Global Times | # Traduzido em português do Brasil | Ilustração: Liu Rui/GT
O presidente do Comitê de
Relações Exteriores da Câmara dos EUA, Michael McCaul, afirmou na terça-feira
que alguns drones não identificados avistados sobre Nova Jersey e Nova York
eram "drones espiões" da China. A mídia dos EUA descreveu suas observações
como uma "bomba". Ele se apressou em rotular os drones não
identificados como "drones espiões chineses", apesar de autoridades
do governo Biden terem insistido anteriormente que muitas das aeronaves eram
drones comerciais inocentes.
Alguns políticos americanos parecem ter uma preferência especial por
sensacionalizar a "ameaça da China". Muito parecido com o incidente
do "balão espião" que se desenrolou no início de 2023, as últimas
acusações contra drones chineses seguem um roteiro antigo, reembalado com uma
nova retórica destinada a difamar a China.
O "balão espião" que os EUA abateram com jatos de combate transformou
o país em motivo de chacota em todo o mundo. Mais de um ano depois, alguns
legisladores dos EUA agora pretendem colocar o rótulo de "espião" em
"drones chineses", usando linguagem alarmista para atiçar ainda mais
o medo e a ansiedade sobre a China. Enquanto isso, o Pentágono, a Casa Branca e
o Departamento de Segurança Interna afirmaram que esses objetos voadores não
identificados "não têm origem estrangeira". Mais uma vez, isso prova
que, aos olhos de alguns políticos dos EUA, as acusações de
"espionagem" não precisam ser baseadas em fatos, desde que possam
difamar a China.
As acusações contra "drones espiões chineses" coincidem com uma ação recente no Senado dos EUA, onde uma disposição dentro do National Defense Authorization Act para o ano fiscal de 2025 visa criar mecanismos para maior supervisão e proibição do uso de drones chineses. O projeto de lei busca adicionar empresas chinesas de drones à "Covered List" da Federal Communications Commission, o que impediria seu uso em indústrias de telecomunicações. Os proponentes do projeto de lei argumentaram que os EUA deveriam proibir drones chineses, alegando que esses drones representam uma ameaça.
Sem dúvida, alguns políticos dos EUA, ao fomentar o medo contínuo de um "outro" específico, estão promovendo agendas políticas que atendem a seus interesses privados. O resultado é que os EUA, em última análise, arcarão com os custos. Especialistas industriais americanos disseram à mídia que 90% das agências de segurança pública nos EUA e no mundo já estão usando drones chineses. Se o projeto de lei for aprovado integralmente e proibir o uso de drones chineses, seria catastrófico. A proibição de drones também é contestada por grupos agrícolas dos EUA, que consideram os drones chineses melhores, mais baratos, mais capazes e mais confiáveis do que as alternativas feitas nos EUA, argumentando que isso prejudicaria a agricultura dos EUA.
No entanto, algumas elites políticas dos EUA optam por ignorar essa realidade. O que importa para elas é demonizar tudo relacionado à China — de balões a alho e drones — para marcar pontos políticos e servir aos seus próprios interesses.
A "ameaça" exagerada representada pelos drones chineses e a legislação absurda que os visa nada mais são do que reflexos de medos injustificados sobre a China. A atual onda de histeria dos drones apenas aprofunda a paranoia, tornando os EUA um terreno fértil para a ilusão, a irracionalidade e a instabilidade.
Os rumores que exageram a ameaça dos "drones espiões" chineses e as chamadas ameaças à segurança acabarão por entrar em colapso sob seu próprio peso. As repetidas farsas de "espionagem" só levaram a nos perguntar desde quando os Estados Unidos se tornaram tão vulneráveis em termos de segurança, tornando os EUA cada vez mais motivo de chacota no cenário mundial.
Ler/Ver
Diante da pressão crescente, mais cientistas chineses são forçados a deixar os EUA
Washington deve encarar a realidade enquanto Pequim responde à repressão e contenção dos EUA
Sem comentários:
Enviar um comentário