Macau,
China, 08 jun (Lusa) - As autoridades de Macau subiram hoje o alerta
epidemiológico para "elevado", o segundo de uma escala de quatro para
situações de emergência, devido ao Síndrome Respiratória do Médio Oriente, que
já matou seis pessoas na Coreia do Sul.
Até
agora não foi registado nenhum caso em Macau, tendo já sido efetuados exames a
13 pessoas desde 29 de maio.
Apesar
de a Coreia do Sul ainda não estar numa situação de epidemia, Lam Chong, chefe
do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, explicou que as autoridades
consideram "que a situação se agravou e existe um aumento do risco",
justificando assim a elevação das medidas preventivas.
A
partir de hoje qualquer pessoa "com febre e sintomas respiratórios, e
historial de viagens ao Médio Oriente ou Coreia do Sul" tem de ser
submetido a um teste - os Serviços de Saúde já fizeram encomendas do reagente
necessário para os exames de modo a aumentar as reservas atuais de 300 doses
para 2.000.
Enquanto
o nível de alerta não for reduzido, o laboratório vai funcionar 24 horas por
dia para efetuar as análises necessárias a casos suspeitos de Síndrome
Respiratória do Médio Oriente.
Da
mesma forma, os visitantes que cheguem da Coreia do Sul vão continuar a ser
submetidos a testes de temperatura à saída do avião.
Outra
das medidas que entra hoje em vigor diz respeito ao uso de máscara, agora
obrigatório em todas as instalações médicas e não apenas nas urgências - os
Serviços de Saúde garantem ter máscaras para todos os cidadãos durante três
meses. O horário de visita nos hospitais foi também reduzido.
O
diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, indicou que todos os que ocupam
cargos de chefia tiveram de cancelar as suas férias e aqueles que estavam em
viagens de trabalho tiveram de regressar.
As
autoridades apelam aos residentes de Macau que evitem viajar para a Coreia do
Sul e que, caso decidam efetuar a viagem, recorram ao uso de máscaras e estejam
particularmente atentos a sintomas de febre nos 14 dias após o regresso a
Macau. No entanto, esta é apenas "uma recomendação e não um alerta de
turismo", frisou Lei Chin Ion.
O
MERS é considerado um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do vírus
responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez
cerca de 800 mortos em todo o mundo.
Tal
como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre,
tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento
preventivo para a doença.
Até
à data, e desde que, em 2012, se sinalizou o primeiro caso na Arábia Saudita,
foram registados 1.193 casos de MERS em mais de 20 países, dos quais 446 se
revelaram mortais.
ISG
(DM)//APN
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