terça-feira, 19 de abril de 2016

Macau tem 21.100 habitantes por quilómetro quadrado


Macau, China, 18 abr (Lusa) - A densidade populacional em Macau, frequentemente considerada a maior do mundo, subiu para 21.100 pessoas por quilómetro quadrado no ano passado, segundo dados revelados hoje pelas autoridades do território.

Num ano, de 2014 para 2015, a densidade populacional em Macau passou de 20.500 pessoas por quilómetro quadrado para 21.100.

O território - que tem crescido devido à criação de aterros - fechou 2015 com uma superfície total de 30,4 quilómetros quadrados, ainda segundo os serviços de estatística de Macau.

Nas mesmas "estatísticas do ambiente" relativas a 2015, as autoridades informam que no ano passado a região alcançou a temperatura mais elevada desde 1952, ou seja, dos últimos 63 anos.

A temperatura média foi de 23,2º centígrados (mais 0,5 do que em 2014) e houve 1.696,9 horas de "insolação", menos 174,2 do que no ano anterior.

O consumo de água subiu 1,7% em 2015 e houve "mais dias de ar de 'boa' qualidade" registados nas estações de monitorização da península de Macau e da ilha da Taipa, ainda segundo a informação oficial de hoje, que não quantifica estes dados.

Em julho do ano passado, o coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas de Macau, Lau Pun Lap, estimou que o território vai chegar aos 750 mil habitantes em 2025, com uma taxa de crescimento médio anual inferior a 2%.

O número representa um aumento de 17%, mais 109.300 pessoas, em relação à população que estava calculada há um ano: 640.700 pessoas.

Assim, segundo Lau Pun Lap, nos próximos dez anos, a população de Macau, vai aumentar a um ritmo muito mais brando do que o registado nos últimos 33 anos, na ordem dos 161,2%.

Até 2020 a população deverá crescer a uma taxa média anual de 1,9%, baixando para 1,1% nos cinco anos seguintes.

"Em 1981, a população de Macau era composta por 248 mil pessoas e no final de 2014 atingiu as 636 mil. Em 33 anos cresceu 1,6 vezes", disse Lau Pun Lap, observando o rápido desenvolvimento económico registado nas últimas décadas e respetiva necessidade de mão-de-obra importada, cujo reflexo se fez sentir no aumento do número de pessoas a viver no território.

MP (FV) // VM

Sem comentários: