Díli,
16 mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense apelou hoje a que políticos e
burocratas do país planeiem o Orçamento do Estado para 2017 de forma "realista",
especialmente porque haverá duas eleições no próximo ano.
"Tanto
os políticos como os burocratas têm de planear de forma realista o gasto
orçamental", afirmou Rui Maria de Araújo no arranque de uma jornada de
debate sobre as contas públicas de 2017.
"Temos
de calibrar e planear realisticamente e não demasiado ambiciosamente para as
atividades do Governo", insistiu.
Rui
Araújo recordou que em 2017 haverá eleições legislativas e presidenciais e que
a experiência do país demonstra que os atos eleitorais têm impacto na execução
orçamental.
Em
2007 e 2008, recordou, Timor-Leste teve um "grande orçamento" mas
"problemas na qualidade e no nível de execução" e em 2012
"também houve dificuldades na execução", recordou.
O
debate de hoje, que decorre no Salão Nobre do Ministério dos Negócios
Estrangeiros, pretende definir as grandes linhas gerais, as prioridades
nacionais e o envelope fiscal e teto de gasto do Orçamento de 2017.
A
jornada de debate conta com a presença de grande parte do Governo, vários
deputados, diretores nacionais, responsáveis de instituições e agências
públicas e representantes da sociedade civil e de parceiros de desenvolvimento.
É
o primeiro debate alargado de um processo que, explicou Rui Araújo, terá como
ponto alto a apresentação pelo Governo ao Parlamento, a 18 de outubro, do
Orçamento do Estado de 2017.
O
Orçamento de 2016 foi condicionado, no início do ano, pelo veto do presidente
da República, Taur Matan Ruak, acabando por ser novamente aprovado depois de um
segundo voto por unanimidade no Parlamento Nacional.
ASP
// MP
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