Sidnei,
13 jan (Lusa) -- Uma turista norte-americana que realizava um dos mais célebres
trilhos na floresta da Papua Nova Guiné, no Pacífico Sul, com o seu namorado,
foi vítima de uma violação coletiva e mutilações, revelou a imprensa.
Os
dois turistas, de 31 anos, encontravam-se no momento do ataque na pista Kokoda,
um trilho estreito no sudeste da Papua e que atravessa zonas muito acidentadas.
A
pista de Kokoda é um dos marcos da Segunda Guerra Mundial no Pacífico Sul,
local onde as forças australianas impediram um avanço de tropas japonesas a
Port Moresby, em 1942.
O
casal andava na segunda-feira em direção ao campo de Templeton Two quando foi
atacado por várias pessoas, que roubaram os seus sacos, sapatos, telefones e
15.000 kinas (cerca de 4.540 euros) em dinheiro, disse ao jornal The National
Sylvester Kalaut, um responsável da polícia da Papua.
"O
homem foi amarrado a uma árvore e a mulher repetidamente violada, antes de três
dos seus dedos terem sido cortados", disse o mesmo responsável,
acrescentando que os turistas foram libertados cerca de uma hora depois do
início do incidente.
A
polícia avançou que este ataque foi realizado por dois homens armados com
facas, tendo um dos agressores sido detido posteriormente pelos aldeões, de
acordo com o jornal The National.
As
duas vítimas conseguiram chegar à cidade, tendo sido depois levadas para Port
Moresby, onde receberam cuidados médicos.
A
agressão foi confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros australiano,
que indicou que os dois turistas estavam a fazer a caminhada sem guias
licenciados.
A
violência contra as mulheres é generalizada na Papua Nova Guiné, onde 80% dos
homens entrevistados admitiu ter abusado da sua parceira, num estudo publicado
em 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
RCP
// ARA
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