Macau,
China, 17 jun (Lusa) -- Doze artistas portugueses residentes em Macau,
incluindo fotógrafos, pintores e 'designers', inauguraram hoje a exposição
coletiva "Saudade", que reúne o "sentimento mais português e o
mais difícil de explicar", disse à agência Lusa o curador José Drummond.
Com
cerca de 40 trabalhos, a mostra está patente no casino MGM Macau até 30 de
setembro.
"Foi
uma ideia conjunta da AFA [associação Art for All] e da [operadora de jogo] MGM
[China], que este ano tem tido um política cultural muito ligada à
lusofonia", explicou o artista plástico José Drummond, ao dar o exemplo da
peça da série Valquíria, da artista portuguesa Joana Vasconcelos, que continua
em exposição na praça central do casino, até ao final de outubro.
A
maior parte dos participantes na exposição coletiva "Saudade",
incluindo o próprio José Drummond, já realizaram exibições individuais ou com
locais ou chineses, mas esta mostra assume uma dimensão "algo única"
por reunir exclusivamente artistas portugueses. "Felizmente não somos só
12, mas a ideia foi criar diversidade na expressão e nos materiais
usados", salientou.
Outros
artistas convidados são os pintores Joaquim Franco e Sofia Arez, os fotógrafos
António Mil-Homens e Carmo Correia, e o 'designer' Victor Marreiros, que
apresenta quatro trabalhos, incluindo um que retrata a vida do último imperador
da China, Pu Yi, e outro de uma vila chinesa construída a partir de um maço de
tabaco.
"É
uma vila onde há de tudo: há jogo, massagens, prostituição, juventude, e há o
chinês ultramarino, que regressa à terra", descreveu. Os outros dois
trabalhos de Marreiros são sobre "uma menina russa que casou com um
chinês" e o 25 de Abril.
Entre
os 12 portugueses, está a arquiteta Marta Ferreira, que faz a sua estreia com
fotografias de edifícios de zonas antigas da cidade, que abordam as
"várias camadas da história a que estão associadas".
"As
suas fotografias têm um lado muito curioso, porque de algum modo traduzem a sua
atividade profissional. Têm uma proximidade muito grande ao campo pictórico, e
ao mesmo tempo têm detalhes que nós enquanto cidadãos comuns não prestamos
muita atenção", explicou Drummond.
FV
// VM
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