Os trabalhadores timorenses manifestaram-se hoje em Díli pelo aumento do salário mínimo nacional e por mais justiça social, num protesto organizado pela Confederação dos Sindicatos de Timor-Leste (CSTL) e marcado por uma fraca adesão.
"Os trabalhadores timorenses ainda estão pouco sensibilizados para os seus direitos, mas este dia é importante", lamentou Amâncio da Costa, da CSTL, quando questionado pela Lusa sobre a fraca adesão dos timorenses.
O protesto teve início na sede da CSTL em Díli e terminou junto do Palácio do Governo.
"Queremos mais justiça social e o aumento do salário mínimo para 150 dólares (cerca de 140 euros)", disse o presidente da CSTL, Almério Vila Nova.
No comunicado, divulgado à imprensa na terça-feira, a CSTL referiu que Timor-Leste enfrenta o "problema do salário mínimo estagnado, sem aumentos adicionais" e alerta que os baixos rendimentos vão continuar a deixar em risco os "trabalhadores mais pobres em tempos cada vez mais difíceis".
Para a central sindical, não se pode continuar a "perpetuar a desigualdade económica existente" com "salários baratos".
No comunicado, a CSTL recorda que o valor de 150 dólares foi fixado após "um longo processo" pelo Conselho Nacional do Trabalho, composto por representantes do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores.
O salário mínimo em Timor-Leste é de 115 dólares (cerca de 107 euros) e "não é aumentado há 12 anos", salientou Amâncio da Costa.
Em 2019, o Conselho Nacional do Trabalho aprovou uma proposta para que o salário mínimo fosse aumentado para 150 dólares, mas o aumento nunca foi concretizado.
A central sindical timorense representa vários sindicatos, incluindo o dos trabalhadores da função pública e da educação.
RTP | Lusa