O Dia do Trabalhador,[1] Dia Internacional dos Trabalhadores é uma data comemorativa internacional, dedicada aos trabalhadores, celebrada anualmente no dia 1º de maio em quase todos os países do mundo, sendo feriado em muitos deles.
A homenagem remonta ao dia 1º de maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago com o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a 17 horas, para oito horas. Durante a manifestação houve confrontos com a polícia, o que resultou em prisões e mortes de trabalhadores. Este acontecimento serviria de inspiração para muitas outras manifestações que se seguiriam. Estas lutas operárias culminaram numa série de direitos, previstos em leis e sancionados por constituições.[2]
No período entre-guerras, a duração máxima da jornada de trabalho foi fixada em oito horas, na maior parte dos países industrializados.[3]
No calendário litúrgico, o dia celebra a memória de São José Operário, o santo padroeiro dos trabalhadores.
Origens operárias e anarquistas
Nos Estados Unidos, durante o congresso de 1884, os sindicatos estabeleceram o prazo de dois anos para conseguir impor aos empregadores a limitação da jornada de trabalho para oito horas. Eles iniciaram a campanha em 1º de maio, quando muitas empresas começavam o seu ano contábil, os contratos de trabalho terminavam e os trabalhadores buscavam outros empregos. Estimulada pelos anarquistas, a adesão à greve geral de 1º de maio de 1886 foi ampla,[4] envolvendo cerca de 340 000 trabalhadores em todo o país.
Em Chicago, a greve atingiu várias empresas. No dia 3 de maio, durante uma manifestação, grevistas da fábrica McCormick sairam em perseguição dos indivíduos contratados pela empresa para furar a greve. São recebidos pelos detetives da agência Pinkerton e policias armados de espingardas. O confronto resultou em três trabalhadores mortos. No dia seguinte, realizou-se uma marcha de protesto e, à noite, após a multidão se ter dispersado na Haymarket Square, restaram cerca de duzentos manifestantes e o mesmo número de policias. Foi quando uma bomba explodiu perto dos policias, matando um deles. Sete outros foram mortos no confronto que se seguiu.
Em consequência desses eventos, os sindicalistas anarquistas Albert Parsons, Adolph Fischer, George Engel, August Spies e Louis Lingg, foram condenados à forca, apesar da inexistência de provas. Louis Lingg cometeu suicídio na prisão, ingerindo uma cápsula explosiva. Os outros quatro foram enforcados em 11 de novembro de 1887, dia que ficou conhecido como Black Friday. Três outros foram condenados à prisão perpétua. Em 1893 eles foram inocentados e reabilitados pelo governador de Illinois, que confirmou ter sido o chefe da polícia quem organizara tudo, inclusive encomendando o atentado para justificar a repressão que viria a seguir.[5][6][7]
No dia 20 de junho de
Em 23 de abril de 1919, o senado
francês ratificou a jornada de 8 horas e proclamou feriado o dia 1º de
maio daquele ano. Em
As lutas e manifestações russas inspiraram artistas de todo o mundo que tinham o socialismo como ideologia. Dentre eles destaca-se o artista mexicano Diego Rivera, o qual conseguiu expressar sua admiração ao passado da luta dos trabalhadores em uma de suas obras que retrata a Manifestação de Primeiro de Maio em Moscou., finalizada em 1956.
Até hoje, o governo dos Estados
Unidos se nega a reconhecer a data como o Dia do Trabalhador. Em
Wikipédia (parcial)
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