Macau,
China, 06 set (Lusa) -- O ano letivo arrancou hoje, como previsto, na Escola
Portuguesa de Macau, duas semanas depois da passagem do pior tufão dos últimos
53 anos, que causou prejuízos de 104 mil euros no estabelecimento de ensino,
informou a direção.
"Neste
momento apontamos para um prejuízo na ordem de um milhão de patacas [104 mil
euros]", disse à agência Lusa, o diretor da Escola Portuguesa de Macau, Manuel
Machado.
O
mesmo responsável salientou o apoio disponibilizado, "desde o primeiro
momento, pela Direção dos Serviços de Educação e Juventude e pelo conselho de
administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau para ajudar no que for
necessário para estes trabalhos de reconstrução e reparação".
"O
que falta fazer é a substituição dos vidros partidos porque há escassez de
vidros. (...) Há muita gente a precisar de vidros. Já foram encomendados, e o
que está previsto é serem todos colocados ao mesmo tempo quando vierem. Há
algumas janelas sem vidros, há vidros que faltam também na cantina, mas o
funcionamento da cantina está assegurado", explicou Manuel Machado.
"Julgo
que até ao final deste mês, os [trabalhos de reparação] estejam
concluídos", observou.
O
diretor da Escola Portuguesa adiantou também que os dois muros exteriores da
escola derrubados pelo tufão já foram reconstruídos, mas que "ainda têm de
ser pintados e têm que ser colocadas grades que também foram danificadas"
pelo Hato.
Um
desses muros tinha, no final de maio, sido objeto de uma intervenção do artista
português Vhils. A direção da escola já informou o artista da queda do mural,
mas não foram estabelecidos mais contactos no sentido de, no futuro, Vhils
realizar novo trabalho naquele espaço.
"Isso
ainda não foi conversado", disse Manuel Machado.
O
mesmo responsável afirmou que o novo ano escolar arrancou hoje "da melhor
maneira" para os 574 alunos inscritos entre o 1.º e 12.º ano, depois de
realizadas algumas obras na escola.
"Felizmente,
conseguimos em tempo útil fazer todos os trabalhos de reconstrução e reparação
necessários ao arranque do ano letivo sem pôr em causa a data previamente
acordada", afirmou.
Não
houve necessidade de nenhuma medida extra porque "todos os espaços por
onde circulam professores, alunos e funcionários estão devidamente
seguros", observou.
"De
manhã, as crianças do primeiro ciclo foram recebidas pelos seus professores e
estão ainda em atividades. Às 10:00 [03:00 em Lisboa] houve uma reunião geral
dos alunos do segundo e terceiro ciclos do ensino secundário com a direção da
escola e posteriormente foram recebidos pelos diretores de turma. Portanto,
decorreu da melhor maneira, e as atividades estão agora em curso",
afirmou.
Além
de algumas janelas e portas partidas e queda de muros, quase todas as árvores
nos pátios da escola foram arrancadas pelo tufão, que também causou danos nos
ares condicionados e sistemas de ventilação.
O
tufão Hato, que atingiu Macau em 23 de agosto, causou dez mortos e mais de 240
feridos, além de avultados estragos no território ainda por avaliar.
A
Escola Portuguesa de Macau celebra, no próximo ano letivo, o vigésimo
aniversário.
FV
(DM/ISG) // EJ
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