Hong
Kong, China, 26 mar (Lusa) -- A chefe do Executivo de Hong Kong eleita, Carrie
Lam, prometeu hoje unir a sociedade", mas sem se comprometer com um
calendário para iniciar um eventual novo processo de reforma política.
"Hong
Kong, a nossa casa, está a sofrer uma grave divisão e acumulou muitas
frustrações. A minha prioridade vai ser sarar a divisão e aliviar a frustração,
e unir a nossa sociedade para seguir em frente", disse, em conferência de
imprensa, Carrie Lam, depois de ter sido eleita líder do Governo.
Carrie
Lam, de 59 anos, venceu as eleições para chefe do Executivo da antiga colónia
britânica, à primeira volta, com 777 votos, de acordo com dados oficiais
anunciados pela comissão eleitoral, no centro de convenções de Hong Kong, onde
se realizaram a votação e contagem dos votos esta manhã.
"Muita
gente (...) disse-me que estava agora preocupada porque Hong Kong parece estar
a perder a competitividade", disse a antiga "número dois" do
atual governo, apontando também que a Região Administrativa Especial tem
"muitos problemas" de habitação, educação e saúde.
"Por
isso a minha prioridade é tentar demonstrar que podemos unir as pessoas com
posições diferentes para seguir em frente e, com o ambiente propício, recomeçar
o processo de reforma política", afirmou.
Carrie
Lam não se comprometeu com datas: "O que não vos posso prometer agora é
uma velocidade, ritmo e calendário porque não estão totalmente sob o meu
controlo".
A
chefe do Executivo eleita questionou se "os membros pró-democratas no
Conselho Legislativo e os partidos políticos estão dispostos a deixar" o
governo agir com rapidez suficiente "para criar esse ambiente".
Em
2015, o campo pró-democrata chumbou a proposta de reforma política para a
eleição do chefe do Executivo de Hong Kong, por discordar de Pequim, que
aceitava o sufrágio universal desde que os candidatos ao cargo fossem
pré-selecionados.
Três
candidatos disputaram a eleição para o líder do governo da antiga colónia
britânica para os próximos cinco anos.
O
ex-secretário para as Finanças John Tsang, de 65 anos, e o juiz jubilado Woo
Kwok-hing, de 71, alcançaram 365 e 21 votos, respetivamente.
A
comissão eleitoral validou 1.163 votos do colégio eleitoral de 1.194 membros.
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