Pequim,
03 nov (Lusa) - Li Chongxi, um antigo aliado de Zhou Yongkang, o mais alto
líder da China condenado desde a fundação da República Popular, em 1949, foi
condenado a 12 anos de prisão por corrupção.
O
ex-presidente da Conferência Consultiva Política da província de Sichuan, no
sudoeste da China, começou a ser investigado no ano passado, juntamente com
outros altos quadros do Partido Comunista Chinês (PCC) vistos como próximos de
Zhou.
Segundo
a sentença do tribunal, Li recebeu subornos no valor de 11,1 milhões de yuan
(1,5 milhão de euros) e todos os seus ativos pessoais foram confiscados,
noticiou a imprensa estatal.
Li
foi conselheiro de Zhou, ex-membro do Comité Permanente do Politburo do PCC, a
cúpula do poder na China, onde tutelava o aparelho de segurança do país,
incluindo polícias, tribunais e serviços de informação.
Nos
últimos meses, vários aliados de Zhou foram detidos ou condenados, entre os
quais Wang Tianpu, ex-presidente da petrolífera chinesa Sinopec, e Jiang
Jiemin, ex-responsável pela supervisão das empresas estatais chinesas.
Hoje,
a comissão de disciplina do PCC expulsou do partido e do exército dois altos
cargos militares, Zhang Genheng e Li Wenli, confirmando o alargamento da
campanha anticorrupção às forças armadas, até há pouco vistas como intocáveis.
Zhang
era o chefe do regimento fronteiriço do exército chinês em Xinjiang, uma das
províncias chinesas mais suscetíveis ao separatismo e frequente palco de
incidentes violentos entre a minoria étnica muçulmana uiguir e o principal
grupo étnico chinês han.
Li
era o diretor do departamento militar do Gabinete de Segurança Pública na
Mongólia Interior, noroeste do país.
Desde
que subiu ao poder, em 2012, o atual líder chinês Xi Jinping prometeu
"combater tanto as moscas como os tigres", numa alusão aos altos
quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.
JOYP
// ISG
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