Díli,
18 nov (Lusa) - A brasileira Oi paralisou temporariamente a negociação da venda
dos seus ativos na Timor Telecom por alegadas irregularidades envolvendo o
processo negocial, disse à Lusa fonte financeira internacional próxima ao
processo.
Escusando-se
a precisar a irregularidades, a fonte afirmou que o processo foi paralisado na
quarta-feira enquanto decorre "uma investigação interna" para apurar
"a situação".
"A
paralisação poderá ser até final de novembro mas pode demorar mais tempo, até
60 dias", disse a fonte.
Questionada
pela Lusa, por e-mail, sobre a informação da paralisação e sobre em que fase
está o processo, fonte oficial da Oi no Brasil respondeu apenas: "A
informação não procede".
Até
ao prazo limite dado pela empresa, a 08 de outubro, a Oi recebeu três ofertas
"firmes e vinculativas" para compra da sua participação na Timor
Telecom.
Duas
das três ofertas foram feitas por grupos liderados por empresários timorenses e
a terceira por um fundo de pensões das Fiji.
Os
dois timorenses interessados no negócio são Abílio Araújo, responsável do grupo
Investel - que tem sócios e capital do Médio Oriente e China - e Nilton Gusmão,
do grupo ETO.
Em
causa está a maior fatia de capital da TT (54,01%), controlada pela sociedade
Telecomunicações Públicas de Timor (TPT) onde, por sua vez, a Oi controla 76%
do capital, a que se soma uma participação direta da PT Participações SGPS de
3,05%.
Os
restantes acionistas da TPT são a Fundação Harii - Sociedade para o
Desenvolvimento de Timor-Leste (ligada à diocese de Baucau), que controla 18%,
e a Fundação Oriente (6%).
Na
TT, o capital está dividido entre a TPT (54,01%), o Estado timorense (20,59%),
a empresa com sede em Macau VDT Operator Holdings (17,86%) e o empresário
timorense Júlio Alfaro (4,49%).
A
operação poderá representar o início de uma reconfiguração do mercado de
telecomunicações em Timor-Leste, que especialistas dizem estar saturado com os
atuais três operadores.
Além
da Timor Telecom, a primeira a estabelecer-se no país, operam no país a
indonésia Telkomcel e a vietnamita Telemor, ambas estatais.
ASP
// MP
Sem comentários:
Enviar um comentário