Díli,
24 nov (Lusa) - Pelo menos uma pessoa morreu em confrontos entre dois grupos
rivais de artes marciais que ocorreram nas últimas 24 horas na zona ocidental
da capital timorense, Díli, confirmou à Lusa fonte policial.
Os
confrontos, explicou a mesma fonte, envolvem elementos de pelo menos três
grupos de artes marciais, o 77, que tem particular força no bairro de Bebonuk,
e os Kera Sakti e PSHT (Persaudaraan Setia Hati Terate).
A
mesma fonte explicou que dezenas de jovens dos grupos se envolveram em confrontos
com muita tensão a manter-se hoje, ao final do dia, nas zonas de Bebonuk,
Fatuhada, Marconi e próximo da zona de depósitos da Pertamina.
"Temos
mais polícia no terreno, onde tem estado e vamos acompanhar a situação durante
a noite", disse a fonte policial.
A
tensão aumentou hoje quando o cadáver da vítima dos confrontos de quarta-feira
começou a ser velado na casa da família.
Confrontos
entre elementos de grupos rivais de artes marciais são comuns e já no início
deste mês se registaram confrontos violentos na zona de Hera, a cerca de 10
quilómetros leste de Díli, que terminaram com dois feridos, cinco casas
queimadas, várias motas destruídas e oito detidos.
Nos
últimos meses têm circulado pelas redes sociais vídeos que mostram confrontos
entre elementos de grupos rivais de artes marciais, tanto em Timor-Leste como
na Irlanda, onde estão imigrados muitos jovens naturais de Timor-Leste.
Esses
confrontos suscitaram já alertas das autoridades irlandesas que tiveram que
intervir em alguns casos, detendo e levando a julgamento alguns timorenses.
Apesar
de esforços repetidos das autoridades timorenses para controlar o problema dos
grupos de artes marciais os confrontos são regulares.
Fundada
em Java Oriental, na Indonésia, em 1922, a PSHT tem atualmente mais de um
milhão de membros naquele país, bem como elementos na Malásia, Singapura,
Holanda, França e Portugal, entre outros.
Em
Timor-Leste, onde a PSHT chegou em 1983, a organização tem cerca de 3.500
"gurus", os instrutores mais graduados, com mais de 30 mil membros em
todo o país. A Korka e a Kera Sakti têm milhares de apoiantes.
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