Jacarta, 30 set (Lusa) - Setenta
e um estrangeiros estavam na cidade indonésia de Palu, na ilha de Celebes,
quando esta foi atingida por um terremoto seguido por um tsunami, informou hoje
a Agência Nacional de Gestão de Desastres.
Entre os 71 estrangeiros, há
"três franceses sobre os quais não conhece a situação", além de um
malaio e um sul-coreano, disse em conferência de imprensa o porta-voz da agência,
Sutopo Purwo Nugroho.
Entre os restantes estrangeiros
encontrados estão um alemão, um belga, um singapurense, dez vietnamitas, 32
tailandeses e 21 chineses, disse o responsável.
O número de mortos causados pelo
terramoto de magnitude 7,5 seguido de tsunami, que abalaram na sexta-feira a
ilha de Celebes, na Indonésia, subiu para 832, segundo um novo balanço
divulgado hoje pelas autoridades locais.
A maioria das vítimas (821)
registou-se em Palu, cidade com cerca de 350.000 habitantes na costa oeste de
Celebes, havendo também registo de mortes (11) em Dongalla.
No entanto, a Cruz Vermelha
Internacional já alertou que há pouca informação sobre Danggala, cidade de
difícil acesso, afirmando ser "extremamente preocupante".
O Presidente da Indonésia, Joko
Widodo, está em Palu a visitar a área mais afetada.
As falhas nas comunicações têm
dificultado os trabalhos das equipas de busca e salvamento no terreno, mas as
agências internacionais falam em centenas de feridos a receber tratamento
médico em tendas improvisadas no exterior.
As autoridades indonésias
reabriram hoje o aeroporto de Palu, o que vai acelerar a chegada de ajuda
humanitária.
Os voos comerciais serão
limitados e as operações de emergência e de ajuda humanitária terão prioridade,
num momento em que os dados oficiais apontam também para mais de meio milhar de
feridos e mais de 16 mil deslocados.
A Força Aérea da Indonésia vai
enviar dezenas de aviões Hercules, quatro aeronaves Boeing 737, cinco CN 295,
duas aeronaves CN 235 e vários helicópteros para reforçarem o apoio às
operações de resgate, humanitárias, nas evacuações e na logística.
O Ministério da Saúde está a
organizar a chegada de pessoal e suprimentos médicos a Palu e a Donggala.
A Indonésia assenta sobre o
chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e
vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de 7.000 terramotos, a maioria
moderados.
Entre 29 de junho e 19 de agosto,
pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a
quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha
indonésia de Lombok.
DF (ICO) // MCL
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