segunda-feira, 9 de maio de 2016

Vise-ministru Finansa timoroan defende kresimentu ida "sustentável no sólidu"


Kresimentu ekonómiku ida "sustentável no sólidu", sei menor tebes, importante liu ba futuru Timor-Leste  laós servisu deit ba kresimentu ida ho díjitu rua, maibé liliu atu alimenta ba iha gastu públiku, hatete  iha ohin governante timoroan ne’e.

"Atu iha  kresimentu ekonómiku ida maka’as importante liu maka iha kresimento ida sustentável no sólidu", haktuir vise-ministru Finansa Hélder Lopes.

Hanesan  PIB depende, barak liu, hosi gastu públiku, atu aumenta  kresimentu ekonómiku basta deit  aumenta  investimentu públiku maibé ida ne’e" seidauk sustentável", nia hatutan.

Hélder Lopes koa’lia iha  inísiu fórum debate ne’ebé buka  alternativa ba dependénsia timoroan iha  petróleu no gás naturál, promove ekonomia ida ne’ebé  intensifikadu iha setór seluk, liliu agrikultura, turizmu no manufatura.

Fórum Dezenvolvimentu Nasionál (FDN) ne’ebé sei hala’o to’o tersa-feira ne’e promove hosi  Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), hosi Institute of Business (IOB), Universidade da Paz no hosi Policy Leaders Group (PLG).

Enkontru ne’e reúne responsável hosi  Governu no reprezentante sosiedade sivil no mundu akadémiku sira ne’ebé hakarak enkuadra debate ne’e iha programa dezenvolvimentu nasional Timor-Leste nian no iha  ajenda reforma ne’ebé ezekutivu forma ona.

Hélder Lopes halo analiza ba dezafiu ne’ebé nasaun enfrenta no ninia implementasaun ba  Planu Estratéjiku Dezenvolvimentu Nasionál (PEDN), ne’ebé tama iha tinan ida ne’e ninia faze daruak, ne’ebé marka hosi eixus  dezenvolvimentu iha rekursus umanus, infraestrutura no diversifikasaun ekonómiku.

Governante ne’e, hatete, kontinua tau nafatin iha ajenda reforma administrativa, lejislativa, ekonómika no fiskál, maibé fortalese  infraestrutura ne’e importante liu atu bele dada investimentu sira.

"Infraesturura bázika maka importante hodi diversifika ekonomia. Ami iha Governu konsidera katak ami iha kondisaun ba setór privadu", nia hatutan.

Visi-ministru ne’e mos dehan katak ajenda reforma fiskál hanesan reseita la’os-petrolífera, no esplika tan katak prosesu ne’e iha ligasaun ho diversifikasaun ekonomia “hodi aumenta baze tributável”.

Bolormaa Amgaabazar, responsável hosi Banku Mundiál ba Timor-Leste haktuir kona-ba progresu hirak ne’ebé nasaun ne’e alkansa iha tinan lima ikus ne’e, desde PND halo aprovasaun, liu-liu ba área Saúde no edukasaun.

Mortalidade maternu-infantil tuun, iha médiku barak, kuaze labarik barak maka halo parte ona ensinu primária no 10% ba sekundáriu, 70% hosi populasaun hetan ona asesu ba eletrisidade no reseita doméstika mos sa’e hosi pursentu sia ba 12% hosi Orsamentu Estadu nian.

Amgaabazar dehan katak hosi indikadór ne’ebé ladun iha progresu, setór bee no saneamentu inklui mos empregu ne’ebé ladun buras, tanba kontinua hetan impaktu hosi kresimentu sustentável no diversifika ekonomia ne’ebé hanesan dezafiu bot ida.

Ba futuru, nia defende katak Governu tenke “konsetra liu ba iha prioridade sentrál” no di’ak liu avansa de’it ba iha área balun duké la’e liu.

Ekonomista João Saldanha haktuir kona-ba problema ne’ebé sei kontinua lalakon, no konsidera katak kresimentu ne’ebé iha ladauk to’o hodi kumpri objetivu prinsipál hosi PEDN nian, liu-liu atu lori Timor-Leste tama ba grupu hosi nasaun ho rendimentu médiu ka aas.

 “Ita tenke halo reforma ida ne’ebé sériu. La’os reforma ne’ebé halimar de’it”, dehan, hodi haktuir ezemplu hosi produtividade setór agríkola ka turístika nian ne’ebé kiik.

Ezemplu maka agrikultura, hanesan setór ne’ebé kontribui ona dolár milloens 187,5 ba PIB, bainhira media rejionál maka dolár milloens 738,6, ba termu komparativu.

Dezafiu sira hanesan Estadu ne’ebé halo pagamentu tarde, ladauk iha lei ba rai no propriedade, justisa ne’ebé sei fraku no ladun iha kompetitividade iha rai-laran, inklui maun-de-obra ne’ebé ladun iha kualidade maka sai nu’udar obstákulu ba investimentu.

 “Ita presija Governu ida ne’ebé kompotente hodi promove polítika sólida. Ne’ebé desentraliza, atu ladun gasta orsamentu to’o rihun milloens kada tinan no uza modelu seluk ba gastu públiku”, dehan.

SAPO TL ho Lusa

Lezadu Perdua Arguidu, Tribunal Absolve Hendrique


DILI - Tribunal Distrital Dili absolve arguidu Hendrique de Araujo husi krime  Ofensas Integridade Fizika Simples (OIFS), tanba lezadu Yohanes da Silva hili dame no hakarak halo dezistensia de keisa ba krime nee.

Liu husi audensia julgamentu juiza prosesu Sribuana da Costa hatete, tanba iha autus junta ona karta akordu ida husi lezada no arguidu neebe halo dada fali ona kazu nee iha polisia, entaun lei fo dalan ba tribunal hodi absolve arguidu husi krime nee, dehan nia iha TDD.

Iha audensia nee lezadu neebe halo keiza hasoru arguidu la marka nia presensa tanba tuir informasaun katak ba tiha Inglatera ona. Nunee tanab arguidu mesak mak kolabora ho tribunal, entaun tribunal absolbe nia husi krime nee sem prezensa lezadu nian.

Audensia nee prezide husi juiz singular, Sribuana da Costa, Ministeriu Publiku reprezenta Prokurador Nelson Carvalho no arguidu hetan defensor publiku Manuel Exposto. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (7/5/2016). Domingas Gomes

Suara Timor Lorosae

LÍNGUA DE CAMÕES EM TIMOR-LESTE: QUO VADIS?


M. Azancot de Menezes,  Díli - opinião

Um investigador brasileiro da Universidade de Campinas, Alan Carneiro, escreveu um artigo “problematizador” sobre as políticas linguísticas em Timor-Leste, abordando também as tensões no campo da formação docente. O autor, logo na introdução do seu estudo, referia, e passo a citar, «Ao chegar ao aeroporto de Díli, Timor-Leste, as placas de propaganda indicam uma complexa situação linguística: o anúncio de uma instituição financeira indonésia, o banco Mandiri, está em língua indonésia; curiosamente a propaganda do banco Australian and New Zealand (ANZ) está em português, a língua oficial; o de uma organização não governamental (ONG) norteamericana, Buy Local que actua no país, está em inglês, com a tradução para a língua oficial, o tétum». 

No segundo parágrafo, Carneiro, desenvolvendo o seu pensamento em jeito de prosa, afirma: «ao percorrer a cidade, a diversidade de línguas utilizadas não só nas placas e sinalizações, mas também nos diversos contextos de interacção surpreende ainda mais: pessoas falando em tétum nas ruas, nas feiras e nas casas; professores portugueses e brasileiros ensinando e interagindo em língua portuguesa nas universidades e em cursos de formação de professores; trabalhadores internacionais dos mais diversos países conversando em inglês nos restaurantes, nas agências internacionais e nas sedes de ONG´s; comerciantes de diferentes nacionalidades, mas principalmente indonésios e chineses, utilizando a língua indonésia e o inglês, dentre estes últimos ainda se vê alguns que utilizam o hakka ou o yue, línguas vindas do sul da China que estão presentes no país desde tempos remotos».
   
Às citações mencionadas na introdução desta reflexão, independentemente de continuarem no seu todo a representar a realidade actual ou não, poderemos acrescentar outras, algumas caricatas. A carta de condução e o bilhete de identidade são entregues aos cidadãos em língua portuguesa e inglesa. O cartão de eleitor, tal como deviam estar todos os documentos, está em português e tétum, as duas línguas oficiais. No entanto, vários formulários das universidades e outras instituições estão escritos em língua indonésia. Nos hospitais os médicos cubanos falam em espanhol. Outros profissionais de saúde comunicam em língua indonésia, tétum e alguns em português.  

No espaço da classe política, caso do Parlamento Nacional, apesar dos documentos que por lá circulam estarem escritos em língua portuguesa e em tétum, os deputados discutem e abordam os diversos temas na língua tétum e alguns até em língua indonésia mas, raramente em português, devido à incapacidade de muitos deputados dominarem a língua portuguesa. Nas reuniões governamentais repete-se o mesmo, pois, de forma rotineira, discute-se em tétum, e quando é necessário elaborar um discurso com a introdução de vocabulário inexistente em tétum, utiliza-se a língua indonésia ou a língua portuguesa, esta última quase sempre com qualidade questionável. 

Todas estas constatações que servem de mote para esta reflexão sobre a “língua de Camões em Timor-Leste” são algo provocatórias, mas não deixam por isso de ser uma realidade actual, complexa, dirão alguns, mas os problemas desta natureza, mesmo difíceis, podem ter soluções adequadas, desde que haja vontade política e o envolvimento de protagonistas tecnicamente competentes.

Em jeito de preâmbulo, referi-me a um cenário geral vivido em Díli, mas para melhor discutirmos a “língua de Camões em Timor-Leste”, é um imperativo abordarmos com algum detalhe o «campo da educação», muito maltratado, apesar de ser um campo específico e estratégico para o desenvolvimento sustentável do País.
  
Estou a utilizar de forma premeditada a expressão «campo» e a lembrar-me do grande sociólogo Pierre Bourdieu (1939-2002), uma referência fundamental para abordagens sociais, e que tem sido importante para transmitirmos aos socialistas timorenses e aos simpatizantes do Partido a ideia de que nenhum poder político pode escamotear o facto do nosso sucesso educativo depender muito das condições sociais, económicas e culturais dos jovens e das suas famílias, que vivem na miséria.

Na perspectiva deste grande autor francês, cada «campo» possui regras do jogo e desafios específicos, sendo um «microcosmo incluído no macrocosmo constituído pelo espaço nacional global» (Lahire, 2002, citado por Catani, 2011). Partindo deste pressuposto que se aplica a Timor-Leste e a qualquer outro País, facilmente somos a concluir que os interesses sociais são sempre específicos de cada «campo» e não se reduzem aos interesses estritamente económicos. Como já defendia Lahire (2002), «um campo possui uma autonomia relativa», porque as lutas que nele ocorrem têm uma lógica interna, mas o seu resultado nas lutas (económicas, sociais, políticas…) externas ao campo pesa fortemente sobre a questão das relações de força internas.

No campo da educação, constata-se que a maior parte dos professores que temos no País não dominam a língua portuguesa porque foram formados no período da ocupação indonésia, principalmente nos anos 80, altura em que a Indonésia teve uma política mais agressiva no processo de aniquilamento do português e da imposição da língua utilizada pelo país invasor, nomeadamente através da utilização de professores indonésios provenientes de várias ilhas indonésias.
  
Por outro lado, a partir da década de 90, muitos timorenses ingressaram em universidades indonésias, e na única universidade existente em Timor-Leste no tempo da ocupação, o ensino era ministrado integralmente em língua indonésia, para além de que a segunda língua ensinada nas escolas era o inglês, com excepção do Externato de São José onde os padres Leão da Costa, Domingos Morato da Cunha, Martins, Felgueiras e o Enfermeiro António Maria (falecido), ministravam o ensino em língua portuguesa, sem nenhum apoio de Portugal.

Perante este panorama, tendo em consideração que depois da ocupação indonésia o português foi interditado e o tétum era considerado pelo invasor como língua sem valor social, servia apenas para comunicação, a partir de 2000, com a opção pela adopção das duas línguas oficiais, tétum e português, o Estado timorense deparou-se com resmas de problemas e desafios que exigiam respostas com capacidade e competência para a implementação de políticas educativas e culturais correctas, e que respondessem com eficácia às necessidades do país, recorrendo, sem pejo e preconceitos, ao aproveitamento de sinergias locais e internacionais, (bem) seleccionadas, para fugir ao lobby anglófono que de forma muito subtil vai penetrando nas super-estruturas do País através dos assessores internacionais de países de língua inglesa e portuguesa.

A ausência de recursos humanos capazes no domínio da educação, assim como o não aproveitamento dos quadros existentes, na maior partes das vezes por razões subjectivas e medíocres, demonstrou a total incapacidade do País em resolver questões estratégicas no campo da educação. Muitos dos políticos que assumiram cargos de relevo na área da educação, temos que assumir com modéstia estas verdades, em alguns casos por incompetência, em outros por cedência aos interesses de países não interessados na implantação da língua portuguesa em Timor-Leste, não foram capazes de traçar linhas mestras estratégicas de actuação suficientemente robustas para responder com eficácia às necessidades reais do País. 

Esta incapacidade estrutural e conjuntural foi e (ainda) é visível na ausência de políticas educacionais capazes. Sabendo nós que o ensino superior qualificado cumpre um papel de importância estratégica para o desenvolvimento de qualquer País, num quadro em que se assiste à proliferação do ensino superior em Timor-Leste, importa pois questionar qual é a qualidade do ensino superior timorense, e discutir o que se faz, o que não se faz e o que se devia fazer no domínio da formação de professores de língua portuguesa.  

Na maior parte das onze instituições de ensino superior do País, esta é a verdade, ensina-se só em língua indonésia pois os docentes não sabem falar nem escrever português. Em algumas instituições ensina-se em tétum e em língua indonésia. Os estabelecimentos que vendem livros de língua portuguesa, apesar de ter havido ligeira melhoria, são escassos, e os livros têm preços proibitivos, um luxo para o bolso da maioria dos estudantes filhos de agricultores pobres e dos professores dispersos pelo País que auferem um salário de miséria, obviamente insuficiente para sustentar as suas numerosas famílias, sendo certo que, por esta e por outras razões, não há nem pode haver hábitos de leitura. As bibliotecas são escassas e as que existem nas universidades, praticamente, só têm livros em língua indonésia, alguns em inglês e raros em português.

E depois há aqueles que querem trabalhar com qualidade e interesse nacional mas são sistematicamente sabotados por razões mesquinhas, a maior parte das vezes por altos responsáveis que não sabem decidir em matéria de políticas de educação e no que respeita à regulação do funcionamento das instituições de ensino superior. Um caso paradigmático é ilustrado pela Universidade de Díli (UNDIL). Preparou-se para abrir este ano um curso de formação inicial de professores de língua portuguesa, elaborou o projecto em conformidade com as exigências da agência de avaliação e acreditação nacional, seleccionou docentes de alto nível científico-pedagógico com bom conhecimento da complexidade da situação linguística e sociolinguística nacional, abriu inscrições, constituiu uma turma, mas, após ter solicitado ao Ministério da Educação um amparo financeiro insignificante, nem resposta escrita lhe foi apresentada, tendo-se verbalmente alegado não haver orçamento, note-se, para auxiliar a abertura de um curso de licenciatura de ensino de língua portuguesa (!). 

O episódio que relatei, mas outros poderiam ser historiados, espelha a incongruência, as nossas fragilidades, a falta de visão estratégica, e o incumprimento superior da Constituição da RDTL e da Lei de Bases da Educação, porque é o próprio Estado, o mesmo que escolheu como línguas oficiais o tétum e o português, através do Ministério da Educação, a criar resistência à abertura de um curso de formação inicial de professores de língua portuguesa.  

Enquanto isso, há vários docentes portugueses sem o devido aproveitamento na Universidade Nacional de Timor Loro´sae (UNTL), enviados pelo Instituto Camões,  uma instituição que deixa muito a desejar em matéria de cooperação com Timor-Leste e que parece não entender o excelente trabalho que está a ser realizado pela Embaixada de Portugal em Timor-Leste, pela Escola Portuguesa Ruy Cinatti, bem como pela Fundação Oriente representada no País. 

O lamentável estado de coisas que se verifica em Díli só pode significar que vários responsáveis políticos do País da área da educação, e do Instituto Camões, ainda não assimilaram que as políticas de educação superior só serão válidas se reflectirem uma linha orientadora que se baseie no estado actual do desenvolvimento da nossa educação superior e transporte consigo uma visão, uma missão, objectivos e metas que se enquadrem num projecto social globalizante. 

Este é o cenário sociolinguístico verificado em Díli, mas, se avançarmos para os Municípios, a complexidade é enorme. Segundo Cinatti (1987), Thomaz (2002) entre outros autores citados no Atlas de Timor-Leste (2002), existem mais de 35 línguas maternas, e que resultam da «diversidade geográfica da ilha, às guerras internas e à consequente integração de subgrupos em outros grupos étnico-linguísticos». Tudo isto terá contribuído para a diversidade cultural e linguística do país, pois, é preciso ter em devida atenção que «a ilha de Timor foi, primeiramente, povoada pelos povos Papua, cerca de 7000 a.C., e pelos povos austronésios, aproximadamente 2000 a,C., tendo sido posteriormente abordada por outros povos em migração entre a Ásia e a Austrália e o arquipélago do Pacífico». 

Há estudos que mostram a evolução das principais línguas maternas de Timor-Leste e que devem ser partilhados para a melhor compreensão desta temática. De acordo com Cinatti (1987), Thomaz (2002) et al, citados no Atlas de Timor-Leste (2002), em 2001 a língua mais falada era o tétum (22.5%), seguindo-se o mambae (20%), o makasai (13%), o búnaq ou búnague (7%) e com menos de 5% o baiqueno, o kêmak, o fatalúku, o tocodede, o uaimoa, o tétum-teric, o kairui, o midiki, o idate, o makalero e o galóli. Entre 1961 e 1975, o mambae era falado por quase 30% da população (Atlas de TimorLeste, 2012). Mas há ainda a considerar outras línguas maternas e a já mencionada língua indonésia, importada, falada praticamente em todo o País.
       
Apesar do artigo 13º da Constituição da RDTL defender que o tétum e o português são as línguas oficiais, o panorama educativo está em situação muito frágil, quer no domínio científico-pedagógico, quer no campo organizacional ou curricular, e parece não haver interesse real em compreender e analisar com “lentes pedagógicas e linguísticas” os programas de formação de professores de língua portuguesa e tentar entender a problemática das políticas linguísticas.

Mas as razões do insucesso também se prendem com o facto de (alguns) professores portugueses que são enviados para o nosso País terem uma perspectiva demasiado redutora da sua missão e cingirem-se à visão eurocêntrica da nossa realidade linguística, pensando que ensinar a língua portuguesa em Timor-Leste é uma repetição do que se faz em Portugal ou em outros países europeus, esquecendo-se de que o sucesso das aprendizagens depende muito das competências de âmbito alargado onde se inclui o conhecimento sobre as línguas nacionais e sobre as diversidades sociolinguísticas e étnicas locais.

Uma investigadora da Universidade Aberta (Lisboa), Hanna Batoréo, fez um estudo muito interessante sobre a problemática do ensino de português em Timor-Leste. Como não sou um especialista nesta matéria, sinto-me na obrigação de partilhar no Jornal «A Voz Socialista» algumas ideias desta autora que consubstanciam parte do que defendi nesta reflexão educacional. Para se ensinar português em Timor-Leste de um modo sustentável, diz Batoréo (2007), «antes de mais exige dos agentes de educação oficiais um bom conhecimento (pelo menos passivo) das características linguísticas dos idiomas falados localmente, que pertencem às famílias linguísticas muito distintas do ponto de vista tipológico do Português e das outras línguas conhecidas, faladas e estudadas tradicionalmente na Europa». 

Para que o trabalho do professor que vem ensinar português em Timor-Leste seja bem sucedido e atraente para quem deseja aprender, há aspectos linguísticos fundamentais a tomar em consideração, e que são descurados por alguns docentes portugueses (e brasileiros) impreparados. Efectivamente, aspectos como a «ordem das palavras, o emprego dos tempos verbais, a ausência dos artigos, a forma disjuntiva de construir perguntas, a resposta a perguntas na negativa, as conceptualizações diferentes no funcionamento do sistema quini-decimal, a utilização de empréstimos lexicais de Indonésio no vocabulário técnico são apenas alguns dos fenómenos linguísticos que o professor do Português tem que ser preparado para enfrentar» (Batoréo, 2007).
  
Por sermos um País católico-cristão, mas ainda agarrado aos credos e valores reais e de origem, não podia deixar de terminar esta reflexão relembrando o que reza o evangelho.
  
São Pedro ao fugir de Roma com receio de ser torturado cruzou-se com Jesus (ressuscitado) e, muito admirado, perguntou-lhe: «Quo vadis?» (Para onde vais?). Jesus respondeu-lhe: «Roman vado iterum crucifigi» (Vou a Roma para ser Crucificado de novo).  

Díli, 07 de Maio de 2016. 

*Azancot de Menezes, Secretário-Geral do PST 

Nota: Artigo publicado na 3ª Edição de Abril de 2016 do Jornal «A Voz Socialista»

Vice-ministro das Finanças timorense defende crescimento "sustentável e sólido"


Díli, 09 mai (Lusa) - Um crescimento económico "sustentável e sólido", ainda que menor, é mais importante para o futuro de Timor-Leste do que simplesmente trabalhar para um crescimento a dois dígitos, especialmente se alimentado por gasto público, disse hoje um governante timorense.

"Mais do que ter um crescimento económico muito grande é mais importante ter um crescimento sustentável e sólido", disse Hélder Lopes, vice-ministro das Finanças.

Como o PIB depende ainda, em grande parte, do gasto público, para aumentar o crescimento económico bastaria aumentar o investimento público mas isso "não seria sustentável", sublinhou.

Hélder Lopes falava no início de um fórum de debate que pretende encontrar alternativas à dependência timorense do petróleo e gás natural, promovendo uma economia que intensifique outros setores, nomeadamente agricultura, turismo e manufatura.

O Fórum de Desenvolvimento Nacional (FDN) que decorre até terça-feira é promovido pela Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), pelo Institute of Business (IOB), pela Universidade da Paz e pelo Policy Leaders Group (PLG).

O encontro reúne responsáveis do Governo e representantes da sociedade civil e do mundo académico que pretendem enquadrar este debate no programa de desenvolvimento nacional de Timor-Leste e na agenda de reformas que o executivo está a levar a cabo.

Hélder Lopes analisou os desafios que o país enfrenta no intuito de implementar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN), que entrou este ano na sua segunda fase, marcada pelos eixos de desenvolvimento de recursos humanos, infraestruturas e diversificação económica.

O Governo, disse, continua empenhado numa agenda de reforma administrativa, legislativa, económica e fiscal, mas fortalecer infraestruturas é vital para atrair investimento.

"Há investidores que chegam com interesse e depois, passadas duas semanas, visitam-nos de novo, deixam-nos o cartão-de-visita e dizem: quando tiverem estradas, portos e o resto liguem-me para vir investir", afirmou.

"As infraestruturas básicas são essenciais para diversificar a economia. Nós no Governo consideramos que temos que criar condições para o setor privado", sublinhou.

O vice-ministro defendeu ainda a agenda de reforma fiscal como fonte adicional de receitas não petrolíferas, explicando que esse processo está intimamente ligado à diversificação da economia "para aumentar a base tributável".

Bolormaa Amgaabazar, responsável do Banco Mundial para Timor-Leste, destacou os progressos dos últimos cinco anos, desde que foi aprovado o PND, especialmente na saúde e educação.

A mortalidade materno-infantil caiu, há mais médicos, quase participação universal no ensino primário e um crescimento de 10% na participação no secundário, com 70% da população já com acesso a eletricidade e as receitas domésticas a crescerem de nove para 12 por cento do Orçamento do Estado.

Amgaabazar destacou, entre os indicadores com menos progresso, o setor de água e saneamento e o emprego, que não cresceu significativamente, referindo que manter um crescimento sustentável e diversificar a economia são grandes desafios.

Para o futuro defendeu que o Governo se deve "concentrar em prioridades centrais" e que é melhor avançar consolidado em poucas áreas do que não avançar significativamente em muitas.

O economista João Saldanha, por seu lado, referiu-se aos problemas que persistem, considerando que o crescimento não tem sido suficiente para cumprir os objetivos principais do PEDN, nomeadamente elevar Timor-Leste para o grupo de países de médio e alto rendimento.

"Temos de fazer reformas a sério. Não reformas faz de conta", disse, destacando por, exemplo, a baixa produtividade do setor agrícola ou turístico.

Na agricultura, por exemplo, o setor contribui com 187,5 milhões de dólares para o PIB quando a média regional é de 738,6 milhões de dólares, em termos comparativos.

Desafios como atrasos do Estado em pagar, a falta de lei de terras e propriedades, a debilidade da justiça e a falta de competitividade do país, inclusive pela mão-de-obra pouco qualificada, são outros dos entraves ao investimento.

"Precisamos de um Governo competente que promove políticas sólidas. Que se descentralize, que limite o gasto orçamento a mil milhões por ano e que passe a atuar com outros modelos de gasto público", afirmou.

ASP // MP

Pró-democratas pedem demissão de chefe do Governo de Macau por alegada corrupção


Macau, China, 08 mai (Lusa) - A Novo Macau, a maior associação pró-democracia do território, acusa o líder do Governo local de "fraca integridade" e alegada corrupção pela atribuição de um apoio a uma universidade da China continental e pede a sua demissão.

As acusações, que o executivo já rejeitou, constam de uma petição colocada 'online' no sábado à noite e hoje apresentada numa conferência de imprensa pela Associação Novo Macau.

Em causa está a atribuição, através da Fundação Macau, de um apoio de 100 milhões de yuan (13,5 milhões de euros) à Universidade de Jinan.

A associação diz que a aprovação deste apoio foi feita sem conhecimento público e sublinha que o chefe do Governo de Macau, Fernando Chui Sai On, preside ao Conselho de Curadores da Fundação e é, em simultâneo, vice-presidente do Conselho Geral da Universidade de Jinan.

Para a Associação Novo Macau, Chui Sai On está, "sem dúvida, envolvido num conflito de interesses".

A associação apela para a assinatura, até segunda-feira, da petição que pede a demissão do chefe do executivo pela sua "fraca integridade e alegado envolvimento em corrupção" e promete novas ações se não houver resposta por parte do Governo.

Ainda antes de se conhecer o teor da petição da associação, o Governo de Macau emitiu um comunicado sobre esta questão, para esclarecer "rumores e acusações no seio da sociedade".

"O chefe do executivo foi convidado para desempenhar as funções de vice-presidente do Conselho Geral da Universidade de Jinan, não recebendo qualquer remuneração ou interesses, pelo que não existe tráfico de influências, tal como tem sido acusado", lê-se no texto.

Segundo a mesma nota, o apoio atribuído à universidade é para construir um edifício para o ensino na área da comunicação social no campus de Cantão e duas residências para estudantes de Hong Kong e Macau no campus de Panyu.

"Estas são instalações que beneficiam os estudantes locais, por isso, o Governo de Macau espera poder contribuir para o crescimento e o fortalecimento desses jovens, que após conclusão dos cursos, regressam e participam no desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau", acrescenta.

O Governo diz ainda que Macau "registou um desenvolvimento acelerado" desde 1999, quando a administração do território passou de Portugal para a China, e, "por isso, retribuir à pátria e contribuir para o desenvolvimento e educação do país é de facto um dever de Macau".

O executivo garante, por outro lado, que esta doação não afeta os apoios a instituições do território.

Também a Fundação Macau emitiu um comunicado no qual explica que desde 1999 "tem prestado, de uma forma adequada, apoio financeiro às zonas menos desenvolvidas do interior da China (...) para ajudar a construção das suas infraestruturas, luta contra a miséria e desenvolvimento educativo".

"Por outro lado, a fundação tem mantido uma estreita cooperação com as universidades chinesas de renome" e a Universidade de Jinan já formou cerca de 20.000 alunos de Macau, que beneficiam de uma "política de preferência" e apoio por parte da instituição de ensino, nomeadamente ao nível das propinas e beneficiando de bolsas de estudo.

A fundação garante ainda que "todos os procedimentos sobre a concessão de subsídios da Fundação Macau foram devidamente cumpridos" neste caso.

MP // CSJ

Comunidade lusa em Pequim celebra Dia da Língua Portuguesa com fotografia e cinema


João Pimenta, da Agência Lusa
Pequim, 08 mai (Lusa) - Após sete anos em Pequim, André Ferreira está "adaptado" à cultura local, casou e, em breve, será pai, mas a sensação que teve, quando aterrou pela primeira vez na China, permanece até hoje.

"Monumental", diz, quando desafiado a descrever o país mais populoso do mundo numa só palavra. "As praças, as ruas, os edifícios, a quantidade de pessoas, tudo é em grande escala", afirmou.

André, que trabalha no desenvolvimento de plataformas multimédia, visitou Pequim pela primeira vez em 2008.

No ano seguinte, decidiu voltar para viver: "Tive a oportunidade de fazer um projeto por cá e, obviamente, agarrei-a".

Nascido em Luanda e criado em Lisboa, é um dos dez participantes da mostra de fotografias "O Olhar dos Portugueses na China", organizada pelo Clube Português de Pequim (CPP).

"Há partes da cultura chinesa que amo e outras de que gosto menos; com a fotografia tento guardar os aspetos de que gosto mais", explicou André à agência Lusa.

Aquela exposição reúne 23 fotografias e retrata a China desde da cidade de Kashgar, na região autónoma de Xinjiang, junto à Ásia Central, até Shaoxing, uma histórica vila na costa sudeste.

Inaugurada na sexta-feira, está patente até hoje no 'Modernista', um icónico bar situado num dos raros 'hutongs' - os típicos becos de Pequim - que não foram arrasados para dar lugar a construções em altura.

Aquele quarteirão, cuja origem remonta ao século XIII, tornou-se nos últimos anos o novo centro da movida de Pequim e, onde outrora se erguiam habitações acanhadas, surgem hoje cafés, bares e restaurantes.

"O objetivo da exposição é os portugueses darem a conhecer a China através dos seus olhos", vincou à agência Lusa João Teixeira, um dos quatro organizadores do evento.

Formalmente constituído em novembro passado, o CPP é a primeira associação cultural e recreativa portuguesa criada em Pequim, cidade onde residem cerca de 150 portugueses, na sua maioria jovens.

A par daquela iniciativa, o CPP organizou também uma mostra de filmes de Angola, Brasil e Portugal, inserida na agenda de comemorações do Dia da Língua Portuguesa e Cultura Lusófona, assinalado a 05 de maio.

As longas-metragens, exibidas este sábado no jardim de uma pousada no coração da capital chinesa, foram "Cinco dias, cinco noites", "O Emigrante", "O Auto da Compadecida", "Atrás das Nuvens" e "Chinês é Tudo Igual".

"É bom que a comunidade portuguesa e a sociedade civil se encarreguem também de uma parte da tarefa de promover a língua portuguesa aqui", enalteceu o embaixador de Portugal na China, Jorge Torres-Pereira.

Além de Pequim, também Xangai, a "capital" económica da China, situada na foz do rio Yangtse, passou no ano passado a contar com uma associação portuguesa.

Em Macau e Hong Kong, as duas regiões administrativas especiais da China, existem ainda a casa de Portugal em Macau e o Clube Lusitano.

O 05 de maio foi instituído como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona há dez anos, numa cimeira dos oito países que constituíam então a CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), e que têm, no conjunto, cerca de 250 milhões de habitantes.

JOYP // CSJ

Maior organização muçulmana indonésia luta na net contra o Estado Islâmico


Jacarta, 08 mai (Lusa) - Um grupo de 500 especialistas informáticos, que se proclamam ciber-guerreiros, estão a usar a internet para combater o Estado Islâmico, garantindo que a verdadeira mensagem do Islão não pode ser subordinada pela violência.

"Nunca vamos deixar o Islão ser sequestrado por tolos que acolhem o ódio no seu coração", lê-se numa das muitas mensagens mandadas através da rede social Twitter por Syafi' Ali, um dos mais proeminentes membros da Nahdlatul Ulama, uma das maiores organizaçãoes muçulmanas do mundo.

O objetivo deste grupo de 500 pessoas que se junta frente aos écrans dos computadores, enviando mensagens na internet contra a propaganda cibernética do Estado Islâmico, é impedir que mais indonésios se juntem aos 500 que já poderão ter rumado ao Médio Oriente para lutar na organização terrorista.

Os perigos da expansão territorial do Estado Islâmico para a Indonésia ficaram bem patentes no atentado de janeiro, quando vários militantes ligados a estes terroristas lançaram um ataque suicida em Jacarta, matando quatro civis e os quatro bombistas suicidas.

Para além da internet, os membros da Nahdlatul Ulama tentam dominar o ciberespaço através do estabelecimento de sites que porovem a visão moderada do grupo, uma aplicação no sistema operativo Android e canais de TV online.

MBA // PJA

Asosiasaun Defisiénsia Timor Leste (ADTL) Defende Direitu Ema Ho Defisiénsia Iha Timor Leste


Hakerek nain Cesario da Silva*, opiniaun

Dili, Radio Liberdade Online - tuir rejultadu sensus 2010, hatudu katak sidadaun defisiénsia iha Timor Leste hamutuk nain-48.243, hosi total populasaun 1.066.409. Sidadun ho defisiénsia kompostu husi defisénsia matan, defisiénsia fisiku, defisiénsia tilun  no defisiénsia intelektual/moras mental.

Defisiénsia mak grupu ida ne’ebe marzinalizadu iha sosiadade nia laran, defisiénsia maioria afeita hosi pobreza, dezastre, mal pratika no mos genetikamente. 

Ema ho defisiénsia dala barak hasoru obstaklu sira hanesan diskriminasaun, tratamentu aat no abandona hosi familia no komunidade.Haree ba asuntu ne’e direitu sidadaun ho defisiénsia presiza duni atu estadu parte tenke tau matan, dala barak asuntu ne’e ignora tiha mak rejulta ema ho defisiénsia iha Timor Leste maioria la asesu ba edukasaun, saude, informasaun, empregu no justisa. Tamba deit seidauk iha mekanismu ida ne’ebé diak hodi dezenvolve ema ho defisiénsia nia partisipasaun iha aspeitu hotu iha Paiz ne’e.

Asosiasaun Defisiénsia Timor Leste (ADTL) hanesan organizasaun sumbriña ida ba organizasaun ema ho defisiensia no individu ho defisiensia iha Timor Leste ho objetivu atu promove no proteje direitu sidadaun ho defisiénsia iha Timor Leste. Organizasaun ne’e hari’I iha tinan 2004 hanaran Disability Working Group (DWG) ne’ebé tuir-mai iha 2013 transforma ba ADTL.

Dadauk ne’e ADTL iha nia organizasaun membru hamutuk 18 mak hanesan Ra’es Hadomi Timor Oan (RHTO),  The Leprosy Mission Timor-Leste (TLMTL), Hadomi Defisiénsia Matan Timor Leste, East Timor Blind Union (ETBU), Centro Nasional Rehabilitasaun (CNR), Pradet, Alma Sister, Klinika Uma Ita Nian Aileu, Katilosa, Ahisaun, Klibur Domin, Plan International, Word Vision, Agape, CentruLiman Hamutuk Hera, Kongregasaun PMY Buruma, CentruJoão De Deus Laklubar no Fuan Nabilan Same. Sidadun ho defisiénsia iha Timor Leste hamahan a’an iha organizasaun hirak ne’ebe serbisu ba ema ho defisinsia atu bele defende no proteje direitu ema ho defisiénsia nian, mak dadauk ne’e ADTL hala’o ona serbisu lubuk ne’ebé atu responde ba nesesidade ema ho defisiénsia iha Timor Leste, mak liu hosi divizaun sira hanesan capacity building, empowerment (hakbi’it organizasaun) no advokasia, atu defende no promove direitu sidadun ho defisiénsia nian hodi partisipasaun iha aspeitu hotu-hotu iha Timor Leste.

Asosiasaun Defisiénsia Timor Leste liu hosi divisaun hirak ne’e nia kna’ar mak atu alkansa objetivu hirak hanesan implemetasaun planu asaun nasionál ba ema ho defisiénsia, estabelese konseilu nasionál ba ema ho defisiénsia, proteje direitu ema ho defisiénsia, promove partisipasaun ema ho defisiénsia iha aspeitu hotu-hotu, hasa’e públiku nia konsensia ba ema ho defisiénsia, no retifikasaun konvensaun ONU ba direitu ema ho defisiénsia (UNCRPD) UN convention right of people with disability.   
   
Haree ba enkuadramentu legal hanesan lei internasional konvensaun direitu humanus katak sidadaun hotu iha direitu ne’ebé hanesan la iha diskriminasaun ba ema ida, la hare ba ras, suku, relijiaun no kondisaun fijíku.  Nune’e mos konstituisaun Repúblika Demokratika Timor Leste, artigu 16 koalia kona-ba Universalidade no Igualidade, aliña primeiru sidadaun hotu-hotu hanesan iha lei nia oin, iha direitu hanesan no iha dever hanesan, Nune’e mos artigu 21 ne’ebe spesifiku kona-ba Sidadun ne’ebe iha Defisiensia aliña primeiru sidadaun ho defisiensia iha direitu no obrigasaun hanesan ho sidadaun sira seluk, nune’e mos aliña 2 Estadu bele promove no proteze sidadaun ne’ebe ho defisiensia. Nune’e mos rejulusaun governu nú 14/2012 ne’ebé aprova ona polítika nasionál kona-ba inkluzaun no promosaun direitu ema ho defisiénsia ho objetivu atu promove partisipasaun ativu no hadi’a kualidade moris ema ho defisiénsia nundar kontribuisaun ba prosesu dezenvovimentu sósiu ekonómiku Timor Leste, define area intervensaun hodi prevene, trata, rehabilita no integra ema ho defisiénsia no harií mekanismu kordenasaun ne’ebé diak ba asuntu ema ho defisiénsia. Liu hosi politika nasionál ne’e hamosu ona planu asaun ba politika nasional refere, maibe kestaun agora makplanuasaunnasionálrefereseidaukhetanaprobasaunhosikonselhuministru ho idane’emakministeriu no sekretariu estadu relevante seidauk implementa politika ne’e ho diak. Ho kestaun hirak ne’e mak sujere governu Timor Leste bele aprova planu asaun hodi fo oportunidade ba ema ho defisiensia hodi partisipa iha dezenvolvimentu nasional. 

Ligadu ho aspeitu direitu humanus, legislasaun no enkuadramentu nasional sira estadu parte tenke buka ona meius ida ne’ebé diak atu responde ba nesesidade ema ho defisiénsiaiha Timor Leste no mos estadu parte tenke konsiderasaun katak komponente importante sira hodi alkansa dezemvolvimentu iha seitor defisiénsia nian, asuntu ne’e importante tebes se lae ita la refleta valores ukun rasik a’an (independensia) Timor Leste nian, tamba sidadaun ho defisiénsia sira nia direitu ignora, la implementa programa ne’ebe ligadu ba ema ho defisiensia sira ho diak, nafatin iha bareira ne’ebe bo’ot tebes hanesanbareira ambiental no bareira atetude hasoru sidadun ho defisiensia. 

Hakerek nain Cesario da Silva 
Coordinator Advokasia no InklusaunSosial
Asosiasaun Defisiénsia Timor Leste (ADTL)
No.Kontaktu +670 77557355

*Rádio Liberdade Dili

Koreia do Norte reafirma poder nuklear iha loron Kongresu Partidu nian


Koreia do Norte afirma iha ohin katak  sei reforsa  ninia kapasidade dissuasaun nuklear  karik Estadus Unidus mantein nafatin  postura ida agresivu, iha loron ne’ebé  Partidu Trabalhadores hahú ninia kongressu ba tinan 36.

Rejime Kim Jong-un akuza  Governu Barack Obama maka kria motivu atu hamosu krize nuklear ida iha península koreanu, tuir komunikadu ne’ebé fó sai hosi Komité Reunifikasaun Pasífika Koreia nian, ministériu enkarregadu relasaun ho Koreia do Sul.

Organizmu ne’e fó sai estatutu Pyongyang hanesan poténsia atómika ne’ebé dezenvolve ho susesu  sai ba bomba hidrojéniu ida,  buat ida ne’ebé espesialista estranjeiru sira duvida atu sai realidade.

Iha komunikadu ne’ebé Pyongyang reafirma ninia poder nuklear fó sai molok hahú Kongressu VII hosi  Partidu Trabalhadores, ne’ebé maka nunka  realiza dezde 1980.

Kongressu dahuluk ba tinan 36 partidu úniku Koreia do Norte ne'e reúne ona iha kapitál delegadu sira millaun resin,ne’ebé  forma, pelumenus iha teoria, hanesan prinsipál órgaun desizaun nasaun nian.

Kim, tinan 33, ne’ebé seidauk moris bainhira hala’o kongresu ikus, sei halo diskursu ida ho pormenór hodi deteta alterasaun polítika ka mudansa iha kuadru elite iha governu.

Maski iha ona ajenda, no ninia durasaun, ba kongresu ne’e seidauk hatene, nia objetivu prinsipál maka konfirma estatutu Kim Jong-un hanesan erdeiru lejítimu iha dinastia Kim, ne’ebé ukun besik  dékada hitu.

Kongresu ne’e moos sei konfirma doutrina iha polítika "byungjin" Kim nian, ba dezenvolvimentu arma nuklear, nomós dezenvolvimentu ekonómiku.

SAPO TL ho Lusa

Organizasaun musulmanu bot indonézia nian luta kontra Estadu Islámika liu hosi internet


Grupu ida ho espesialista informátika 500, ne’ebé fó sai siber-guereiru, uza internet hodi kombate Estadu Islámika, hodi garante katak mensajen lolos Islaun nian labele subordinada ho violénsia. 

“Ami nunka atu husik Islaun hetan na’ok ka hetan oho hosi ema beik sira ne’ebé rai ódio iha sira-ninia fuan-laran”, le iha mensajen ne’ebé Syafi' Ali haruka liu hosi Twitter, hanesan ema proeminente ida mos hosi membru Nahdlatul Ulama, organizasaun musulmanu ne’ebé mos bot iha mundu.

Objetivu hosi grupu ema 500 ne’ebé hakerek mensajen iha komputadór no haruka liu hosi internet, kontra propaganda sibernétika Estadu Islamika nian maka atu impede indonézia-oan sira ba hamutuk ho 500 seluk hodi bá Médio Oriente luta iha organizasaun terorista ne’e.

Perigu hosi grupu Estadu Islámika ne’ebé espalla ona iha teritóriu Indonézia, no halo atentadu iha fulan janeiru liu ba, bainhira militante ligadu ba terorista ne’e lansa atake suisida iha Jakarta, hamate ona ema sivil haat no bombista haat maka mate oho-aan.

Alénde hosi internet, membru Nahdlatul Ulama koko atu domina siberespasu liu hosi site ne’ebé promove vizaun modernu hosi grupu refere, ba iha aplikasaun sistema operativu Android no kanál TV online nian.

SAPO TL ho Lusa

Komunidade luza iha Pekin selebra Loron Lia-portugés ho fotografia no sinema


Hosi João Pimenta, Ajénsia Lusa

Hafoin tinan hitu iha Pekin, André Ferreira "adapta" kultura lokál, kaben no, iha tempu badak, sei sai aman, maibé nia iha sensasaun, bainhira sama ain ba dala uluk iha Xina, hela to’o ohin loron.

"Monumentál", nia hatete, bainhira simu dezafiu hodi deskreve nasaun ne’ebé ho populasaun barak liu iha mundu ne’e ho liafuan ida de’it. "Prasa, Estrada-boot, edifísiu sira, kuantidade ema nian, buat hotu iha eskala boot", nia afirma.

André, ne’ebé servisu iha dezenvolvimentu plataforma multimédia, vizita Pekin ba dala uluk iha 2008.

Iha tinan tuir mai, nia deside fila hodi hela: "Ha’u hetan oportunidade hodi halo projetu iha ne’e no, klaru, ha’u hakarak".

Moris iha Luanda no boot iha Lizboa, hanesan mós partisipante ida hosi na’in sanulu ne’ebé hatudu fotografias "O Olhar dos Portugueses na China", ne’ebé Klube Portugés iha Pekin (CPP) organiza.

"Iha kultura xineza blun ne’ebé ha’u hadomi no iha balun ne’ebé ha’u ladun gosta; ho fotografia ha’u tenta rai aspetu sira ne’ebé ha’u gosta liu", esplika André ba ajénsia Lusa.

Espozisaun ne’e halibur fotografia 23 no hatudu kona-ba Xina hosi sidade Kashgar, iha rejiaun autónoma Xinjiang, besik ho Ázia Sentrál, to’o Shaoxing, istórika vila iha kosta sudeste.

Inaugura iha loron-sesta, nakloke ba ema hotu to’o ohin loron iha 'Modernista', ikóniku bar ne’ebé situa iha raru 'hutongs' ida- dalan típiku iha Pekin – ne’ebé lahateteuk hodi fó fatin ba  konstrusaun aas sira.

Fatin ne’ebá, ne’ebé nia orijen remonta ba sékulu XIII, iha tinan hirak ikus ne’e sai sentru dezlokasaun foun iha Pekin no, iha ne’ebé iha tempu uluk abitasaun ki’ik sira hamri’ik ba, ohin loron iha kafé, bar no restaurante sira.

"Objetivu hosi espozisaun ne’e mak atu portugés sira hatudu kona-ba Xina liuhosi sira-nia haree", hatutan João Teixeira ba ajénsia Lusa, organizadór ida mós ba eventu ne’e, hosi sira na’in haat.

Formalmente hari’i iha fulan-novembru liubá, CPP hanesan primeira asosiasaun kulturál no rekreativa portugeza ne’ebé hari’i iha Pekin, sidade iha ne’ebé portages besik 150 hela ba, maioria hosi sira joven.

Liuhosi inisiativa ne’e, CPP organiza hodi fó sai mós filme Angola, Brazil no Portugál nian, ne’ebé halo parte iha ajenda komemorasaun Loron Lia-portugé no Kultura Luzófona, ne’ebé komemora iha loron 05 maiu.

Filme ho tempu naruk sira, loke iha sábadu ne’e iha jardin pouzada ida nian iha korasaun kapitál xineza nian, "Cinco dias, cinco noites", "O Emigrante", "O Auto da Compadecida", "Atrás das Nuvens" no "Chinês é Tudo Igual".

"Di’ak bainhira komunidade portugeza no sosiedade sivíl sira asume servisu hodi promove lia-portugés iha ne’e", louva embaixadór Portugál nian iha Xina, Jorge Torres-Pereira.

Aleinde Pekin, Xangai mós, "kapitál" ekonómika Xina nian, situa iha foz do rio Yangtse, hahú iha tinan kotuk konta mós hoasosiasaun portugeza ida.

Iha Makau no Hong Kong, rejiaun administrativa espesiál rua Xina nian, sei iha uma Portugál nian iha Makau no Klube Luzitanu.

Loron 05 maiu foti hanesan Loron Lia-portugés nian no Kultura Luzófona iha tinan sanulu liubá, iha simeira nasaun ualu nian ne’ebé uluk konstitui CPLP (Angola, Brazil, Kabuverde, Giné-Bisau, Mosambike, Portugál, Saun Tomé no Prínsipe ho Timor-Leste), no ida ne’ebé iha abitante hamutuk besik millaun 250.

SAPO TL ho Lusa

Sansaun ba Koreia do Norte tenki hamenus - Laureadu prémio Nobel nain tolu


Sansaun ne’ebé infrenta hosi sistema  saúde iha Koreia do Norte tenki hamenus, hatete grupu laureadu ho Prémio Nobel hafoin afetua  vizita ba estadu ida ne’ebé partidu  iha ukun hala’o kongressu.

Embargu ba fluxu iha bens hamenus kualidade assisténsia médika no peskizsa, nia informa hafoin vizita ospitál no laboratóriu iha Pyongyang.

"Ami labele transforma penisilina sai ba bomba nuklear", haktuir galardoadu ho prémio Nobel iha Kímika Aaron Ciechanover, iha konferénsia imprensa iha Pekin, hafoin loron ida fila hosi  vizita ba Koreia do Norte.

"Labele halo presaun hodi halo ema sai moras liu tan", nia hatutan, no afirma katak " ne’e laós hahalok di’ak  hodi  tuir".

Vensedór  nain tolu hosi prémiu Nobel iha Noruega, Grã-Bretanha no Israel hala’o vizita semana ida iha  Koreia do Norte  iha viajen umanitária ne’ebé nomeia hanesan asaun ida iha "diplomasia silensioza".

Poténsia mundiál atu reforsa sansaun ba Koreia do Norte hafoin  Pyongyang halo lansamentu oioin iha  mísseis balístiku no halo teste, badala haat, iha bomba nuklear.

Prémio Nobel da Medicina Richard Roberts informa tiha ona katak sasan barak ne’ebé "médiku no professór sira hakarak atu hetan" laiha tamba  embargu ba Koreia.

SAPO TL ho Lusa