Hong
Kong, 09 jun (Lusa) -- O Governo de Hong Kong emitiu um aviso, pedindo aos
cidadãos que não viajem até à Coreia do Sul, para evitar mais contágios de
Síndrome Respiratória do Médio Oriente, o coronavírus, que já matou sete
pessoas no país.
O
Gabinete de Segurança ativou hoje o "alerta vermelho" para viagens à
Coreia do Sul, o segundo com maior gravidade (o mais elevado é o preto),
segundo o diário South China Morning Post.
"A
secretaria para a Saúde e Alimentação aconselha os residentes a evitarem viagens
à Coreia do Sul que não sejam essenciais, incluindo viagens de turismo. Aqueles
que já lá estão devem prestar atenção aos anúncios das autoridades locais e
evitar visitas desnecessárias aos centros de saúde", publicou o Governo.
Este
aviso é o primeiro que Hong Kong emite por motivos de saúde. O último foi
depois do terramoto no Nepal, no final de abril, em que se recomendava que não
se viajasse até ao país por motivos de segurança.
Todas
as viagens de grupo através de agências vão ser canceladas, o que afeta cerca
de 12.000 pessoas de Hong Kong.
Em
Macau, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo emitiu hoje uma recomendação
semelhante, aconselhando os seus residentes a evitarem viagens à Coreia do Sul.
De acordo com o gabinete, há atualmente um grupo de Macau em excursão no país,
com quatro pessoas, com viagem de regresso agendada para hoje.
Na
segunda-feira, os Serviços de Saúde elevaram o grau de alerta para elevado (o
segundo de quatro), ativando uma série de novas medidas preventivas.
A
Coreia do Sul anunciou hoje o sétimo caso mortal devido à Síndrome Respiratória
do Médio Oriente e confirmou oito novos casos do surto, o maior fora da Arábia
Saudita.
No
total, o número de contágios na Coreia do Sul está agora fixado em 95.
O
MERS é considerado um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do vírus
responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez
cerca de 800 mortos em todo o mundo.
Tal
como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre,
tosse e dificuldades respiratórias.
Mas
de 20 países foram afetados pelo vírus, para o qual não existe vacina ou
tratamento.
Na
Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contagiadas desde 2012 e 412
morreram.
ISG
(FV/DM)// SO
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