Festival
de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa chega em maio à sétima edição. Com
obras dos vários países da lusofonia, o evento, em Lisboa, apresentará 74
filmes e incluirá, entre outras, uma mostra específica de cinema brasileiro.
Lisboa -
A 7ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) vai
decorrer entre 4 e 11 de maio no seu espaço tradicional, o cinema São Jorge, em
Lisboa. Em 2016, ao contrário dos outros anos, não haverá um país homenageado
mas uma homenagem a todos os membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
Além
da exibição de obras de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste) e uma sessão de leituras
com contos tradicionais que incluem a Guiné Equatorial, está programada uma
visita de cunho didático para crianças à sede da instituição.
Ao
todo, serão exibidos 74 filmes, entre longas, curtas e documentários. A
competição de longas-metragens de ficção traz onze filmes, a de documentários
seis e a de curtas vinte. Além destas, seguem outras secções tradicionais, como
a Mostra de Cinema Brasileiro, a Mostra de Inclusão Social, o FESTin +, a
Festinha e, para reforçar o aspeto experimental do festival, a nova rubrica FESTin
Arte.
Se
o fator principal que liga estes países é a língua, o filme de abertura, Cartas
de Amor São Ridículas, conta uma história de cinco noivas à espera de casamento
cujos encontros e desencontros são marcados pela poesia de Fernando Pessoa –
que inspira o título com um dos seus mais famosos poemas.
A
conexão Brasil-Portugal continua com histórias e coproduções além-fronteiras. É
o caso de Beatriz, com participação de Beatriz Batarda, onde Lisboa brilha na
fotografia que enquadra o drama de um escritor e sua apaixonada mulher em busca
de inspiração na Europa. A situação tem ligeiras similaridades com Histórias de
Alice, que traz um elenco de alto nível, com nomes como Ivo Canelas e Vítor
Norte.
Já
O Touro vai buscar a singularíssima mitologia de uma ilha brasileira baseada na
figura do rei português D. Sebastião – num documentário selecionado para
Roterdão e que traz Joana de Verona como protagonista.
Na
secção competitiva destaca-se a nova geração de uma cada vez mais exuberante
produção brasileira, trazendo obras que passaram por festivais como Berlim e
Roterdão (casos de Ausência e A História da Eternidade) e outras que brilharam
nos maiores festivais do Brasil, como os do Rio, de Brasília e de Gramado. É o
caso de obras como Mundo Cão, A Família Dionti e Fome. Clarisse, ou Alguma
Coisa sobre.
Nós
Dois, por sua vez, inaugura a rubrica FESTin Arte. O suspense com toques de
terror de A Floresta que se Move e as aventuras com tons policiais de Jonas,
que encerra o festival, são destaques na Mostra Brasileira.
Na
competição de documentários, Do Outro Lado do Atlântico retrata o encontro de
jovens de países da CPLP num intercâmbio universitário numa pequena cidade do
Brasil. A secção traz ainda o tema da loucura sob duas perspetivas diferentes
(O Olhar de Nise e A Loucura entre Nós), e o da inclusão social em Central, que
revela as condições de uma penitenciária brasileira.
A
Mostra de Inclusão Social, uma das mais antigas do FESTin, apresenta este ano a
longa-metragem cearense A Lenda do Gato Preto, inédita no Brasil e na Europa,
que recentemente recebeu o Troféu Ouro de Direitos Humanos pelo World
Human Rights Awards (WHRA), um dos eventos mais importantes do mundo em difusão
e promoção dos direitos humanos.
Tal
como nos anos anteriores, vários dos projetos apresentados serão selecionados
para extensões que, em 2015, abrangeram Guiné-Bissau, Timor-Leste, Angola e
parcerias com o Festival de Gramado, no Brasil, com o festival literário de
Óbidos e com a Lusophone Film Festival – que levou obras a países como Quénia,
Etiópia, Austrália e Tailândia.
O
FESTin é organizado pela ASCULP- Associação Cultura e Cidadania da Língua
Portuguesa, em coprodução com o Cinema São Jorge e parceria estratégica com a
EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.E.M. e conta
com o apoio financeiro da CML - Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Os
bilhetes para o festival estarão à venda na Ticketline e na bilheteira do
Cinema São Jorge a partir de quarta-feira, dia 13 de abril, e têm um custo de
3,00 € (bilhete normal); 2,50 € (até 25 anos e maiores de 65 anos:); 1,50 €
(estudantes e grupos de mais de 10 pessoas/por pessoa); 1,50 € (Mostra CPLP de
Documentários/por sessão); Sessões Festinha: 2€ (adultos) e 1€ (crianças até 12
anos).
Foto: Filme "Cartas de amor são ridículas" abre o festival.
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