O primeiro-ministro timorense
saudou hoje a melhoria na avaliação que a organização não-governamental (ONG)
Freedom House fez sobre Timor-Leste, país que passou de "parcialmente
livre" para "livre" no seu último relatório.
"Toda a gente vê que não tem
havido incidentes, que há uma democracia a funcionar", disse Mari Alkatiri
à agência Lusa.
"Isso significa que a
comunidade internacional está a acompanhar com certo agrado o desenvolvimento
político e social de Timor-Leste", considerou.
No relatório anual sobre direitos
políticos e liberdades civis no mundo, divulgado na terça-feira, a ONG referiu
que, ao realizar eleições livres e transparentes, "Timor-Leste, uma das
nações mais pobres do Sudeste Asiático, contrariou a tendência de declínio da
liberdade na região".
"O processo [eleitoral]
ajudou a consolidar o desenvolvimento democrático no país, além de permitir que
novos partidos e políticos mais jovens conquistassem assentos no
parlamento", indicaram os relatores.
No relatório, intitulado
"Freedom in the World 2018: Democracy in Crisis" ("Liberdade no
Mundo 2018: A Democracia em Crise"), a ONG centrou-se na crise da
democracia a nível global para sublinhar que "a democracia está sob ataque
e a recuar em todo o mundo".
Esta crise intensificou-se com
"a erosão, a ritmo acelerado, dos padrões democráticos dos Estados Unidos
da América", acrescentou.
Segundo a Freedom House, 2017 foi
o 12.º ano consecutivo de queda da liberdade global, com 71 países a sofrerem
"claros declínios" nos domínios dos direitos políticos e liberdades
civis e apenas 35 a registarem avanços.
Dos 195 países avaliados neste
estudo, 88 (45%) foram classificados como "livres", 58 (30%) como
"parcialmente livres" e 49 (25%) como "não livres".
Lusa | em Diário de Notícias
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