segunda-feira, 30 de abril de 2018

La Fo Osan Sosa Tua, Fen Simu Tuku

DILI - Lezada ho inisial DBC tenke simu purada husi nia laen arguidu ho inisial DS, tanba la fo osan ba nia laen atu sosa tua.

Konsekuensia husi arguidu nia hahalok, halo lezada sente moras iha parte atinjidu.

Tanba nee Ministeriu Publiku akuza arguidu pratika krime ofensa ba integridade fisika simples ho forma violensia domestika, iha artigu 145 kodigu penal, no mos krime ameasa.

Hatan ba akuzasaun neebe iha, arguidu deklara, faktus neebe iha loos.

Faktus hirak nee loos hotu, maibe agora hau arepende ona ba hahalok nee, iha futuru hau sei la halo tan, ”deklara arguidu iha sala julgamentu.

Arguidu hatutan, agora dadaun nia ho lezada la hela hamutuk, maibe sira sempre kontaktu malu. No lezada mos hakarak ba hela hamutuk ho arguidu, maibe lezada nia inan mak la hatan.

Iha fatin hanesan lezada hatete, arguidu halo duni hahalok nee.

Audensia julgamentu nee prezide husi Juiz singular Maria Solana, Ministeriu Publiku reprezenta husi prokurador Bartolomeo de Araujo, arguidu hetan asistensia legal husi defensor publiku. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (02/05/2018)

Terezinha De Deus | Suara Timor Lorosae

Money Politik, Maling Teriak Maling

DILI – Oras nee dadaun tempu kampana, partidu politiku balu  lamenta ba money politiku neebe buras iha munisipiu, PD konsidera Maling teriak Maling.

Kestaun nee hatoo husi Deputadu PD Luis Mendes Ribeiro katak, parpol balu hatete katak mosu mony politik,  maibe povunnia votrus laosd folin ho osan no material. Nunee parpol  labele maling teriak  maling.

“Koalia money politik, hau gosta liafuan ida ema kanta musika katak maling-teriak maling, tanba balu bertopen hanesan ema ida kapas lahalimar, maibe original sira mak hanesan nee duni,” katak Luis ba STL Segunda (30/04/2018) iha banada PD PN.

Nia afirma, folin votus povu nian  laos ho osan 20 ka 50 dolar, ou telefone i laos ho motor. Maibe votus folin mak ba jerasaun ba jerasaun atu moris diak iha fururu.

Entretantu liu husi mensajen Koordenador Juridisaun AMP, atual Xefe Bankada CNRT, Arao Noe dehan, AMP kuandu kestiona, buat ruma tanba iha faktus, no evidensia, AMP laos hanesan partidu balu kuaze lor-loron akuza CNRT desde eleisaun 2017, mas nunka hatudu faktus ka hatoo keisa ruma ba MP ka CNE too agora. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (02/05/2018) 

Guilhermina Franco / Jacinta Siqueira | Suara Timor Lorosae

Xanana Gusmão garante que chefiará governo se coligação da oposição vencer


O líder timorense Xanana Gusmão garantiu hoje que se a coligação que lidera vencer as legislativas de 12 de maio em Timor-Leste, assumirá "numa primeira fase" o cargo de primeiro-ministro, do qual se demitiu em 2015.

"Pelo menos numa primeira fase. Somos uma coligação de três partidos diferentes, vamos ver como gerimos isso. Tenho que aceitar isso", afirmou o líder da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) em entrevista à Lusa.

"Se colocasse o interesse individual sobre o da nação poderia dizer não. Mas jogando entre o interesse individual e do partido e o do país, tenho que saber gerir em termos de tempo e de outros fatores, para tomar uma decisão mais cedo ou mais tarde", afirmou o antigo Presidente timorense.

Xanana Gusmão recusou fazer cenários sobre eventuais acordos depois das eleições antecipadas, se ninguém tiver maioria absoluta, e declarou-se "aberto a tudo e a nada", sublinhando que progressivamente quer abandonar a liderança do Governo.

"Queria progressivamente ir-me afastando da vida política. Disse isso agora ao Taur. O Taur disse: tem calma ainda", contou à Lusa.

"Eu não digo que estou farto, mas é tempo de começar a encorajar mais as pessoas. Vou prestar mais atenção à descentralização. Depois da descentralização temos o ordenamento do território. Para começarmos a empurrar a economia é preciso muita assistência lá em baixo", disse.

Xanana Gusmão lidera a AMP, uma coligação de três partidos da oposição, que são maioria no parlamento nacional: o seu Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o Partido Libertação Popular (PLP) de Taur Matan Ruak e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) de José Naimori.

Um dos debates tem sido se, no caso de vitória da AMP, Xanana assumiria o cargo de primeiro-ministro ou se o cederia a Taur Matan Ruak.

A própria coligação é inesperada e seria quase impensável há meio ano, com os partidos a apresentarem "programas muito diferentes" às eleições de julho de 2017, tendo-se unido "para aprenderem juntos" e ultrapassar as diferenças.

"O que uniu as três bancadas foi tentar ajudar-se uns aos outros a compreender, a ver. Isto é que uniu. O que nos podia unir é uma visão sobre o desenvolvimento de Timor, aquilo que podemos dar ao povo e isso uniu", afirmou.

A plataforma política dos três nasceu de uma visão para o país e porque "cada um não se restringiu no individualismo de visões e opiniões, sacrificou e assumiu o coletivo", postura que "fez recordar 2007".

Da aproximação, disse, nasceu um detalhado e vasto programa, que no caso de vitória da AMP vai ser transformado num programa de Governo, com ações calendarizadas, e onde é preciso ainda introduzir "um bocado de realismo".

Xanana Gusmão admitiu que é preciso trabalhar mais nos quadros do partido, onde há "grande potencial", especialmente dos jovens que, "talvez pelo sistema", têm mais instrução, mas centrada apenas no que aprenderam "e não sabem olhar para os lados, ou para a frente".

Ao reconhecer a perceção de que "sem Xanana o CNRT pode acabar", o líder timorense disse que tem no partido "um potencial enorme, muito boa vontade" e que "é preciso é educar essa vontade, reorientar esse potencial" para o futuro.

"Então é melhor ser enquanto estou vivo, enquanto posso pensar, os posso ajudar da melhor forma", afirmou.

Após a derrota frente à Fretilin em 2017 ter deixado "dirigentes e militantes constrangidos", Xanana Gusmão explicou que depois se começou a pensar no que podia ser feito "para trabalhar como oposição, internamente".

Xanana Gusmão disse que foi com "grande surpresa" que percebeu, quando já estava fora do país a negociar as fronteiras com a Austrália, que a formação da coligação inicial de Governo tinha falhado.

Um falhanço que atribui aos líderes da Fretilin que, disse, mostraram "falta de respeito pelas pessoas, pela diferença de opiniões", um fator que "em vez de unir, dividiu", levando a que uma coligação que começou a ser de 43 lugares - Fretilin, PLP, PD e KHUNTO - tenha acabado por ser apenas da Fretilin e PD (minoritária, com 30 dos 64 lugares no parlamento).

A possibilidade do CNRT voltar atrás, para ajudar a Fretilin, seria uma mensagem contraditória, especialmente depois das críticas da campanha.

"Durante um mês inteiro de campanha ouvimos da parte da Fretilin: o CNRT não sabe governar. Porque não sabe governar é que chamou outros partidos, incluindo a Fretilin", disse.

"Se não sabíamos governar, demos os parabéns à Fretilin, dissemos: 'Por favor governem, governem bem para nós também aprendermos. Agora vamos aprender como oposição, mas depois vamos ver como vocês governam para aprendermos a governar", disse.

Questionado sobre se não era contraditório o facto de haver uma nova AMP depois de ele próprio dizer que não haveria, Xanana Gusmão explicou que apesar de saber "que haveria aproximações de outros partidos" como em 2007, não iria atuar de imediato.

"Queria que a Fretilin tivesse toda a liberdade para contactar os partidos. Isso para ser homem de palavra, um partido com uma justeza de ideias", disse.

Lusa | EM SAPO TL

Xanana Gusmão diz que críticas são para “aclarar algumas coisas"


O líder da oposição timorense, Xanana Gusmão, defendeu hoje os comentários críticos que tem feito na campanha sobre outros líderes políticos e o partido no Governo, a Fretilin, insistindo que pretende "aclarar algumas coisas".

Em entrevista à Lusa, o líder da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) disse que nas campanhas desde 2007 nunca atacou ou respondeu a ataques, mas que, na campanha para as legislativas de 12 de maio, foi "forçado a aclarar algumas coisas".

"Não dava para não falar. Inclusive o meu próprio partido dizia: estás a esconder alguma coisa? Será que estão a dizer a verdade? Tens que falar. No início não queria mas temos equipas que estão a acompanhar e eu ia vendo os comentários. Quando eles pararem eu paro", afirmou na entrevista, em Pante Macassar, no enclave de Oecusse-Ambeno.

Responsáveis da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) rejeitam ter feito provocações e insistem que nem sequer estão a responder às repetidas críticas ao partido e aos seus líderes, que têm dominado a campanha da AMP.

As críticas têm-se dividido, no essencial, em dois aspetos: referências ao tema das fronteiras marítimas e do Mar de Timor e ao passado da luta, nomeadamente o que ocorreu em torno à Fretilin no país na primeira década de ocupação indonésia.

Em relação às negociações sobre o Mar de Timor, Xanana Gusmão disse que começou a usar a campanha para explicar aspetos relacionados com o tema porque "a outra parte provocou", referindo-se ao ex-Presidente e atual ministro de Estado José Ramos-Horta.

O líder partidário disse que era necessário esclarecer qual tinha sido a sua ação no processo que levou ao tratamento de delimitação de fronteiras, assinado a 06 de março com a Austrália, e o acordo anteriormente em vigor, negociado por Mari Alkatiri e José Ramos-Horta, conhecido como CMATS.

Era preciso "compreender que o CMSTAS tinha uma cláusula que dizia que durante 50 anos não se discutia [as fronteiras] e depois dos 50 se as empresas dissessem que ainda havia muito gás para retirar, também não", afirmou.

Xanana Gusmão recordou que quando o CMATS estava a ser negociado - era então Presidente da República - pediu a Mari Alkatiri e a Ramos-Horta para incluir nas negociações a questão da fronteira e do gasoduto para Timor-Leste.

Prometeu depois do resultado "chamar a imprensa e dar o seu apoio oficial" mas depois, com um telefonema inesperado "num jogo de futebol", com José Ramos-Horta, confirmou que não tinham falado da fronteira e que o acordo estava assinado.

Insiste que no regresso o assunto foi referido numa primeira reunião semanal com o então primeiro-ministro, Mari Alkatiri, que duas semanas depois lhe recordou a promessa da declaração pública.

"É verdade, disse-lhe. Mas o senhor primeiro-ministro se se lembra, eu pedi que quando regressassem me informassem se falaram sobre a fronteira e sobre o gasoduto para Timor. O primeiro-ministro Alkatiri não disse nada, despediu-se e eu não fiz nenhuma declaração", contou.

Questionado pelo facto de ter assinado o acordo, Xanana Gusmão disse que tinha poderes limitados, já que qualquer lei vetada seria devolvida com o apoio de dois terços do parlamento.

Por isso, disse, esperou e iniciou o longo processo para "anular o CMATS" - o que ocorreu em 2017 - e avançar com a conciliação compulsória que permitiu levar ao tratado de fronteiras marítimas assinado no passado dia 06 de março.

Xanana Gusmão rejeitou ainda os argumentos de que sem a negociação de Mari Alkatiri no Tratado do Mar de Timor de 2002 e no CMATS de 2006, Timor-Leste não teria dinheiro.

Considerou que isso representa uma "falta de memória de muitos" que o deixa "extremamente preocupado", afirma que também participou no processo do primeiro tratado e que Mari Alkatiri foi ajudado por altos funcionários da ONU.

"Não me venham dizer que foi ele que conseguiu. Se tivesse sido ele a conseguir não teríamos começado a receber dinheiro logo em 2005. Antes já estava tudo pronto. Não foi em dois anos que começaram a construir", disse.

"Se ele conseguiu o 90-10 [a partilha de receitas entre Timor-Leste e a Austrália] é diferente. Mas não pode dizer que ele é que conseguiu aquilo tudo. Não foi ele. Eu estava lá direta ou indiretamente envolvido", insistiu.

Admitindo que em 2002 pensar na questão da fronteira “era impossível", Xanana Gusmão diz que o problema não é com o Tratado do Mar de Timor, mas sim com o subsequente acordo.

"O CMTAS não quebrou toda aquela insistência nossa sobre a fronteira. O CMATS parou tudo e decidiu, não falem mais de forneiras. O CMATS era inaceitável. Tão inaceitável, que comecei a preparar o processo levou à conciliação", afirmou.

Lusa | em SAPO TL

Rejime Salariál Ba Traballadór Injustu


DILI, (TATOLI) - Eis Pároku Parókia Santu António Manatuto, Pe. Martinho Gusmão konsidera katak Rejime Salariál ba traballadór sira injustu tanba maske sasán nia folin sa’e maka’as, maibé traballadór sira nia saláriu la sa’e.

“Ne’e halo kualidade moris nian la sa’e. Ikus liu, distribuisaun ba bens ne’e halo ita la haree ninia fairness. Signifika, maske ema han dadauk maibé sente la bosu no ema ne’ebé kaer bikan mamuk ne’e hein nafatin,” Amu Martinho dehan kestaun ne’e ba Ajénsia Tatoli iha nia hela fatin, Dili, segunda ne’e, relasiona ho Loron Mundiál Traballadór ne’ebé monu iha loron 1 Maiu, aban.

Nia hatutan se korupsaun mosu tan, entaun rejime salariál la sustentável liu-tan ba kualidade vida traballadór ka populasaun ki’ik sira nian.

“Ha’u rona kona-ba kresimentu ekonómiku, maibé la haree ninia impaktu ba justisa distributiva. Traballadór iha setór públiku iha duni saláriu estável, maibé labele sustenta vida loro-loron nian,” Amu Martinho esplika.

“Traballadór setór privadu depende ba projetu Estadu. Agora traballadór doméstika maka ita labele sukat, tan agrikultura no produtu lokál seidauk tama iha sasukat ba kresimentu ekonómiku. Se iha mós ha’u lahatene. Ha’u hatene de’it katak indústria alimentár ne’e barak liu maka ita konsumu hosi liur,” nia esklarese.

Durante kampaña eleitorál, Amu haktuir, líder partidu polítiku sira la toka injustisa distributiva maibé sura kolen no sura terus ba ema ki’ak no mukit sira iha aldeia no suku.

Tuir Padre Martinho katak Governu tenki halo jestaun ba justisa sosiál no hahú buka atu halo kampaña atu hamoris optimizmu foun, horizonte foun, halo foinsa’e sira haree loron matan moris foun nian.

Iha parte seluk, ativista pro traballadór no povu ki’ik, Juvinal Diaz hateten Estadu sei falla atu dignifika traballadór sira tanba traballadór sira ho saláriu mínimu tebes ne’ebé susar atu hadi’a sira nia moris.

“Saláriu mínimu la korespondente ho naha ekonomia ohin loron, ne’ebé fó implikasaun ba família traballadór sira atu bele hadi’a sira nia moris,” nia dehan.
Tuir Juvinal katak saláriu mínimu tenke ajuda traballadór sira nia família atu asesu ba edukasaun, saúde no moris di’ak.

Nia husu ba Governu atu kria kampu serbisu, investimentu serbisu sosiál ne’ebé sufisiente, kontrola inflasaun atu bele ajuda traballadór sira nia moris di’ak.

Jornalista: Xisto Freitas | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Traballadór sira hala’o hela serbisu. Imajen espesiál.

Ezekusaun Duodésimu Marsu Atinje Porsentu 50


DILI, (TATOLI) – Ministériu Planu no Finansas relata ona ezekusaun Dotasaun Orsamentu Temporáriu (DOT) ka duodésimu marsu 2018 atinje porsentu 50 husi totál orsamentu hamutuk millaun $104,631,399 ne’ebé esklui empréstimu.

“Kompozisaun ba ezekusaun DOT marsu mak hanesan saláriu no vensimentu porsentu 68, bens no servisus porsentu 48, kapitál dezenvolvimentu porsentu rua, transferénsia públika 78 no despeza kontijénsia porsentu 20”, refere portál Ministériu Planu no Finansas (MPF) ne’ebé tatoli asesu ohin.

Kona-ba ezekusaun dodesimál janeiru nian konsege atinje porsentu 66 husi totál orsamentu hamutuk millaun $101, 168.285 no iha fevereiru ho porsentu 60.2 husi totál osan millaun $102, 952.940 ne’ebé esklui empréstimu.

Iha alokasaun DOT ba abríl 2018 hamutuk U$105,455,045 ka ho porsentu 99 husi DOT, maibé daudaun ne’e seidauk fó sai sumáriu persentajen husi ezekusaun ne’e.

Jornalista: Maria Auxiliadora

Foto/MPF

Oposição pede voto no enclave de Oecusse com criticas à Fretilin


Os líderes da oposição timorense pediram ontem o apoio nas legislativas de maio aos habitantes do enclave de Oecusse para poderem "devolver a Díli" o líder da Fretilin (no Governo), que tem gerido a região nos últimos anos.

Num comício em Pante Macassar, capital de Oecusse, onde participaram milhares de pessoas, os líderes da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) - Xanana Gusmão, Taur Matan Ruak e José Naimori - deixaram duras críticas à Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

O comício foi uma mostra de força da AMP em Oecusse onde, em 2017, os três partidos que a formam tiveram, em conjunto, praticamente o mesmo número de votos que a Fretilin sozinha: a diferença foi de menos de 50 votos.

Como acontece nos comícios principais nas capitais regionais, os três líderes da AMP - Xanana Gusmão (CNRT), Taur Matan Ruak (PLP) e José Naimori (KHUNTO) - estiveram juntos no palco, com discursos que repetiram criticas à Fretilin, especialmente viradas para a região.

Um por um, líderes regionais e nacionais da AMP alegaram que a Fretilin só dá trabalho e projetos a "quem tenha o cartão do partido" na região, obrigando ou pagando a habitantes para colocarem bandeiras do partido nas suas casas ou propriedades.

Natalino dos Santos, comissário político, foi um dos primeiros, deixando duras criticas contra o que diz ser a "corrupção" que alegou haver na região, com um desenvolvimento "que não chega a todos os Atoni", uma referência aos habitantes regionais.

"Timor-Leste precisa de um Governo forte e um Governo forte precisa de líderes fortes. A AMP tem os líderes mais fortes", disse o ex-Presidente da República, Taur Matan Ruak.

"Vamos lutar para mudar Oecusse. O avô ‘Nana' [Xanana Gusmão] nomeou e eu dei posse, mas me arrependi de ter mandado Mari Alkatiri como capataz de Xanana Gusmão em Oecusse", disse, referindo-se ao atual chefe do Governo e responsável da região administrativa especial de Oecusse.

José Naimori repetiu as críticas, afirmando que a AMP promete que "se o resultado for a vitoria a 12 de maio vamos mandar para Díli o tio Alkatiri e o tio Bano", (atual presidente interino da região).

E depois Xanana Gusmão insistiu na critica, considerando um ataque à democracia tentar obrigar a ter cartão do partido ou a pôr bandeiras nas casas.

"Isso não é democracia. Não se respeita a dignidade das pessoas. Temos que ter dignidade perante o povo e perante o mundo. Não é com dinheiro. Quando se começa a comprar, a dar dinheiro, a democracia não funciona", disse.

Antes, o líder da AMP assinou vários "certificados de honra" a reconhecer a participação de José Naimori e quatro naturais de Oecusse pela sua participação na organização da resistência Fitun.

Considerada uma das três organizações juvenis mais importantes da resistência, a par da OJETIL e da RENETIL, a Frente Iha Timor Unidos Nafatin (FITUN) - Frente Sempre Unida por Timor - nasceu primeiro com o nome Safari e foi criada por um grupo de 49 jovens da escola secundária.

O primeiro encontro dos jovens com Xanana foi em 1986 nas montanhas de Timor e a sua primeira ação foi feita em 1989 durante a visita do papa João Paulo II. A Fitun foi formalmente proibida pelos indonésios em 1992 e no processo de preparação do referendo de 1999 foi englobada no Presidium da Juventude dos Loricos Guerreiros.

O comício repetiu o guião de outros, com o hino do partido e depois um ato de “refiliação” em que supostos militantes da Fretilin, alguns com camisolas de “fiscais” das eleições legislativa de 2017, subiam ao palco para as trocar, com ajudas dos líderes por camisolas da AMP.

Mas que aqui teve algumas particularidades regionais: primeiro porque a língua oficial tétum é a mais usada em Timor-Leste mas continua a não ser entendida por todos - em Oecusse a dominante é o baiqueno - mas até pela diferença de idades.

Palavras de ordem eram percebidas pela maioria mas muitos não entendiam as mensagens mais amplas em tétum, com outros a gritarem palavras de ordem em baiqueno -, a língua predominante entre o povo Atoni, de Oecusse (a maioria da população) - que os líderes, no palco, também não entendiam.

A brincar, Xanana Gusmão chamou ao palco dois habitantes da zona a quem disse que não tinha andado na escola e a quem pediu para ler o “mote” da AMP - Hamutuk Hametik Nasaun. Só que nenhum tinha mesmo ido à escola ou sabia ler tétum.

Tiveram que vir dois jovens fazer a leitura.

Lusa | em SAPO TL

Juventude timorense quer conhecer história da luta -- Xanana


Pante Macassar, Timor-Leste, 30 abr (Lusa) -- O líder timorense Xanana Gusmão disse hoje que tem utilizado a campanha para as legislativas em Timor-Leste para contar à juventude do país, que não viveu durante o período de ocupação indonésia, o complexo processo da luta.

"Isto foi um processo duro, duríssimo, que ainda afeta muitas das pessoas. Por isso é que a juventude quer saber mais. Uma criança de 25 anos, em 1999 [quando terminou a ocupação indonésia] tinha seis anos. Toda a gente a querer saber", disse, em entrevista à Lusa.

Xanana Gusmão justificou assim os comentários críticos que tem feito durante a campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de 12 de maio, afirmando ter ouvido muitos pedidos dos que querem "aclarar as coisas", nomeadamente sobre parte da história da Fretilin em Timor-Leste.

Ataques à Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e aos seus líderes, incluindo algumas das figuras históricas do partido como Nicolau Lobato, o primeiro primeiro-ministro e um dos líderes mais venerados da história do país, têm marcado a campanha da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), de Xanana Gusmão.

Numa entrevista à Lusa no enclave de Oecusse, onde está desde domingo em campanha, Xanana Gusmão insistiu que Mari Alkatiri e José Ramos-Horta "não são fundadores da Fretilin", mas sim do segundo partido a nascer em Timor-Leste, a Associação Social-Democrata Timorense.

Ainda que, na prática, a ASDT tenha dado lugar à Fretilin, em setembro de 1974, Xanana Gusmão insiste que o fundador do partido foi Abílio Araújo que "trouxe o marxismo a Timor e no fim tornou-se um capitalista".

"Ele quer um debate comigo na televisão. Um dia vou lá, fazer um debate com ele para ele perceber a dor dos guerrilheiros. A dor dos guerrilheiros que estavam a morrer, estavam com fome", disse o líder timorense.

Xanana Gusmão recordou os momentos iniciais da luta, depois da invasão indonésia a 07 de dezembro de 1975 - a Fretilin tinha declarado a independência dias antes, a 28 de novembro - período em que ele próprio era do partido.

Acusa os que estiveram no exterior de "não terem acompanhado o processo político da Fretilin" - de que o próprio Xanana Gusmão foi membro até 1986 - no interior do país.

"A Fretilin veio como partido marxista-leninista. Depois veio a guerra. A primeira reunião histórica - no sentido de ter um valor muito importante para a luta, porque organizou a luta - foi em maio de 1976 em Soibada. Começou a haver confronto entre os marxistas e os não marxistas", disse.

"Havia muitos comandantes de setores que foram chamados para membros do Comité Central para acalmar as coisas. O resultado da reunião: o bom foi reorganizar a luta, o mau foi criar mais divergências", explicou.

Um ano depois em 1977 - período de que ele próprio e quatro outros líderes são "as únicas testemunhas vivas" - mantinha-se o debate e Nicolau Lobato "estava encurralado" sem conseguir falar "com um debate interior muito profundo, porque era muito religioso", contou.

No último dia dessa reunião histórica, em Laliri, Nicolau Lobato declara, segundo Xanana, que aceita o marxismo-leninismo e que depois da guerra entregará a sua plantação em Bazartete ao Estado.

"Até ali e depois disso quem não cerrasse o punho era reacionário, era traidor e era morto. Todos tinham que entrar na Fretilin. Era o partido único", afirmou.

Xanana Gusmão disse que nos anos seguintes, em 1979 e 1980, depois da resistência "perder as bases", foi feita uma "análise de tudo, das "causas da derrota".

"Percebemos que cometemos erros. Eu desafio a DFSE [representação da Fretilin no exterior durante a ocupação indonésia) para trazer um documento que mandei para fora a reconhecer os nossos crimes também. Fui chamado de traidor, mas só assim é que podíamos melhorar", afirmou.

Xanana Gusmão disse que a partir de 1981 deixou de se ser "obrigado a entrar na Fretilin", e que "quem quisesse independência, participava", num processo mais inclusivo que fez juntar às fileiras da resistência elementos da igreja, funcionários e muitos outros timorenses.

"Até que em 1986 (...) com as redes clandestinas a funcionar melhor, percebei que a continuar com a Fretilin marxista era um suicídio para nós. Tinha que mudar a questão porque na ONU os votos [sobre a situação de Timor] estavam a reduzir", contou.

Decidiu então sair da Fretilin "para comandar a luta".

"Continuámos a ter a Fretilin ao nosso lado porque tínhamos corrido com o capitalista Abílio Araújo", contou.

ASP // VM

Xanana Gusmão admite que usou ex-PM Rui Araújo em "guerrilha política"


Pante Macassar, Timor-Leste, 30 abr (Lusa) - O líder timorense Xanana Gusmão admitiu hoje ter usado Rui Araújo, que nomeou como seu sucessor no cargo de primeiro-ministro, numa ação de "guerrilha política" em que se aliou com a Fretilin para controlar o parlamento.

"Sei que vou ofender o Rui. O Rui é muito meu amigo, gosto muito dele e trabalhamos desde o tempo da clandestinidade. Mas usei-o. Usei-o", disse numa entrevista à Lusa em Pante Macassar, no enclave de Oecusse, região onde está, desde domingo, em campanha.

Recorde-se que no início de 2015 Xanana Gusmão se demitiu do cargo de primeiro-ministro - o Governo era formado por uma coligação de três partidos (CNRT, PD e FM) - nomeando como seu sucessor um membro do Comité Central da Fretilin, Rui Maria de Araújo.

O PD foi formalmente expulso do Governo, os seus membros ficaram como independentes e com Araújo entraram mais três elementos da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que continuou a votar ao lado do Governo em praticamente tudo.

A mudança - a meio da legislatura e que ditou o fim do V e o arranque do VI Governo - surgiu depois de um tenso final de 2014 marcado, particularmente, pela expulsão dos magistrados internacionais, maioritariamente portugueses, que estavam em Timor-Leste.

Nos bastidores de todo este processo estava a questão dos processos por supostos impostos devidos a Timor-Leste por empresas petrolíferas com os quais, segundo Xanana Gusmão, os magistrados não lidaram adequadamente. O líder timorense culpa-os por Timor-Leste ter perdido os processos.

"O mais irritante para mim foi aqueles processos todos desde a primeira à última página, as palavras eram igualíssimas. Só mudavam o nome da companhia e a quantidade de dinheiro. Mas como eram [processos] grossíssimos, lá dentro passava-lhes e aparecia o nome de outra companhia", disse.

"Um corta e cola que não nos ajudava e ajudava as companhias", disse.

Xanana Gusmão explicou que, no debate sobre os juízes no Parlamento Nacional e perante a posição da Fretilin, decidiu mudar de estratégia e "fazer guerrilha".

"Fui ao parlamento e levei horas a discutir aquilo até que fiquei exasperado e disse à bancada da Fretilin: pensam que estou aqui a perder tempo para defender o meu dinheiro? Isto é do nosso povo. Se não quiserem, podem sair que nós aprovamos", disse, referindo-se ao decreto com a ordem de expulsão dos magistrados.

"Perante toda esta dificuldade de defender interesses nacionais com uma total vontade das instituições do estado, tive que fazer guerrilha. Chamo a Fretilin e controlo o parlamento", contou, admitindo que por isso usou Rui Araújo.

Referindo que já no IV Governo tinha convidado Rui Araújo para ser vice-primeiro-ministro - "ele não aceitou, claro" -, Xanana Gusmão explicou que tudo foi feito num processo de preparação para o que acabaria por ser a conciliação e o acordo sobre fronteiras assinado este ano.

"Todo este processo de preparação para meter a Austrália a sentar-se connosco levou tempo. Amadureci em termos de estudar todos os condicionalismos, perceber o que pode vir a criar dificuldades nas decisões", disse.

Já durante a campanha agora em curso, Xanana Gusmão voltou a piscar o olho a Rui Araújo, por considerar que "está metido na lama" do seu partido.

"Eu tenho pensado muito no irmão Rui Araújo. Rui, sai da lama. Sai junto dos maus. Eles meteram-te na lama e tu precisas de sair. Amo muito esse irmão do coração. Ele precisa de levantar-se forte", afirmou, durante um comício.

Na altura, Rui Araújo disse à Lusa, em reação ao comentário, que "se mantém firme" nas fileiras da Fretilin.

"Fico honrado e até certo ponto lisonjeado por esses cumprimentos de um líder nacional, que não mereço. Mas o líder nacional conhece-me muito bem e sabe que não sou troca-tintas", disse à Lusa.

ASP // VM

Observadores destacam profissionalismo de órgãos eleitorais timorenses


Díli, 30 abr (Lusa) - Observadores internacionais que estão a acompanhar as eleições legislativas antecipadas em Timor-Leste destacaram o "profissionalismo e dedicação" com que os responsáveis e as equipas dos órgãos eleitorais estão a preparar a votação.

A avaliação é feita num relatório semanal produzido pela equipa de observadores das organizações norte-americanas International Republican Institute (IRI) e USAID que estão a acompanhar as eleições, a que a Lusa teve hoje acesso.

Referindo-se ao ambiente eleitoral na última semana, o relatório explica que alguns líderes partidários têm dirigido críticas aos órgãos eleitorais do país, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

"Líderes políticos estão a ser mais críticos de outros partidos, com alguns a questionar a credibilidade dos órgãos de gestão eleitoral", refere o relatório.

"No entanto, os observadores da IRI reportam um alto nível de dedicação e de profissionalismo de funcionários da CNE e STAE na condução de atividades de educação de eleitores, na observação de eventos partidários e na formação de funcionários eleitorais par ao dia do voto", sublinha.

O relatório não se refere em concreto a qualquer força política, mas surge depois da coligação dos partidos da oposição, a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), ter levantado suspeitas sobre alguns aspetos da preparação das eleições.

Na semana passada, a AMP publicou na sua página oficial no Facebook um texto em que levanta suspeitas sobre a ação dos órgãos eleitorais e do Governo na fase de preparação para as eleições antecipadas de 12 de maio.

Com o título "alerta ao público", a AMP diz ter "indicações" que levam a "desconfiar" da suposta intervenção de José Ramos-Horta, ministro de Estado, e do ex-ministro Rogério Lobato, na aquisição de urnas para o voto, que chegaram esta semana a Díli.

"As mil urnas oferecidas pelo Governo da China" são "possivelmente urnas falsas ou duplicadas com o objetivo de manipular o resultado da contagem dos votos da eleição antecipada", refere a publicação.

A coligação diz ainda ter "indicação de que o Governo de gestão deu orientações secretas à CNE/STAE de que façam todo o esforço porque a Fretilin tem que vencer".

Dois dirigentes da AMP ouvidos pela Lusa, Fidelis Magalhães e Arão Noé - deputados respetivamente do Partido Libertação Popular (PLP) e do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) -- disseram não ter informação sobre o assunto, remetendo explicações para o "Centro de Media" da AMP.

Alcino Baris, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), considerou as acusações "falsas e irresponsáveis" afirmando que a vinda das urnas foi uma necessidade, dado o impedimento de usar as anteriores, que continuam seladas, como determina a lei.

"Somos um órgão independente e não recebemos indicações de ninguém", afirmou à Lusa.

Quer a CNE, quer o STAE são dirigidos e integrados pelas mesmas equipas que conduziram os dois sufrágios de 2017, as eleições presidenciais e legislativas, processos reconhecidos como transparentes e livres por todos os partidos políticos e por observadores nacionais e internacionais.

Trata-se de equipas que foram empossadas há vários anos, nomeadamente durante governos anteriores liderados pela principal força política da AMP, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT).

A campanha tem decorrido sem incidentes de maior, com o STAE e a CNE a divulgar quase diariamente informação ampla sobre o processo, incluindo relatórios sobre ações de campanha dos partidos.

ASP // VM

SEJT Kongratula Traballadór Sira


DILI, (TATOLI) – Sekretáriu Estadu Juventude no Traballu (SEJT), Nívio Leite Magalhães, kongratula traballadór sira iha rai-laran no liur iha loron mundiál serbisu-na’in sira-nian ne’ebé monu iha 1 maiu 2018.

“VII Governu Konstituisonál liuhusi SEJT hakarak fó parabéns ba traballadór sira hotu iha rai-laran, husi tasi-feto to’o tasi-mane no traballadór sira ne’ebé iha Korea, Austrália, Inglaterra, Irlanda Norte, Kanadá no nasaun seluk”, katak Nívio iha Kaikoli ohin.

Governante ne’e dehan traballadór sira mak eroi iha luta ba libertasaun povu tanba ho sira-nia sakrifísiu no esforsu bele kontribui ba ekonomia família no nasaun.

“Hanesan membru Governu, ha’u hakruuk ba imi hotu no husu nafatin imi hotu nia kontribuisaun ba dezenvolvimentu rai-doben Timor-Leste”, afirma.

Sobre loron internasionál traballadór ka May Day ne’e mak istória naruk luta klase traballadór mundiál nian ne’ebé hahú iha inísiu sékulu 19, hamutuk ho dezenvolvimentu indústria kapitalizmu iha Estadu Unidu Amérika no nasaun sira Europa Osidentál nian.

Disiplina no serbisu ne’ebé rigorozu, saláriu mínimu no kondisaun fatin serbisu ne’ebé ladi’ak, kauza  reasaun kontra husi klase traballadór sira.

Jornalista: Maria Auxiliadora | Editora: Rita Almeida

Mundu Apresia Relasaun TL Ho Indonézia


DILI, (TATOLI) – Vise-ministra Negosiu Estranjeiru no Koperasaun, Adaljiiza Xavier Magno, hateten mundu apresia ho rezultadu rekonsiliasaun ne’ebé Timor-Leste (TL) ho Indonézia halo hodi rezulta relasaun di’ak mesmu iha istória pasadu moruk.

Governante ne’e hateten durante ninia aprejentasaun kona-ba rekonsiliasaun TL no Indonézia iha ámbitu enkontru altu nivel asembleia jerál Organizasaun Nasoens Unidas (ONU) ho tema harii no mantein dame ba mundu ne’ebé halao iha Nova Ioerke semana kotuk.

“Sira apresia ho rekonsiliasaun ne’ebé ita halo ho Indonézia tanba iha esperénsia lider sira rai seluk la buka meius para harri pás hodi hadame malu ho inimigu”, haktuir ba Tatoli, ohin iha Praia dos Coqueros bainhira reprejenta ezekutivu iha sorumutu ne’e.

Vise-ministra ne’e hatutan enkontru ne’e partisipa hosi Xefe Estadu, Xefe Governu, Liurai, Ministru Negosiu Estranjeiru hosi nasaun membru ONU iha mundu.

Jornalista: Agapito dos Santos | Editora: Rita Almeida

Imajen: Vise-ministra Negosiu Estranjeiru no Koperasaun, Adaljiiza Xavier Magno. Foto FB Adaljiiza Xavier Magno

Loron Traballador, Teresa: Kompania Presiza Konsidera Kolen Traballador


DILI – Relasiona ho loron traballador mundu nian, reprezentante povu husu traballador ho instituisaun nain ou xefe ekilibriu ba malu, laos osan mak servisu liu, maibe konsidera ema nia servisu no kolen, hodi fo salariu sufisiente, tanba servisu mos hola parte ba iha dezenvolvimentu.

Lia hirak nee hatoo husi Xefe Bankada PD, Maria Teresa katak, hanesan reprezentante povu, mezmu halao knaar fulan 6 deit maibe, iha responsabilidade moral, atu agradese mos ba governu neebe tau loron ba traballador, neebe tau loron nee atu traballador sira deskansa.

“Ba instituisaun  NGO, k sira hotu atu respeita ba loron mundial traballador atu nunee traballador sira bele rekopera sira nia kolen. Tenke tane mos traballador, fo salariu diak ba sira i, tau orariu ekilibriu, disiplina umanidade no solidaridade atu nunee , traballador ho instituisaun nain ou xefe  ekilibriu ba malu entre ema, laos osan mak servisu liu, maibe amijade no umanidade tau nudar kestaun atu konsidera ema nia servisu no kolen, tanba esrvisu mos hola parte iha dezenvolvimentu,”dehan Teresa ba STL Segunda, (30/04/2018), iha Bankada PD PN.

Nia dehan,  prsiza fo tempu ba sira atu tuur hamutuk ho sira nia familia. Maibe mos husu ba kompania, no governu, neebe uza ema barak atu fasilita servisu tenke tane mos traballador, fo salariu diak ba sira.

Nunee mos Deputadu PD Luis Mendes Ribeiro hatete, haree ba loron traballador prinsipiu PD nian nee ho traballador ida deit, tanba nee mak PD agradese ba maluk traballador tanu dasa rai, sikuritu no traballlador hotu iha TL, katak  nafatin fo kontribuisaun ba rai no povu nia moris diak.

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (02/05/2018) 

Guilhermina Franco / Jacinta Siqueira | Suara Timor Lorosae

Parpol A-B Ukun Mesak Timor Oan


DILI – Partidu 5 oras nee halao hela kampana ba Eleisaun Antisipada (EA), mezmu nunee partidu hotu mesak Timor oan, se mak ukun tenke fo liman ba malu hodi ukun ho diak.

Kestaun nee hatoo husi Reitotor IOB Augusto da Conceicao hatete, lideransa sira haree ba tanba nee presiza hamutuk aprende barak esperensia bele lao ho diak. Tanba parpol neebe kandidata aan nee mesak Timor oan hotu.

“Partidu A ka B se deit mak manan mesak Timor oan deit, tanba nee tenke hamutuk fo liman malu,  Timor ukun aan tinan 10 resin uluk iha tempu difisil nia laran  hmutuk, tanba sa mak agora labele,” katak Augusto ba STL Sesta foin lalais nee iha Fomentu, Kampus IOB.

Nia apelu ba jerasaun foun sira husu para labele prova ho maun boot sira nia liafuan, diak liu hanesan ema matenek tenke kalma atu haree maun boot sira, labele inklina aan ba maun boot sira nia liafuan.

Entretantu Deputadu PD, Luis Mendes Ribeiro hatete, desde inisiu partidu PD nia prinsipiu kuandu too kampana ba eleisaun nian, importante liu parpol hotu aprezenta nia programa nudar komprimisiu ba povu atu povu haree programa ho diak, i programa sai hanesan kontratu sosial atu povu bele fo komfiansa. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (02/05/2018) 

Guilhermina Franco / Jacinta Siqueira | Suara Timor Lorosae

domingo, 29 de abril de 2018

RAI LOOS SEI PROSESA ABILIO MAUSOKO


KAITEHU – Eis petisionariu no membru rezistensia Rai Loos promete ona sei prosesa eis polisia Abilio Mausoko ba prosesu legal, tanba konsidera halo alegasaun falsu foin lalais. 

Rai Loos hatutan, nia sente ofendididu tebes ho alegasaun falsu Abilio Mausoko nian iha komisiu ka atividade kampaña partidu FRETILIN nian iha kampu futebol Likisa katak, antes ne’e porta voz Aliansa Mudansa ba Progresu (AMP) atual prezidente Partidu Libertasaun Popular (PLP), Taur Matan Ruak (TMR) hasoru malu ho Rai Loos hodi tiru Abilio Mau Soko no José Manuel Nakfilak. 

“Jeneral ida mai enkontru ho ha’u atu tiru Abilio Mau Soko ho José Manuel Nakfilak ne’e imposivel tebes, tanba ne’e ha’u sei hato’o prosesu legal ida ba alegasaun ne’e,” hatete Rai Loos liu hosi nia diskursu iha mini kampaña AMP nian Suku Mota Ulun, aldeia Mota Ikus, Likisa, Sabádu (28/04).‑

Nia hatutan, akuzasaun hosi parte sira seluk Rai Loos la dun hakfodak, no maske laran kanek, maibé sempre hatudu nia oin hamnasa.‑

"Ida ne’e kazu seriu, tanba ne’e mak ha’u ap‑rezenta ona ba parte juridisaun hodi lori kazu ne’e ba Tribunal tanba nia halo insultu hasoru ha’u," hatete Rai Loos. 

Nia hatutan, la sente perseguisaun no konsidera ‑akuzasaun sira ne’e la dun hakanek nia fuan. Nune’e, nia la rai odiu no vingansa ba ema ruma.

“Ho insultu sira ne’e mak motiva ita halo serbisu di’ak liutan hodi hadia saida mak ita halo la di’ak ida iha tempu pasadu,” esplika Rai Loos.

Entretantu, antes ne’e Abilio Mausoko deklara iha kampaña partidu FRETILIN nian iha loron 23 Abril liubá iha kampu futebol Likisa katak, antes ne’e TMR hasoru malu ho Rai Loos hodi tiru Abilio Mau Soko no José Manuel Nakfilak, maibé Rai Loos konsidera deklarasaun politi‑ka ne’e nu’udar insultu ida no nia aprezenta ona ba ministériu públiku hodi prosesa ba Tribunal.

Entretantu, prezidente AMP husu ba Likisa oan sira katak bainhira partidu ruma liu hosi kareta, labele tuda no halo problema sira seluk."

“Tanba AMP ne’e naran morin iha mundu no naran boot iha ONU,” hatete Xanana. (Oki)

g7+ Seidauk Hatama Relatóriu Ba Governu


DILI, (TATOLI) - Primeiru Ministru, Marí Alkatiri hateten hafoin eleisaun antisipada nia sei husu relatóriu g7+ ne’ebé Timor-Leste mós hanesan membru ida, tanba to’o ohin loron governu ne’ebé nia lidera seidauk simu relatóriu ruma.

“Sira (g7+) iha sira nia orsamentu rasik, maibé laiha relatóriu kona-ba gasta orsamentu ne’e halo oinsá,” Xefe Governu hato’o informasaun ne’e ba jornalista sira iha Palásiu Prezidente Nicolau Lobato, Bairru Pité, Dili, semana ne’e, relasiona ho progresu saida maka g7+ atinje ona.

Nia haktuir, orsamentu ba g7+ ne’e mai hosi orsamentu jerál Estadu ne’ebé aprova hosi Parlamentu Nasionál no kompremitidu katak nia (Alkatiri-red) sei husu relatóriu ba membru g7+ hosi Timor-Leste iha tempu oin mai hafoin eleisaun antesipada.

G7+ harii hosi nasaun pós-konflitu mak hanesan Afghanistan, Burundi, Republika Sentral Afrikana, Chad, Comoros, Cote divoire, Republika Demokratika Congo, Guine, Gunie-Bissau, Haiti, Liberia, Papua New Guinea, Sao Tome e Principe, Sierra Leone , Solomon Islands, Somalia, Sudan do Súl, Timor-Leste, Togo no Yemen.

Objetivu hosi kriasaun organizasaun ne’e hodi foku ba área importante haat (4): (i) Governasaun (ii) Dezenvolvimentu Ekonómiku (foku ba rekursu naturais, hamenus kiak-mukit, kriasaun oportunidade ba kampu serbisu), (iii) Dezenvolvimentu umanu no sosiál, no ikus liu (iv) área seguransa (foku iha rezolusaun konflitu, rekonsiliasaun, inkluzaun sosiál, diálogu kona-ba harii dame no orden seguransa).

Bazeia ba konferénsia Dili, tinan 2014,  sorumutu Ministeriál g7+ nian hahú hala’o ona kada tinan no tuir rotasaun ba nasaun sira ne’ebé maka prontu hakarak sai uma na’in.

Hahú hosi Juba, Sudaun du Súl, sai uma na’in dahuluk ba Sorumutu Ministeriál Grupu g7+ nian iha Outubru 2011; tuir fali Port Au Prince, Haiti iha Novembru 2012; no Lome, Togo iha tinan 2014. Reuniaun ikus iha Togo ne’e, hamosu Deklarasaun Lome, ne’ebé ho unanimidade adopta Karta g7+ (g7+ Charter), Primeiru Ministru Timor-Leste altura ne’ebá, Kay-Rala Xanana Gusmão, nomeiadu nu’udar Eminent Person & Consultative Council Member ba Grupu g7+ no  iha biban hanesan  Eis Ministra Finansas, Emília Pires (Eis-Prezidente ba Grupu g7+) mós hetan fiar nu’udar Enviada Espesiál (Special Envoy) ba Grupu g7+ nian.

Jornalista: Xisto Freitas | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Primeiru-Ministru, Marí Alkatiri. Foto GPM

Taur: Ha’u ho Xanana sei moris laiha ida ukun Timor


Portavos Aliansa Mudansa ba Progresu (AMP) Taur  Matan Ruak hateten, enkuantu nia ho Kay Rala Xanana Gusmão, sei moris, sei la fo tempu ba ida atu ukun nasaun  ne’e.

“Imi hatene  iha fatin-fatin Xanana ami nain rua dehan, enkuantu Xanana ami nain rua sei moris laiha ema ida sei ukun Timor, bele halo to’o  iha ne’ebé,” deklara Portavos AMP, Taur Matan Ruak, Kinta (26/04/18), liu husi mini kampaña  iha Suku Larisula, Postu Administrativu Baguia, Munisipiu Baucau.

Taur Matan Ruak dehan, tempu  rejistensia de’it Indonesia, labele doko nia ho Xanana.

“Imi hare’e Indonesia nasaun bo’ot doko ami nain rua Xanana la ba, la’os agora funu hotu imi doko ami nain rua Xanana, satan alin Naimori mai tan,” dehan Taur Matan Ruak.

Tanba ne’e , Taur  husu militante AMP no povu Larisula oan atu vota ba AMP, hodi kaer ukun  iha oitavu Governu Konstituisional.

“Ha’u nia inan aman sira iha Larisula husu ba imi, imi bele dada bandera FRETILIN ho PD   iha imi nia uma, mas eleisaun antesipada ne’e imi vota ba AMP,” dehan Taur Matan Ruak.

Taur Matan Ruak  dehan, elesiaun jeral tinan   2002 FRETILIN    manan kadera  55  iha Parlamentu Nasional (PN), maibe saida mak akontese iha tinan lima nia laran FRETLIN  hari’i  Governu ba dala 3.

Taur  hatutan, iha  tinan 2007 partidu mais  votadu, Prezidente Republika Jose Ramos Horta fo fulan ida ba lider sira FRETILIN atu buka koligasaun, maibe fulan ida ema  halai  hotu, saida  mak akontese Prezidente Republika Ramos Horta foti  fo tiha ba CNRT.

Tanba  ne’e FRETILIN dehan CNRT asalta poder  de faktu temi naran oin-oin, maibe CNRT ukun. Ne’e FRETILIN gagal ba dala rua.

Depois eleisan jeral   2017, FRETILIN mais  votadu  buka  ema atu halo koligasaun,  la hetan masimu, tanba  ho de’it kadera 30, ne’e gagal ba dala tolu.

Agora FRETILIN ho numeru 4 sei gagal tan ba dala 4. Tanba  ne’e imi nia votu ne’e soe  de’it ba tasi.

“Imi nega ha’u , ha’u sei putus ho imi, ne’e ha’u dehan ba imi, maun Xanana ema diak, ha’u lae, matan Ruak Jeneral paling gila di Asia Pasifik,” dehan Taur Matan Ruak.

Mini kampanha AMP, iha Suku Larisula,Postu Administrativu Baguia  hetan seguransa husi PNTL Baguia, F-FDTL no  hetan observasaun  husi CNE no observador Internasional. Avi

GMN TV | Grupo Média Nacional

COREIAS | Tão inimigos que nós éramos...


O que une – e separa – as duas Coreias

Há sete décadas, um povo foi dividido em dois. Distintas realidades ideológicas e políticas se desenvolveram na mesma península, mas semelhanças históricas e culturais jamais se apagaram.

Nos últimos dias da Segunda Guerra, quando se tornou claro que o Japão se renderia às potências aliadas, a questão sobre o que aconteceria com a Coreia se tornava mais urgente do que nunca. Depois de décadas ocupando a península coreana, os japoneses estavam recuando.

EUA e União Soviética concordaram em dividir a Coreia no 38º paralelo em agosto de 1945: os americanos ocupariam a parte sul, os soviéticos, a norte. O plano era devolver o controle aos coreanos e se retirar. E em 1948 várias tentativas foram feitas para levar à reunificação.

Mas a desconfiança gerada por apenas alguns anos de ideologias opostas já havia se tornado profunda demais. O que começou como uma divisão quase acidental deu origem a uma das fronteiras mais hostis e pesadamente militarizadas do mundo. Um povo foi dividido em dois.

Direitos humanos e liberdade

A Coreia do Norte é hoje um Estado stalinista e é acusada de manter centenas de milhares de cidadãos – incluindo crianças – em campos de prisioneiros políticos e outros centros de detenção em todo o país. Também recebe as classificações mais baixas quando se trata de liberdade de imprensa e responsabilidade do governo.

Anos de isolamento afetaram seriamente a economia da Coreia do Norte, e a população do país sofreu por muito tempo com a pobreza e a fome. As Nações Unidas relatam que mais de um terço da população é desnutrida. Muitos não têm acesso a cuidados de saúde adequados.

A vida na Coreia do Sul, por outro lado, é alimentada por um estilo de capitalismo despudoradamente barulhento e orgulhoso. O país também é oficialmente uma democracia constitucional.

Mas a Coreia do Sul tem seus próprios presos políticos. A controversa Lei de Segurança Nacional considera um delito manifestar simpatias em relação à Coreia do Norte. Mas a Coreia do Sul é tida como muito menos corrupta que seu vizinho do norte.

E é uma aliada fundamental para as potências ocidentais – particularmente os Estados Unidos, que ainda mantêm cerca de 30 mil soldados em solo sul-coreano e realizam exercícios militares regulares com as tropas locais.

Diferença de altura

Apesar do tamanho geográfico similar, a população da Coreia do Sul (mais de 51 milhões) é quase duas vezes maior que a da Coreia do Norte (mais de 25 milhões). Devido à sua dieta pobre, os norte-coreanos tendem a ser menores que os sul-coreanos, o que é mais visível entre as crianças em idade escolar.

Daniel Schwekendiek, da Universidade de Sungkyunkwan, em Seul, estima que a diferença de altura seja de aproximadamente 4 centímetros entre os meninos em idade pré-escolar e 3 centímetros entre as meninas desse mesmo grupo etário.

A diferença na expectativa de vida é similarmente notável: enquanto os sul-coreanos vivem em média até os 82 anos, os norte-coreanos morrem dez anos mais jovens, aos 70 anos.

Comida e vestimenta

Os dois povos gostam de muitos dos mesmos tipos de alimentos, já que as receitas foram passadas de geração em geração muito antes da divisão. Por exemplo, dduk (torta de arroz) e yeot (um tipo de confeito) são comidos por todos os alunos antes dos exames, porque eles acreditam que lhes dá sorte.

As celebrações culturais estão, da mesma forma, profundamente arraigadas na sociedade coreana em ambos os lados da fronteira. Algumas das datas mais importantes são o Ano Novo, o Dia de Ação de Graças e o Daeboreum – o dia da primeira lua cheia do ano. O Ano Novo é tradicionalmente comemorado com uma tigela de ddukguk (sopa de bolo de arroz).

Os pais são servidos por seus filhos durante a refeição e são tratados com deferência, independentemente de onde morem na Coreia.

A Coreia do Sul é tida como a "Hollywood do Oriente", produzindo entretenimento consumido por milhões de fãs, que vão do Japão à Indonésia. Existem também cerca de 400 estúdios independentes, que produzem conteúdo para o mercado de entretenimento, ajudando a Coreia do Sul a exportar seu "k-pop” (gênero musical próprio de música), dramas de televisão e videogames para países da Ásia. Já a Coreia do Norte é praticamente ausente da parada de sucessos asiática.

As coisas parecem polarizadas da mesma forma em se tratando de moda. Os norte-coreanos abstêm-se de fazer experiências, porque o governo proíbe estritamente peças como calças jeans skinny, minissaias e até mesmo penteados especiais, enquanto seus vizinhos do sul são livres para vestir qualquer roupa que quiserem.

Religião e turismo do wi-fi

Os casamentos também parecem diferentes. Casais na Coreia do Sul podem ostentar um lindo vestido para a noiva, uma cerimônia cheia de pompa uma lua-de-mel espetacular, enquanto os noivos na Coreia do Norte tendem a adotar uma abordagem mais simples, geralmente celebrando o matrimônio em um restaurante ou em casa.

Devido à sua visão de mundo comunista, a Coreia do Norte é oficialmente um país ateu. No entanto, novos movimentos como o cheondoísmo estão ganhando popularidade. No sul, o protestantismo e o catolicismo conquistaram muitos novos seguidores nas décadas passadas, e suas fileiras se incharam de cristãos da Coreia do Norte que fugiram da perseguição.

Quanto à "religião" moderna da internet, sua influência é ilimitada no Norte, enquanto o acesso é livre na Coreia do Sul. No Norte, apenas os membros dos serviços públicos e educacionais podem navegar na rede mundial de computadores – e somente sob controles rígidos. Um fenômeno que ocorre como resultado é o "turismo do wi-fi": norte-coreanos compram propriedades perto de embaixadas estrangeiras, para tentar acessar seu wi-fi. Como resultado, os preços de imóveis em Pyongyang dispararam.

A Coreia do Norte tem sua própria intranet, chamada Kwangmyong. Ela não está conectada ao resto do mundo e foi construída originalmente para abrigar páginas sobre a dinastia Kim, a família dominante da Coreia do Norte.

Testes nucleares

O atual líder da Coreia do Norte iniciou a chamada "estratégia de byungjin" em 2013, que buscava, ao mesmo tempo, um desenvolvimento dos programas nucleares e crescimento econômico.

Ele realizou um número extraordinariamente grande de testes de armas, em uma tentativa de desenvolver um arsenal nuclear efetivo, capaz de atingir alvos território norte-americano. Quatro dos seis testes de bomba nuclear do país ocorreram durante o seu governo.

Os testes aumentaram as tensões entre Pyongyang e a comunidade internacional, particularmente os Estados Unidos, com o presidente Trump avisando que responderia à ameaça nuclear da Coreia do Norte com "fogo e fúria, como o mundo nunca viu".

Após uma guerra de palavras entre Trump e Kim, as coisas mudaram drasticamente neste ano, com o líder norte-coreano enviando sua irmã Kim Yo-jong e atletas para as Olimpíadas de Inverno na Coreia do Sul e concordando em manter conversações com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Moon mais tarde também agenciou uma reunião entre Kim e Trump, marcada para maio ou início de junho.

Nos preparativos para as cúpulas históricas, Kim Jong-un anunciou que seu país suspenderá indefinidamente os testes nucleares e de mísseis e encerrará um local de testes nucleares, levando Trump a tuitar: "Esta é uma notícia muito boa para a Coreia do Norte e o mundo – grande progresso! Ansioso pela nossa cúpula".

Caroline Schmitt (md) | Deutsche Welle

Coreias prometem desnuclearização após encontro histórico

Após se tornar primeiro líder norte-coreano a pisar em solo do Sul, Kim emite comunicado com Moon em que ambos se comprometem a estabelecer "regime de paz sólido e permanente". "Norte e Sul vão voltar a ser um só", diz.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cruzou nesta sexta-feira (27/04) a linha de demarcação militar que divide a Península Coreana para participar de uma histórica cúpula com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, marcada por promessas de desnuclearização e fim das hostilidades entre os países vizinhos. 

Ao cruzar a fronteira, Kim se transformou no primeiro líder norte-coreano a pisar no solo da Coreia do Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Os líderes se cumprimentaram na zona desmilitarizada entre os dois países. O aperto de mão deu-se em cima da linha divisória, com ambos os líderes sorridentes e com o presidente da Coreia do Sul a dizer ao seu homólogo: "Estou feliz por vê-lo." 

Num gesto não previsto, Kim então tomou Moon pelas mãos e o levou para o lado norte da fronteira que separa os dois países, num momento de descontração antes do início da histórica cúpula.

Ao encontrar-se na divisa, Moon disse: "Você veio para o sul, eu me pergunto quando posso ir para o norte." Kim respondeu: "Talvez agora seja uma boa hora para você vir", e o levou pelas mãos para o lado norte da demarcação, em um gesto que não estava previsto, segundo explicou o porta-voz presidencial de Seul.

"Foi uma decisão muito corajosa de sua parte vir até aqui", afirmou Moon. Ele acrescentou que os dois líderes "estavam fazendo história".

Após a reunião, Kim e Moon assinaram um comunicado conjunto que teve como um dos pontos principais o objetivo comum da "desnuclearização completa" da Península Coreana.

"As duas Coreias reafirmam e concordam em aderir estritamente ao Acordo de Não Agressão que impede o uso da força em qualquer forma", diz o documento.

Os dois governos também concordam em realizar encontros trilaterais envolvendo os EUA, ou quadrilaterais envolvendo Washington e Pequim, com a intenção de "declarar um fim à Guerra da Coreia e estabelecer um regime de paz sólido e permanente".

Kim e Moon se comprometeram ainda a transformar a zona desmilitarizada entre as duas Coreias numa zona de paz a partir de 1º de maio e em cessar todos os atos de hostilidade entre ambos os lados.

As medidas anunciadas incluem ainda passos no sentido de modernizar vias que conectam o Norte e o Sul, um programa de reunião para famílias separadas pela guerra e mais contatos de alto nível entre Pyongyang e Seul.

Os dois governos vão coordenar esforços para assegurar que não "repetirão a história infeliz na qual acordos entre as Coreias fracassaram logo depois de começarem", declarou Kim após a reunião com Moon. "Pode haver dificuldades e frustrações no nosso caminho, mas uma vitória não pode ser alcançada sem dor", completou o líder norte-coreano.

Pelo Norte, participam do encontro também a irmã de Kim, Kim Yo-jong, cinco outros integrantes do politburo e os dois mais altos representantes militares. A cúpula ocorreu na chamada Peace House, na vila de barracões azuis de Panmunjom, dentro da zona desmilitarizada. 

Kim afirmou que a zona desmilitarizada que divide os dois países deve passar de um símbolo da divisão a um símbolo da paz. "O Norte e o Sul, que têm um sangue, uma língua, uma história e uma cultura, vão voltar a ser um só, pessoas de todas as gerações vão desfrutar da prosperidade", declarou.

AS/LPF/efe/lusa/ap/rtr/afp | Deutsche Welle | em Página Global

Na imagem: Dirigentes do norte e sul a plantarem um pinheiro com terra de ambos os países