segunda-feira, 3 de setembro de 2018

“Ha’u Preokupa, SEK La Asina Kontratu Funsionáriu Kazuál”


DILI, (TATOLI) - Prezidente husi bankada Partidu Demokrátiku (PD), António da Conceição, husu klarifikasaun Sekretáriu Estadu Kooperativa (SEK), Arsénio da Silva Pereira, ne’ebé seidauk asina kontratu funsionáriu kazuál sira.

“Ha’u tenke dehan ha’u-nia fuan monu ba Primeiru-Ministru nia liafuan, labele hasai paun husi labarik sira-nia liman. Ha’u preokupa de’it iha Sekretáriu Estadu agora daudauk la asina kontratu ba sira seluk ne’ebé agora kontratadu iha ne’ebá”, António hatete ohin, iha Parlamentu Nasionál iha ámbitu dikusaun OJE 2018 iha espesialidade.

Aleinde ne’e deputadu Adriano Nascimento hatete tanba osan seidauk iha ne’e mak seidauk asina, maibé nia hein SEK bele asina. “Mas se polítika ida atu hasai kontratadu ne’e mós ita-boot sira-nia polítika”, katak.

Sekretáriu Estadu Kooperativa (Sek), Arsénio Pereira, hatán ba kestaun ne’e katak to’o ohin loron seidauk asina kontratu tanba antes tama iha Governu Daualuk, diretór jerál sira halo ona sorumutuk bazea ba termu sertu ho lei kontratadu sira ne’ebé hatete iha 30 juñu kontratu hotu termina.

“Signifika katak ne’e la’ós ba iha Oitavu Governu nia problema, maibé Governu anteriór nia problema. Hanesan Sekretáriu Estadu ha’u iha inisiativa konvida Komisaun Funsaun Públika halo esklaresimentu ba funsionáriu kontratadu bazea ba termu sertu no iha enkontru ho diresaun sira iha karta ida hatete kuandu lamai ona signifika lakontinua, tanba hatene katak atu kontrata ema bazea ba nesesidade”, nia esplika.

Tanba SEK seidauk implementa programa ne’ebé seidauk iha nesesidade ba kontatadu sira, tanba ne’e la asina kontratu.

“Depois sira konvida fali kontratadu sira mai serbisu ne’ebé ha’u lahatene, diresaun nasionál sira halo kontratu ho sira depois haruka ha’u aprova. Ida ne’e mós ha’u la’ós husik de’it, maibé ha’u husu pareser husi legál sira ne’ebé hatete diretór ne’e halo abuzu podér tanba ha’u nein hatene nia bá halo tiha kontratu depois mai tau ha’u-nia meza haruka ha’u halo aprovasaun. Tanba ne’e mak to’o ohin loron ha’u la asina kontratu ida ne’e”.

Iha parte seluk eis Ministru Komérsiu no Indústria, António dehan SEK akumula prinsípiu Governu kontinuidade.

“Ema sira ne’e lamonu tun husi lalehan mai iha tempu ida de’it, sira ne’e transferidu husi tempu ida ministériu eziste”.

Jornalista: Maria Auxiliadora | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Deputadu António da Conceicão. Imajen António Goncalves

Timor-Leste | Orçamento de Estado: Instrumento de Ação do Executivo

Roger Rafael Soares * | opinião

A aprovação do orçamento de Estado para 2018 na sua generalidade, na passada quarta feira, 29-08-18, com 53 votos a favor, 12 votos de abstenção e 0 contra, demonstra que todos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional, inclusive a oposição, estão conscientes da estrita necessidade do orçamento para dar sustentabilidade às atividades económicas do país, bem como dar cumprimento aos direitos sociais dos timorenses, às obrigações e compromissos do Estado. Já estava mais que na hora de restabelecer a normalidade político-financeira como referiu o Primeiro-Ministro no seu discurso de apresentação da proposta do orçamento de Estado. Já estava mais que na hora de pôr a máquina administrativa do Estado a trabalhar no seu pleno de modo a atender às demandas sociais, bem assim prestar serviços de qualidade e de pôr a economia a mexer.

Para qualquer Governo funcionar necessita que a sua orgânica esteja completa bem como, disponha de orçamento.  Para qualquer Governo, o orçamento de estado é o primordial instrumento de ação, através do qual materializa as linhas mestras do seu Programa.  É dessa forma, e não pode ser de outra maneira, que o VIII Governo necessita dar seguimento à sua missão e ações em consonância com o seu programa. Programa esse que ambiciona desenvolver a sociedade timorense mediante a execução de cada plano ministerial para estes cinco anos de governação, que o executivo pretende fazê-lo com rigor, eficiência e eficácia a implementação das suas ações. Claro está que o Governo, sem orçamento, não funciona, pois é através desse meio que o executivo procurará prestar serviços de qualidade, bem assim estimular o progresso da nossa sociedade e do desenvolvimento do país ao operacionalizar as suas atividades que irão viabilizar os projetos e atividades públicas em concordância com os planos e diretrizes no contexto das políticas públicas por si determinados.  No meu entender, para além da estrita necessidade da orgânica completa do VIII Governo Constitucional, assim como da importância do orçamento de Estado no pleno funcionamento do executivo, também é verdade que os esforços coletivos e processos de colaboração e lealdade exercem uma relevante contribuição no processo de execução dos programas, ao envolver não só os governantes, mas, também, todas as partes implicadas. Ao processo de desenvolvimento do país, cabe não só à liderança política dar seguimento à execução dos programas, mas, também promover as bases para a ação da cidadania efetiva e responsável. A construção e desenvolvimento do país compete a cada um de nós. Dessa forma, considero que a educação tem um papel fulcral no desenvolvimento do país a curto, médio e longo prazo. As crianças e jovens de hoje serão os líderes de amanhã, e, portanto, é fundamental o investimento, rigoroso e com qualidade, na educação e no ensino superior, como forma de garantir um maior retorno desse investimento em termos de desenvolvimento humano com vista a garantir o desenvolvimento económico sustentável e diversificado.

Ora, indo ao encontro do discurso do Primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, sobre a apresentação da proposta do Orçamento Geral do Estado para 2018, o mesmo espelha, claramente, a importância deste orçamento na vida económica e social do país, que se apresenta como um impulso sobre o processo de restabelecimento da normalidade político-financeiro, como referido pelo próprio. O orçamento de Estado para 2018 prioriza as necessidades públicas, bem como uma boa gestão das finanças públicas, pautada pela transparência como forma de garantir a qualidade da nossa democracia e cumprimento dos ditames constitucionais.

*Rojer Soares,
Ailili, Manatuto,
rrtsoaares@hotmail.com

ONU apela à libertação dos jornalistas condenados a sete anos de prisão em Myanmar


Naypyidaw, 03 set (Lusa) - A ONU apelou hoje à libertação de dois repórteres da Reuters condenados em Myanmar a sete anos de prisão por "atentado ao segredo de Estado" durante a investigação ao massacre de muçulmanos rohingya pelo exército daquele país.

"Continuamos a pedir a sua libertação", disse à agência de notícias France-Presse o representante da ONU em Myanmar, Knut Ostby, pouco depois de ter sido conhecido o veredito.

Um tribunal de Myanmar condenou hoje a sete anos de prisão os dois jornalistas da agência Reuters acusados de obterem ilegalmente documentos oficiais do Governo, na sequência de uma investigação que realizavam sobre "limpeza étnica" da minoria rohingya.

Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram detidos em dezembro por alegadamente terem obtido "documentos secretos importantes" de dois polícias.

Em julho, foram acusados oficialmente de violarem a "Lei de Segredos Oficias", que data da época colonial, crime pelo qual arriscavam uma pena de até 14 anos de prisão. Ambos declararam-se inocentes.

Na investigação que levaram a cabo, os dois jornalistas citam aldeões budistas que terão participado com soldados no massacre de Inn Dinn, a 02 de setembro do ano passado, quando dez rohingya foram mortos.

JMC (FST) // MIM

Presidente do COI espera ver duas Coreias a desfilar em conjunto nos Jogos Olímpicos de Tóquio


Jacarta, 02 set (Lusa) - O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse hoje esperar que os atletas da Coreia do Norte e da Coreia do Sul desfilem em conjunto nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

Bach manifestou essa esperança após os atletas das duas Coreias terem desfilado em conjunto na abertura dos Jogos Asiáticos que terminam hoje em Jacarta.

"Por um lado, continuamos a incentivar a Coreia da Norte para que participe nas competições e, por outro, teremos conversações para que a Coreia do Sul e a Coreia do Norte participem em conjunto. Poderá ser uma delegação comum para desfilar como aconteceu aqui [Jogos Asiáticos] ou talvez uma equipa comum", explicou Bach.

O presidente do COI revelou que as questões relativas a Tóquio2020 vão começar a ser debatidas em outubro ou novembro.

Os atletas das duas Coreias já desfilaram em conjunto nos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang2018, em fevereiro, que assinalou um período de desanuviamento sem precedentes entre as duas Coreias, após um longo período de conflito entre os dois países vizinhos.

Nessa competição, a equipa feminina de hóquei no gelo foi formada por atletas dos dois países.

FC // JP

Escarificação – Cultura ou Violação dos Direitos Humanos?


O conceito de cultura é polissémico e complexo, inclui várias dimensões, como as crenças, a moral e os costumes, entre outras. Nesta perspectiva, a escarificação é cultura ou violação dos direitos humanos?

M. Azancot de Menezes* | Jornal Tornado

Na linha de pensamento de Edward Tylor, a cultura como um todo engloba grande variedade de culturas em que cada uma delas é característica de um certo grupo de indivíduos, daí que, conforme advogava o grande mestre das Ciências Sociais, Marcel Mauss, qualquer investigação etnográfica apresenta sempre dificuldades subjectivas. Este grande nome da etnologia e da antropologia, Mauss (1950), professor do Institut d’Ethnologie da Universidade de Paris I – Sorbonne, já falecido, defendia que para qualquer estudo de âmbito sociológico há princípios de observação a respeitar para procurar-se a objectividade, tanto na exposição como na observação.

É precisamente imbuído desse espírito, aceitando que o conceito de “cultura” (ou “culturas”) nem sempre acarreta consensos, e ciente de que se deve respeitar as diferentes partes que integram os fenómenos sociais (geografia humana, religião, língua, etc.), entendi que poderia ser interessante partilhar algumas fotografias que postei na minha conta do facebook. Estas imagens incríveis, praticamente todas da autoria do fotógrafo francês Eric Lafforgue, referem-se à técnica da escarificação (marcas realizadas na pele com lâmina ou outro objecto cortante) praticada em alguns países.

Trabalho de Eric Lafforgue

O fotógrafo viajou por vários países africanos para melhor compreender a técnica da escarificação. Numa entrevista concedida ao Daily Mail, Eric Lafforgue terá referido que uma rapariga de 12 anos de idade, em sessão de escarificação, terá permanecido em silêncio durante 10 minutos. No final terá confessado que “estava à beira de um colapso” mas que o importante era ficar com as marcas, um sinal de beleza dentro da tribo, e que não tinha sido obrigada.

Ao ler os comentários de reacção às imagens postadas na minha conta do facebook achei interessante verificar que as opiniões diversificavam em função das origens socioculturais de cada interveniente. Alguns dos comentaristas estavam totalmente a favor da escarificação. Na opinião destes, as escarificações simbolizam os costumes dos países em questão, tais como o processo de transição de rapaz para adulto, a forma de ostentar a beleza das mulheres ou para diferenciar as tribos. Outros participantes, com opiniões diametralmente opostas, de reprovação total, alegaram que é uma óbvia violação dos direitos humanos à luz da Carta Universal dos Direitos do Homem.

M. AZANCOT DE MENEZES

*Professor universitário.

*M. Azancot de Menezes também colabora no Timor Agora

- Documentado com várias imagens no original, Jornal Tornado

Governu Lakompletu Implika Ba Ezekusaun OJE


DILI - Sosidadae sivil iha rai laran konsidera katak ho estrutura governu neebe lideradu husi Primeiru Ministru Taur Matan Ruak, bele implika be Ejekusaun Orsamentu Jeral Estadu 2018.

Diretor Asosiasaun HAK Manuel Monteiro hateten, estrutura VIII Governu Konstitusional neebe lakompletu iha implikasaun ba OJE 2018, tanba primeiru Ministeiru ida tenke halao rasik ninia orsamentu.

Agora programa ema seluk maka halo depois ema seluk maka ba implementa nee defisil, atu bele hatene ninia programa nee lao to iha neebe, mais ami hanoin katak ho komitmentu PM ninian neebe maka atu kore povu nee husi kiak no mukit, nia sei desteka ema neebe maka iha esperitu makas ba nasaun, hanoin nee bele halo ejekusaun ba orsamentu neebe maka aprova ona husi PN,” dehan Diretor Manuel, ba jornalista sira iha ninia servisu fatin, Farol, Dili, Segunda (03/09/2018).

Nia hateten, sura hela fulan haat ba tinan 2018 ninian, nee ladun sita ema nia atensaun barak, naran katak ema neebe maka atu asumi pasta ba fatin balu neebe sei mamuk nee ema nee koloborativu, komunikativu ho Ditizente.

Iha parte ketak Ildefonso Coelho hanesan Observador Nasional hateten, membru governu neebe maka seidauk kompletu implikasaun bele ba governu, tanba programa neebe sira trasa ona, ema neebe atu ejekuta programa nee laiha. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa (04/09/2018)

Carmen Ximenes | Suara Timor Lorosae

MSSI Sei Hadia Mekanismu Pagamentu Ba Idozus


DILI - Ministeriu Solidaridade Sosial no Inkluzaun (MSSI) sei servisu hamutuk ho Ministeriu Finansas para hadia mekanismu pagamentu ba idozus sira.

“Ami sei haree dadus konaba pagamentu ba ita nia inan aman sira, nunee mos ba oin sei iha makanismu oinsa maka ami servisu hamutuk ho MF no BNCTL para bele tun direita ba halo pagamentu ba sira,” dehan MSSI Armanda Berta ba jornalista sira iha PN, Dili, Segunda (03/08/2018).

Nia hateten, agora dadaun Governu sei halo hela debate Orsamentu Jeral Estadu iha Parlamentu Nasional, tanba nee bainhira debate orsamentu hotu, Ministeiru sei haree kestaun ida nee ba oin, oinsa atu bele hadia.

Iha fatin hanesan Vice Ministru Saude, Bonifacio Mancoli dos Reis hateten, prespektiva ba oin maka hakarak hadia ospital, tanba temi infraestrutura, rekursu humanus nee hakarak atu hadia.

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa (04/09/2018)

Carme Ximenes | Suara Timor Lorosae

AMP Vota Kontra Proposta Opozisaun


DILI – Deputadu sira iha Parlamentu Nasional  (PN) debate orsamentu  Jeral Estadu (OJE) 2018 iha espesialidade, bankada opozisaun hatama proposta kuaza 100 resin, maibe iha debate  bankada AMP (Aliansa Maioria Parlamentar) CNRT, PLP no Khunto Vota kontra proposta refere.

Iha intervista Vice Bankada PD, Adriano do Nascimento hatete, Fretilin ho PD kompromete katak sei sai opozisaun  konstrutivu, tanba nee halo proposta atu hadia.

Iha mundu politik liu-liu iha ita nia rain kestaun ego politik makas liu, dala ruma buat diak ba mos lasimu, maibe demokrasia mak nunee duni maioria lakohi labele obriga,” tenik nia ba jornalista iha PN, Segunda (03/09/2018).

Nia dehan, mezmu nunee maibe opozisaun nia papel laos deit husu governu atu simu, maibe importante husu prosesu edukasaun ba povu tomak katak, opozisaun fo pontu de vista i kritika.

Nunee mos deputadu husi Bankada Fretilin Antoninho Bianco hatete, diskusaun nee nudar orgaun soberanu reprezenta povu, laos ona ba bankada governu sira, tanba sira hanoin katak opozisaun nian nee aat. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa (04/09/2018)

Guilhermina Franco Suara Timor Lorosae

GMNTV Jornal Semanário

Dados económicos confirmam desaceleração da economia de Timor-Leste


Díli, 03 set (Lusa) - A tensão política que marcou o último ano em Timor-Leste está a ter um grande impacto na economia do país, com indicadores macroeconómicos a confirmarem uma contração económica profunda, especialmente no setor não-petrolífero.

As previsões mais recentes do Banco Mundial, por exemplo, revelam que a economia regrediu 1,8% em 2017, muito longe do crescimento de 5,3% de 2016.

A nível do PIB não-petrolífero, o próprio Ministério do Plano e Finanças indica nos documentos do Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano - em debate atualmente no parlamento - que a economia recuou 5,3% no ano passado, crescendo apenas 0,6% este ano.

Os mesmos documentos referem inclusive uma queda de 5,1% no número de pessoas com emprego formal, especialmente devido à redução no setor da construção que tem estado seriamente condicionado pelo menor investimento do Estado em infraestruturas e obras públicas.

Recorde-se que no último ano Timor-Leste viveu um dos períodos políticos mais tensos, com a dissolução do parlamento, eleições legislativas antecipadas e a queda do Governo.

Uma situação ainda não totalmente resolvida - apesar de um Governo apoiado por uma coligação maioritária - com grandes solavancos na coabitação entre o chefe de Estado e os partidos do executivo relativamente à nomeação de alguns membros do Governo, incluindo para posições chaves como são o caso do Ministro das Finanças, do Interior ou da Saúde.

Apesar dessa instabilidade política não ter causado instabilidade social - praticamente não houve conflitos de natureza política e a criminalidade mantém-se relativamente idêntica - o mesmo não se pode dizer da economia do país.

Quando se cumprem 16 anos da restauração da independência, Timor-Leste meteu travão a fundo num crescimento económico que tem estado entre os mais elevados da região e está hoje a regredir ou praticamente estagnado.

Com o país a duodécimos desde 01 de janeiro - o novo Governo espera aprovar o orçamento para 2018 apenas em meados de setembro, tendo depois que passar ainda o crivo do Presidente -, a economia timorense, que vive em grande parte dependente do Estado, tem-se ressentido seriamente.

A situação agravou-se em julho quando o dinheiro disponível nos cofres do Estado praticamente acabou e não foi feito qualquer levantamento adicional do Fundo Petrolífero.

Um dos exemplos mais gritantes é a da dívida à ETO, a empresa que fornece diesel para as centrais elétricas do país, que já ascendia este mês a "entre 25 e 30 milhões de dólares".

As reservas chegaram ao limite e chegou mesmo a estar em risco o fornecimento elétrico ao país, 'salvo' por um pagamento parcial da dívida, de sete milhões, feito em meados de agosto.

Muitos empresários, de média e pequena dimensão, falam da falta de liquidez, com empresas e pequenos negócios a fechar, empresários a ter que recorrer à banca para se financiar enquanto não recebem do Estado ou enquanto esperam que a máquina de concursos públicos volte a acelerar motores.

O emergente setor de serviços do país e paralelamente da emergente classe média nacional são os primeiros a ressentir-se com restaurantes, lojas ou outro tipo de serviços a relatar quedas significativas nas vendas.

Ainda que os salários de muitos - especialmente funcionários públicos - se tenham mantido, há mais conservadorismo nos gastos por recearem a duração da crise.

Muitos subcontratados estão desempregados ou não viram os seus contratos renovados, procedeu-se à redução no número de assessores - e o impasse que levou muitos a optarem por sair do país faz-se sentir em aspetos como arrendamentos de casa, contratações de empregados domésticos ou consumo nos supermercados.

Nos primeiros oito meses deste ano, por exemplo, o Portal de Transparência do Ministério das Finanças regista receitas não-petrolíferas (impostos sobre importações ou tributários, por exemplo) de cerca de 137,62 milhões de dólares (cerca de 118 milhões de euros), ou cerca de 17,2 milhões por mês (cerca de 15 milhões de euros).

Um valor idêntico à média mensal de 17,51 milhões de dólares registada em 2017, mas abaixo dos mais de 19 milhões por mês de 2016. O próprio Governo nota nos livros orçamentais para 2018 que "o fraco desempenho do crescimento do PIB, afetou negativamente as receitas fiscais, as quais são o principal componente das receitas não-petrolíferas".

O impacto da situação política no funcionamento do Estado torna-se igualmente evidente pelos gastos públicos que continuam a ser o maior motor da economia, tanto direta como indiretamente.

Nos primeiros oito meses do ano o Estado gastou 503,18 milhões de dólares (433 milhões de euros) ou cerca de 62,9 milhões por mês (53 milhões de euros). Um valor que é cerca de um terço menor do que a média de 98,64 milhões gastos mensalmente em 2017 (foram executados 1,18 mil milhões de dólares), mas que é significativamente menor do que o verificado em 2016.

Nesse ano, o Estado gastou 1,63 mil milhões de dólares, o que representa cerca de 135,83 milhões de dólares mensais, mais do dobro do que gastou por mês nos últimos 20 meses.

ASP // JMC

Diplomatas e ativistas criticam condenação dos dois jornalistas birmaneses


Rangum, 03 set (Lusa) -- Diplomatas, organizações de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas criticaram a condenação a sete anos de cadeia imposta a dois jornalistas birmaneses da agência Reuters acusados de espionagem.

O tribunal da Birmânia considerou que os repórteres Wa Lone e Kyaw Soe Oo violaram a lei referente aos "assuntos secretos e oficiais", que data do período colonial britânico, por investigarem o massacre de muçulmanos de origem rohingya, em Rakain, no oeste do país.

Os dois jornalistas que trabalham para a agência Reuters foram detidos na noite de 12 de dezembro de 2017 depois de uma reunião que mantiveram com polícias birmaneses que, segundo os acusados, lhes entregaram documentos alegadamente confidenciais.

O embaixador britânico na Birmânia, Dan Chugg, mostrou-se "extremamente dececionado" com o veredicto do tribunal de Rangum.

"Este caso deixou hoje uma grande sombra sobre aquilo que é fundamental numa democracia: a liberdade de expressão e o Estado de Direito", disse Chugg minutos após a leitura da sentença em Rangum.

"O juiz parece ter ignorado provas e a própria lei birmanesa. Isto foi um ataque ao Estado de Direito", acrescentou.

Scott Marciel, embaixador dos Estados Unidos na Birmânia, manifestou "tristeza" e "preocupação" referindo-se aos repórteres, mas também ao país.

"É muito preocupante para todos os que lutaram pela liberdade de imprensa. As pessoas devem questionar se este processo atinge ou não a confiança do povo birmanês no próprio sistema judicial", afirmou Marciel.

O representante local das Nações Unidas e coordenador dos Assuntos Humanitários na Birmânia, Knut Ostby, mostrou "deceção" pelo veredicto e recordou os apelos da ONU a favor da libertação dos jornalistas e sobre o respeito pela liberdade de imprensa.

A Amnistia Internacional, a Human Rigths Watch e a Federação Internacional para os Direitos Humanos uniram-se para demonstrarem repúdio pela sentença tendo pedido igualmente a libertação imediata dos dois jornalistas.

A diretora do gabinete de Ações de Crise da Amnistia Internacional, Tirana Hassan, disse que a sentença foi motivada politicamente e advertiu sobre as consequências para a liberdade de imprensa no país.

"O veredicto é uma crua mensagem de aviso a outros jornalistas deste país sobre as severas consequências que os espera quando se aproximam dos abusos dos militares. Isto [sentença] foi censura perante o medo", disse Hassan através de um comunicado.

O diretor para a Ásia da organização Human Rights Watch, Brad Adams, afirmou que na Birmânia os tribunais são utilizados para "amordaçar" os que informam sobre as atrocidades cometidas pelos militares tendo-se referido também ao governo liderado pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

"A sentença atinge a liberdade de expressão e é um retrocesso no que diz respeito aos direitos dos cidadãos governados pelo executivo de Aung San Suu Kyi", disse Adams numa nota difundida hoje.

"As condenações não conseguem ocultar perante o mundo os horrores cometidos contra os rohingya e mostram o estado precário da liberdade de expressão que se vive no país. São necessárias ações internacionais urgentes para libertar estes jornalistas", acrescenta o documento do responsável da Human Rights Watch.

A secretária geral da Federação Internacional para os Direitos Humanos, Debbie Stothard, disse que a detenção "arbitrária" dos dois jornalistas e as acusações foram "fabricadas" porque revelaram um massacre que o próprio Exército birmanês já admitiu.

"A sentença não tem fundamento e é um duro revés contra a liberdade de imprensa e o Estado de Direito na Birmânia", acrescentou Stothard através de um comunicado.

PSP // SB

“Ha’u Preokupa Operadór Portál Governu Halo Fali Servisu Iha Rai Li’ur”


DILI, (TATOLI) – Deputadu Opozisaun Parlamentu Nasionál, hosi Partidu Demokrátiku (PD) Adriano do Nascimento, preokupa tebes operadór Portál Governu nian ne’ebé iha hela estranjeiru hafoin halo servisu ba Timor.

“Kuandu ha’u asume ministru, ha’u preokupa tebes tanba asesór ida ba opera portál governu halo fali servisu iha rai li’ur (Belgia-red). Informasaun governu nian ema iha nasaun seluk mak halo depois halo produsaun hafoin ita asesu,” Eis Ministru Prezidénsia Konsellu Ministru Adriano do Nascimento hato’o iha nia entrevista ba jornalista sira iha Parlamentu Nasionál, ohin.

Deputadu Adriano sujere ba governu konstitusionál da-8 nian atu haree polítika ba asuntu sira importante hanesan portal governu, tanba informasaun sai hosi governu depois ba tiha estranjeiru hafoin mai fali. Pior liu tan, mak la iha Timoroan ida mak akompaña asesór ne’ebé hela iha estranjeiru ne’e.

Pergunta, se asesór ne’e la transfere nia matenek ba timoroan, bainhira nia lakohi servisu ona ba timor, oinsá sustentabilidade portal governu nian.

“Asesór estranjeiru ne’e mai ho nia tempu, la’ós asesór to’o iha vida moris, balun lakohi ko’alia tan lian tetun, tanba ne’e, parlamentu diskute ona no aseita atu estabelese polítika atu asesór hotu tenke hatene dalen tetun  no iha obrigasaun atu hanorin Timoroan,” Vice Prezidente Bankada PD ne’e fó hanoin.

Ba nia, “Ita labele depende ba asesór rai li’ur, se kuandu mate ka fila, se mak halo servisu ne’e enkuantu Timoroan balun la akompaña.”

Entretantu, Ministru Prezidénsia Konsellu Ministru, Agio Pereira, lakohi fó komentáriu bainhira jornalista Tatoli aprosima hodi konfirmasaun.

Jornalista: Zezito Silva Editór: Manuel Pinto

Imajen: Deputadu Partidu Demokrátiku, Adriano do Nascimento. Imajen António Goncalves

MNEK Hasoru Problema Rua


DILI, (TATOLI) – Ministru Negosiu Estranjeiru no Kooperasaun (MNEK), Dionísio da Costa Babo Soares, hateten problema kuríkulu no implementasaun rejime kareira ba diplomata sira impede prosesu funsionamentu institutu diplomata hodi fó formasaun ba timoroan.

ʺInstitutu diplomata MNEk funsiona hela, maibé atrazu tanba iha 2017 kestaun kuríkulu maka seidauk funsiona kompetu, institutu diplomata hodi fó formasaun ba timoroanʺ, ministru ba Tatoli iha uma fukun, ohin.

Problema seluk tanba governu seidauk implementa rejime kareira profesionál diplomata hodi impede funsionamentu edifisiu ne’ebé harii hosi Governu Xina iha tinan hirak kotuk.

ʺAgora ita foin aplika rejime kareira tranzitóriu, tanba ne’e ita presiza hadi’a funsionamentu institusionál hodi haree hela ema ida iha kapasidade no koñesementu hodi lidera institutu ne’e atu funsiona hanesan institutu la’ós hanesan sentru treinamentuʺ, afirma.

Babo haktuir durante ne’e institutu funsiona hodi fó de’it formasaun lian inglés no portugés ba diplomata no funsionariu sira iha MNEK.

ʺInstitutu ne’e tenke nivel edukasaun ida hanesan ho seluk, nune’e eduka profesionál ba ita nia diplomata sira atu sai diplomata profesionálʺ, akresenta.

Hodi funsiona institutu ne’e, futuru sei hahú implementa rejime kareira profesionál ba diplomata sira.

Jornalista: Agapito dos Santos | Editora: Rita Almeida

Imajen: Ministru Negosiu Estranjeiru no Kooperasaun, Dionísio da Costa Babo Soares.

Proposta Haat Hosi Opozisaun La Pasa iha Plenária


DILI, (TATOLI) - Proposta haat (4) hanesan proposta ho númeru 42, 74, 73 no 75 hosi partidu opozisaun FRETILIN no PD la pasa iha diskusaun espesialidade ba orsamentu Ministériu Estadu Prezidénsia Konsellu Ministru ho montante miloens $3,635 iha plenária Parlamentu Nasionál, segunda ne’e.

Proposta 42 no 74 la pasa ho votu afavór 25, kontra 35 no absten 4. Proposta númeru 73 la pasa ho votu afavór 27, kontra 35 no absten 2. Entretantu, proposta númeru 75 la pasa ho votu afavór 24, kontra 35 no absten 4. Proposta hirak ne’e mai hosi deputadu sira hanesan Maria Angélica Rangel, António da Conceição, Antoninho Bianco, Joaquim dos Santos no Adriano do Nascimento.

Proposta 42 no 74 husu atu redús mil $400 ba kategoria Bens no Serbisu hosi dotasaun inisiál mil $878 ba Direrasaun Nasionál Administrasaun no Finansas iha órgaun Ministru Estadu Prezidénsia Konsellu Ministru.

Proponente sira justifika katak orsamentu ne’e konsidera boot tanba fó todan ba despeza rekorente sira, satán serbisu efetivu ba tinan ida ne’e hela fulan tolu de’it.

Iha proposta númeru 73 ne’e husu atu redús mil $178 hosi dotasaun inisiál ho montante mil $513 ne’ebé koloka ba Diresaun Nasionál Lojístika no Patrimóniu iha Ministériu Estadu Prezidénsia Konsellu Ministru nia tutela.

Razaun halo redusaun tanba proponente sira haree katak orsamentu jerál Estadu (OJE) 2017 nian iha rúbrika ida ne’e aloka ona mil $529 ba diresaun refere, maibé diresaun ne’e durante periodu ne’ebá gasta orsamentu hira no halo saida laiha justifikasaun no OJE 2018 liuhusi diresaun refere halo proposta orsamentu ne’ebé hanesan mensiona iha leten atu gasta mezmu tempu efetivu halo serbisu fulan tolu de’it.

Proposta númeru 75 husu atu redús mil $900 hosi dotasaun inisiál miliaun $1 ne’ebé aloka ba rúbrika Kapitál Menór tanba tempu limitadu (efetivu serbisu fulan tolu de’it).

Entretantu, Ministru Estadu Prezidénsia Konsellu Ministru, Agio Pereira, esplika katak orsamentu hirak ne’e atu prioritiza estabelesementu akizisaun mobiliáriu ba gabinete ministériu foun sira (liu-liu ministériu foun ne’ebé nia ministru seidauk toma pose), reabelita gabinete barak ne’ebé degrada ho grau ás, selu dívidas hosi Timor Telecom $213, 636, selu EDTL $846,240, selu dívidas ba Telkomcel $47,890.75, fasilita catering (hahan) ba reuniaun importante sira iha Konsellu Ministru no sel-seluk tan.

Jornalista: Xisto Freitas | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Deputadu sira halo votasaun iha diskusaun espesialidade Orsamentu Jerál Estadu (OJE) 20018 iha uma fukun Parlamentu Nasionál. Imajen António Goncalves

Esculturas contemporâneas "gigantescas" que iluminam Macau têm mão portuguesa


Macau, China, 02 set (Lusa) - Dez esculturas "gigantescas" de luz, com traços contemporâneos, começaram a iluminar este fim de semana uma avenida em Macau, num festival que tem mão de artistas portuguesas.

Não é por acaso que o "Festival das Lanternas" se realiza -- já pelo terceiro ano consecutivo - neste período do ano, antes e durante o outono, explicou à Lusa o arquiteto Carlos Marreiros, à margem da inauguração do certame, este sábado.

O festival realiza-se em paralelo com uma tradicional celebração chinesa -- o festival do bolo Lunar (ou festival da Lua), que coincide todos os anos com o equinócio de outono do calendário solar.

Nesta altura, conta-nos, as crianças "pegam nas suas lanternas para celebrar a Lua nas suas mãos", uma tradição "que nunca se perdeu em Macau".

As esculturas "gigantescas" de Marreiros, entre seis e doze metros, são uma interpretação contemporânea da Lanterna do Coelhinho, uma estrutura de bambu e papel colorido que existe há mais de 200 anos em Macau.

Quando o território passou para a administração chinesa, em 1999, a estrutura "curiosamente adquiriu as cores da China e de Portugal", lembrou o artista: o vermelho e amarelo, de ambos os países, e ainda o verde, da bandeira lusa.

"Aqui, interpreto de forma contemporânea e em vez de utilizar bambu utilizo uma estrutura aligeirada de aço, para aguentar os tufões", garantiu Marreiros, pouco depois de Macau ter assinalado um ano do "Hato", o pior tufão dos últimos 53 anos a atingir o território.

Apesar de ser o autor de metade destas "estruturas de luz" - como gosta de lhes chamar, Carlos Marreiros convida todos os anos artistas internacionais. Este ano, há estruturas da autoria da portuguesa Ana Jacinto Nunes, e ainda de uma britânica, de um italiano, de um chinês e de um local, de Macau.

Para a terceira edição Marreiros escolheu o tema "Love is in the air" (o amor está no ar). "A ideia é muito simples", confessa, mas "para que se torne popular" deve seguir uma mensagem simples. Este ano é isso mesmo: "o amor nas suas várias formas", disse.

Por fim, o arquiteto mostrou vontade de continuar a organizar o festival nos próximos anos, em que espera estender as estruturas iluminadas "a toda a avenida".

FST // JPS

China – África | Relações bilaterais ditam importância do encontro em Pequim -- Fórum Macau


Macau, China, 02 set (Lusa) -- A importância da participação dos países africanos de língua portuguesa no Fórum China-África "deve ser avaliada no contexto das relações bilaterais" que estes mantêm com Pequim, disse à agência Lusa a secretária-geral adjunta do Fórum de Macau.

Em causa, enuncia Glória Batalha, está a participação de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, os cinco países africanos entre o oito que fazem parte do Fórum de Macau, uma plataforma de cooperação multilateral entre a China e os países de língua portuguesa.

O Fórum de Macau foi criado em outubro de 2003, por iniciativa do Governo chinês com o objetivo de impulsionar e fomentar as relações comerciais e culturais entre a China e oito países de língua portuguesa, procurando privilegiar Macau como plataforma entre estas economias.

Em quase duas décadas, as relações comerciais dos países de língua portuguesa com a China registaram um aumento significativo, muito por culpa da ação do Fórum de Macau.

Se em 2002, antes do estabelecimento do Fórum, o valor global das trocas comerciais era de cerca de 6.000 milhões de dólares (cerca de 5.100 milhões de euros), em 2017 foi de 117,6 mil milhões de dólares (cerca de 101 mil milhões de euros).

Já o investimento direto da China nos países lusófonos passou de 56 milhões de dólares em 2003 (48,3 milhões de euros), para cerca de 5.700 milhões de dólares em 2016 (4.900 milhões de euros), sendo que o investimento total da China nestes países é de 50 mil milhões de dólares (43,1 mil milhões de euros).

A terceira edição do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) deverá juntar em Pequim, entre 03 e 04 de setembro, dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano.

A cimeira contará com três novos países: São Tomé e Príncipe, Burkina Faso e a Gâmbia, que elevam assim para 53 o número de nações africanas com relações com a China.

Desde 2015, a média anual do investimento direto da China no continente fixou-se em 3.000 milhões dólares (2.500 milhões de euros), com destaque para novos setores como indústria, finanças, turismo e aviação.

O primeiro Fórum de Cooperação China-África aconteceu em Pequim, em 2006, e a segunda edição decorreu na África do Sul, em 2015.

JMC/MIM (EJ) // PVJ