Macau, China, 28 dez (Lusa) -- As
trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa subiram 29,81%
até outubro, em termos anuais homólogos, atingindo 97,99 mil milhões de dólares
(82,13 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.
Dados dos Serviços de Alfândega
da China, publicados hoje no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou
aos países de língua portuguesa bens avaliados em 68,38 mil milhões de dólares
(57,31 mil milhões de euros)-- mais 32,21% -- e vendeu produtos no valor de
29,61 mil milhões de dólares (24,81 mil milhões de euros), mais 24,60% em
termos anuais homólogos.
O Brasil manteve-se como o
principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais
bilaterais a cifrar-se em 72,83 mil milhões de dólares (61,04 mil milhões de
euros) entre janeiro e outubro, um valor que traduz um aumento anual homólogo
de 29,26%.
As exportações da China para o
Brasil atingiram 23,50 mil milhões de dólares (19,69 mil milhões de euros),
refletindo uma subida de 33,12%, enquanto as importações totalizaram 49,33 mil
milhões de dólares (41,34 mil milhões de euros), mais 27,50% face aos primeiros
dez meses do ano transato.
Com Angola, o segundo parceiro
lusófono da China, as trocas comerciais cresceram 47,06%, atingindo 18,80 mil
milhões de dólares (15,8 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos
avaliados em 1,87 mil milhões de dólares (1,57 mil milhões de euros) -- mais
32,82% -- e comprou mercadorias avaliadas em 16,92 mil milhões de dólares
(14,18 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 48,83%.
Com Portugal, terceiro parceiro
da China no universo dos países de língua portuguesa, o comércio bilateral
cifrou-se até outubro em 4,66 mil milhões de dólares (3,90 mil milhões de
euros) -- mais 0,50% --, numa balança comercial favorável a Pequim.
A China vendeu a Lisboa bens na
ordem de 2,97 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros) -- menos
11,69% -- e comprou produtos avaliados em 1,69 mil milhões de dólares (1,41 mil
milhões de euros), mais 32,69% face aos primeiros dez meses do ano passado.
A China estabeleceu a Região
Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e
comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum
Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos.
DM // PJA
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