Hong
Kong, China 03 mai (Lusa) -- As economias da China e do Japão devem desacelerar
de forma acentuada nos próximos dois anos mas o crescimento da Ásia vai
continuar forte, com a procura doméstica a compensar o fraco comércio global,
disse hoje o FMI.
Medidas
de estímulo governamentais, a descida do preço das matérias-primas e desemprego
reduzido vão ajudar à expansão regional, disse o Fundo Monetário Internacional
(FMI), incentivando os líderes nacionais a avançarem com reformas.
No
entanto, o FMI alertou também para vários desafios externos, como o
enfraquecimento das economias desenvolvidas e do comércio global e o aumento da
volatilidade dos mercados financeiros globais.
Desde
a última análise à região em outubro, os mercados globais revelaram-se mais
voláteis, com as preocupações em relação à economia da China e a queda dos
preços do petróleo a terem impacto nas ações em janeiro e fevereiro, que desvalorizaram
em biliões de dólares. Apesar de uma ligeira recuperação desde março, os
investidores continuam reticentes.
"A
Ásia continua a ser a parte mais dinâmica da economia global mas enfrenta
severas adversidades devido à lenta recuperação global, ao fraco comércio
global, e ao impacto a curto prazo da transição de crescimento da China",
disse o FMI.
"Para
fortalecer a sua resiliência aos riscos globais e continuar a ser uma fonte de
dinamismo, os dirigentes da região devem avançar com reformas estruturais para
aumentar a produtividade e criar espaço fiscal, ao mesmo tempo que apoiam a
procura", indica o Fundo.
O
FMI previu que o crescimento da Ásia fosse de 5,3% este ano e no próximo, menos
que a estimativa anterior de 5,4%.
A
economia da China, a segunda maior do mundo e impulsionadora do crescimento global,
deve expandir 6,5% este ano e 6,2% em 2017.
ISG
// MP
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