Pequim,
09 jun (Lusa) -- A China acabará por ter "poder de veto" sobre as
decisões importantes do novo Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas
(BAII), noticia hoje o Wall Street Journal.
O
BAII, que ficará sedeado na capital chinesa, tem 57 membros, mas os Estados
Unidos e Japão -- a maior e terceira maior economia mundiais, respetivamente --
não participam.
O
jornal norte-americano citou fontes próximas do processo, segundo as quais a
estrutura de votação do banco vai dar à China "vantagem" enquanto
maior acionista, através do poder de veto.
De
acordo com os estatutos do BAII, a China está a fornecer quase 30 mil milhões
de dólares dos 100 mil milhões de dólares de capital base do banco, o que
concede a Pequim 25% a 30% do total dos votos, refere o jornal citado pela AFP.
O
novo banco, que deverá estar operacional no final do ano, foi visto por alguns
como um rival do Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento.
O
Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou no final de abril que não se opunha
à ideia de um banco regional de desenvolvimento, criado por iniciativa da
China, insistindo porém na necessária "transparência" do organismo.
O
BAII, de que Portugal é um dos países fundadores, deve contribuir para
financiar em toda a Ásia trabalhos de infraestruturas, setor onde os
investimentos fazem muita falta, mas também está a ser visto como contrapeso ao
controlo exercido pelos EUA sobre os bancos Mundial e Asiático de
Desenvolvimento.
FV
(RN) // JPF
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