Sydney,
Austrália, 21 dez (Lusa) - O mais antigo mistério naval da história da
Austrália foi resolvido com a descoberta de destroços do seu primeiro
submarino, mais de um século depois do seu desaparecimento ao largo da costa da
Papua Nova Guiné, anunciaram hoje as autoridades.
O
HMAS AE1, o primeiro de dois submarinos de classe E construídos para a Marinha
Real Australiana, desapareceu em 14 de novembro de 1914, com 35 tripulantes
australianos, britânicos e neozelandeses a bordo.
Destroços
foram encontrados a cerca de 300 metros de profundidade na zona do
desaparecimento pela 13.ª expedição lançada para o encontrar, com a ajuda do
Fugro Equator, um navio que também foi utilizado pela Austrália nas buscas
infrutíferas pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 08 de
março de 2014, com 239 pessoas a bordo, após ter descolado de Kuala Lumpur rumo
a Pequim.
"Ao
fim de 103 anos, o mais antigo mistério naval da Austrália foi resolvido",
disse a ministra da Defesa australiana, Marise Payne, em declarações aos
jornalistas.
"Trata-se
de uma das descobertas mais significativas da história marítima da Austrália. A
perda do AE1 em 1914 foi uma tragédia para a nossa nação", realçou,
indicando que espera que a descoberta dos destroços permita compreender as causas
do acidente.
O
submarino foi armado em fevereiro de 1914 em Portsmouth, no sul da
Grã-Bretanha, e chegou a Sydney em maio.
Marise
Payne informou ainda que o governo de Camberra se encontra em contacto com as
autoridades da Papua para garantir a conservação do local e organizar
cerimónias em memória dos desaparecidos.
A
perda do AE1 foi a primeira de um submersível aliado durante a I Guerra Mundial
e o seu desaparecimento figurava como o mistério naval mais antigo da história
da Austrália.
DM
// FV.
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