Acordo
vai ser cancelado com "efeito imediato". Presidente crítica
administração Obama e diz que o acordo com Cuba só beneficiava o regime de Raúl
Castro.
As
relações entre os Estados Unidos e Cuba vão sofrer um novo retrocesso. Donald
Trump desfez o acordo conseguido por Barack Obama.
"A
decisão da anterior administração teve como desfecho uma maior repressão e
contribuiu para esmagar o movimento pacífico e democrático em Cuba. Como tal,
com efeito imediato, vou cancelar o acordo completamente unilateral da anterior
administração com Cuba", anunciou Trump.
O
presidente insistiu várias vezes que este acordo só beneficiava o regime de Raúl
Castro e que não trazia qualquer vantagem aos Estados Unidos. “É difícil pensar
numa política que faça menor sentido, do que o acordo que a anterior
administração fez com o regime de Castro. Fizeram um acordo com um governo que
espalha à violência e a instabilidade”.
Trump
garantiu que vai procurar um acordo melhor para os norte-americanos e para os
cubanos. “Desafiamos Cuba a sentar-se à mesa para discutir um novo acordo que
seja do melhor interesse do povo norte-americano e do povo cubano”.
Donald
Trump anunciou que não vai levantar as sanções ao regime cubano “até que todos
os prisioneiros políticos sejam libertados, a liberdade de expressão seja
respeitada, todos os partidos políticos sejam legalizados e até que sejam
marcadas eleições livres, democráticas e que sejam supervisionadas”.
Até
que isso aconteça, Trump disse que o iria “reforçar o embargo” e repôr as
limitações nas viagens. Também prometeu que vai restringir o investimento
norte-americano em Cuba e que diz que está a ser canalizado “para as forças
militares cubanas e para os serviços de informação”.
A
terminar o seu discurso, o presidente afirmou que “qualquer mudança nas
relações entre Estados Unidos e Cuba, está dependente de um progresso real” relativamente
aos objetivos anunciados.
O
cancelamento do acordo com Cuba já está a ser alvo de críticas. Um dos
principais negociadores do acordo durante a presidência de Obama, Ben Rhodes,
já criticou a decisão de Trump, considerando que devolve a relação bilateral
"à prisão do passado" e dá ao castrismo "uma oportunidade"
para se reforçar no poder.
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ao Minuto | Lusa | Foto: © Getty Images
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