segunda-feira, 27 de julho de 2015

CPLP FINGE NÃO SER O QUE FOI, É E SERÁ: UM BELO ELEFANTE BRANCO


A CPLP deve criar um banco ou agência multilateral de investimento para dar maior apoio às empresas dos Estados-membros, consolidando assim o papel de “intervenção económica” da organização, defendeu hoje o seu secretário Executivo.

“A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) deve ser não um bloco económico mas um bloco com intervenção económica. É um bloco essencialmente político e diplomático mas com intervenção económica”, disse em Díli, Timor-Leste, o embaixador Murade Isaac Murargy.

“O papel da CPLP, do secretariado, dos Estados-membros, é apoiar o empresariado, criar condições, criar um ambiente de negócios propício para que eles livremente possam actuar, fomentando e promovendo os investimentos”, afirmou.

Murade Isaac Murargy falava depois da XX reunião do Conselho de Ministros que analisou estes e outros temas no âmbito do debate sobre a nova visão estratégica da CPLP, com muitos sectores a defenderem que a organização deve procurar ser mais prática e eficaz, com acções que beneficiem os seus cidadãos.

Os responsáveis destacaram o desenvolvimento de maiores laços económicos, capitalizando na marca CPLP e na sua posição geográfica em quatro continentes.

Como exemplo das medidas que podem ser postas em prática, e já apresentada a Timor-Leste, Murade Isaac Murargy referiu a “criação de um banco de investimento, uma agência multilateral de investimentos, que possa permitir um apoio as empresas”.

“Criar uma instituição dessa natureza ao nível da CPLP em que todos os Estados-membros, os países, os bancos, sejam accionistas desse banco, e onde podem entrar o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) ou outros. Algo que permita colaborar com as empresas que queiram intervir nas nossas áreas”, destacou.

O objectivo principal da presença da CPLP na Ásia, por exemplo, é exactamente, destacou, “atrair os empresários da ASEAN para que colaborem também com as empresas” lusófonas.

No que toca à visão estratégica, Murade Isaac Murargy disse que deve ter “uma componente mais política, mais económica e empresarial”, procurando ouvir não apenas as opiniões dos Estados-membros mas também a sociedade civil, o mundo empresarial e os académicos.

“Uma visão abrangente em que o cidadão da CPLP se sinta também envolvido no futuro da CPLP”, disse.

Igualmente importante, destacou, é fomentar a aproximação com o crescente número de Estados que querem ser observadores associados. Já na mesa estão propostas do Uruguai, Peru e Israel, juntando-se à mais antiga de Marrocos.

E a Guiné-Equatorial goza com tudo

Os chefes da diplomacia da CPLP avaliam positivamente o primeiro ano da adesão da Guiné-Equatorial, considerando que tem havido progressos, inclusive no complexo dossier do ensino do português, apesar de pretenderem mais envolvimento daquele país na organização.

Estas foram as opiniões expressas pelos representantes das diplomacias dos Estados-membros da CPLP que participaram em Díli na XX reunião do Conselho de Ministros.

Todos consideram que o aspecto mais importante na agenda é a questão do ensino do português, destacando os progressos que já ocorreram.

O ministro das Relações Exteriores angolano, Georges Chikoti, faz uma avaliação positiva da adesão e lamenta que a Guiné-Equatorial não tenha participado muito activamente nas reuniões ministeriais – o seu ministro esteve ausente em Díli.

“É bom que a Guiné-Equatorial tire proveito e possa mostrar o que a traz à organização”, disse, considerando que “a questão do ensino do português é muito mais importante” do que o debate sobre transformar a moratória sobre a pena de morte numa legislação definitiva.

Georges Chikoti recorda que a Guiné-Equatorial tem o espanhol como primeira língua e que cabe à CPLP “mostrar disponibilidade para apoiar”.

“Eles pretendem aumentar o ensino do português. Se nos mobilizarmos neste sentido para que incluam isso no seu currículo escolar acho que já é uma boa contribuição”, disse.

Para o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Baloi, o encontro de Díli permitiu ultrapassar alguma preocupação sobre o ritmo da adesão, sendo evidente um “défice de comunicação sobre o que está a acontecer” na Guiné-Equatorial.

“Mas tivemos uma informação positiva que terminou com um apelo da Guiné-Equatorial, no sentido da CPLP destacar uma equipa que será financiada pela própria Guiné-Equatorial para tornar o processo de adesão ou de consolidação de adesão mais expedito”, disse.

Sobre o ensino do português afirmou que o trabalho que tem sido feito “é notável” e que as lacunas são “naturais”.

“Há lacunas obviamente, porque não se vai fazer num ano aquilo que, como dizia um colega meu, nós demoramos 20 anos a fazer. Estamos no bom caminho. A questão é haver uma boa comunicação e nos continuarmos com a atitude que tivemos e que viabilizou a adesão”, disse.

Para Hernâni Coelho, ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, a Guiné-Equatorial “está a participar activamente nas actividades da organização” estando em curso vários projectos, inclusive na língua portuguesa.

“Mas um ano não é um período suficiente de assuntos tão importantes e estratégicos. Estamos a partilhar com a Guiné-Equatorial as nossas experiências, esforços e a encorajar a que participe mais activamente nestas iniciativas”, adiantou.

Já o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Luís Campos Ferreira, recordou que há um “roteiro” para a adesão da Guiné-Equatorial e que os chefes de Estado e de Governo deliberaram que estava a ser cumprido na cimeira de Díli de 2015.

Desde aí, disse, tem havido algumas “evoluções” tendo o Conselho de Ministros ouvido um relatório nomeadamente sobre o ensino e divulgação da língua portuguesa.

“Foi-nos comunicado que inclusivamente havia um jornal informativo diário na televisão em língua portuguesa, entre outros trabalhos que se estão a desenvolver”, acrescentou.

“O Conselho de Ministros no seu todo entende que continua a haver uma grande margem de progressão para a que Guiné Equatorial, como noutros países, possa e deva aproximar-se daquilo que é o acervo identitário dos países da CPLP”, disse ainda.

Uma avaliação completa, sustentou, cabe aos chefes de Estado e de Governo, que se voltam a reunir em Brasília em 2016 ainda que, opine, a adesão tenha sido positiva.

“Tudo o que é inclusão é melhor do que a exclusão e o conseguirmos trazer até nós (…) é bom para a Guiné-Equatorial e para o povo da Guiné-Equatorial”, disse.

“A inclusão é sempre positiva e neste caso concreto tem permitido uma troca de opiniões, de reflexões, uma abertura do país e por isso continuo a achar que foi a decisão que tinha que ser tomada naquele momento, por estes e muitos outros factores”, sublinhou.

Também o secretário Executivo da CPLP, Murade Isaac Murargy, disse não estar arrependido da adesão, afirmando que em temas como os da língua “não se deve atirar pedras à Guiné-Equatorial quando alguns membros fundadores da CPLP têm telhados de vidro”.

“A Guiné-Equatorial vai levar o seu tempo. É um processo. Eles deram grandes passos, há um noticiário em português, a parte empresarial está a andar com muita velocidade”, considerou.

“O que é importante é que os países da CPLP apoiem. Como temos que nos apoiar uns aos outros. Não me arrependo de terem entrado. Não era por os deixar fora que resolveríamos os problemas da Guiné-equatorial. Temos é que continuar a apoiar a sua evolução”, advogou.

Finalmente, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, considerou que as observações indicam que “o primeiro ano foi muito produtivo”.

“A Guiné-Equatorial tem também uma porta aberta, uma contribuição importante, da mesma forma que membros associados também trazem uma contribuição importante”, defendeu.

Debate sobre "nova visão" da CPLP deve envolver sociedade civil e empresários


O debate sobre a "nova visão" da CPLP está numa fase "decisiva" e deve ir além dos gabinetes, procurando ser mais representativo com o envolvimento em particular da sociedade civil e dos empresários, disse ontem o chefe da diplomacia moçambicana.

"A CPLP desde a sua criação que tinha como objetivo ser o mais inclusivo possível. Isso obedeceu a várias fases e a visão ora em debate constitui uma fase importante, quiçá decisiva", afirmou Oldemiro Báloim em declarações à Lusa em Díli

"Já há experiência acumulada nas diferentes áreas, há um certo envolvimento da sociedade civil e o envolvimento do setor empresarial. A nível governamental há um número cada vez maior de setores que querem fazer parte da atividade da CPLP", sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Báloi falava à Lusa na conclusão da XX reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em Díli e durante a qual se debateu a "nova visão" estratégica da organização, vertida na declaração final do encontro.

A reunião aprovou ainda 10 resoluções e três decisões sobre aspetos operacionais da organização, tendo cinco dos Estados-membros (Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe) assinado uma Convenção Multilateral da Segurança Social.

Questionado sobre os debates e a vontade de aproximar a CPLP dos seus cidadãos, tornando-a numa organização com resultados mais práticos, especialmente a nível económico, Baloi disse que essa vontade foi reconhecida na reunião.

"Para a elaboração da visão, há uma base larga de experiência acumulada que permitirá consolidar, cristalizar a inclusão que já existe e potenciá-la, que é o que se pretende", afirmou.

"Por isso, hoje no debate sobre a visão decidiu-se alargar o âmbito da discussão. Em vez de ser um produto de gabinete, pouco representativo, tente ser um produto de todos os segmentos que compõem a CPLP, com grande destaque para a sociedade civil e para o setor empresarial", afirmou.


SAPO TL ho Lusa 

TAXA DE DESEMPREGO DE MACAU SUBIU LIGEIRAMENTE PARA 1,8%


Macau, China, 27 jul (Lusa) -- A taxa de desemprego de Macau fixou-se em 1,8% entre abril e junho, reflexo de uma ligeira subida em termos trimestrais e anuais, indicam dados oficiais hoje divulgados.

Dados dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicam que a taxa se manteve no mesmo nível do período anterior (março a maio), mas reflete um aumento 0,1 pontos percentuais face ao primeiro trimestre e em relação ao segundo trimestre de 2014, uma vez que em ambos os períodos correspondia a 1,7%.

Entre abril e junho, estavam empregadas em Macau 398.300 pessoas -- mais 14.700 em termos anuais homólogos, mas menos 1.200 em termos trimestrais -- e desempregadas 7.200.

A mediana do rendimento mensal da população empregada no segundo trimestre fixou-se em 15.000 patacas (1.707 euros); enquanto a relativa aos residentes em 17.500 patacas (1.992 euros).

No período homólogo de 2014, as medianas correspondiam, respetivamente, a 13.000 e a 15.000 patacas (1.480 e 1.707 euros ao câmbio atual).

Olhando aos principais ramos da atividade económica, 23,7% estava empregada em atividades culturais e recreativas, lotarias e outros serviços; 14,4% na construção; e 11,3% no comércio.

DM // VM

Número de trabalhadores não residentes de Macau supera barreira dos 180 mil


Macau, China, 27 jul (Lusa) -- O número de trabalhadores não residentes em Macau continua a bater recordes, tendo superado a barreira dos 180 mil em junho, indicam dados oficiais.

Dados da Polícia de Segurança Pública, divulgados hoje no portal do Gabinete para os Recursos Humanos, indicam que, no final de junho, 180.523 trabalhadores do exterior integravam o mercado laboral, mais 1.107 do que no mês anterior e mais 25.213 comparativamente ao período homólogo do ano passado.

No intervalo de apenas um ano, Macau ganhou assim, em média, por dia, 69 trabalhadores não residentes, cujo universo representa 44,5% da população ativa, a qual foi estimada em 405.400 pessoas no período compreendido entre abril e junho.

O interior da China continua a figurar como a principal fonte de trabalhadores recrutados ao exterior (117.316 ou 64,9% do total), principalmente para o setor da hotelaria, restaurantes e similares, construção e comércio, enquanto as Filipinas (23.152) e o Vietname (14.203) ocupam, respetivamente, o segundo e terceiro lugares da lista.

O universo de trabalhadores não residentes passou a 'barreira psicológica' dos 100.000 pela primeira vez na história da Região Administrativa Especial chinesa em meados de 2008, a qual voltou a ser superada em maio de 2012, numa tendência não mais invertida.

Macau contava, no final de 2000, com 27.221 trabalhadores recrutados ao exterior; 39.411 em 2005; 110.552 em 2012, tendo fechado 2014 com o saldo de 170.346.

DM // VM

Scott Chiang, vice-presidente da Novo Macau: “Somos activistas quando temos de o ser”



Não se assume como activista, nem a associação que representa pretende sê-lo. O vice-presidente da Novo Macau, com humor, fala sobre a má relação com os deputados do mesmo grupo, do mais recente caso de corrupção que envolve Chan Meng Kam e da forma como é feita e vista a política no território

Começando pelo caso mais recente que envolve Chan Meng Kam, qual a visão da Associação Novo Macau (ANM) sobre o assunto? 

Não percebo como é que corrupção e Chan Meng Kam podem estar na mesma frase (risos). O sistema legal actual torna muito mais complicado que as pessoas candidatas a eleições sejam responsabilizadas por aquilo que a sua equipa fez. Esta não devia ter sido a única acusação feita, porque acho que há mais casos, como houve em eleições anteriores. Se se está a ir na direcção certa [para os evitar]? Não o suficiente. As sanções deviam ser mais pesadas para o candidatos que tentam comprar votos, seja com dinheiro ou quaisquer outros interesses.

Qual o balanço que faz da sua participação na ANM?

Tem sido uma espécie de aventura. Saímos de um ponto às escuras para encontrar alguma luz. No início, tínhamos várias hipóteses à nossa frente, tivemos que escolher o que queríamos fazer com a ANM, qual o caminho a seguir. Tivemos que perceber o que as pessoas estavam à espera que fizéssemos e agora, claro, com o tempo, fomos construindo e temos várias pontos a trabalhar, aos quais nos dedicamos. Se esta é a melhor estratégia? Não sei. Sempre ouvimos e acreditamos que os mais novos devem tentar fazer algo, por isso, é o que estamos a fazer. Não existe um espécie de guia que nos indique o caminho e diga o que fazer, acreditamos que se é a coisa certa, e se temos vontade para o fazer, então vamos fazê-lo. Tentamos observar as problemáticas e perceber se o devemos fazer, porquê e como. Às vezes erramos, outras vezes as coisas não correm como nós achávamos que poderiam correr, mas a verdade é que as pessoas têm sido bastante bondosas para com a Associação e este percurso tem-nos feito crescer e melhorar.

Acha que as pessoas exigem muito da ANM e dos seus membros?

É uma boa questão, porque sim. As pessoas exigem bastante da ANM. As pessoas esperam que sejamos uma espécie de santos (risos). Por exemplo, há uns dez anos num fórum online alguém escreveu que viu o deputado Ng Kuok Cheong num café e que ficou desapontado porque o viu, a ele e à sua esposa, a comer carne de porco. Quer dizer por ser uma pessoa tão normal como as outras não poderia ser deputado? (risos) Esta pessoa ficou desapontada porque o deputado é efectivamente uma pessoa normal. Não sei o que dizer. As pessoas têm quase todo o tipo de expectativas sobre nós. Esperam que sejamos auto-suficientes, que não precisemos, por exemplo, de donativos. Também esperam que não haja qualquer tipo de erro da nossa parte, somos humanos, isso é impossível de acontecer. E por aí fora.

Já se falou na hipótese de ser presidente da ANM. Gostaria de ocupar esse lugar? 

Não, não agora. Antes da presidência de Sou Ka Hou foi uma boa altura para mim, isto porque ele tinha imenso trabalho e eu é que ficava com os créditos (risos). A verdadeira resposta é que nesta Associação o cargo de presidente é só um cargo, basicamente quem tem disponibilidade para assumir o cargo candidata-se. Não é uma coisa que esteja relacionada com a capacidade, mas sim um conjunto de factores, companheirismo, disponibilidade, vontade para o fazer. Claro, se algum dia for o único disponível para tal, porque não? Mas não para já.

A ANM tem o rótulo de ser uma associação activista. Assume-se como tal?

Se perguntar isso aos deputados Ng Kuok Cheong e Au Kam San eles vão mostrar-se contra esse rótulo. Porque eles não se assumem como activistas, mas sim como uma força de construção da sociedade.

E o Scott assume-se como activista? 

Somos uma associação com muitos activistas (risos). Quando eu assumo uma acção, sim sou activista, mas às vezes só falo, aí não estou a ser activista, outras vezes brinco, também não é ser-se activista. O que é importante é que a ANM tente não ser apenas uma coisa, neste caso ser activista. É-o quando tem que o ser. Se olharmos para a sociedade em geral, a visão [das pessoas] não é tão abrangente. Quando estava em Taiwan, por exemplo, só no campus [da faculdade] era perceptível [a existência de] vários movimentos, várias associações. Isto não acontece em Macau, ainda não existe um leque de opções de associações e posições. Por isso mesmo é que muitas vezes temos de assumir papéis diferentes e não sermos um só. Por isso é que não sou de assumir um rótulo para a associação. Não direi somos isto ou aquilo, fazemos o que achamos que deve de ser feito.

Acha que é difícil ser-se activista em Macau? 

Não, o que eu acho é que é difícil é interiorizarmos a ideia de que se é um activista. Mas uma vez superado esse desafio, é fácil porque a concorrência é muito pequena.

Acha que os jovens estão mais atentos às questões políticas? Estão a interiorizar a ideia?
Estão mais abertos a ideias diferentes, mas não acho que a grande maioria se torne a voz local como a última geração. Porque ainda estão a aprender e a descobrir a política. Creio que não querem fazer parte da política, mas estão mais atentos. Por isso é que temos que trabalhar arduamente agora, para que quando estes jovens estiverem mais velhos, estejam mais envolvidos nos assuntos sociais. Temos que mostrar enquanto são novos, que é bom que sejam mais participativos na discussão pública, que sejam membros activos da sociedade. Quando acalmarem, casarem, tiverem um trabalho fixo, construírem família estarão menos focados nesta possibilidade de ser um ser activo.

As lutas que a ANM tem trazido para a rua, têm tido algum efeito positivo? 

Sim, acho que sim. Acho que temos conseguido mostrar às pessoas que é preciso que elas se convençam que conseguem por si só, pelas suas acções e alteração de comportamento, [fazer coisas]. As pessoas não precisam de mim. Há um ditado que diz que “se um mau cavalo conseguiu vencer a corrida, os bons cavalos vão perguntar-se: como é que deixei que ele ganhasse? Eu teria conseguido ganhar o troféu”. Talvez o efeito seja esse mesmo, mostrar que se alguém como Scott Chiang consegue, então porque é que não conseguimos todos?

Tentou ser deputado, como número dois de Jason Chao, mas a vossa lista não foi escolhida. Acha que isso aconteceu porque as pessoas não estão preparadas para dar lugar a jovens e a ideias frescas? 

Nós estamos ligados à imagem de activistas e as pessoas querem “a força da construção da sociedade” na Assembleia Legislativa. Isto é o que penso, que as pessoas não querem pessoas que protestam. Se conseguirmos convencer as pessoas que somos capaz de assumir essa responsabilidade, então as hipóteses serão bem mais reais.

Gostaria de ser deputado?

Por agora não. Quando estivermos mais maduros, talvez.

Mas vão tentar nas próximas eleições para a Assembleia Legislativa? 

Concorremos e vamos concorrer para os lugares, mas não é por querermos assumir o cargo agora. Concorremos porque é uma boa forma de consolidar o nosso trabalho, é uma forma de crescimento, é também uma boa forma de comunicar com a sociedade. Com o passar dos anos, e com a observação da sociedade ao nosso trabalho e ao nosso crescimento, a sociedade conseguirá perceber as diferenças e tudo aquilo que evoluímos. Nessa altura, estaremos prontos e as pessoas irão estar prontas para votar em nós. Aí, alguns de nós seremos bem sucedidos. Pelo menos é o que espero que aconteça.

Os membros mais jovens da Associação vivem um momento de desacordo com os deputados Ng Kuok Cheong e Au Kam San. O que aconteceu?

É como uma tragédia grega. O filho cresceu e o velho rei tinha outros planos e achou que não devia deixar o seu filho fazer o que queria. Mas o filho achou, que sendo rei no futuro, deveria tentar o seu caminho. Era quase inevitável o confronto de gerações. Mas o mais importante é como se consegue lidar com essas diferenças. Não posso chamar-lhe conflito, para já, vamos só dizer que são diferenças que nos separam. Diferenças de como vemos o mundo e de como queremos agir para com o mundo. Se a nova geração se resumir a uma cópia da geração anterior nunca seremos bons activistas, nunca seremos uma boa oposição, nunca seremos uma boa voz. Não estamos a trabalhar juntos, mas somos do mesmo grupo, portanto [trabalhamos] num todo e temos de ver o que é o melhor para a sociedade.

Acha que no futuro essas diferenças serão ainda maiores? 

Tendo em conta que o cenário político de Macau está bastante vazio, isto pode ser visto não como um conflito mas como a diversificação, que é aquilo que quero ver. Se conseguimos ir para diferentes lados, mas ainda assim manter-nos no grupo dos pró-democratas. Isso é bom, melhor que bom, estarmos num todo mas com diferentes perspectivas. Se dentro do mesmo grupo estivermos sempre a discutir, gastarmos o nosso tempo com as diferenças, então isso é um problema.

Mas como estão as relações entre os membros e os deputados? 

Não podemos pensar nos membros só como um grupo. Todos temos diferentes visões e valores. A maioria do tempo descobrimos o ponto principal pelo qual todos lutamos. A meta é a mesma.

Considera que as ideias destes dois deputados defendem efectivamente os interesses da sociedade? 

Não como nós, claro que não. Eles defendem, mas não como nós. Se fizéssemos o mesmo nós é o que estaríamos a imitar, não eles a nós. Efectivamente pensamos de maneira diferente, somos de diferentes gerações, eles são deputados e têm recursos diferentes. Temos pensamentos diferentes, mas claro, acho que ambos queremos o mesmo: defender os interesses da população.

E as intervenções do deputado Fong Chi Keong são representativas do pensamento de Macau?

Não acredito nisso. A maioria das pessoas sabe que o que ele diz são tretas. O que as pessoas vêem e talvez admirem é que está em bruto, ou seja, não é trabalhado, não tem alguém que lhe escreva os textos para parecer bonito, como outros deputados. O que ele diz é preocupante, ele não tem um discurso bonito, diz o que lhe vem ao cérebro, se é que tem um. Fong Chi Keong não é nada, às vezes é um palhaço, mas na maioria das vezes é só um cidadão comum a defender aquilo em que acredita.

Planos para o futuro?

As pessoas de Macau e o que elas pensam é o nosso futuro. É naquilo que estamos arduamente a tentar trabalhar. Seria muito difícil defender aquilo que as outras gerações já conseguiram, seria ainda mais difícil pensar em alternativas que vão para além daquilo que eles já estabeleceram. Estas duas coisas deixam-nos bastante ocupados, mas na verdade, nas últimas duas décadas, Macau mudou muito e continuamos a tentar perceber e a tentar arranjar formas de melhor servir este novo conceito do território.

Hoje Macau

Macau: PLANO DE AUSTERIDADE EM MARCHA


O Governo fixou os 18 mil milhões de patacas de receitas mensais do Jogo como o limiar para a implementação de medidas austeridade e segundo o Secretário Lionel Leong será já no mês de Julho que a marca será ultrapassada. Numa feira de emprego dirigida a jovens o Secretário garantiu, no entanto, que não há sinais  que o mercado de trabalho possa ser afectado.

O Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, prevê que em Julho as receitas do Jogo vão ficar abaixo dos 18 mil milhões de patacas, o limite fixado pelo Governo para a implementação de medidas de austeridade. Caso não seja atingido o valor de 18,35 mil milhões de patacas nas receitas, o Secretário reiterou que “será necessário recorrer” a medidas de austeridade.

À margem de uma exposição profissional para jovens, Lionel Leong lembrou que é habitual as receitas do jogo subirem mil milhões de patacas no mês de Julho em relação ao mês de Junho. Porém, de acordo com o ponto de situação este ano, o Governo estima que tal não vai acontecer e que as receitas do Jogo deverão mesmo cair abaixo dos 18 mil milhões de patacas.

O Secretário disse ainda ser necessário um período de observação em relação às receitas do Jogo uma vez que é preciso ter em conta factores como o início das férias de verão, que poderão atrair mais turistas a Macau os padrões de consumo.

Apesar das “influências internas e externas” e do ajustamento que a economia tem vindo a sofrer, Lionel Leong considerou que o ambiente do mercado de emprego encontra-se ainda “saudável e optimista”.

O secretário sublinhou que o Governo irá estar atento a possíveis mudanças no mercado de emprego mas disse esperar que a taxa de desemprego se mantenha num nível baixo.

As receitas acumuladas do jogo no primeiro semestre do ano totalizaram 121.645 milhões de patacas, menos 37% do que no primeiro semestre do ano passado. A Sands China, do magnata norte-americano Sheldon Adelson, liderou o mês de Junho com uma quota de mercado ligeiramente acima dos 22,7%, seguida da Galaxy Resorts, com cerca de 22,2%, e da Sociedade de Jogos de Macau com uma quota de quase 22%. A segunda metade da tabela de operadores também sofreu mudanças de posição com a Wynn Resorts a cair para o sexto posto com uma quota de mercado de cerca de 8,8%, atrás da MGM China.

Jovens devem conhecer situação de Macau e da China

Na “Feira de Emprego para Jovens 2015”, Lionel Leong encorajou os jovens a tirar o melhor proveito possível das oportunidades trazidas a Macau pelo desenvolvimento do País, aconselhando-os a aprofundarem os seus conhecimentos sobre o ambiente do mercado de emprego local e das estratégias governamentais como “Um Centro e Uma Plataforma”.

O Secretário referiu que o Governo da RAEM tem-se empenhado na promoção do desenvolvimento e da diversificação moderada da sua economia na perspectiva de proporcionar mais opções aos jovens no mercado de trabalho.

Lionel Leong aconselhou os jovens a ter uma visão global mas assente nos locais a que pertence e a conhecerem as situação actual na China e em Macau. Em relação à RAEM, Lionel Leong,  destacou as vantagens peculiares da política “Um País e Dois Sistemas” mas também as estratégias do Governo Central para a região.

Numa mesa-redonda com jovens locais, Lionel Leong partilhou as suas próprias experiências profissionais ao longo da carreira. A “Feira de Emprego para Jovens 2015” foi organizada pela Associação de Nova Juventude Chinesa e pela Associação Geral de Estudantes Chong Wa.

Kaifong querem menos festas em nome da poupança

A presidente da União Geral da Associação dos Moradores de Macau, Ng Sio Lai, sugeriu que o Governo deve organizar menos actividades de entretenimento, como concertos e festas, para reduzir as despesas. A prioridade, apontou, deve passar pela distribuição de fundos para os locais com maiores necessidades, apontou. Face à possibilidade de se implementarem medidas de austeridades, a responsável dos Kaifong indicou que já não era primeira vez que se fala na redução de despesas devido às quebras consecutivas do jogo. Ng Sio Lai apela por isso a todos os organismos governamentais para enfrentarem o problema de forma conjunta. A responsável apontou que a redução de custos não pode ser feita à custa do bem-estar da população, esperando que o Governo dirigida a contenção em relação a outras rubricas. Ng Sio Lai, pelo contrário, acha que o Governo deve definir uma estratégia económica para o curto prazo de modo a manter as principais medidas e apoios que contribuem para melhorar as necessidades básicas da população. Ao mesmo tempo, apontou, devem ser definidos planos para o longo prazo, visando a simplificação estrutural da Função Pública e a reforma profunda da Administração.

V.C. – Tribuna de Macau

Macau: APRENDER PORTUGUÊS DE “OLHO” NO FUTURO


O curso intensivo de língua portuguesa organizado pela Universidade de São José foi uma “experiência muito rica”, segundo Maria Antónia Espadinha, vice-reitora da instituição. O JORNAL TRIBUNA DE MACAU falou com alguns alunos que se mostraram muito satisfeitos com a experiência, considerando que o português será fundamental para o futuro

Pedro André Santos

A Universidade de São José realizou, pela primeira, um curso intensivo de língua portuguesa que teve a duração de duas semanas. Contando com a participação de cerca de 30 alunos, a iniciativa organizada pela instituição teve resultados muito positivos, sobretudo para os jovens, que olham para a aprendizagem da língua de Camões como uma mais-valia para o futuro.

“Queria aprender português porque é uma das línguas oficiais de Macau, e no futuro quero um bom emprego e por isso acho que é necessário. Aprendemos coisas simples, como ‘olá’, ‘bom dia’ e ‘adeus’, mas achei fácil. Quero continuar a aprender”, disse Chan Chi Fong, de 17 anos, ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Uma opinião, de resto, partilhada por outros colegas ouvidos por este jornal. Uns com mais dificuldade, outros com menos, mas o balanço final acaba por ser bastante satisfatório. “A primeira lição achei que foi muito fácil, mas depois começámos a aprender palavras mais complicadas e já achei mais difícil, sobretudo a falar. No meu futuro acho que o português será muito útil, para arranjar um emprego ou para fazer amigos. Quero continuar a aperfeiçoar o que aprendi. No hospital há muitos portugueses, por isso acho que a língua será muito útil e importante”, referiu Lo Io Chan, igualmente de 17 anos.

Já Leong Kai Iok conta que “foi uma experiência muito interessante”, na qual “diverti-me e aprendi muito”. Tal como os colegas, olha para este curso como uma oportunidade que pode abrir mais portas no futuro. “Não sabia português até ter começado. A minha ideia foi aprender para depois encontrar um bom emprego”, apontou.

Durante a tarde da última sexta-feira grande parte dos alunos juntou-se na USJ, aproveitando para celebrar a cultura portuguesa com algumas danças tradicionais, para além da entrega de prémios por actividades realizadas durante o curso. “Foi uma experiência muito rica, pena que tenha sido curta, mas também é bom que tenha sido porque foi a primeira. Eles gostaram e ficaram entusiasmados, o grupo segue amanhã [sábado] para mais duas semanas em Lisboa na Universidade Católica, acho que vai ser uma experiência inesquecível porque são ainda garotos e vão com certeza aproveitar muito bem. Aqui na universidade correu muito bem, com aquelas pequenas falhas de ser uma primeira vez, mas estou muito orgulhosa do trabalho que as minhas colegas fizeram”, disse Maria Antónia Espadinha ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Sobre o curso, e para além de aprender a língua portuguesa, os alunos tiveram também outras iniciativas relacionadas com a cultura portuguesa. “Tinham todos os dias uma actividade, fizeram azulejos, que estão bem bonitos. Aprenderem a fazer pastéis de nata, viram filmes, entre outros”, referiu.

Depois do resultado positivo alcançado nesta primeira edição, Maria Antónia Espadinha mostrou ainda vontade de fazer novo curso semelhante no próximo ano, albergando mais estudantes. “Este ano poderíamos aceitar mais meia dúzia de alunos, mas era a primeira vez e o nosso corpo docente em português é reduzido. De facto foi um investimento muito grande, físico, mental e emocional, porque as pessoas aqui já estão habituados a trabalhar com gente mais crescida, e alguns deles aqui são um bocado endiabrados”, considerou.

A vice-reitora da USJ adiantou ainda que o grupo de alunos que seguiu sábado para Portugal irá fazer um “curso de continuidade”, aproveitando para fazer algumas visitas, sendo Peniche, Óbidos, Alcobaça e Batalha alguns dos destinos escolhidos.

Tribuna de Macau

KOMUNIDADE NA’IN 2 HETAN AGRESAUN FIZIKU HUSI KOK


Komando Operasaun Konjuntu tersa 21/7 dadersan halo agresaun fisiku ba Komunidade nain rua Sidónio Ornai (53) ho nia fen kaben Francisca Ximenes (57) Husi suco Buibau postu administrativu Baucau vila tanba kestaun laiha kartaun identidade.

Vitima nain rua agora dadaun halao tratamentu iha hospital baucau ho kondisaun grave, tanba hetan sofre maka’as iha parte kotuk ho hirus matan aliende mos vitima hetan kondisaun trauma

Tuir Xefi Suku Buibau Francisco Ximenes ba jornalista sira via telefonika kuarta (22/7) haktuir kronolijia katak akontesementu ne’e akontese iha loron tersa (21/70 dadersan banhira nia komunidade nian rua atu ba natar mak hetan forsa sira.

Depois forsa sira bolu maibe sira la halai, depois forsa sira husu kartaun elitoral maibe ema nain rua ne’e hatan la iha kartaun elitoral, ho Bilite de identidade, depois husu tan entau imi CPD-RDTL hafoin ema nain rua ne’e deklara los ba forsa sira banhira koalia hotu ida ne’e, KOK sira tebe tuku to’o hetan kondisaun grave sira nain sofre trauma.

Xefe suco Buibau mos rekoinese duni katak ninia komunidade refere uluk eis membru CPD RDTL maibe kleur ona reintegra fali ona hodi hamutuk komunidade sira seluk hodi halao aktividade loron-loron hanesan agrikultor.

“Hau hatene tuir hau nia komunidade nain rua uluk iha Welaluhu ne’e mak sira involve maibe mai fali iha parte Lalulai laga baguia sira la involve, antes akontese iha parte Laga Baguia nia sira ne’e reintegra ona sira la involve iha akontesementu Laga ho Baguia, tanba hau hatene tuir sira,” dehan Xefi suku.

Komunidade nain rua fen ho laen dadersan hanesan bain-bain ba natar atu hadan hare futun maka KOK sira baku, laos baku katuas deit maibe baku hotu ninia kaben depois ferik manu monu ba rai Tanba trauma” dehan xefe suco.

Iha sorin Seluk Xefi Departementu Emergensia I Ambulantoriu, Sebastião Amaral hatete, iha mos pasiente nai rua ne’ebé mai husi suku Buibau ne’ebé sofre trauma tanba hetan Panka makas.

“Pasiente nain rua ne’e mai ho kondisaun ne’ebé grave tanba sira sofre trauma tanba hetan panka makas parte kotuk ho hirus matan tanba ne’e oras ne’e sira sei halao hela tramentu intensive,” dehan Sebastião.

To noticia ne’e hatun ami seiduak hetan konfirmasaun husi parte operasaun konjuntu.(res)

Jornal Nacional

Carascalao Husu Governu Tau Atensaun Seriu Ba Negosiante Estranjeru


DILI – Prezensa negosiante Xineza iha rai laran halo Timor oan hotu preokupa hahu hosi povu, Sosiadade Sivil, Parlametnu too nai ulun balun.

Tuir Eis Vise Primeiru Ministru iha tempo Governasaun Aliansa Maioria Parlamentar (AMP), Mario Viegas Carascalao, ba STL iha Hotel Timor Kinta (23/07) husu ba Governu atu atu atensaun seriu ba ema estranjeiru, liu-liu sira nebe mak halo negosiu iha rai laran, tanba kestaun nee seriu.

Ida nee kestaun ida neebe mak seriu tebes tanba iha problema barak mak iha rai laran seidauk rejolve izemplu problema rai neebe mak faan tunsae ba ema rai liu tanba nee ita tenke hadia uluk ita nia povu nia moris agora, ba ema estranjeru kuandu mai pasiar nee sira nia direitu mais kuandu mai atu hasai fali Timor oan sira hodi buka servisu halo negosiu kiik nee hau hanoin governu tenke toma posisaun ida seriu,” hatete Carascalao.

Nia mos hatutan tan katak lolos nee governu tenke devende ninia populasaun no labele husik ema estranjeiru mak domina liu-liu iha area negosiu kiik sira. Laos nee deit nia mos hatete kaundu Govenru la tau atensaun seriu maka iha loron ida ema estranjeiru mak sei ukun iha rai laran liu-liu iha ekonomia.

Iha fatin ketak tuir, Inocencio Xavier, hosi Organijasaun Non Govermental (ONG) AJAR mos hatete katak governu tenke kria lalais sistema ida atu nunee bele regula nomos kontrola ema estranjeiru liu-liu ida neebe mak halo negosiu iha rai laran. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (25/7/2015). Thomas Sanches

Suara Timor Lorosae

HUDI-LARAN SAI FALI XINA-LARAN


Carlos Malilaka DJ – Business Timor, opiniaun

Lia hirak iha titulu ne’e ha’u foti husi deklarasaun Reitor Institute of Business (IOB) Dr. Augusto da Conceição Soares,SE.MM. bainhira fo palestra jeral ba estudante sira IOB nian. Porakazu ha’u nu’udar atual estudante IOB nian ne’ebé iha obrigasaun tuir palestra ne’e hakarak fahe informasaun kona-ba situasaun no kondisaun ekonomia riil iha ita nia nasaun ne’ebé ita hotu preokupa tanba ema estranjeiru sira liu-liu xineza sira mai domina tiha merkadu komersiu iha ita nia rain.

Hanesan reitor ne’e nia liafuan, hatudu no foti referensia oinsa komersiante estranjeiru liu-liu xineza sira domina tiha ita husi aspetu ekonomia. Nia fo referensia husi bairru (knua) ida iha Dili  ho naran Hudi-Laran iha area Suku Bairro Pite nian ne’ebé uluk hanaran Hudi-Laran tanba plantasaun (tanaman) hudi mak domina iha fatin ne’e. Maibe oras ne’e, area Hudi-Laran ne’ebé iha estrada boot ninin ba to’o Delta nian, domina ho negosiante no komersiante xineza nian.

Dominante komersiante xineza ne’e la’os deit iha ita nia Rain Doben Timor-Lorosa’e, maibe mos iha mundu rai klaran. Iha Indonezia, ezemplu, iha sidade sira balu iha ninia bairru balu temi “Kampung Cina” no iha rai sira ho lian Ingles sira hanesan iha Australia naran “China Town” no seluk-seluk tan. Iha fatin sira ne’e mesak nakonu ho simbolu sira xineza nian ne’ebé domina ho kor mean no mos kaligrafia xina nian. Iha ne’e, hahu husi ema ho nia atividade negosiu sira, hahan iha restaurante to’o  sasan komerisial sira ne’ebé sira fa’an mesak produtu xineza nian.

Ohin loron iha ita nia rain, komersiante xineza sira se domina duni Hudi-Laran, aban bainrua bele sai ka eziste mos “Bairro China” ka “Knua Xina” ka “Xina Laran” hanesan Reitor IOB nia liafuan. Maibe ita timoroan lalika hakfodak ho “Knua Xina” ne’e tanba sai ona prestijiu ba ema xina sira ne’ebe soi kultura komersiu maka’as, la’os iha ita nia Rai Doben Timor-Lorosa’e deit maibe iha mundu tomak inklui nasaun mais avansadu sira, knua xina sempre eziste.

Buat ne’ebé ita tenke preokupa (kuatir) tebe-tebes mak, dala ida tan liafuan Dr. Augusto nian, katak ema-Xina sira mai, alende hola no okupa ita nia rai ba komersiu nian, hola mos ita nia ema feto sira ne’ebé nia temi ho termu  “rai boot” no “rai ki’ik” xineza sira hola hotu. Bazeia ba termu ne’e, ha’u hakarak hatete mos katak ida ne’e hanesan jogu ida iha area ekonomia nian ne’e xina manan ita ho pontu 2-0 (rua – zero). Ne’e nudar sasadik (dezafiu) ida ba timoroan sira liu-liu mane sira tanba to’o ohin loron ita seidauk rona mane timoroan sira taru malu no konsege ona hola “rai rohan” xineza nian, utiliza sira nia matenek komersiu ka negosiu nian ne’e hodi kompete malu fali ho xineza sira rasik, atu nune’e iha loron ikus mai skor jogu negosiu ne’e sai hanesan tiha ka 2-2 (rua-rua). 

Saida maka sira halo no hatudu ba ita, la’os objetu ida atu ita preokupa ka halerik ba, maibe oinsa ita buka aprende ka estuda husi sira nia matenek negosiu ka komersiu ne’e hodi bele banati tuir no taru (compete) ho sira. Se ita lakohi banati tuir no lakohi haka’as an taru ho sira, no hatene deit hatudu ita nia preokupasaun no hatene halerik deit maka ita nunka kompete ho sira no susar atu duni pontu sira sai igual 2-2. Realidade ne’ebé hatudu, timoroan sira la’os hanoin atu haka’as an halo kompetisaun ho negosiante estranjeiru sira, maibe hetok fo tan espasu ba negosiante estranjeiru sira atu domina ita nia merkadu.

Ezemplu konkreta maka timoroan sira ne’ebé fa’an sasan ka loke kios iha merkadu trandisional, no estrada ibun. Governu oferese fatin hodi harii merkadu tradisional ba sira fa’an sasan, iha momentu ida komersiante xineza sira ba husu atu aluga, timoroan fo fatin ba xineza sira mak fa’an fali sasan, no timoroan rasik husik hela sira nia negosiu no karak liu fulan-fulan simu osan aluga husi xineza sira. Ne’e hatudu ita timoroan sei soi (memiliki) mentalidade sai puas deit nudar “patraun” ne’ebé simu osan fulan-fulan hanesan empregadu sira duke sai  patraun ne’ebé emprega ema seluk no selu salariu ba nia empregadu sira fulan-fulan.

Estratejia komersiante xineza sira hodi halo penetrasaun ba merkadu tradisional sira iha teritoriu Rai Doben Timor-Lorosa’e tomak, alende hodi “hola” rai rohan boot no ki’ik dala ida hanesan terminolojia Reitor IOB nian, iha mos estratejia ida ne’ebé iha ne’e ha’u temi “kontratu” emerjensia. Kona-ba ida ne’e ha’u seidauk serteza loloos ka konfirma tebes ka lae. Presiza konfirma no investiga atu bele iha konviksaun ida katak ne’e loos duni. Maibe informasaun ne’e bele sai hanesan alerta ida ne’ebé hafanun entidade tomak liu-liu parte kompetente hanesan governu ne’ebé iha poder atu tau matan hodi evita labele akontese iha ita nia rain.

Ha’u temi “kontratu” bazeia ba kazu iha merkadu tradisional sira iha Dili no distritu sira ne’ebé komersiante xineza sira okupa. Bainhira governu, iha ne’e ministeriu komersiu, industria, no ambiente halo nia intervensaun, mosu rezistensia husi xineza sira lakohi sai husi merkadu ho razaun katak sira iha “kontratu” ho timoroan sira liu-liu kontratu fatin ba fa’an sasan nian ne’ebé governu parte MCIA konsidera la’os razaun. Iha situasaun emerjensia ida ne’e, xineza sira aproveita feto timoroan sira ne’ebé servisu ba sira deklara ba governu katak sira “kaben” ona. Nune’e fatin ne’ebé sira fa’an sasan ne’e la’os hodi naran xineza maibe hodi timoroan nia naran.

Afinal, realidade sira “kaben bosok” deit iha tempu emerjensia ne’e para governu labele “gusur” sira sai husi merkadu laran. Bainhira ekipa MCIA liu ona, estatutu patraun nia “kaben” mos lakon ona tanba ne’e “kontratu” oras balu nia laran deit no feto timoroan ne’e fila ba nia pozisaun hanesan empregada baibain.  Iha mos empregada timoroan balu mak obrigatoriu tenke deklara ba ekipa SEPFOPE katak sira simu salaraiu tuir estandar minimu, maski realidade sira simu k’ik liu. Tanba ta’uk lakon serbisu, maski hetan salariu ne’ebé ki’ik tebes, empregada timoroan sira “terpaksa” servisu hamriik durante loron ida husi dader to’o kalan loja taka mak foin deskansa. Ba sira, importante labele sai dezempregu.  

Ida ne’e bele dehan hahalok abuzu hasoru timoroan. Timoroan balu pasensia simu ida ne’e atu dapur ahi suar loro-loron. Alende kampu servisu sei kuran, tanba mos ita rasik seidauk aproveita potensia ne’ebé ita soi hodi esplora ba rekursu naturais ka servisu ekokonomiku nian, hodi kria kampu serbisu rasik, atu la depende buat hotu ba investor sa tan komersiante ki’ik estranjeiru nian. 

Sasadik ida mos ba ita atu esplora rasik ita nia soin sira iha rai laran mak rekursu umanu ne’ebé kompetente no matenek sei limitadu. Ho ita nia frakeza ne’e, politikamente ita ukun rasik an kaer rasik kuda-talin maibe ekonomikamente ita sei atan ba estranjeiru ne’ebé mai la’os hodi investimentu boot hanesan xineza sira ne’ebé mai halo komersiu ki’ikoan halo penetrasaun to’o merkadu tradisional sira iha suku sira teritoriu soberanu Timor-Lorosa’e nia laran. 

Ho realidade ne’e, ita timoroan sira la’os atu halerik no preokupa deit maibe oinsa mak ita timoroan mos haka’as an ativu iha vida negosiu nian. Luta ba soberania ekonomia hodi kaer rasik kuda-talin nudar prinsipiu ukun rasik an nian ne’ebé ita nia fundador nasaun rai hela ba ita jerasaun ohin loron. Dalaruma ita dehan “Aah, fa’an sasan hanesan xing-xang sira halo ne’e ita mos bele halo”. Maibe realidade ita ko’alia deit alias ibun been deit, ita nunka bele halo. Ita dehan “hatene”  halo maibe ita la barani “bele” halo tuir buat ne’ebé ita dehan hatene. 

Iha palestra jeral (kuliah umum) ka seminariu ne’ebé IOB selebra iha fulan kotuk ba, orador sira ne’ebé sai dosen bainaka sempre sadik estudante IOB atu aban bainrua sai ema fila-liman (businessmen) ho mentalidade entrepreneurship (wirausaha) diak hodi hamoris empreza rasik no kompete ho negosiante estranjeiru sira ne’ebé maioria klase ki’ik sira.

Vise Ministru Finansas Helder Lopes ne’ebé sai mos orador iha seminariu, molok fo palestra ho tópiku “Politika Governu atu hasa’e kresimentu ekonomiku liu husi setor ekonomia real” hato’o uluk pergunta sadik (dezafia) estudante sira “Ita-boot sira hili estuda iha IOB ne’e aban bainrua hakarak sai saida?” Nia husu estudante sira atu define kedas nia moris aban bainrua akaba ona iha IOB karik hakarak sai ema fila-liman (businessmen) diak.

Labele hanoin atu sai ministru ka pozisaun iha governu hanesan nia tanba ida ne’e vaga ida deit. Estudante atus ba atus ka rihun ba rihun abanbainrua akaba ensinu superior sai baxarelatu ka lisensiatura, imposivel kompete ba vaga servisu iha instituisaun publiku ka governu ne’ebé limitadu. Tanba ne’e bainhira remata ona estudu, hein katak estudante sira ne’e ho sira nia matenek iha area negosiu no ekonomia nian ne’e bele hili dalan sai emprezariu.  

Nune’e mos Superintendente Lino Saldanha, Komandante Polisia Unidade Marítima, lisensiatura ekonomia nian ne’ebé sai orador iha seminariu loron 27 Juñu 2015 iha nia palestra sadik estudante IOB sira atu hatene liu bisnis ka negosiu duke estudante husi ensinu superior seluk. Estudante IOB tenke moe bainhira nia maluk sira husi universidade sira seluk matenek liu iha area negosiu nian. 

Iha nia palestra ho topiku “Hametin Soberania Estadu liu husi Dezenvolvimentu Jestaun Rekursu Umanu” ne’ebé partisipante maioria estudante klase reguler duke klase extensaun, Lino Saldanha sadik estudante sira katak eskola matenek liu-liu matenek iha area negosiu ka fila-liman hanesan IOB ne’e la’os atu buka fali serbisu ho diploma (ijasah) ne’ebé iha, maibe eskola sai matenek iha area negosiu ne’e aban bainrua tenke sai ema ne’ebé kria kampu serbisu rasik.

Fenomenu Hudi-Laran sai fali Xina-Laran ne’e, dinamika prosesu ida. Ne’e nu’udar sasadik ida ba ita jerasaun foun liu-liu sira ne’ebé estuda iha ensinu superior sira atu uza sira nia forsa matenek ne’e hodi sai ema entrepreneur diak, kompete ho xineza sira atu nune’e Hudi-Laran labele sai Xina-Laran iha futuru mai. Ho forsa matenek iha area ekonomia ne’ebé ita soi, labele hanoin deit atu ita ho ita maka kompete malu fali ba vaga setor publiku (funsionariu publiku) ne’ebé limitadu, depois setor privadu husik ba estranjeiru mak domina nafatin. Pozisaun tataruk ohin loron sei ho skor 0-2 ba vitoria xineza sira nian. Bainhira mak ita bele duni toman minimu igual 2-2 ne’e depende ita nia komitmentu.

*Hakerek na’in nu’udar diretor no xefe redasaun/editor  jornal semanariu Business Timor

PM fó instrusaun ba Ministériu Edukasaun hodi selu saláriu ne’ebé atrazu


Horisehik primeiru-ministru fó instrusaun ba Ministériu Edukasaun no Finansa atu regulariza kedas pagamentu saláriu no komponente salariál profesór, estajiáriu no funsionáriu sira hosi eskola referénsia.

Gabinete Rui Maria de Araújo nian esplika iha komunikadu katak desizaun ne’e foti iha reuniaun urjente ida ne’ebé konvoka hosi nia iha sábadu ne’ebé partisipa hosi vise-ministru Edukasaun, Abel Ximenes, no responsável edukativu sira seluk.

"Primeiru-ministru fó instrusaun ba Ministériu Edukasaun atu halo prosesu ba pagamentu pendente", refere nota ne’e no hatutan katak instrusaun hodi "kanaliza fundu Orsamentu Ministériu Edukasaun nian hodi taka défise no, iha tinan 2016, hodi inklui orsamentu Sentru Aprendizajen no Formasaun Eskolár (CAFÉ) iha rubrika transferénsia públika hodi fasilita nia implementasaun".

Tuir informasaun hosi Ministériu Finansa iha loron-segunda sei halo "transferénsia ida hosi fundu kontrapartida ba konta" professor sira-nian.
Komunikadu ne’e esplika katak reuniaun ne’e, "hakarak rezolve asuntu atrazu iha pagamentu profesór no traballadór CAFÉ sira-nian".

Iha reuniaun ne’e, xefe Governu simu informasaun detalle kona-ba "finansiamentu CAFE" (projetu apoiadu hosi Portugál no Timor-Leste) halo liuhosi "fundu kontrapartida ne’ebé transfere ba konta embaixada Portugál nian iha Dili" ka "liuhosi pagamentu diretu ba konta professor sira-nian".

Esplika katak atrazu ne’e mosu tanba insufisiente fundu orsamentu ba projetu ne’e.

Reuniaun ne’e hala’o molok to’o oras 24 hafoin ajénsia Lusa fó sai katak iha atrazu fulan barak iha pagamentu saláriu no komplementu professor no funsionáriu sira-nian, situasaun ne’ebé mosu desde inísiu tinan ne’e.

Eis-prezidente Repúblika José Ramos-Horta konsidera ida ne’e inaseitável no inkompreensível hodi nafatin iha situasaun "degradante" ba funsionáriu sira eskola referénsia nian.

"Ne’e situasaun inaseitável, totalmente inkompreensível. Hatene katak señor primeiru-ministru rekoñese asuntu ne’e no ema ne’ebé dinámiku, ho esperiénsia no koñese a engrenajen Ministériu Finansa nian", nia hatete ba Lusa iha Dili.

"Ha’u rasik sei alert hikas ba situasaun degradante no totalmente inaseitável ne’e, forma oinsá trata prosesu ne’e, hosi vensimentu ne’ebé atraza tebes hosi profesór sira eskola referénsia, UNTL no funsionáriu sira iha setór ensinu nian", nia hatutan.

Iha semana sira ikus ne’e, dosente sira hosi eskola referénsia denunsia bebeik kona-ba atrazu iha pagamentu saláriu no suplementu salariál no situasaun "atrofiamentu finanseiru" iha eskola oioin.

Situasaun inisialmente iha ligasaun ho mudansa Governu – ne’ebé simu pose iha fevereiru - maibé kontinua to’o aat liu tan iha kazu balun iha fulan balun.

"Esplikasaun, deskulpa hotu ona. Bele akontese iha fulan dahuluk iha Governu foun ida. Maibé iha mákina ne’ebé supostamente monta ona, administrasaun públika no projetu eskola referénsia tinan lima ona. La’os buat foun ida", nia kritika.

"Ha’u lafiar katak ne’e motivasaun polítika, maibé inkompeténsia hosi ema ne’ebé iha Ministériu Edukasaun no Finansa. Ministériu hirak ne’e maka tenke fó esplikasaun", afirma Ramos-Horta.

Iha kazu dosente portagés sira-nian, to’o fulan tolu lasimu komplementu salariál, to’o semana lahatene lolós bainhira maka hotu ka nia períodu permanénsia ihaDili no bainhira maka sai hosi nasaun.

Funsionáriu, dosente no estajiáriu timoroan sira mós lasimu saláriu, iha situasaun ne’ebé " dramátika tebes", hatete dosente sira ne’e, ne’ebé esplika katak sira barak "hamo’e" no "hetan ameasa ho reprezália" karik sira fó sai situasaun ne’e.

SAPO TL ho Lusa

Opozisaun traballista australiana apoiu inisiu hosi negosiasaun kona-ba fronteira ho Timor-Leste


Partidu Traballista hanesan partidu opozisaun australianu, horisehik aprova ona movimentu ida ne’ebé promete, bainhira to’o iha Governu, hodi hala’o inisiasaun kona-ba fronteira maritima permanente ho Timor-Leste, durante sira-ninia Konferénsia Nasional.

Movimentu ne’e aprezenta hosi eis-deputada traballista Janele Saffin no apoia hosi Mark Dreyfus, prokuradór jerál “sombra” (portavóz hosi partidu be tema refere) no kompromete futuru Governu traballista nian ida ne’ebé hakarak halo negosiasaun ho Timor-Leste, nomós haree hikas pozisaun australiana nian, karik sai hosi parte Lei Tasi (UNCLOS) ka la’e.

Eskluzaun hirak ne’e, fó implikasaun, ezemplu katak Austrália larekoñese nem Tribunál Internasionál Justisa nomós Tribunál Internasionál ONU (Organizasaun Nasoens Unidas) kona-ba Lei Tasi nian ne’ebé hanesan mediadór ba dispusta hosi fronteira ne’e.

Ba Agio Pereira, ministru Estadu no Konsellu Ministru Timór, desizaun hosi Partidu Traballista “nia apresia tebes” no hatudu katak traballista-oan sira kontinua lidera reverzaun hosi polítika kona-ba Timor-Leste.

"Ami apresia tebes ho atitude foun australiana nian. Karik Traballista sira konsege ka’er Governu, maka sei rekua ba iha desizaun 2002 nian, bainhira sira hasai jurisdisaun hosi tribunál internasionál nian", haktuir iha Díli.

"Iha Austrália, bainhira partidu opozisaun bot muda polítika maka sei influensia partidu Governu nian. Ha’u otimista ba iha mudansa refere ", dehan ba Lusa.

Definisaun permanente hosi fronteira maritime entre nasaun rua hanesan asuntu bot ida hosi relasaun bilaterál, liu-liu hafoin Timor-Leste akuza Austrália halo espionajen durante negosiasaun ba iha dezeñu hosi akordu ne’ebé oras ne’e daudaun defini Tasi Timór.

Timor-Leste mantén pozisaun Lei Tasi nian – liña ne’ebé fahe entre nasaun rua- ne’ebé parte bot hosi rekursu petróleu no gás naturál pertense ba iha Tasi Timór.

Kamberra defende pozisaun hosi basia continental, maibé rejeita kazu jurisdisaun hosi Tribunál Internasionál kona-ba Lei Tasi nian. Iha fulan juñu, Governu Timór fó sai katak hakarak atu Tribunál Permanente Arbitrajen, iha Haia (Olanda), loke hikas prosesu ne’ebé Austrália hetan akuzasaun katak hala’o espionajen durante negosiasaun kona-ba akordu hosi Tasi Timór.

Suspende tiha kazu espionajen ne’e, hafoin Timor-Leste aprezenta keixa daruak iha Haia kontra Austrália, kona-ba “aprensaun no detensaun kona-ba dokumentu nomós dadus hirak ne’ebé lolos”.

Prosesu kona-ba “dokumentu” ne’e- hanesan hatene ona-relasiona ho dokumentu hirak ne’ebé pertense ba Timor-Leste no prende tiha iha advogadu Bernard Colleary, ninia eskritóriu, iha Camberra (kapitál australiana), iha loron 3-dezembru-2013, hosi ekipa ajente ASIO (Organizasaun Australiana Serbisu Sekretu).

Materiál ne’e inklui mós “informasaun kompletu kona-ba atividade espionajen ne’ebé Austrália halo ba Timor-Leste, durante negosiasaun hosi Tratadu kona-ba Determinadu Ajuste Marítima iha Tasi Timór (DAMMT)".

"Austrália fó fila hikas dokumentu hothotu no agora Timor-Leste bele hapara hikas suspensaun no avansa ho prosesu arbitrajen, atu nune’e Tribunál desidi karik saida maka Timor-Leste reklama kona-ba akordu refere lós duni ka la’e, dehan bainhira primeiru ministru Rui Maria de Araújo, fi’ar katak rezultadu ne’ebé mosu sei fó di’ak ba Timór, tanba “má-fé” hosi Austrália.

Austrália sente "triste" tanba Dili loke hikas kazu ne’e iha Tribunál Permanente Arbitrajen, Haia.

Prokuradór jerál Austrália, George Brandis, haktuir hikas katak parte rua konkorda ona atu lahalo hikas negosiasaun kona-ba fronteira maritima bainhira akordu ne’ebé iha ladauk vigora, no hatutan tan katak “Austrália kontinua kompromete ho akordu refere no halo ligasaun ho faktu Timor-Leste nian ne’ebé tenta atu loke hikas” prosesu ne’e.

SAPO TL ho Lusa      

XEFI SUCO TAPO/MEMO LAMENTA SERVISU BESIK


Reportajen: João Mauleto

Maliana - Xefi Suco Tapo/Memo, Postu Administrativu Maliana, Municipiu Bobonaro, lamenta tebes ho servisu ONG BESIK/RWSSP iha Tapo/Memo. Tamba durante tinan barak nia laran komunidade iha suku laran sempre lamenta ba Governo kona-bá kanalisaun bee-mos ba fatin sede suku. Xefi suku Tapo/Memo, Gaspar de Jesus Conceição informa ba STL iha nia knar fatin, Segunda (20/7/2015).

Tuir Gaspar katak, tamba bee-mos la iha nian nudar xefi suku sempre selu ema komunidade lalin bee-mos hodi ense tanki haris fatin. Servisu BESIK/RWSSP liu hosi kompaña Nalo Bul Lda atinji ona objectivo. Tamba, torneira 41 mak fornese ona bee-mos ba komunidade Tapo/Memo mak durante nee halerik bee-mos, la buka ona bee iha fatin. Maibe bee-mos nee prioridade deit ba komunidade ba fatin publiku ho igreja la liga nee duni la hetan bee-mos.

Tuir Gaspar katak, antes tekniku sira hahu instalasaun pipa husi bee matan Boltama area Pipgalak-II, nia sempre hatete ba BESIK/RWSSP no kompaña Nalu Bul Lda, atu instala mos torneira balu la fatin sede suco, eskola no igreja. Maibe, realidade hatudu, projecto nee remata la iha torneira ida mak instala ba fatin publiko sira nee.

Parte seluk, Gaspar mos hatete, Kompaña Nalo Bul Lda mak responsabilidade ba projecto kanalizasaun bee-mos komunidade nee maibe la iha Papan Nama. Tamba nee, nia rasik lahatene, osan hirak mak gasta ba projecto sistema kanalizasaun bee-mos ba komunidade Tapo/Memo, katak Gaspar.

Adelino dos Santos, nudar komunidade Tapo/Memo hatete, kanalizasaun bee-mos importante ba komunidade, maibe fatin publiku hirak mak ejiste iha Tapo/Memo mos importante. Tamba nee, presija halo kanalizasaun torneira balu ba fatin publiku hira iha Tapo/Memo, atu nune’e bele fasilita komunidade. Tamba ne’e, nia husu ba BESIK/RWSSP instala pipa, tau torneira iha fatin publiku tolu ne’e, komunidade mak uza hanesan torneira iha komunidade nia leet, dehan Adelino.   

Suara Timor Lorosa’e, Loron Sesta, 24 Jullu 2015