Sydney,
Austrália, 17 jul (Lusa) -- Um pai de família australiano foi condenado hoje a
oito anos de prisão por ter consentido um 'casamento' islâmico entre a filha de
12 anos e um homem com o dobro da idade.
O
pai, de 63 anos, que não pode ser identificado a fim de ser protegida a
identidade da menina, foi considerado culpado de ter oferecido uma menor para
fins sexuais e de ter encorajado o casal a ter relações.
O
acusado, que poderá sair em liberdade em 2020, "falhou nas suas obrigações
para com a filha", afirmou a juíza Deborah Sweeney na leitura da sentença
em Sydney.
O
pai, que negou as acusações, explicou que pretendia evitar que a filha
cometesse um pecado -- caso mantivesse relações sexuais antes do matrimónio --,
pelo que decidiu casá-la na altura da puberdade.
Quando
um libanês, de 26 anos, entrou na Austrália com visto de estudante, mostrou
interesse na menina, o pai deu o seu consentimento, tendo o casamento tido sido
celebrado no ano passado por um xeque local.
Esta
união é inválida aos olhos da lei australiana.
Na
noite de núpcias, o casal foi para um hotel, com o aval do pai, sublinhou a
juíza.
O
casal manteve relações sexuais no local e outras duas vezes na residência do
pai no fim de semana seguinte.
A
menina, a quem foi dito que não podia utilizar métodos contracetivos por irem
contra os ensinamentos religiosos, ficou grávida e sofreu um aborto espontâneo.
O
jovem libanês foi condenado a sete anos e meio de prisão por abuso sexual de
menores.
DM
// JPF
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