Macau,
China, 09 jun (Lusa) - O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) de Macau
descobriu, em março deste ano, um caso suspeito de corrupção passiva no
Estabelecimento Prisional, envolvendo subornos de um recluso a um guarda,
revelou hoje o organismo de investigação.
O
guarda trazia, "de forma dissimulada, vários tipos de produtos
proibidos" para a prisão, como "comidas, condimentos, chá,
medicamentos, ornamentos religiosos, ténis de marcas prestigiadas e relógios de
luxo", diz o CCAC.
Em
troca, o recluso disponibilizava ao guarda prisional, através de um visitante,
produtos valiosos como "'ginseng', chifres de veado, garrafas de bebidas
alcoólicas de marcas prestigiadas, produtos cosméticos de marcas famosas,
viagens, estadias em hotéis, bem como a promessa de oferta de um emprego bem
remunerado no exterior".
No
entender do CCAC, o facto de o guarda ter "conscientemente violado a lei
afetou seriamente os efeitos da execução das penas de prisão".
O
caso já foi encaminhado para o Ministério Público.
Em
reação, o Estabelecimento Prisional de Macau garantiu que será instaurado um
inquérito interno contra o funcionário, "repreendendo-o severamente, nos
termos da lei, pelo ato não tolerado".
A
prisão garante que sempre que se verifica uma "infração ou ilicitude"
esta é participada "de imediato ao CCAC ou ao respetivo órgão policial,
punindo severa e imparcialmente as ovelhas negras, nos termos da lei".
Hoje,
o CCAC deu ainda conta de outro caso, desta vez de falsificação de registos de
assiduidade por parte de um chede do Corpo de Polícia de Segurança Pública.
ISG//
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