quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Timor-Leste aposta em sistema de alerta liderado pelas comunidades...

...para resistir a desastres climáticos

População timorense ilustra como implementar sistemas mais eficazes associando novos dados e tecnologias ao conhecimento local; ONU News acompanhou o resultado de treinamentos que preparam moradores de áreas remotas a terem mais resiliência frente a um futuro de eventos extremos mais frequentes.

ONU News | # Traduzido em português do Brasil

Durante a 29ª Cúpula do Clima da ONU, COP29, algumas injustiças climáticas foram colocadas em evidência, como o fato de os países mais vulneráveis a desastres naturais serem aqueles com menos preparação para se proteger deles.

Em discurso na primeira semana do evento, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que países menos desenvolvidos e nações insulares dispõem de menos de 10% dos dados que necessitam para sistemas de alerta eficazes.

A experiência e dedicação de sobreviventes

Com o apoio do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, Timor-Leste está caminhando para superar essa lacuna, estabelecendo um sistema robusto e multirrisco capaz de beneficiar diretamente 80% da população.

Mas dados e tecnologias são apenas uma parte da solução. A outra depende do nível de conhecimento das pessoas sobre o que fazer quando os equipamentos soarem o alarme avisando a respeito de um evento climático extremo.

Por isso, o projeto aposta em um recurso essencial para salvar vidas durante emergências: a experiência e a dedicação de sobreviventes de tragédias passadas, como as inundações repentinas que assolaram Timor-Leste em 2021.

As piores chuvas em 50 anos mataram mais de 30 pessoas e destruíram cerca de 4 mil casas. Muitas delas no município de Orlalan, uma região montanhosa onde vivem 5.872 pessoas, espalhadas em oito subvilas.

Jovens do Sudeste Asiático estão lentamente empurrando a ASEAN em direção à mudança

Em meio ao ceticismo sobre a capacidade do bloco de proteger os direitos ambientais e humanos, uma nova geração de ativistas continua esperançosa.

Bryanna Entwistle | The Diplomat | # Traduzido em português do Brasil

Max Han lembra vividamente da névoa que se espalhava por sua cidade natal, Kuala Lumpur, várias vezes por ano, quando fazendeiros do outro lado do Estreito de Malaca ateavam fogo em grandes áreas de selva para abrir caminho para plantações de óleo de palma. Escolas fechavam por semanas seguidas, privando Han e milhares de outras crianças de seus direitos endossados ​​pela ONU à educação e a um ambiente limpo e saudável.

A cada ano, na Indonésia, Cingapura, Malásia e Tailândia, milhões sofrem com os danos ambientais, econômicos e de saúde causados ​​pela névoa transfronteiriça. Em 1999, os ministros do meio ambiente da ASEAN adotaram uma política para promover a queima zero, mas a política de não intervenção do bloco significa que impor essa política tem sido virtualmente impossível.

Ainda assim, Han acredita que a ASEAN pode proteger os direitos ambientais e humanos de seus constituintes, e ele está lutando por isso como um dos três jovens ativistas envolvidos no processo de elaboração da Declaração da ASEAN sobre Direitos Ambientais. A estrutura é projetada para defender os princípios e disposições que abordam os atuais desafios ambientais e de direitos humanos na ASEAN, bem como garantir a proteção e o suporte necessários para grupos vulneráveis ​​impactados por eles. O grupo de trabalho que elaborou a Declaração foi o primeiro do tipo a convidar vários representantes da sociedade civil e think tanks, incluindo jovens ativistas ambientais, para a mesa de elaboração.

“Esta foi uma oportunidade de aprendizado para ambos os lados: tanto para a ASEAN envolver a sociedade civil, quanto para a sociedade civil aprender como se envolver e ser mais consciente do modo de vida da ASEAN e adaptar a defesa às restrições e condições operacionais da formulação de políticas”, diz Han, que participou do processo de elaboração em sua capacidade como secretário do Fórum da Juventude da ASEAN.

G20: Comitiva do Timor-Leste é roubada na Lapa, região central do Rio de Janeiro


A mãe de uma ativista teve o cordão de ouro arrancado e furtado durante um passeio pela região central

Uma integrante da comitiva do Timor-Leste foi roubada no Rio de Janeiro durante o G20. Uma ativista passeava pela Lapa, na região central, quando foi abordada por suspeitos em uma bicicleta. A mãe dela teve o cordão de ouro arrancado e furtado. O crime aconteceu no dia em que as duas voltariam para casa. O caso é investigado pela Polícia Civil. Os agentes tentam identificar os criminosos que conseguiram fugir.

R7 br - Publicado em português do Brasil

PR timorense e embaixadora de Portugal discutem visita de PM português e jogos da CPLP

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, e a embaixadora de Portugal discutiram hoje a visita do primeiro-ministro português a Timor-Leste e a realização dos jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Foi um encontro de certa forma esperado para preparar o novo ano e os desafios do novo ano. Há desafios grandes. No próximo ano há eventos que envolvem a CPLP, os jogos da CPLP, e também a visita do primeiro-ministro", disse Manuela Bairos, aos jornalistas, à saída do encontro, que decorreu na Presidência timorense, em Díli.

O primeiro-ministro português Luís Montenegro anunciou em outubro, durante uma visita oficial do seu homólogo timorense, Xanana Gusmão, a Portugal, que visitará Timor-Leste em junho de 2025.

Manuela Bairos precisou que Luís Montenegro vai também participar na conferência das comunidades luso-asiáticas, que se vai realizar em junho em Díli, a convite de Xanana Gusmão.

Em outubro, Portugal e Timor-Leste assinaram um novo Programa Estratégico de Cooperação para os próximos quatro anos, que prevê um apoio financeiro de 75 milhões de euros.

"Naturalmente, que há temas que são recorrentes como a educação, a fluência em língua portuguesa, porque muitas das coisas que se vão aqui desenrolar no próximo ano também implicam uma reflexão sobre os projetos de cooperação", afirmou a embaixadora, referindo-se ao encontro com o chefe de Estado.

"Temos um Plano Estratégico de Cooperação de novo e, portanto, a forma como o podemos implementar também passa pelas opções, preferências e prioridades políticas" das autoridades timorenses, acrescentou.

Timor-Leste confirmou na semana passada, durante a conferência dos ministros da Juventude e Desporto da organização, a disponibilidade para acolher a realização da XII edição dos Jogos Desportivos da CPLP no próximo ano.

RTP | Lusa

Mísseis britânicos de longo alcance disparados por forças de Kiev contra a Rússia


As Forças Armadas ucranianas usaram hoje pela primeira vez mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow em território russo, segundo a agência Bloomberg e o jornal Guardian, citando várias fontes.

"O Reino Unido aprovou o uso de mísseis Storm Shadow em resposta ao envio de tropas norte-coreanas pela Rússia na sua guerra contra a Ucrânia, uma medida que o Governo britânico considerou uma escalada", segundo um responsável ocidental à Bloomberg sob anonimato.

Esta informação foi reforçada pelo Guardian, que noticiou hoje que a Ucrânia "disparou mísseis produzidos no Reino Unido contra a Rússia pela primeira vez", de acordo com várias fontes ouvidas pelo jornal britânico.

A agência Ukrinform menciona pelo seu lado canais de propaganda russa na rede Telegram, que relatam a presença de destroços de Storm Shadow na região de Kursk, enquanto dois mísseis foram intercetados sobre Yeysk, um porto do Mar Negro em Krasnodar.

As autoridades de Londres, Kiev e Moscovo não confirmaram até ao momento a autorização dos britânicos para a Ucrânia usar este tipo de armamento de longo alcance contra a Rússia.

"Neste momento não consigo entrar em mais detalhes operacionais", afirmou o secretário da Defesa, John Healey, na Câmara dos Comuns, de acordo com a BBC, acrescentando que "a ação da Ucrânia no campo de batalha fala por si".

O governante limitou-se a dizer que falou na terça-feira com o seu homólogo ucraniano e que ambos discutiram "uma resposta robusta" à recente escalada militar da Rússia e o plano do Reino Unido para apoiar Kiev ao longo de 2025.

O ataque com mísseis britânicos acontece dois dias após as forças ucranianas terem usado mísseis norte-americanos de longo alcance ATACMS na região russa de Bryansk, logo após uma autorização a Kiev do Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden.

Na terça-feira, dia em que assinalaram mil dias sobre o início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que aumenta as possibilidades de utilização das armas nucleares da Rússia.

Várias potências ocidentais tinham já alertado que consideravam inaceitável a mobilização de cerca de dez mil militares norte-coreanos para lutar ao lado do Exército russo na região fronteiriça de Kursk, invadida pelas tropas ucranianas em agosto.

Esta escalada militar na guerra da Ucrânia ocorre numa fase em que as forças ucranianas lidam com uma progressão das tropas russas na região leste de Donetsk, e procuram segurar as suas posições em Kursk.

HB // PDF | Sapo