A diferença horária entre Portugal
e Timor-Leste passa a ser de 8 horas a partir de hoje, é o horário de verão. À meia-noite de Portugal serão 8 horas da manhã em Timor-Leste. Só em Outubro regressa
o horário de Inverno. TA
Atenção. Mudança da hora na
próxima madrugada
A hora vai mudar na madrugada
deste domingo. A hora legal passa do regime de Inverno para o regime de Verão.
Isso significa que, se tem horário a cumprir, vai dormir menos uma hora.
Em Portugal Continental e na
Região Autónoma da Madeira, à 1:00 hora da manhã os relógios são adiantados 60
minutos, passando para as 2:00 horas da manhã.
Na Região Autónoma dos Açores a mudança será feita à meia-noite (00:00) de Domingo, dia 25 de Março, passando para a 1:00 hora da manhã, do mesmo dia.
Na Região Autónoma dos Açores a mudança será feita à meia-noite (00:00) de Domingo, dia 25 de Março, passando para a 1:00 hora da manhã, do mesmo dia.
Especialistas do sono alertam
para riscos da mudança da hora na saúde
Especialistas em cronobiologia e medicina do sono alertam para os riscos da mudança da hora, que acontece na próxima madrugada, como alterações do sono, do estado de ânimo, de capacidades cognitivas como a memória e psicomotoras.
"Esta mudança, decidida pela primeira vez com o argumento da necessidade de poupança energética, preocupa atualmente especialistas", que se reuniram para refletir e estabelecer algumas diretrizes, disse à agência Lusa Miguel Meira e Cruz, coordenador da Unidade de Sono do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa.
Meira e Cruz, que faz parte do
Grupo de Consenso sobre o Impacto da Mudança da Hora, juntamente John
Fontenelle Araujo (Brasil), Dário Acuña-Castroviejo e Eduard Estivill
(Espanha), e Masaaki Miyazawa (Japão), analisaram os impactos da mudança da
hora na saúde, na sequência do II Encontro Latino-Americano e 1º Congresso
Português de Cronobiologia e Medicina do Sono.
O especialista português alertou para "os riscos" desta mudança, "mesmo numa amplitude aparentemente inofensiva", que podem ser "um drama real e determinante de problemas irresolúveis" para algumas pessoas e lembrou estudos recentes que, embora controversos, apontam um aumento do número de enfartes.
"Quando exigimos uma alteração horária repentina esquecemos que os relógios existentes em todas as células do organismo não têm capacidade de se adaptar de imediato", salientou.
Masaaki Miyazawa, imunologista e diretor da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Kindai, salientou que "influência das alterações circadianas nas células 'natural killer'", uma primeira linha da resposta imunitária.
"É consensual que a expressão destas moléculas citotóxicas e a atividade" destas são mais elevadas durante a manhã e diminuem durante a noite.
"Sabemos que a alteração horária frequente, como sucede em circunstâncias da mudança da hora aumentam a incidência de cancro do pulmão em modelo animal através destes mecanismos", sublinhou Miyazawa, adiantando que estas transições podem afetar, pelo menos de forma temporária, o sistema imunitário com compromissos diversos na saúde.
Um estudo publicado em 2017 pelo neurologista brasileiro Fontenelle Araujo, que envolveu 5.631 pessoas, concluiu que cerca de metade das pessoas sente de alguma forma o impacto da mudança da hora.
O especialista português alertou para "os riscos" desta mudança, "mesmo numa amplitude aparentemente inofensiva", que podem ser "um drama real e determinante de problemas irresolúveis" para algumas pessoas e lembrou estudos recentes que, embora controversos, apontam um aumento do número de enfartes.
"Quando exigimos uma alteração horária repentina esquecemos que os relógios existentes em todas as células do organismo não têm capacidade de se adaptar de imediato", salientou.
Masaaki Miyazawa, imunologista e diretor da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Kindai, salientou que "influência das alterações circadianas nas células 'natural killer'", uma primeira linha da resposta imunitária.
"É consensual que a expressão destas moléculas citotóxicas e a atividade" destas são mais elevadas durante a manhã e diminuem durante a noite.
"Sabemos que a alteração horária frequente, como sucede em circunstâncias da mudança da hora aumentam a incidência de cancro do pulmão em modelo animal através destes mecanismos", sublinhou Miyazawa, adiantando que estas transições podem afetar, pelo menos de forma temporária, o sistema imunitário com compromissos diversos na saúde.
Um estudo publicado em 2017 pelo neurologista brasileiro Fontenelle Araujo, que envolveu 5.631 pessoas, concluiu que cerca de metade das pessoas sente de alguma forma o impacto da mudança da hora.
Destas, metade é afetada durante
a primeira semana, cerca de um quarto (27%) durante todo o mês e 23% não
recupera durante o horário de verão, sendo as mulheres e os vespertinos aqueles
que apresentam mais queixas.
Dario Castro-Viejo, do Instituto Internacional de Melatonina, sublinhou que as repercussões da alteração da hora na saúde incluem alterações de sono, do estado de ânimo e de capacidades cognitivas como a memória e de certas capacidades psicomotoras.
"Na maioria das pessoas, o relógio biológico central procurará adaptar-se em quatro a seis dias, a partir do qual voltaremos a funcionar adequadamente", explicou Castro-Viejo.
Segundo Eduard Estivill, de Barcelona, as crianças mais novas são mais vulneráveis à mudança da hora, pelo que devem ser realizadas alterações de forma progressiva.
RTP com Lusa
Dario Castro-Viejo, do Instituto Internacional de Melatonina, sublinhou que as repercussões da alteração da hora na saúde incluem alterações de sono, do estado de ânimo e de capacidades cognitivas como a memória e de certas capacidades psicomotoras.
"Na maioria das pessoas, o relógio biológico central procurará adaptar-se em quatro a seis dias, a partir do qual voltaremos a funcionar adequadamente", explicou Castro-Viejo.
Segundo Eduard Estivill, de Barcelona, as crianças mais novas são mais vulneráveis à mudança da hora, pelo que devem ser realizadas alterações de forma progressiva.
RTP com Lusa
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