Díli,
10 abr (Lusa) - Mais de 200 pessoas entregaram-se nas últimas semanas à Polícia
Nacional de Timor-Leste (PNTL) no âmbito de uma operação conjunta de segurança
das forças armadas e polícia timorenses, que decorre desde março no leste do
país, disse o primeiro-ministro.
Em
declarações à Lusa, Rui Maria de Araújo rejeitou que, até ao momento, tenha
havido trocas de tiros entre os agentes das Forças de Defesa de Timor-Leste
(F-FDTL) e da PNTL e os elementos do grupo Conselho da Revolução Maubere (CRM).
"Não
houve tiroteios. Houve um encontro com os fugitivos e por não acatarem a ordem
da polícia, os agentes dispararam e houve uma pessoa ferida, que levou um tiro
no pé. Isso está perfeitamente dentro das regras de empenhamento até
agora", afirmou.
"Cerca
de 200 pessoas já se entregaram à polícia e está a decorrer o processo de
inquérito para apurar a verdade dos factos", disse.
Em
concreto, e segundo dados do comando da PNTL, trata-se de um total de 2013
pessoas (202 homens e 11 mulheres) das quais três ficaram em prisão preventiva,
oito com Termo Identidade e Residência (TIR) e os restantes foram
identificados.
Com
o nome de código Hanita a operação foi lançada para "prevenir e reprimir
ações criminosas de grupos ilegais que estão a causar instabilidade no país".
Segundo
as autoridades, esta operação conjunta é uma resposta aos ataques contra
agentes da polícia ocorridos em Laga, a leste da capital, a 15 de janeiro, e em
Baguia, a sudeste de Díli, a 08 de março.
Mauk
Morak, líder do grupo CRM, negou em entrevista à Lusa envolvimento nesses
ataques à esquadra da vila de Baguia mas confirmou que participaram elementos
do grupo que lidera.
ASP
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