O
exército da Birmânia disse que quase 400 pessoas morreram nos recentes
confrontos no estado de Rakhine, após as forças de segurança serem alvo de
ataques de rebeldes da minoria étnica rohingya.
Os
números, publicados ontem na página de Facebook do comando militar do país, são
um forte aumento face aos 100 inicialmente reportados.
A
declaração refere que apenas 29 dos 399 mortos não eram rebeldes rohingya, que
o comando militar descreve como terroristas.
Na
publicação indica-se que ocorreram 90 conflitos armados, incluindo 30 ataques
iniciais de rebeldes em 25 de agosto, o que significa que os combates foram
mais extensos do que inicialmente anunciado.
Numa
reação aos ataques de 25 de agosto, o exército lançou o que chamou uma operação
de limpeza contra os rebeldes.
Defensores
dos rohingya, uma oprimida minoria muçulmana na sociedade maioritariamente
budista da Birmânia, disseram que as forças de segurança atacaram e incendiaram
aldeias e dispararam contra civis, matando centenas de civis rohingyas.
Dezenas
de milhares fugiram para o vizinho Bangladesh, um êxodo que continua ontem.
Os
guardas fronteiriços do Bangladesh tentaram impedi-los de entrar, mas milhares
podem ser vistos ontem a fazer o seu trajeto através dos campos de arroz.
Os
mais jovens ajudam a carregar os mais velhos, alguns em macas improvisadas, e
as crianças transportam os recém-nascidos.
Alguns,
transportando trouxas de roupa, utensílios de cozinha e pequenos painéis
solares, dizem que andaram pelo menos três dias para chegar à fronteira.
SAPO
TL ho Lusa
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