Hong
Kong, 17 jun (Lusa) -- Os 70 deputados do parlamento de Hong Kong começaram
hoje a debater a polémica reforma eleitoral proposta por Pequim, perante um
apertado controlo policial.
Pela
primeira vez em 18 anos, após a transferência de Hong Kong para a China, 200
agentes tiveram acesso ao interior do Conselho Legislativo, como parte de uma
operação envolvendo 7.000 polícias destacados para a cidade, segundo as
autoridades.
Estas
medidas chegam depois de, na segunda-feira, a polícia ter detido várias pessoas
e apreendido explosivos que, alegadamente, os detidos planeavam detonar junto
ao edifício do parlamento.
Os
70 deputados entraram no edifício pelas 11:00 locais (04:00 em Lisboa), onde
devem permanecer até às 20:30 (13:30 em Lisboa).
Centenas
de partidários do Governo, reunidos pela associação Aliança para a Paz e
Democracia, um grupo próximo de Pequim, encontravam-se hoje de manhã nas
imediações do complexo do Conselho Legislativo para dar o seu apoio à reforma.
Os
deputados vão pronunciar-se sobre a proposta de Pequim para introduzir o
sufrágio universal, uma reivindicação antiga, mas que, de acordo com este
diploma, só permite dois ou três candidatos, sendo que estes têm de ser
previamente aprovados por uma comissão vista como próxima do Governo Central
chinês.
Salvo
ocorra uma mudança de última hora, os 27 deputados da ala democrática devem
rejeitar a proposta, por considerarem que não permite uma real democracia.
A
reforma eleitoral precisa do apoio de dois terços da câmara para ser aprovada,
o que significa que pelo menos quatro membros dos grupos liberais tinham de dar
apoio à proposta, que esteve na origem das amplas manifestações de 2014.
O
resultado da votação pode só ser conhecido na sexta-feira, já que o debate se
deve prolongar.
ISG
// JPS
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