Hong
Kong, China, 23 ago (Lusa) -- A polícia de Hong Kong vai organizar exercícios
de segurança sem precedentes na próxima semana, antes das eleições
legislativas, para as quais vão ser mobilizados dois mil polícias de elite para
prevenir episódios de violência.
De
acordo com o jornal South China Morning Post, cerca de 2.000 agentes de cinco
contingentes de resposta regionais, criados a partir nomeadamente das unidades
de elite da polícia -- Unidade Tática e Unidade de Emergência -- vão estar em
'stand by' para o caso de se verificar violência entre multidões no dia 04 de
setembro, quando mais de 3,7 milhões de eleitores vão às urnas.
Uma
fonte policial disse ao jornal que o nível de risco durante o período das
eleições não é "muito elevado", com base em avaliações preliminares,
mas as forças de segurança não querem permitir margem para erros, tendo em
conta, principalmente, as preocupações com protestos de grupos 'localistas'
radicais.
"As
cinco equipas regionais vão ficar em 'stand by' durante este período e serão
destacadas imediatamente em caso de algum problema. Conhecem bem os seus
distritos e delinearam planos claros de distribuição de pessoal. [No entanto],
uma forte presença policial pode pressionar os eleitores e impactar a forma
como votam. Por isso temos de ser cuidadosos", disse a mesma fonte, não
identificada.
Pelo
menos quatro agentes vão estar presentes em cada uma das 595 mesas de voto.
Juntamente com as cinco equipas de resposta regionais em 'stand by' e pessoal
necessário para guardar a central de contagem dos votos na AsiaWorld-Expo, pelo
menos 5.000 agentes vão ser responsáveis por garantir a ordem.
Em
2014, Hong Kong foi palco do movimento pró-democracia 'Occupy Central', que se
opunha a uma reforma eleitoral proposta por Pequim. Apesar de maioritariamente
pacífico, verificaram-se momentos de tensão e violência entre os manifestantes
e a polícia, que chegou mesmo a lançar gás lacrimogéneo e pimenta sobre a
multidão.
ISG
// DM
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