Lisboa,
02 jun (Lusa) -- O Governo português lamentou hoje, através do Ministério da
Educação, a morte do ministro timorense Fernando Lasama de Araújo, que
"dedicou a sua vida à independência de Timor-Leste e ao desenvolvimento da
nova república".
O
ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense e líder do
Partido Democrático, Fernando Lasama de Araújo, morreu hoje, aos 53 anos, na
sequência de uma trombose com derrame cerebral.
Em
comunicado, o ministro da Educação e Ciência português, Nuno Crato, recorda
que, na visita oficial efetuada recentemente a Timor-Leste, teve
"oportunidade de estreitar as relações cordiais entre os dois países na
área da Educação, tendo reafirmado a vontade mútua de prosseguir e desenvolver
a cooperação relativa ao ensino e à formação".
Nuno
Crato recorda ainda que "reuniu e trabalhou" com Fernando Lasama de
Araújo sobre "questões relativas à cooperação dos dois países,
nomeadamente nos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar, projeto bilateral
de relevo para ambos os países e que muito tem contribuído para a consolidação
do ensino do currículo nacional de Timor-Leste em Língua Portuguesa ".
O
Governo timorense decretou três dias de luto oficial pela morte de Fernando
Lasama de Araújo, que terá honras de funeral de Estado.
Fundador
da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial
em 2007, Lasama de Araújo foi Presidente da República interino em 2008, depois
do atentado contra José Ramos-Horta.
Secretário-geral
da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro
meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido o líder histórico
da resistência Xanana Gusmão.
SBR
(ASP) // VM