Díli,
02 mar (Lusa) - Os oito candidatos às eleições presidenciais de 20 de março em
Timor-Leste participam na sexta-feira, em vários pontos do país, em comícios e
encontros que marcam o arranque da campanha eleitoral que decorre até 17 de
março.
Uma
campanha que a maioria dos candidatos terminará com comícios em Díli onde
decorre, também a 17 de março o único debate da campanha, a oito, que será
transmitido pela televisão nacional, a RTTL.
Antonio
Maher Lopes, Fatuk Mutin, candidato apoiado pelo Partido Socialista de Timor
(PST) arranca a sua campanha com um comício a 110 quilómetros a sul da capital,
no campo de futebol de Ainaro, de onde é natural o pai e onde diz contar com
maior apoio.
Ermera,
a 70 quilómetros a sudoeste de Díli, é um dos distritos onde as atenções se vão
concentrar no primeiro dia, já que é ali que começa a sua campanha o candidato
favorito, Francisco Guterres Lu-Olo (apoiado pela Fretilin), antecipando-se a
presença no comício de Xanana Gusmão, líder do CNRT.
Terceira
em número de eleitores, a região de Ermera é especialmente importante porque
acaba por ter influência em várias candidaturas, nomeadamente a de António da
Conceição, apoiado pelo Partido Democrático (PD), que tem ali a sua grande base
de apoio eleitoral, e a de José Neves, que é natural dessa zona.
António
da Conceição, que suspende a partir de hoje e até ao fim da campanha o seu
cargo como ministro da Educação, começa a sua campanha nem Lospalos, na ponta
leste, região onde estará Luis Tilman que tem previsto visitar sexta-feira
Lautem e Baucau, a segunda cidade do país.
Amorim
Vieira também optou por começar a campanha em Baucau, 125 quilómetros leste da
capital.
Angela
Freitas, presidente do Partido Trabalhista (PT) e única mulher candidata, e
José Luis Guterres, deputado e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros (que é
apoiado pela Frente Mudança) são os únicos que arrancam a campanha em Díli.
Angela
Freitas estará de manhã num comício em Campo Alor, no centro da cidade e José
Luis Guterres participa em vários encontros com a população em vários pontos da
capital.
O
período da campanha para o voto presidencial decorre até 17 de março, a votação
decorre a 20 de março e o escrutínio provisório dos resultados deverá estar
concluído entre 23 e 25 de março.
Estão
registados para votar 747.252 pessoas residentes em Timor-Leste, 853 residentes
na Austrália e 479 residentes em Portugal, segundo informações fornecidas aos
jornalistas pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
Os
atos eleitorais deste ano serão os primeiros com votação de timorenses na
diáspora, nomeadamente em Portugal e na Austrália, numa iniciativa que o
Governo quer alargar no futuro.
As
eleições presidenciais deverão ter 941 mesas de voto em 693 centros de votação,
o que obrigará à contração de mais de 10 mil funcionários para acompanhamento
eleitoral.
Para
o ato eleitoral são contratados 693 'brigadistas' - um responsável por cada um
dos centros de votação - e 9.410 oficiais eleitorais, dez por cada uma das
mesas de voto.
Os
processos eleitorais deste ano têm um orçamento de cerca de 10 milhões de
dólares para o STAE, a que se somam 1,5 milhões para as Forças de Defesa
(F-FDTL) e 2,5 milhões para a polícia (PNTL).
ASP
// VM
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