Hong
Kong, China, 03 mai (Lusa) -- O líder do movimento pró-independência de Hong
Kong, Andy Chan, acredita que a região vai separar-se da China, tendo em conta
o crescente receio de que Pequim 'aperte o cerco' à cidade.
"Hong
Kong vai ser um país independente, não sei quando, mas vai acontecer",
disse Chan, de 25 anos, à AFP.
Os
críticos acusam jovens ativistas como Chan, que estabeleceu o Partido Nacional
de Hong Kong em março, de serem novatos e ingénuos, sem uma estratégia política
realista e com objetivos inatingíveis.
No
entanto, apesar de muitos considerarem a luta pela independência uma missão
fútil, a discussão sobre um tema considerado tabu entrou na narrativa política.
"O
Partido Comunista Chinês nunca nos vai dar democracia, por isso decidi cortar
com eles (...) É por isso que desejo a independência. Porque é que podem
decidir o nosso destino, mesmo sendo nós dois grupos diferentes [de
pessoas]?", questionou.
Segundo
Chan, o seu partido tem 30 membros, todos com menos de 30 anos.
As
posições do recém-formado partido geraram fúria em Pequim e entre as
autoridades de Hong Kong, que alertaram que a luta por uma separação irá
prejudicar o futuro da cidade e avisaram que a persistência na campanha pode
resultar em "ações [não especificadas] de acordo com a lei".
Hong
Kong, antiga colónia britânica, regressou à China em 1997 e funciona, desde
então, sob o princípio "Um país, dois sistemas", existente também em
Macau, que lhe garante liberdades que não existem na China continental.
ISG//
MP
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