Díli,
08 mai (Lusa) - A empresa portuguesa SIBS foi contratada pelo Banco Central de
Timor-Leste para implementar o primeiro sistema eletrónico interbancário que
permitirá aos clientes de todos os bancos que operam no país aceder a uma rede
idêntica ao multibanco.
Lançado
oficialmente na sexta-feira, o projeto faseado começa, segundo o Banco Central,
com a ligação das atuais infraestruturas dos cinco bancos comerciais que operam
no país à plataforma LOOS24, a marca atualmente disponível para os clientes do
BNU Timor.
O
BNU já tem a funcionar desde o mês passado um esboço da nova rede, o que
obrigou a trocar todos os cartões bancários dos seus clientes.
A
SIBS venceu o concurso internacional para o projeto que permitirá alargar
significativamente os serviços disponíveis para clientes dos bancos do país, o
português BNU, o australiano ANZ, os indonésios Mandiri e BRI e o timorense
BNCTL.
Quando
estiver ativo, todos os clientes poderão passar a usar qualquer máquina de
qualquer banco para as suas operações, independentemente da entidade a que
estiverem vinculados.
A
rede abrange quer caixas ATM, quer os postos de pagamento POS/TPA instalados
nos estabelecimentos comerciais, com acesso às principais transações bancárias,
segundo informação divulgada pelo Banco Central.
Progressivamente,
a rede aceitará cartões internacionais da marca Visa e, mais tarde, de outras
redes, incluindo Mastercard, Union Pay e outras.
O
projeto inclui ainda a interligação entre as operadoras de telecomunicações
(Timor Telecom, Telemor e Telkomcel), permitindo o desenvolvimento do sistema
Mobile Money, que já está a ser testado como projeto-piloto no BNU.
Trata-se,
explicam as autoridades bancárias, de "facilitar a inclusão financeira e
oferta de serviços bancários mínimos às populações que vivam em zonas mais
remotas" procurando reduzir a economia em dinheiro (numerário) que ainda é
a dominante no país.
Timor-Leste
usa o dólar norte-americano como moeda, pelo que a importação, transporte,
contagem e demais operações com dinheiro vivo se tornam particularmente caras
para os operadores bancários.
Quando
estiver a funcionar em pleno, a nova rede interbancária permitirá também o
pagamento de impostos e outras taxas, operações que estão agora, quase na sua
totalidade, a ser feitas aos balcões do BNU.
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