Banguecoque,
19 ago (Lusa) -- A polícia da Tailândia disse hoje que os 15 suspeitos detidos
após os atentados da semana passada não estão relacionados com esses ataques, o
que contradiz a versão apresentada pelo exército.
"Essas
pessoas criaram um movimento ilegal com objetivos políticos... Mas não há
nenhuma prova que os ligue aos atentados", disse à imprensa Chayaphol
Chatchaidej, responsável da polícia.
A
AFP refere que a contradição entre as versões do exército e da polícia
evidencia as tensões entre as forças da ordem e os militares no poder.
Desde
o golpe de Estado militar em 2014, os militares assumiram muitos poderes, como
o de deterem secretamente os suspeitos durante sete dias. Mas no final desse
prazo têm de apresentar os suspeitos à polícia.
Isto
foi o que aconteceu esta manhã, quando os 15 suspeitos foram entregues à
polícia, segundo jornalistas da AFP no local.
Os
suspeitos detidos pelo exército apenas foram acusados de pertencerem a uma
"sociedade secreta ilegal", intitulada "Frente revolucionária do
partido da democracia" e de não respeitarem a proibição de organizar
reuniões políticas, em vigor desde o golpe de Estado, anunciou a polícia.
Nos
dias 11 e 12 de agosto, 11 bombas explodiram no sul da Tailândia, nomeadamente
em duas estâncias turísticas, causando quatro mortos. Entre os feridos havia 10
turistas estrangeiros.
FV
// JPS
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