segunda-feira, 11 de abril de 2016

WHO Apoia Kareta Ida Ba Ministerio Saude


Organizasaun Saude Mundial (OSM) iha Timor-Leste apoia tan kareta ida ba Ministeriu Saude (MS) hodi fasilita diak liu tan servisu ministeriu nian, liu-liu kontrolu ba moras endemiku sira (sarampu no rubella) iha rai laran.

Reprezentante Diretor Jeral Servisu Kooperativu MS, Francisco Borges, hateten apoiu ida ne’e importante tebes atu fasilita servisu ekipa vijilansia epidemologia nian hodi halo kontrolu, supervizaun no monitoriza ba moras endemiku sira iha rai laran. 

“Kareta ne’e sei uza ba halo supervizaun, monitorizasaun, koleta dadus no investigasaun ba moras endemiku sira ne’ebe akontese iha rai laran,” DJ Borges hateten, hafoin simu apoiu ne’e iha edifisio Servisu Sentral Saude, Kaikoli, Dili. 

Nia dehan, papel vijilansia epidemologia ne’e importante tebes atu rekolha informasaun no dadus kompletu kona ba moras endemiku sira ne’ebe iha rai laran, fasilita governu trasa planu ne’ebe efetivu hodi kombate. 

Alende ne’e, Organizasaun Saude Mundial mos supporta motorizada walu ba iha Laboratorium Nasional. 

Entretantu reprezentante OSM, Rajesh Pandav, hateten apoia ida ne’e bazea ba proposta ne’ebe MS submete ba sira, husu transporte hodi reforsa servisu vijilansia epidemologia nian. 

“Ami sempre pronto suporta teknika no logistika ba ministerio saude  atu bele atinji vizaun ‘povu saudavel, Timor-Leste saudavel’,” dotor Pandav hateten.

Tanba ne’e, nia husu ba ekipa vijilansia epidemologia atu uza kareta ne’e ho kuidadu, hodi ba halo kontrolu ba moras sira ne’ebe bele prevene husi imunizasaun (sarampu, rubella no polio) iha Timor –Leste. 

Iha parte seluk Xefe Departamentu Vijilansia Epidemologia MS, Maria Angela Varela, hateten durante ne’e transporte sai obstaklu ba sira atu hala’o servisu iha terenu. 

Nia dehan, servisu vijilansia nian mak haree liu ba halo kontrolu no supervisaun ba moras endemiku sira iha rai laran no responde ba kazu emergensia sira ne’ebe afeta povu nia saude. 

“Ami nia servisu mak kontrola, monitoriza no halo investigasaun ba kazu sira ne’ebe sai ameasas iha Timor,” nia hateten. 

Nia hatutan, durante ne’e ekipa vijilansia uza deit kareta husi diresaun seluk nian bainhira tun ba terenu halo kontrolu no rekolha dadus ruma kona ba moras nian.

The Dili Weekly

HIAM Health Entrega Grupo Hortikultura 12 Ba Kompanha Kmanek


Diretora Ezekutivu Organizasaun Hamutuk Ita Ajuda Malu (HIAM Health), Rosaria Martins da Cruz, hateten kompanha Super Merkadu Kmanek prontu sosa produtos husi grupos hortikultura 12 iha munisipio Ermera.

Grupos hortikultura 12 ne’e estabelese no hetan formasaun husi organizasaun HIAM Health no durante ne’e hetan suporta finanseiru husi kompanha Woodside, maibe, nia dehan, tinan 2016 ne’e sira hapara ona sira nia suporta ba grupos ne’e.

Atu garante sira nia sustentabilidade, nia dehan, HIAM Health iha responsabilidade hodi buka merkadu ba grupo produtores ne’e. 

“Enkontru entre HIAM Health, Woodside no Kmanek positive, e ami sei lori grupo sira hasoru malu ho Kmanek hodi koalia diak liu tan kona ba kooperasaun ba oin,” Diretora HIAM Health Martins hateten, iha nia knar fatin Aimutin, Dili. 

Nia hatutan, grupos ne’e estabelese iha tinan 2012 iha munisipiu Ermera, ho intensaun atu hadia nutrisaun no rendementu ekonomia familia grupos hirak ne’e.

Maibe, nia dehan,problemas bo’ot ne’ebe grupo produtores hasoru iha baze mak la asesu ba merkadu, tanba kondisaun estradas ne’ebe aat.

Kompanha Woodside nafatin suporta HIAM Health, maibe nia dehan, ba implementasaun programa to’os komunidade iha area rural no tinan ne’e (2016) implementa uluk iha munisipio Aileu. 

Nia hatutan, apoiu teknikus ne’ebe HIAM Health fornese ba iha grupos ne’e mak ajuda dada bee ba to’os, material agrikultor no fo formasaun ba membrus grupos kona ba negosio nian.

Entretantu reprezentante grupo agrikultor, Jacob Martins Albino, merkadu mak hamate sira nia motivasaun atu halo to’os, tanba dala barak produtos ne’ebe sira iha ba konsumu familia no fo han animal deit.  

“Governu seidauk fo fatin diak ba ami atu fa’an ami nia sasan,” nia preokupa. 

Nia dehan, ema sei lakohi servisu hanesan agrikultor bainhira laiha merkadu ba sira atu fa’an sira nia produtus, tanba labele hetan rendimentu husi sira nia servisus. 

Nia hatutan, atividades agrikultura ne’ebe sira halo iha munisipio Ermera mak kuda modo no aifuan ho variedade. 

Iha parte seluk estensionista munisipio Viqueque, Feliciano Soares, hateten problema merkadu la’os deit iha munisipio Ermera, maibe kuaze iha teritorio tomak komunidades laiha asesu ba merkadu, tanba laiha kompanha atu sosa sira nia produtus.

Nia rekonese, katak iha agrikultores balun asesu ona merkadu hanesan agrikultor produtor fini sira tanba sira bele fa’an sira nia produtus ba governu no orgnanizasaun internasional sira maibe ba aihan seidauk. 

“Iha tinan kotuk mak kompanha Azelda sosa agrikultor sira nia hare, maibe agora laiha ona,” nia hateten.

The Dili Weekly

DEKLARASAUN PM RUI ARAUJO DEPOIS ENKONTRU COM PR TAUR MATAN RUAK - video




Deklarasaun PM RUI ARAUJO Depois Enkontru ho PR TMR 07/04/2016

Tempo Semanal

Brasil. VAZAMENTOS SELETIVOS: O CONLUIO ENTRE MÍDIA E LAVA JATO


Na sequência do artigo de opinião de Carlos A. M. Lauano,  publicado no Timor Agora, intitulado Brasil. DEPOIS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2014, UM NOVO RISCO DE RETROCESSO achamos por bem trazer a complementaridade deste artigo da publicação brasileira Carta Maior que mais exaustivamente aborda o “golpe” que vem tomando corpo no Brasil e que tem por protagonistas os saudosos dos tempos da ditadura dos coronéis ou de qualquer outra ditadura que obste à distribuição da riqueza pelos milhões brasileiros que na vigência de Lula da Silva e Dilma Rousseff têm experimentado o caminho de maior justiça social e democracia no país. 

Segue-se o referido artigo de Carta Maior, também publicado no Página Global, numa parceria com Timor Agora. (TA)

As digitais que provam o conluio podem ser encontras na eleição de 2014; na construção do impeachment em 2015; e na armação do golpe, neste 2016.

Tatiana Carlotti – Carta Maior

Dividida em 27 fases e uma série de ações paralelas, a Operação Lava Jato vem pautando a agenda nacional há mais de dois anos. Uma breve análise dos vazamentos seletivos da Operação em consonância à agenda das oligarquias midiática e econômica do país levantam evidências quanto à sua motivação política.

Nesta quinta-feira, 7 de abril, mais um exemplo confirma a regra. Um dia após a apresentação do relatório favorável ao acolhimento do pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, os jornais repercutiram a delação premiada de Otávio Mesquita de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, realizada dois meses atrás (G1, 07.04.2016).

Incensam, desta forma, a impressão generalizada de corrupção, omitindo o fato da Andrade Gutierrez ter sido uma das maiores doadoras do PSDB nas eleições de 2014: do total de R$ 62,2 milhões doados a partidos políticos, os tucanos receberam da construtora R$ 24,1 milhões (UOL,11.03.2016).

O conluio entre a Lava Jato e as empresas de comunicação do país, à frente do golpe, é matéria de sólidas críticas de juristas em todo o país (leiam mais). As digitais desse conluio podem ser encontradas em cada um dos momentos cruciais dos últimos anos: na eleição de 2014; na construção do impeachment em 2015; e na armação do golpe, neste 2016. 

Voltemos às origens:

Operação Urnas

Quando a Lava-Jato veio à público, a compra da refinaria de Pasadena era pivô do bombardeio do noticiário político. Em 13 de março de 2014, a Polícia Federal abria um inquérito contra a Petrobras, municiando a oposição já no começo do ano eleitoral (OESP, 13.03.2014). Em 17 de março, surgia a Operação Lava-Jato, prendendo o doleiro Alberto Youssef, durante a investigação sobre um esquema de lavagem de dinheiro que utilizava postos de gasolina e lavanderia.

Sete dias depois, em 20 de março, Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobras, era detido “provisoriamente” por ter ganho uma Land Rover de Youssef. O timing foi preciso: Costa, apontavam os jornais, estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sobre Pasadena (OESP, 20.03.2014).

O fato é que em menos de uma semana, a agenda eleitoral estava posta. A oposição e o senador Aécio Neves podiam bradar, à vontade, o pedido de criação de uma CPI contra o governo que tentariam derrubar naquele ano (FSP, 20.03.2014). Na Folha, inclusive, uma sinalização do que seria a mídia em 2014: sem citar nenhuma fonte, o jornalão da família Frias estampava em 20 de março, a manchete “Executivos refutam explicação de Dilma no caso da Petrobras” (leiam aqui).

Completando o rol dos interesses envolvidos - leia-se Petrobras, uma das mais cobiçadas empresas do mundo - no dia 25 de março, a agência de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixava a nota da estatal brasileira, alegando sua “ligação extremamente forte com o governo federal” (FSP, 25.03.2016).

Com Youssef e Costa atrás das grades, a Lava-Jato entrava no jogo político, com um farto material em mãos. Uma breve passada pelo iconográfico de O Globo mostra que a dupla, entre março e outubro, foi o centro das seis fases da Operação. O modus operandi permanece inalterado: turbina-se a mídia partidária, com vazamentos seletivos e condenações prévias, criando a narrativa e as condições favoráveis na sociedade para o avanço da oposição.

Vazamentos seletivos

Em 5 de abril, a PF vazava à imprensa uma relação de empresas que haviam feito depósitos para a MO Consultoria (controlada por Youssef) ligadas às obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco (FSP, 05.04.2016). Dois dias depois, a Folha estampava a manchete: “Empresa investigada pela polícia doou R$ 4,5 milhões ao PT” (FSP, 08.04.2016).

Dois dias antes, pesquisa Datafolha apontava que 78% dos brasileiros acreditavam que havia corrupção na Petrobras. A pesquisa também registrava queda de seis pontos nas intenções de voto em Dilma Rousseff que contava com com 38% ante 15% de Aécio Neves (FSP. 06.04.2014).

Em 11 de abril, a Lava Jato ganhou destaque em todos os noticiários do país (JN, 11.04.2014). Com 16 mandatos de busca e apreensão, a PF entrava na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, saindo com caixas e caixas de documentos. No mesmo dia, outro vazamento: uma planilha de Costa, com o nome manuscrito de empresas, apresentadas pela mídia segundo a ótica da PF, a de que estariam envolvidas com pagamentos a políticos (FSP, 11.04.2014).

Vale destacar que a versão dos investigadores da Lava Jato, desde o início da Operação, tornou suspeitas verdades efetivas, e permaneceu incorporada na fala e escrita dos jornalistas da mídia. Um bom exemplo é a explicação dada aos internautas, um mês após a eclosão da Operação, por um jornalista na TV Folha:

“É o velho e bom caixa 2 dos partidos, obtido ali, segundo a PF, como parte de contratos da Petrobras. As empreiteiras contratadas pela Petrobras, repassavam esses recursos por empresas de consultorias fantasmas, que na verdade não existiam, e esse dinheiro chegava finalmente a partidos ali como PP, PT e também tem suspeita do PMDB (...) A comparação que eu mais ouço entre os policiais é que o mensalão é um escândalo de pequenas proporções quando comparado ao da Lava-Jato” (TV Folha, 13.04.2014, 20h).

Fechada a narrativa, instalou-se uma verdadeira caça às bruxas: parlamentares, candidatos e empresários que tiveram qualquer contato com pessoas ou empresas relacionadas a Youssef ou Costa foram parar nas páginas dos jornais. O uso eleitoreiro das informações, seletivamente vazadas, foi gritante. Um exemplo foi a investida com a finalidade de comprometer a candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo, por conta de uma tentativa frustrada de um laboratório ligado a Yousseff de firmar um contrato com o Ministério da Saúde. Um contrato que, devido ao próprio o rigor da seleção do Ministério, jamais chegou a ser firmado (FSP, 11.04.2014).

Abusos denunciados

Antes que renunciassem ao direito de defesa em troca de penas mais brandas, Youssef e Costa denunciaram vários abusos. Em 10 de abril, por exemplo, o doleiro apontava a existência de escutas telefônicas em sua cela (FSP, 10.04.2014). No mesmo dia, a PF pedia a sua transferência, e a de Carlos Habib, para um abrigo de segurança máxima. (FSP. 10.04.2014). Costa, por sua vez, teve dois pedidos de habeas corpus negado e chegou a denunciar uma ameaça, por parte de um agente da PF, de ser levado a prisão de segurança máxima (FSP, 14.04.2014).

Ele chegou a ser solto em 19 de maio, por ordem do ministro Teori Zavascki (STF), que determinava sigilo sobre os autos envolvendo o ex-diretor da Petrobras. Três dias depois, o Estadão divulgava uma reportagem que o apontava como elo central nas investigações, com base em um oficio enviado ao juiz Moro, por um delegado da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros em Brasília: “PF liga Pasadena a suspeita de lavagem e vê ´organização criminosa´ na Petrobras” (OESP, 22.05.2014).

Em 10 de junho, durante um depoimento à CPI da Petrobras no Senado, boicotada pela oposição desde o seu início, Costa repudiou a tese de que Petrobras era uma organização criminosa, também afirmou ter sido “massacrado” durante os 59 dias em que ficou preso (G1, 10.06.2014). Em menos de 24 horas, a Operação Lava-Jato estreava sua quarta fase: prendia, novamente, o ex-diretor da Petrobras (O Globo, 11.06.2014).

Em meio à Copa do Mundo, a Lava Jato prendeu dois funcionários que gerenciavam contas no exterior de Youssef, levando o doleiro, em 10 de agosto, a acenar com a possibilidade de acordo de delação premiada. Faltava apenas um acordo com o ex-diretor da Petrobras: outra fase foi aberta, realizando 11 mandatos de busca e apreensão e um de condução coercitiva em empresas vinculadas a Costa e a seus familiares.

No mesmo dia, o ex-diretor da Petrobras aceitava a delação premiada, abdicando do seu direito de defesa em troca de uma tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar no Rio de Janeiro (FSP,22.08.2014).

Delações premiadas

No final de agosto, em meio à comoção da morte de Eduardo Campos, as pesquisas Datafolha, Ibope e CNT-MDA anunciavam o empate entre Marina Silva e Dilma Rousseff nas intenções de voto (Último Segundo, 29.08.2014). No dia 5 de setembro, novos vazamentos garantiram à Folha a manchete: “Empresa que ajudou a pagar avião de Campos fez negócio com doleiro” (FSP,05.09.2014).

É importante destacar o papel central das delações de Costa (um mês antes do primeiro turno) e Youssef (na semana do segundo turno). O vazamento de ambas foi seletivamente trabalhado de acordo com o timing da disputa eleitoral.

Em 5 de setembro, a VEJA publicava uma reportagem citando nomes de vários políticos (Veja,05.09.2014). A reportagem tornou-se fonte de uma série de manchetes. Sem citar nomes, O Globo destacava que a denúncia atingia pelo menos 25 políticos, vinculados a cinco partidos (PT, PMDB, PP, PR e PTB), “a maioria parlamentares federais em campanha pela reeleição” (O GLOBO,6.09.2014).

Na Folha, uma correção: “a lista de políticos tinha um total de 12 senadores e 49 deputados federais” e a informação: “O jornal [Folha] não teve acesso ao documento que cita os nomes dos parlamentares” (FSP, 06.09.2014). Já o Estadão foi direto ao ponto: “32 deputados e senadores, um governador de cinco partidos políticos, incluindo do PT e PMDB” (OESP, 05.09.2014).

Em nenhuma das reportagens, o questionamento sobre a veracidade das informações, tampouco o contexto em que foram obtidas. Com caráter de verdade, as delações premiadas municiaram a oposição, consolidando na opinião pública a narrativa de uma corrupção sistêmica na estatal.

Rumo ao primeiro turno

As críticas em relação aos vazamentos da delação de Costa não tardaram, aliás, elas estão presentes desde o início da Operação. Frente a elas, em 8 de setembro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu-se com a força tarefa da Lava Jato para discutir como prosseguir com as investigações. O que aconteceu às vésperas do segundo-turno é testemunha da qualidade do encontro (FSP, 08.09.2014).

Enquanto isso, a oposição inflava a onda da criminalização do PT. Vinte dias antes do primeiro turno, o grão-tucano Fernando Henrique Cardoso, em profunda crise de amnésia quanto à corrupção dentro do seu governo (relembrem aqui), afirmava que casos de corrupção no governo PT tinham sido 'quase uma regra' (FSP, 15.09.2014).

Quinze dias antes das eleições, o conluio mídia - Lava Jato selecionava novos trechos da delação de Costa. Os vazamentos, agora, estampavam os nomes de Renato Duque e Nestor Cerveró, os ex-diretores da Petrobras. Na Folha, a manchete: “Delator liga 2 ex-diretores a corrupção da Petrobras” (FSP, 20.09.2016). No Estadão, “Em delação, Costa cita diretor da Petrobrás ligado ao PT (OESP,21.09.2014).

Em vários veículos de comunicação, as reportagens relativas à Lava Jato permaneceram locadas em cadernos e especiais “Eleições 2014”. Na Folha, por exemplo, sete dias antes do pleito, no caderno “Eleições”, publicava-se a reportagem “PF investiga ligação entre tesoureiro do PT e doleiro preso”, resultado de informações da PF após a abertura de uma nova frente da Lava Jato, destinada a apurar a ligação entre Youssef e fundos de pensão (FSP, 28.09.2014).

Ao mesmo tempo, no dia 29 de setembro, a VEJA centrava munição, com novos vazamentos da delação de Costa, na reportagem intitulada “O núcleo atômico da delação: Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras". Ao analisar a matéria, o jornalista Ricardo Kotscho apontava que a reportagem não informava sequer se havia “provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma” (leia mais).

Ás vésperas e no dia da eleição, o Estadão e a Folha emplacavam em suas páginas, a próxima delação: a de Alberto Youssef.

O tudo ou nada do segundo turno

Dez dias antes do segundo turno eleitoral, o depoimento de Costa circulava nas redes (G1,09.10.2014). O Datafolha incensava a vitória a Aécio Neves, com 51% das intenções de voto, ante 49% de Dilma Roussef (FSP, 15.10.2014). A Lava Jato fervilhava no centro de todos os debates eleitorais.

No primeiro deles, após o segundo turno, Aécio dizia ser “absolutamente inacreditável” o que ocorria na Petrobras. A resposta de Dilma foi categórica: “aonde estão todos os envolvidos no caso da compra de reeleição? Todos soltos. O que eu não quero é isso, candidato. Eu quero todos aqueles culpados presos” (FSP, 15.10.2014).

No dia seguinte, da mesma delação de Costa, a notícia de que Guerra havia cobrado R$ 10 milhões para abafar uma CPI em 2009 e abastecer dinheiro das campanhas tucanas (OESP, 16.10.2014 e FSP, 16.10.2014). Na mesma semana, frente à ameaça de vitória de Aécio, artistas e intelectuais se mobilizaram em apoio à candidatura Dilma, no Ato da PUC (OEscrevinhador, 20.10.2014).

Naquela semana eleitoral, na terça-feira, 21 de outubro, Alberto Youssef começou sua série de delações à Lava Jato. Em menos de 48 horas do início dos depoimentos e a 72 horas das eleições, a VEJA publicou a reportagem “Eles sabiam de tudo”, com Dilma e Lula na capa, atribuindo a afirmação da manchete ao doleiro. No dia seguinte, o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, afirmava: “Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso. Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso” (O Globo, 23.10.2014).

Sem qualquer checagem, o conteúdo divulgado pelo semanário da família Civita ganhou a manchete da Folha, no sábado, véspera da eleição: “Doleiro acusa Lula e Dilma que fala em terror eleitoral” (FSP, 25.10.2014). Vencidas as eleições, a tentativa de VEJA de interferir no resultado veio à tona.

Criou-se uma nuvem de fumaça. O Globo afirmava que um dos advogados de Youssef havia solicitado a retificação no depoimento do doleiro, ele havia dito que “pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem” (O Globo, 28.10.2014). Dois dias depois, Basto negava o conhecimento tanto do teor da delação, quanto da retificação anunciada em O Globo. (CC,30.10.2014).

O fato é que após a vitória de Dilma Rousseff com 51,64% dos votos, abria-se novo capítulo na Lava Jato. Quinze dias depois, eram presos o ex-diretor da Petrobras e 17 executivos das maiores empreiteiras no país.

A reportagem continua...

Créditos da foto: Reprodução

Timor-Leste desencadeia Procedimento de Conciliação Obrigatória com Austrália na ONU


Díli, 11 abr (Lusa) - Timor-Leste notificou hoje a Austrália ter desencadeado um Procedimento de Conciliação Obrigatória (PCO) nas Nações Unidas para obrigar Camberra a sentar-se à mesa das negociações para definir as fronteiras marítimas permanentes entre os dois países.

Fonte do Governo confirmou à Lusa que a notificação do arranque do Procedimento de Conciliação Obrigatória (PCO) foi entregue pelo embaixador de Timor-Leste em Camberra, Abel Guterres, ao início da manhã.

Um comunicado entregue à agência Lusa o Governo timorense insiste que "a conciliação obrigatória é a única via disponível para trazer a Austrália à mesa das negociações" porque os sucessivos governos australianos se têm recusado a negociar fronteiras marítimas com Timor-Leste.

"Estabelecer fronteiras marítimas permanentes é uma questão de prioridade nacional para Timor-Leste sendo o último passo para o alcance da nossa soberania como Estado independente", disse o primeiro-ministro Rui Maria de Araújo, citado nesse comunicado.

"Ao abrigo do direito internacional a Austrália é obrigada a negociar fronteiras marítimas permanentes com Timor-Leste mas recusou-se a fazê-lo apesar de todos os nossos convites. Isto deixou-nos apenas uma opção", disse.

Apesar dos acordos temporários de partilha dos recursos do Mar de Timor continua a não haver fronteiras permanentes entre os dois países, com a Austrália a retirar-se dos procedimentos de resolução internacionais o que, insiste Díli, limita "os meios de Timor-Leste fazer cumprir os seus direitos ao abrigo do direito internacional".

Por isso, sublinha o chefe do Governo, este procedimento cria uma comissão que apoiará os dois países a "alcançar uma solução amigável".

"Tudo o que Timor-Leste procura é uma solução justa e equitativa e, mais importante, à qual temos direitos ao abrigo do direito internacional", disse.

A conciliação obrigatória é um processo previsto na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNDUM) e obriga a Austrália a participar num processo formal conduzido por um painel independente de peritos denominado "comissão de conciliação".

O procedimento pode ser usado em casos em que as partes não chegam a acordo ou um dos Estados tomou a decisão de se excluir da jurisdição das instituições internacionais dedicadas a mediar em conflitos sobre fronteiras marítimas.

Cinco mediadores independentes integram a comissão de conciliação que ouvirá a posição de cada um dos Estados e, caso não haja acordo, a comissão apresentará ao secretário-geral da ONU um relatório a recomendar apoio na resolução.

Camberra e Díli seriam então obrigadas a negociar em boa-fé, com base no relatório da comissão.

Com base no procedimento Díli nomeou já dois dos mediadores, tendo proposto o Tribunal Arbitral Permanente para administrar a conciliação. Camberra nomeará dois mediadores e os quatro, entre si, nomearão um quinto antes do procedimento começar.

No caso das fronteiras marítimas com a Indonésia, Jacarta aceitou negociá-las bilateralmente, posição reafirmada na recente visita que o presidente indonésio efetuou a Timor-Leste.

Camberra tem-se recusado a reatar as negociações com Timor-Leste para definir fronteiras marítimas permanentes, estando a decorrer uma ampla campanha, com manifestações em Timor-Leste e na Austrália, para pressionar Camberra a negociar.

A 29 de fevereiro o primeiro-ministro timorense revelou que o Governo australiano não está aberto a negociar com Timor-Leste sobre fronteiras marítimas e insiste que o atual acordo de partilha de recursos no Mar de Timor cumpre as obrigações internacionais.

Rui Maria Araújo disse à Lusa, na altura, que esta é a posição que o seu homólogo australiano, Malcolm Turnbull, lhe transmitiu numa carta de resposta a um pedido timorense para serem iniciadas negociações.

"Mantém a posição sobre a partilha de recursos, que está a ser feita através do CMATS [Tratado sobre Determinados Ajustes Marítimos no Mar de Timor]", disse.

O CMATS foi assinado entre Díli e Camberra, mas Timor-Leste declarou-o inválido devido a atividades de espionagem por parte da Austrália.

Esse acordo prevê que os 'royalties' e outras receitas da zona abrangida, incluindo o rico campo de gás natural Greater Sunrise, sejam divididos em partes iguais entre os dois países. Caso uma fronteira marítima seja definida, esse campo poderia ficar totalmente em águas timorenses.

ASP // DM

Economia timorense deverá crescer entre 04 e 06% - Banco Mundial


Díli, 11 abr (Lusa) - A economia timorense deverá crescer entre 04 e 06 por cento nos próximos anos, estimulada por investimento público, com o setor petrolífero a cair gradualmente até ao fim previsto da produção em 2022, segundo o Banco Mundial.

"O balanço fiscal continuará fraco devido a menor receita petrolífera e mais gastos públicos, o que obrigará a mais levantamentos do Fundo Petrolífero, acima do rendimento estimado sustentável, e a mais empréstimos", refere a instituição num relatório divulgado hoje.

"Como resultado, o saldo no Fundo Petrolífero deverá cair anualmente", sublinha, notando que o país, "um dos mais dependentes em petróleo do mundo", está numa fase de transição significativa com a queda do setor.

"Para cumprir esta difícil transição para um nível de rendimento mais elevado, o país enfrenta o desafio de como usar os seus recursos finitos e centrar os esforços de reformas para catalisar investimento e criar empregos", refere o estudo.

A análise faz parte de um relatório do Banco Mundial sobre a situação económica no leste da Ásia e no Pacífico, divulgado em Washington que refere o crescimento "resiliente" da região, antevendo uma desaceleração mínima nos próximos anos.

Uma previsão, sublinha, sujeita a "elevados riscos" o que obriga os países da região a manter políticas monetárias e fiscais que "reduzam vulnerabilidades, reforcem credibilidade" continuando com reformas estruturais essenciais.

O Banco Mundial prevê que, a nível regional, o crescimento económico caia duas décimas de 6,5% no ano passado para 6,3% este ano, desacelerando para 6,2% em 2017 e 2018, em parte devido à desaceleração do crescimento na China que se espera caia duas décimas de 6,9 para 6,7% este ano e mais duas para 6,5% em 2017.

No caso de Timor-Leste o estudo nota que o crescimento económico não petrolífero em Timor-Leste tocou fundo em 2013, a 2,8%, recuperando para 6% em 2014 e caindo novamente para 4% no ano passado, valores muito abaixo dos crescimentos do início da década.

Apesar do crescimento depender, praticamente em exclusivo, de gastos públicos, a melhoria das infraestruturas e do mercado interno poderá levar a um crescimento maior do setor privado nos próximos anos.

"Há potencial para o desenvolvimento de vários setores em Timor-Leste, devido à sua posição geográfica próximo das cadeias de valor da Austrália e do Sudeste Asiático, incluindo manufatura básica, turismo e agricultura de nicho", refere o relatório.

Avançar em infraestruturas básicas e melhorar o ambiente empresarial - atualmente um dos menos atrativos do mundo, segundo o Banco Mundial - são essenciais para esta transição económica, com reforço dos sistemas de registo de empresas, resolução de disputas e terras e propriedades.

"Apesar de Timor-Leste ter muito para oferecer precisa de lidar com estes obstáculos críticos antes de, realisticamente, esperar conseguir atrair investimento externo e estimular empresários domésticos", considera.

No setor petrolífero o estudo recorda que os desenvolvimentos recentes tiveram "um grande impacto nos indicadores macroeconómicos com o PIB, incluindo produção petrolífera da Área Conjunta de Desenvolvimento Petrolífero no Mar de Timor, a cair de 6,8 mil milhões em 2012 para cerca de 2,6 mil milhões no ano passado.

"Isto deve-se tanto ao colapso dos preços como à queda dos volumes de produção nos campos", refere, notando que as receitas petrolíferas caíram de 3,9 mil milhões em 2013 para 960 milhões no ano passado.

O outro produto timorense, o café, também tem registado quedas, descendo de 18,8 milhões de dólares (34 milhões de quilos) em 2012 para 15,8 milhões (17,6 milhões de quilos) em 2013 e para 13,8 milhões de dólares (10,2 milhões de quilos) em 2014.

ASP // JPS

Banco sediado em Timor-Leste vence ação judicial contra empresária de Singapura


Díli, 11 abr (Lusa) - Um banco sediado em Timor-Leste venceu a primeira batalha judicial contra uma empresária de Singapura que é fiadora de um empréstimo em atraso de 6,5 milhões de dólares de uma empresa do setor do café.

A imprensa de Singapura refere que a empresária Jannie Chan perdeu uma ação no Tribunal de Recurso do país com que tentava anular procedimentos iniciados pelo banco ANZ, que pretende recuperar 6,5 milhões de dólares de empréstimos não pagos pela empresa Timor Global.

Chan é acionista da Timor Global tendo sido uma das fiadoras dos empréstimos da empresa, que trabalha há 11 anos no setor do café em Timor-Leste, onde tem cerca de 3.000 hectares de produção.

Jannie Chan e duas outras pessoas foram fiadoras dos créditos dados pelo ANZ em outubro de 2012 e foram visadas pelo banco quando o empréstimo deixou de ser honrado.

A empresária falhou numa tentativa no Supremo Tribunal de anular o processo e agora também no Tribunal de Recurso. A defesa de Chan pretendia que o procedimento do ANZ visasse as garantias fornecidas pelo devedor, a Timor Global.

Contactado pela Lusa, Bobbie Lay, diretor da Timor Global, explicou que os problemas da empresa - que emprega mais de 100 pessoas na produção de café e suplementos nutricionais para populações timorenses em risco - começaram com a fraude de um antigo responsável.

Em causa, disse, estão empréstimos contraídos em 2012 que a empresa não conseguiu honrar, devido a fraude e roubo por parte de um antigo responsável da empresa.

"Estamos a tentar resolver este problema, procurando fundos adicionais mas isso ainda não foi possível. Ele apropriou-se indevidamente de 38 contentores de café que, na altura, valiam cerca de 2,3 milhões de dólares", explicou à Lusa.

"Iniciámos ações judiciais contra ele, um cidadão de Singapura, mas foram travadas porque ele apresentou falência. Estamos agora a tentar recuperar os fundos através das suas empresas", sublinhou.

Contactado pela Lusa, David Dennis, responsável do ANZ em Timor-Leste, recusou-se a fazer qualquer comentário ou a revelar qualquer detalhe sobre o caso, argumentando que o processo está a decorrer na justiça.

Fontes do setor do café destacam a forma positiva como a Timor Global tem atuado em Timor-Leste, investindo num setor de alto risco, sendo atualmente uma das maiores empresas de café no país. Além disso, tem contratos com várias agências do Estado para fornecer suplementos alimentares.

ASP // MP

Produções de realizadores portugueses no "Macau Indies"


Macau, China, 10 abr (Lusa) -- Documentários de realizadores portugueses radicados em Macau vão ser exibidos no "Macau Indies", integrado no 10.º Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau, que arranca no próximo dia 21 de abril.

O "Macau Indies" inicia-se a 10 de maio, com a projeção de quatro filmes, incluindo dois realizados por portugueses radicados no território: "Boat People", de Filipa Queiroz, e "Eric- Caminhar no escuro", de António Caetano Faria.

O primeiro versa sobre Macau como porto de abrigo para os refugiados do Vietname, enquanto o segundo retrata a vida de Eric, um jovem cego que sempre tentou lutar por uma vida independente e melhores condições.

No dia seguinte é exibido "As Crónicas de Wu Li no Colégio de São Paulo", de James Jacinto (realizador e produtor) e Silvie Lai (produtora), que conta a história da Igreja e do Colégio de São Paulo, hoje Ruínas de São Paulo, que usa a viagem a Macau do pintor e poeta chinês Wu Li, em finais do século XVII.

"Macau, Tempo do Bambu", de Catarina Cortesão Terra, que pretende retratar os tempos do passado e do presente da arte dos andaimes em bambu enquanto parte do património imaterial de Macau, tem exibição marcada para 13 de maio, o penúltimo dia do evento.

O "Macau Indies", que conta, este ano, com 26 produções, insere-se no Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau, que tem início no próximo dia 21 de abril e termina a 05 de junho.

Treze produções integram a secção de filmes internacionais a serem exibidos no Centro Cultural de Macau até ao dia 05 ded junho.

"Mamã", de Xavier Dolan, galardoado pelo Festival de Cannes; "De Longe", produção venezuelana vencedora do Leão de Ouro para Melhor Filme no Festival de Veneza em 2015; "Coração Canino", o mais recente trabalho de Laurie Anderson, que lida com a temática do amor, paz e perda; o documentário "Meru", que conta uma história triunfante; "Jacky no reino das Mulheres", comédia com Charlotte Gainsbourg no principal papel que aborda as questões de género numa perspetiva inversa figuram entre os destaques.

Também há espaço para trabalhos sobre a sobrevivência e morte como "Festa de Despedida" e "A Façanha", refere, em comunicado, o Centro Cultural de Macau, onde famílias e o público mais jovem podem apreciar filmes como "A Múmia do Príncipe" e "Operação Árctico".

DM // PJA

Brasil. DEPOIS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2014, UM NOVO RISCO DE RETROCESSO



A atual crise politica Brasileira foi deflagrada em janeiro de 2015, quando o governo da presidenta reeleita revelou haver um déficit orçamentário nas contas publicas devido á intensificação de investimentos em infraestrutura e na área social. A partir dai, a grande mídia, com destaque para organizações Globo, passou a apregoar maciçamente, repetidas vezes, a “ existência” de uma recessão econômica no país, omitindo dados positivos e divulgando enfaticamente dados negativos.

Paralelamente, esses setores da imprensa passaram a intensificar em seus noticiários a cobertura de informações sob investigação, sendo algumas não comprovadas, surgidas na operação lava jato (que vem revelado, desde 2014, um esquema de corrupção montado para comprar o apoio de políticos e partidos e financiar campanhas eleitorais, esquema este existente desde governos anteriores, mas somente investigado na administração petista). Entretanto, omitem ou tratam com brevidade as noticias reveladores de escândalos nos quais estão envolvidos os opositores do PT.

Sob o pretexto de indignação com a corrupção, movimentos conservadores de extrema direita recentemente fundados (pátria Brasil, Vem pra rua, Estudantes pela liberdade, Brasil livre e revoltados online), passaram a realizar protestos hostilizando os seguimentos de esquerda, as conquistas sociais dos governos petistas e a concessão de direitos as classes menos favorecidas e as minorias. Esses movimentos são financiados, direta ou indiretamente, por grandes corporações empresariais nacionais, como o grupo votorantin, e estrangeiras, como a Roch industries, segunda maior empresa privada dos Estados Unidos.

Fatos e declarações públicas passaram a evidenciar o curso de um bem articulado golpe de estado capitaneado pelos partidos de direita, principalmente DEM e PSDB, pela maioria do empresariado brasileiro e por agentes internacionais, notadamente norte americanos, com o apoio de grandes órgãos de comunicação de massa do alto escalão da policia federal, de parte do judiciário e do ministério publico e ate de partidos antes aliados, ansiosos por maior controle do poder em âmbito nacional.  

Tais evidencias  vem ganhando maior notoriedade nos níveis investigativo e jurídico, caracterizadas pela parcialidade e pelo desacordo com as leis vigentes no pais. Eis alguns exemplos :

- desprezo ou tratamento superficial a denuncias e indícios que compremetem políticos de direita;

- alardeamento de acusações sem provas;

- atribuição publicas de culpas, antes da extensão do direito de defesa;

- conduções coercitivas sem previa intimação descumprida;

- interceptações telefônicas clandestinas, vitimando, inclusive, agentes públicos com foro privilegiado;

- vazamentos de informações sob segredo da justiça;

- prisões sem elementos comprobatórios de culpa;

- investigações além do limite jurisdicional;

- fornecimento de conteúdos processuais por parte da procuradoria Geral da Republica aos Estados Unidos, cujos dados põem em risco o sigilo d informações sobre a explorações petrolífera Brasileira.

O Brasil vive um momento histórico, onde estão ameaçadas a democracia, a inclusão social promovida pelos governos Lula e Dilma e a soberania nacional. Trata–se de um jogo de poder onde as regras são ignoradas e uma luta de classes onde o oprimido é induzido pela contra informação a apoiar o opressor.

Antes que as consequências sejam ainda mais trágicas, urge que haja envolvimento decisivo por parte de todos os cidadãos de pensamento emancipado e de todos os países alinhados aos fundamentos esquerdistas e democráticos.**

UNTL SERÁ ANFITRIÃO DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA AULP


DÍLI - Segundo plano em junho de 2016, a Universidade Nacional de Timor Lorosa’e (UNTL) será infitrião à conferência Internacional da Associação das Universidade de Língua Portuguesa (AULP).

“No mês de junho do corrente ano, a UNTL é que será infitrião à conferência internacional da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), mas a UNTL também foi o membro da AULP visto que em cada ano participamos sempre neste seminário internacional, mas após a sua rotação nos países da CPLP, vai ser realizado nos outros países,” disse o Reitor da UNTL, Francisco Miguel Martins aos profissionais da comunicação social no campus central, quarta-feira (06/04).

Ele afirmou, deste seminário internacional não é rotativa dentro da CPLP e não é a conferência política mas  a qual é a conferência académica, reitor, vice-reitor e os pesquisadores todos bem como os trabalhos cientifícos durante três dias, desde 29 de junho a 1 de julho.

Enquanto a conferência da AULP vai ser participada mais de cem universidades, cuja a UNTL é que vai ser infitrião uma vez que ela também já participou sempre nos eventos internacionais.

Além disso, o mesmo também já se participou numa reunião decorrida na Tailândia ao longo de uma semana, o qual consegeu de apresentar também a preparação sobre o seminário ou a conferência internacional da AULP que vai ser realizada em TL.

“Eu participo-me numa reunião decorrida na Tailândia ao longo de uma semana, eu também me consigo apresentar que o seminário da AULP vai ser realizado em Timor-Leste, Díli, durante três dias, no entanto será participado também pelas outras universidades de nações visinhas como Austrália e Indonésia, visto que a UNTL é uma universidade publika em Timor,” explicou.(fer)

Timor Post

Enkontru emprezáriu portugés sira-nian iha Bisau hanesan ida ne’ebé mós konkorridu liu iha AICEP


Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) realiza horisehik iha Bisau enkontru emprezáriu portugés sira-nian ne’ebé sempre konkorridu liu entre sira ne’ebé promove ona iha nasaun luzófonu sira.

Ho ema besik 100, karik "ida ne’e hanesan partisipasaun emprezáriu ne’ebé aas liu iha reuniaun ne’ebé AICEP promove iha nasaun Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)", refere prezidente AICEP nian, Miguel Frasquilho, iha enkontru nia rohan.

Entre emprezáriu portugés sira ne’ebé iha ona iha Giné-Bisau iha dékada ona no sira seluk ne’ebé halo de’it vizita ba nasaun, debate ideia hodi fomenta negósiu durante kuaze oras rua.

"Sé mak iha ne’e komprende katak instabilidade [polítika] krónika Giné-Bisau nian la estrga investimentu no klima negósiu nian", hatete embaixadór Portugál nian iha nasaun ne’e, António Leão Rocha.

Diplomata ne’e harahun imajen la di’ak ne’ebé nasaun ne’e iha iha rai liur, hanesan mós partisipante sira seluk halo.

"Ne’e sinál importante ne’ebé rekoñese katak atividade emprezariál ho Giné-Bisau la’o tuir ritmu interesante, maski ita hatene difikuldade ne’ebé eziste", hatutan Miguel Frasquilho.

Prezidente AICEP nian anota pedidu sira atu tulun iha redusaun presu transportes karga marítima no aérea entre Portugál ho Giné-Bisau, hafoin rona relatu kona-ba produtu portugés sira ne’ebé to’o baratu liu iha rai gineense bainhira importa liuhosi nasaun sira seluk.

Kriasaun liña finanseira apoiu ba troka komersiál ho Giné-Bisau, hanesan ida ne’ebé iha ona entre Portugál ho nasaun sra seluk CPLP nian, no pedidu sira seluk mak reforsu hosi akonsellamentu jurídiku ba emprezáriu luzu sira.

Iha enkontru ne’e, embaixadór Portugál nian dezafia mós partisipante sira atu halibur hamutuk iha klube emprezáriu portugés sira Giné-Bisau nian ida, atu bele iha liu tan forsa.

SAPO TL ho Lusa

Giné-Bisau hakarak sai plataforma ba investimentu xinés iha Áfrika osidentál


Giné-Bisau hakarak sai plataforma investimentu xinés nian ba Afrika osidentál, ne’ebé haree ba ligasaun forte ho Makau, esplika promotór enkontru emprezariál nian ida entre nasaun rua ne’e ba Lusa.

Giné-Bisau hakarak sai plataforma investimentu xinés nian ba Afrika osidentál, haree ba ligasaun forte fo Makau, esplika ba Lusa promotór enkontru emprezariál nian ida entre nasaun rua ne’e.

"Giné-Bisau hanesan plataforma ba internasionalizasaun emprezariál iha Áfrika Osidentál" mak lema iha Enkontru Emprezáriu sira-nian ba Kooperasaun Ekonómika no Komersiál entre Xina ho Nasaun Lian Portugés sira -- Fórum Makau ne’ebé hahú iha sábadu iha Bisau.

"Ne’e objetivu Governu nian hodi koloka nasaun ne’e iha rota investimentu xinés", ne’ebé iha ona dimensaun relevante iha nasaun afrikanu sira seluk, maibé sei menus iha Giné-Bisau, esplika Bruno Jauad, koordenadór eventu nian ida, ne’ebé salienta estabilidade ekonómika nasaun nian, maski akontese beibeik krize polítika.

"Iha Giné-Bisau, ladun viola propriedade privada ", kontráriu ho ida ne’ebé akontese "iha nasaun" afrikanu sira seluk no, horikedas eleisaun 2014, militár sira mantein "postura republikana", hadook-an hosi prosesu polítiku.

Enkontru emprezáriu no órgaun institusionál sira-nian sei hala’o iha otél renovadu ida iha Bisau hahú ohin, loron 08, ho reuniaun ajénsia promosaun investimentu nian. Nasaun ida-idak sei aprezenta respetivu ambiente investimentu nian iha sábadu, loron 09, nune’e mos ho polítika ba setór sira mak konsidera hanesan motór kresimentu: agrikultura, peska, agroindústria no turizmu nian.

Iha loron 10 ajenda ona painél kona-ba infraestrutura, enerjia no mina no iha loron 11 sei halo vizita ida ba illa Bijagós. Fórum ba Kooperasaun Ekonómika no Komersiál entre Xina ho Nasaun Lian Portugés sira, koñesidu liu hanesan Fórum Makau, kria iha outubru 2003, ho inisiativa Governu Sentrál Xina nian.

Aprezenta hanesan organizasaun kooperasaun no promosaun interkámbiu ekonómiku no komersiál entre Xina ho nasaun Lian Portugés hitu (Angola, Brazil, Kabuverde, Giné-Bisau, Mosambike, Portugál ho Timor-Leste) ne’ebé utiliza Makau hanesan plataforma ligasaun.

SAPO  TL ho Lusa

Mohamed Abrini hatete katak nia mak "homem do chapéu" - Prokuradoria belga


Mohamed Abrini, akuzadu iha prosesu atentadu terrorista nian iha Paris, hanesan ema terseiru "iha atake sira" iha aeroportu Bruxelas, iha loron 22 marsu, hanaran "o homem do chapéu", anunsia ohin prokuradoria federál belga.

"Nia hatete katak nia iha lokál krime nian no esplika katak soe kazaku ba lixu no faan tiha xapéu" hafoin atentadu, haktuir iha komunikadu. 

Prokuradoria akuza belga-marroquino Mohamed Abrini ho "partisipasaun iha atividade grupu terrorista nian no asasíniu terrorista"relasiona ho atentadu iha 13 novembru iha Paris.

SAPO TL ho Lusa

LERE: POVU AGORA MATENEK


DILI - “Ita nia povu agora matan moos, ita nia povu agora matenek maduru, krije 2006 hanorin ema barak,” Xefe Estadu Maior Jeneral FALINTIL-Forsa Defeza Timor-Leste (F-FDTL), Maijor Jeneral, Lere Anan Timur.  

Ba jornalista sira hafoin sorumutu ho Prezidente Repúblika, Taur Matan Ruak, iha Palásiu Prezidensial, Bairo-Pite, Dili, Kuarta (06/04), Lere ho diplomasia afirma, krije 2006 mak mosu tan iha 2017 barak dala ruma tensaun sa’e mate de’it.

“Tanba ita atu ba ne’ebé, ita atu moris ba oin ka ita atu mate,” hatutan Lere hodi dehan nia la’ós  polítika, hanesan militar nia nafatin garante situasaun la’o kalma.

“Ha’u la’ós  polítiku, ha’u militar, ha’u hatene katak ha’u nu’udar komandante forsa armada nian, situasaun la’o kalma hanesan buat ida la akontese, mas ha’u sefose Jeneral att ida ita dehan katak ohin loron situasaun la hanesan ne’e mas ha’u lakohi,” afirma Lere.

Durante sorumutu ho Prezidente Repúblika, Lere haktuir, sira diskuti kona-ba polémika ezonerasaun. Nia husu ba Prezidente Repúblika ho governu tenki iha konsensu ba kazu ne’e.

“Ba ha’u, siñor Prezidente nein governu bele husu ha’u nia hakarak, se hakarak hela ka hakarak sai, ha’u hakarak iha konsensu,” hatete Xefe Estadu Maior Jeneral Forsa Armada ne’e.

“Ha’u hatete  ba siñor  Prezidente, interese nasionál ne’e mak importante, ha’u nia problema la’ós  importante, problema instituisaun la’ós  importante, so nasaun ejiste mak instituisaun bele iha, nasaun laiha instituisaun mós laiha,” subliña Lere.

Relasaiona ho informasaun ne’ebé públiku iha katak Maijor Jenerál sei rejigna-an, Maijen Lere hatete, kuandu laiha evidénsia lalika fiar tanba kuandu nia mak hakarak rejigna-an, nia rasik mak sei fó sai.

Antes ne’e Prezidente Repúblika, Taur Matan Ruak afirma, nu’udar xefe estadu kontinua rona informasaun hosi governu kona-ba polémika ezonerasaun, maibé  xefe estadu hanesan komandante supremu labele dada naruk situasaun ne’e, no iha tempu ida xefe estadu sei deside.

Entertantu governu ne’ebé lidera hosi Primeiru Ministru (PM), Rui Maria de Araujo kontinua halo esforsu oinsá  xefe estadu no governu bele intende malu iha kazu ezonerasaun ne’e.(dgx)

Timor Post

TL TENKE HETAN DIREITU LOLOOS BA FRONTEIRA MARITIMA


DILI - Timor-Leste tenke hetan direitu loloos ba frontreira marítima ne’ebé oras ne’e sai problema bo’ot ho viziñu Austrália.

Tanba to’o oras ne’e, frontreira marítima entre Timor-Leste ho Austrália seidauk iha liña frontreira marírima ida ne’ebé klaru, maski tuirmedian linekuaze mina matan sira ne’e pertense ba TL nian.

Diretór JSMP, Luis Sampaio orgullu ho manifestasaun ne’ebé organiza hosi Movimentu Okupasaun Tasi Timor (MOPTK), tanba laiha tipu krime, ne’ebé hala’o iha loron 22-23 Marsu liu ba.

Luis Sampaio haktuir, iha nasaun barak iha mundu, kuandu iha asaun manifestasaun sira  involve ema barak, dala ikus sempre iha asaun krimi, maibé TL habkribi ida ne’e.

 “JSMP orgullu   tebes ho asaun ne’ebé foin lalais, ita hala’o nein mosu tipu krimi, no ita respeita nafatin Australia hanesan nasaun viziñu,” Luis Sampaio  ba TP iha nia kna’ar fatin, Kolmera, Kuarta (06/04).

Nu’udar timor-oan, ita hotutenke iha hanoin ida de’it, atu fó apoiu ba governu hanesan negosiadór ba asuntu tasi timor lideradu Xanana Gusmão.

tuir nia,  ho tan rezolusaun ne’ebé aprova hosi Parlamentu Nasional hanesan forsa politiku ida, hodi reforsq pozisaun estadu nian ba prosesu negosiasaun tasi Timor Entre Governu TL ho Governu Austrália.

“Ita hein no espera, ekipa ne’e,  bele hetan dalan, hodi konvida governu Australianu tur hodi rezolve problema refere, espesifikamenta tuir regras sira ne’ebé iha,”katak nia.

Tuir Diretór JSMP ne’e katak, tenke negósia ho asuntu polítika, tan ne’e,  maka ekipa ne’e tenke lidera hosi politiku sira, atu reforsa maka hanoin hosi estadu, Parlamentu Nasional, Prezidente da Republika, no ekipa tékniku sira lidera hosi  Ministériu negósiu Estramjeiru (MNEK).

“Loloos asuntu ne’e kompeténsia MNEK, mais tanbá asuntu ne’e  bo’ot,  no iha implikasaun polítiku entra nasaun TL ho Austrália, tan ne’e,  estadu hili figura sentrál hanesan Eis PM Xanana Gusmão maka lidera ekipa refere hodi hala’ negosiasaun,”dehan nia.

Nia hatutan, ema tékniku bele involve ema legál balun, hodi reforsa hala’o negosiasaun, maibé prosesu negosiasaun tenke tuir estadu nia polítika, katak sira polítika maka reprejenta estadu Timor. (max)   

Timor Post