Pequim,
26 mar (Lusa) - O gabinete chinês para os Assuntos de Hong Kong e Macau
considerou hoje a eleição de Carrie Lam como chefe do Executivo de Hong Kong um
processo "justo", referindo que a vencedora "cumpre os padrões
estabelecidos" pelo regime comunista.
"Lam
cumpre as normas estabelecidas pelo Governo central para o chefe do executivo,
incluindo amar o país e Hong Kong, tem a nossa confiança, capacidade própria
para governar e receber o apoio do povo de Hong Kong", disse um porta-voz
do organismo, citado pela agência Xinhua.
"A
eleição, estritamente de acordo com a Lei Fundamental de Hong Kong, as decisões
da Assembleia Nacional Popular [órgão máximo legislativo da China] e as leis
eleitorais da região autónoma, cumpriram os princípios da transparência,
equidade e justiça", acrescentou.
Carrie
Lam, a primeira mulher a tomar as rédeas da antiga colónia britânica, foi hoje
eleita chefe do executivo - à primeira volta, com 777 votos, segundo os dados
oficiais da comissão eleitoral -, num processo sem sufrágio universal ou
candidatos independentes, e criticado por grupos pró-democracia em Hong Kong.
O
descontentamento para com o sistema eleitoral motivou em 2014 à chamada
"Revolução de guarda-chuvas", que, por três meses, levou milhares de
pessoas a ocupar zonas da antiga colónia para exigir eleições livres e
candidatos não escolhidos por Pequim.
VP
// ROC
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