Xangai,
China, 08 jul (Lusa) - O índice geral da Bolsa de Xangai, o indicador de
referência das bolsas chinesas, caiu hoje 5,90% (219,94 pontos), para 3.507,19
pontos, apesar das novas medidas anunciadas hoje por Pequim para tentar
estabilizar os mercados.
O
índice, que na terça-feira caiu 1,29%, depois de ter subido ligeiramente na
segunda-feira após o anúncio de uma série de medidas por organismos oficiais e
corretoras, caminha para o pior mês de sempre, tendo acumulado perdas de 29%
nas três semanas anteriores.
Na
sessão de hoje, o indicador chegou a perder até 8%, pouco depois da abertura e
minutos depois só havia três valores em alta, enquanto a negociação de mais de
1.300 das cerca de 2.800 ações cotadas nas bolsas chinesas foi suspensa, por
terem alcançado as perdas máximas diárias permitidas (10%).
As
bolsas chinesas caíram mais de 30% em três semanas, perdendo cerca de 3.200 mil
milhões de dólares em valor, segundo uma estimativa divulgada pela Bloomberg,
ou seja 12 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia em 2014.
O
recente desempenho negativo do Xangai Composite está fazer soar os alarmes
entre os investidores de todo o mundo, que estão com as atenções voltadas para
a situação de impasse que se vive na Grécia, e os especialistas já avisaram que
a derrocada da bolsa chinesa vai ter um impacto muito superior a nível global
quando comparada com a situação grega, seja qual for o desfecho da mesma.
Esta
opinião é partilhada por vários economistas chineses consultados pela
Bloomberg, que consideram difícil estabelecer um paralelo entre o 'sobe e
desce' da bolsa e a economia real chinesa.
Com
a crescente abertura das fronteiras da China ao capital estrangeiro, o
desempenho das ações chinesas têm cada vez mais impacto nos investidores desde
Londres a Nova Iorque e Tóquio. Mas essas repercussões estão numa linha de
horizonte temporal muito mais afastada do que as preocupações imediatas com a
Grécia, referem os especialistas.
MC
(DN/JOYP) // ARA
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