendamos ainda o apontamento que na publicação a seguir a
GMN TV apresenta deste Dia da Memória, volvidos que estão 42 anos, Dia da Tristeza
para os timorenses e da impunidade para os altos responsáveis indonésios, recompensados
por crimes contra a humanidade com muito boas vidas e ocupação de altos-cargos
ainda nesta atual e dita “democracia indonésia”, continuam, noutras ilhas em
redor daquele vasto arquipélago a usar práticas monstruosas de repressão e
assassínio, como é o caso de West Papua.
(MM = AV)
Ocupação
de Timor-Leste pela Indonésia
Reivindicando
ajuda solicitada pelos líderes timorenses, as forças militares indonésias
invadiram a parte oriental da ilha em
7 de
dezembro de
1975 e destruíram a resistência armada à ocupação. Na
sequência de uma controversa "Assembleia Popular", que muitos
disseram que não era um verdadeiro ato de
autodeterminação, a Indonésia declarou o território
como uma
província da Indonésia. Por vinte e cinco anos, a
população do Timor-Leste foi submetida a execuções extrajudiciais,
tortura e
fome.
O
Massacre de Santa Cruz em
1991 causou
indignação em todo o mundo, e os relatórios de outros crimes similares eram
inúmeros. A resistência à dominação da Indonésia manteve-se forte;
[1] em
1996, o
Prêmio Nobel da Paz foi atribuído a dois
grandes Homens do Timor-Leste, o Bispo da Igreja Católica D.
Carlos Filipe Ximenes Belo e o
representante da FRETILIN no exterior,
José Ramos-Horta, pelos seus esforços em curso
para acabar com a ocupação pacificamente. Uma votação em
1999 para
determinar o futuro do território resultou em uma esmagadora maioria a favor da
independência, e em
2002, Timor-Leste tornou-se uma nação independente. Estima-se
que a ocupação custou mais de 100 000 mortes no território, para uma população
de menos de um milhão de pessoas.
[2].
Imediatamente
após a invasão, a
Assembleia Geral da ONU e o
Conselho de Segurança aprovaram
resoluções condenando as ações da Indonésia e pedindo a retirada imediata. Os
governos dos
Estados Unidos,
Austrália e
Reino
Unido foram de apoio a Indonésia, durante a ocupação. O
presidente dos Estados Unidos,
Gerald
Ford e o Secretário de Estado
Henry
Kissinger se reuniram com o presidente indonésio
Suharto, na
véspera da invasão, e deram a sua aprovação para a invasão.
[3] A
Austrália e a Indonésia eram as únicas nações do mundo a reconhecer Timor-Leste
como uma província da Indonésia, e logo depois começaram as negociações para
dividir os recursos encontrados no zona marítima circundante, conhecida
como
Timor
Gap. Outros países, incluindo o
Japão,
Canadá e
Malásia,
também apoiaram o governo indonésio. A invasão e a repressão do movimento de
independência do Timor-Leste, no entanto, causaram um grande dano à reputação
da Indonésia e à sua credibilidade internacional.
[4]
Após
a votação de 1999 para a independência, os grupos
paramilitares trabalhando
com os militares indonésios empreendeu uma última onda de violência durante a
qual a maioria das infra-estruturas do país foram destruídas. Depois das forças
indonésias deixaram Timor-Leste, a
Administração
Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste administrou o território
durante dois anos, estabelecendo uma "Unidade de Crimes Graves" para
investigar e julgar crimes cometidos durante o ano de 1999. Seu âmbito limitado
e o pequeno número de sentenças proferidas pelos tribunais da Indonésia
causaram em muitos observadores um convite de um tribunal internacional para o
Timor-Leste.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre