segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

MARCELO VAI SER O PRÓXIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA


Inês David Bastos* - Económico

Com cerca de 62% dos votos já contados, Marcelo Rebelo de Sousa vence à primeira volta.

Marcelo Rebelo de Sousa terá garantido hoje a Presidência da República, sucedendo a Cavaco Silva, conseguindo cerca de 57% dos votos, isto numa altura em que 62% dos votos já estão apurados. 

Esta era de resto a tendência revelada pelas sondagens à boca das urnas. A Universidade Católica foi a única a deixar em aberto a possibilidade de as eleições terem que ser decididas numa segunda volta. As sondagens da Intercampus e Eurosondagem garantiam às 20h que não vai haver segunda volta a 14 de Fevereiro. 

Durante os quinze dias de campanha eleitoral oficial, e até mesmo antes, as sondagens apontaram desde sempre para a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa logo à primeira volta, embora também sempre se tivesse alertado para a incerteza que é o factor abstenção.

Marcelo surgia à frente na corrida com uma percentagem que variava entre os 51% e os 54% mas as empresas de sondagens não medem a abstenção em Portugal e, uma vez que o voto não é obrigatório, como é o caso do Brasil, para os analistas é difícil antever qual a percentagem de eleitorado que diz que vai votar mas depois fica em casa no dia das eleições. Rui Oliveira e Costa, presidente da Eurosondagem, explica mesmo ao Económico que a abstenção é o "inimigo número um,dois e três dos candidatos" porque é o factor mais incerto e aquele que pode dar a volta a tudo o que é previsões.

Marcelo e a sua ‘entourage’ sempre tiveram consciência que a abstenção era o seu maior risco. Se o número de abstencionista à direita crescesse na ‘hora H’, o professor sabia que corria o risco de ter de defrontar uma segunda volta com a esquerda. E, nesse caso, cair na possibilidade de não conseguir à direita tantos votos quanto uma esquerda totalmente unida em torno de um candidato. Por isso, depois de ter incomodado uma boa fatia do eleitorado de direita ao fazer uma primeira semana de campanha virado para a esquerda, Marcelo guinou na última semana com um derradeiro apelo à mobilização do eleitorado de centro-direita: moderou o discurso, teve a seu lado os aparelhos partidários do PSD e CDS (na primeira semana distanciou-se de partidos) e viu Passos Coelho e Paulo Portas virem apelar ao voto na sua candidatura. Era a derradeira tentativa de mobilização da direita para travar o risco da abstenção.

Rui Oliveira e Costa explica ao Económico que basta a abstenção duplicar o que surge nas sondagens – para 35% - para trocar as contas à vitória numa primeira volta de Marcelo, obrigando-o a uma segunda volta. Isto se a abstenção se der sobretudo no eleitorado que tradicionalmente vota à direita. Marcelo esteve assim, desde sempre, dependente da abstenção. Ou conseguia mobilizar todo o eleitorado de direita e algum do centro ou a esquerda não conseguir mobilizar todo o seu eleitorado. Um dos fantasmas, aliás, que o BE,. PCP e PS acenaram repetidamente foi que a falta de mobilização à esquerda podia dar a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa.

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM PORTUGAL A DUAS HORAS DO FECHO DAS URNAS DE VOTO


Decorrem neste momento em Portugal as eleições presidenciais. As urnas de voto abriram às 8 horas da manhã e já são decorridas quase 9 horas de votação dos portugueses, registando-se uma menor abstenção até esta hora comparativamente às eleições presidenciais de 2011. Às 19.00 horas fecham as urnas de voto.

Excluindo o boicote ao ato eleitoral na Trofa e a evidente desonestidade e violação da lei eleitoral por parte de Paulo Portas, do CDS/PP, todo o processo tem decorrido com normalidade.

Contamos trazer ao Timor Agora alguns apontamentos sobre o decorrer do apuramento dos resultados eleitorais a partir das 19.00 horas em Portugal continental, 04.00 horas em Timor-Leste. Perspetiva-se que até às 22.00 horas em Lisboa, 07.00 em Díli, já seja possível tomar conhecimento do resultado da votação e escolha para presidente da República dos portugueses.

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Novo Bispo de Macau expressa "respeito pela cultura portuguesa" em tomada de posse


Macau, China, 23 jan (Lusa) -- O novo bispo de Macau, Stephen Lee, tomou hoje posse, numa cerimónia na Sé Catedral em que expressou "respeito pela cultura portuguesa, tradição e costumes de Macau".

Stephen Lee, que era bispo auxiliar de Hong Kong, é o primeiro bispo de Macau a não dominar o português, sendo antes fluente em chinês, inglês e espanhol. Tendo em consideração as características da congregação, a que pertencem vários fiéis lusófonos, Lee proferiu um curto discurso em língua portuguesa, numa cerimónia que decorreu maioritariamente em chinês, com traduções também em inglês.

"Gostaria de dizer algumas palavras em português. Desculpem os meus erros de pronúncia, aprendi a língua apenas há alguns dias atrás. Tento aprender a língua para mostrar que amo as pessoas que falam português e gostaria de continuar a ir ao encontro de todos. Respeito a cultura portuguesa, a tradição e costumes de Macau. Agradeço a vossa presença aqui", disse Stephen Lee, na Igreja Matriz de Macau que se apresentava cheia, apesar do dia excecionalmente frio, em que os termómetros desceram até aos 7.º graus.

Após ser empossado, Stephen Lee cumprimentou os fiéis, incluindo o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, o cônsul-geral de Portugal, Vítor Sereno, e alguns deputados. Os fiéis formaram, então, uma fila para comungar com o novo líder, junto à estátua de Nossa Senhora de Fátima, sob a mensagem "Rainha do Mundo, Mãe de Portugal, Amparai Macau".

No final da cerimónia, o novo bispo manifestou-se "muito comovido com os sentimentos que as pessoas demonstraram, o apoio, as orações".

"[São] sentimentos de muita devoção, estou muito feliz de estar aqui", disse.

Questionado sobre o seu esforço para comunicar o português, Lee disse ter começado agora a aprender a língua. "Comecei ontem apenas. A tradição é muito forte aqui e acho que é simpático aprender para chegar a todos", justificou.

Para a sua missão em Macau destacou a importância de "unir, procurar santidade e propagar a fé a mais pessoas, porque há muito poucos católicos aqui".

Quanto aos seus novos fiéis, considerou-os "muito devotos e muitos carinhosos".

Sobre o papel de Macau -- o berço do catolicismo no Oriente -- na relação entre a Igreja e a China, Lee disse apenas que "é difícil". "A minha atenção vai para a diocese de Macau, acho que é isso que o Santo Padre quer", rematou.

O dia da tomada de posse do novo bispo coincidiu com o aniversário da Diocese, que celebra 440 anos de existência, sendo a primeira diocese do Extremo Oriente da era moderna e ainda em funcionamento -- a primeira foi a Arquidiocese de Pequim, erguida em 1307, seguida da diocese de Quanzhou, também na China, mas ambas desapareceram ao fim de pouco tempo.

Sobre este aniversário, o bispo demissionário, José Lai -- que deixou o cargo por motivos de saúde -- lembrou a intenção do Papa Gregório XIII, seu fundador: "Queria que esta diocese fosse uma plataforma para o intercâmbio cultural e académico entre Oriente e Ocidente. Além disso, a diocese tem uma missão de evangelizar estes povos desta terra do extremo Oriente".

A comunidade católica de Macau é composta por cerca de 30 mil crentes num universo de pouco mais de 600 mil pessoas. Além de portugueses, macaenses e chineses, conta também com membros da comunidade filipina, entre outros.

Na sexta-feira, após um encontro com o novo bispo, o chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, comprometeu-se a "respeitar a liberdade de crença religiosa", bem como a "manter a cooperação com a diocese no sentido de, com mútuo apoio, continuar a servir a população local".

ISG//GC

Macau e Hong Kong registam temperaturas mais baixas dos últimos 60 anos


Macau, China, 24 jan (Lusa) -- Mais habituadas a um clima subtropical, as populações de Macau e Hong Kong vivem hoje as temperaturas mais baixas dos últimos 60 anos.

Em Macau, a temperatura baixou hoje até aos 1,6ºC na Taipa Grande, situando-se entre os 2,4ºC e 3,1ºC nos restantes pontos do território ao início da tarde (manhã em Lisboa).

Segundo os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau, o valor é o mais baixo em 67 anos, depois de em janeiro de 1949 terem sido registados 2,2ºC.

Para segunda-feira as previsões são de descida de temperatura em Macau, com a mínima a situar-se no 1ºC e a máxima nos 7ºC, indicou a mesma fonte.

Já em Hong Kong, o termómetro desceu hoje para 3,3ºC na cidade e nas colinas chegaram a ser registadas temperaturas negativas. A temperatura de hoje é referida como a mais baixa nos últimos 59 anos na antiga colónia britânica, segundo a imprensa local citada pela agência Efe.

Estas condições meteorológicas não são comparáveis às dos Estados Unidos, paralisados por uma tempestade de neve histórica, ou na China, afetada por uma vaga de frio glacial.
No entanto, não são habituais em Hong Kong e Macau, onde o clima é subtropical e o aquecimento central nas habitações é geralmente inexistente.

Em Hong Kong os serviços meteorológicos emitiram um alerta de "frio intenso". Já em Macau, o hospital público recebeu um caso de hipotermia nas últimas 24 horas, e mais de 20 pessoas recorreram nos últimos dias ao centro de abrigo aberto desde a descida da temperatura.

FV // GC

Livreiro desaparecido em Hong Kong encontrou-se com a mulher na China


Pequim, 24 jan (Lusa) -- Um dos cinco livreiros desaparecidos no final do ano em Hong Kong reuniu-se num local secreto na China com a mulher, através da qual fez chegar uma carta à polícia, na qual diz estar a cooperar "voluntariamente" numa investigação.

Segundo o jornal South China Morning Post, que teve acesso à carta entregue à polícia da antiga colónia britânica, Lee Bo, natural de Hong Kong e com passaporte britânico, esteve com a mulher, Choi Ka-ping, em local não revelado no interior da China, quase um mês depois de ter desaparecido do território.

O livreiro, funcionário da Causeway Bay Books e da editora Mighty Current, especializada na edição e venda de livros críticos do regime chinês, é um dos cinco editores que desapareceram no final do ano passado.

A sua mulher disse no sábado à polícia de Hong Kong que se tinha encontrado com o marido numa "pensão na parte continental" (da China), e entregou às autoridades policiais uma carta na qual o livreiro afirma estar a "participar numa investigação na qualidade de testemunha".

"Eu, Lee Bo, titular de um bilhete de identidade de Hong Kong, fui recentemente considerado desaparecido, e gostaria de fazer alguns esclarecimentos", começa a carta.

Na mesma, Bo afirma "apreciar realmente a preocupação da polícia", mas garante "não ter sido sequestrado e, de todo, preso na China por práticas de prostituição", como foi publicado anteriormente.

Sublinha que já esteve com a sua mulher e que se sente "livre e seguro" onde está, manifestando a esperança de que a polícia de Hong Kong "não continue a desperdiçar recursos com o seu caso" porque, segundo referiu, deslocou-se ao interior da China para "cooperar com uma investigação voluntariamente".

A mulher de Bo, de 65 anos, disse à polícia que o seu marido se encontra em bom estado anímico e de saúde, segundo um comunicado da polícia de Hong Kong divulgado na noite de sábado, que acrescenta que a esposa não deu mais detalhes sobre o local em que se encontrou com o marido nem o conteúdo da investigação na qual Lee diz estar a participar.

A carta de Bo, similar a outro manuscrito do livreiro dirigido à polícia no qual dizia estar na China há dias, é publicada uma semana depois de o seu colega Gui Minhai ter aparecido, a 17 de janeiro, na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se entregou às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

Familiares e amigos de Gui, que tem a dupla nacionalidade chinesa e sueca, assim como organizações e publicação através da Internet, mostraram-se céticas em relação ao conteúdo da gravação.

Os dois integram um grupo de cinco editores e livreiros de Hong Kong, juntamente com Cheung Ji-ping, Lui Bo e Lam Wing-kei, que desapareceram de forma misteriosa em outubro e dezembro passados.

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China e Irão anunciam "novo capítulo" nas relações bilaterais


Pequim, 23 jan (Lusa) - A China e o Irão anunciaram hoje um "novo capítulo" nas relações bilaterais, com um "acordo de parceria estratégica" focado na área comercial e assinado à margem da visita do Presidente chinês Xi Jinping a Teerão.

É a primeira visita de um Presidente chinês ao Irão nos últimos 14 anos e ocorre poucos dias após as sanções internacionais ao país terem sido levantadas, na sequência de um histórico acordo nuclear.

"Com a visita do Presidente chinês e os nossos acordos, um "novo capítulo" foi iniciado nas relações entre Pequim e Teerão", afirmou o Presidente do Irão, Hassan Rouhani, numa conferência citada pela imprensa chinesa.

O líder iraniano avançou que, nos próximos dez anos, os intercâmbios comerciais entre os dois países deverão somar 600.000 milhões de dólares.

"A China e o Irão são dois importantes países em desenvolvimento e devem continuar a cooperar nos âmbitos regional e internacional", afirmou, por seu lado, Xi Jinping.

Pequim é o maior cliente do petróleo iraniano e, em 2014, o comércio entre as duas nações somou 52.000 milhões de dólares, de acordo com fontes oficiais.

O périplo do líder chinês pelo Médio Oriente incluiu ainda visitas à Arábia Saudita e Egito, numa altura em que a China arranca com um gigante plano de infraestruturas que pretende reativar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa através da Ásia Central.

Pelas contas do Governo chinês, aquela iniciativa - "Uma Faixa, uma Rota" - que inclui a construção de uma malha ferroviária de alta velocidade entre a China e a Europa, vai abranger 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas - cerca de 60% da humanidade.

A visita de Xi terá ainda servido para acalmar as tensões entre Arábia Saudita e Irão.

Riade anunciou no início do mês o corte de relações diplomáticas com Teerão, na sequência da tensão gerada pela execução do clérigo xiita Nimr Baqer al-Nimr, crítico do poder no reino sunita.

Xi viajou acompanhado de uma alta delegação política e económica, que incluiu três vice-primeiros-ministros, seis ministros e altos responsáveis da economia e comércio chineses.

JOYP // CC

Tempestade de neve atinge oeste e centro do Japão


Tóquio, 24 jan (Lusa) -- Uma tempestade afetou hoje o centro e oeste do Japão, com 74 centímetros de neve acumulados e o cancelamento de vários voos, assim como a redução da velocidade em algumas linhas de comboios.

A Agência Meteorológica do Japão prevê que o temporal se prolongue até segunda-feira no oeste e no centro do país e anunciou que haverá novas interrupções no tráfego.

O nevão atingiu também regiões do sul do país, como Nagasaki (oito centímetros) e Kagoshima (quatro centímetros), e provocou a descida de temperaturas abaixo da média registada em janeiro.

A neve atingiu os 74 centímetros na cidade de Kitahiroshima, em Hiroshima (oeste), enquanto na localidade de Suzu, em Ishikawa (centro), registou 35 centímetros de neve.

No início da semana, outro temporal afetou o leste e nordeste do Japão causando 206 feridos, e o cancelamento de centenas de voos domésticos e o atraso nos comboios.

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Tempestade de neve nos Estados Unidos já fez 14 mortos


Pelo menos 14 pessoas morreram em consequência da tempestade de neve Jonas que atinge atualmente o leste dos Estados Unidos, avançou sábado a AFP citando fontes oficiais.

O autarca de Nova Ioque, Bill de Blasio, indicou que três pessoas morreram durante a limpeza de neve, enquanto que as autoridades de Carolina do Norte deram conta de seis vítimas.

Virgínia e o Kentucky registaram duas mortes e Maryland uma vítima mortal.

Em virtude desta tempestade, os dois aeroportos de Washington estão hoje encerrados.

A tempestade Jonas levou também ao cancelamento de dois voos que iriam fazer a ligação de Lisboa à cidade de Newark, no estado de Nova Jérsia, segundo indicou a ANA.

A costa leste norte-americana enfrenta uma forte tempestade durante pelo menos 36 horas, que vai deixar entre 30 e 71 centímetros de neve com ventos até 96 quilómetros por hora, estando declarado o estado de emergência em seis estados (Washington D.C., Maryland, Virgínia, Pensilvânia, Carolina do Norte e Tennessee).

Também a região de Nova Iorque foi atingida pela tempestade na noite de sexta-feira para sábado, com a neve a atingir mais de trinta centímetros de altura na manhã de hoje.

Os aviões não descolam desde sexta-feira à noite nos três aeroportos que servem a região - John F. Kennedy, LaGuardia e Newark.

Porto Canal