quarta-feira, 17 de junho de 2015

COMEÇOU O DEBATE SOBRE A REFORMA ELEITORAL EM HONG KONG


Hong Kong, 17 jun (Lusa) -- Os 70 deputados do parlamento de Hong Kong começaram hoje a debater a polémica reforma eleitoral proposta por Pequim, perante um apertado controlo policial.

Pela primeira vez em 18 anos, após a transferência de Hong Kong para a China, 200 agentes tiveram acesso ao interior do Conselho Legislativo, como parte de uma operação envolvendo 7.000 polícias destacados para a cidade, segundo as autoridades.

Estas medidas chegam depois de, na segunda-feira, a polícia ter detido várias pessoas e apreendido explosivos que, alegadamente, os detidos planeavam detonar junto ao edifício do parlamento.

Os 70 deputados entraram no edifício pelas 11:00 locais (04:00 em Lisboa), onde devem permanecer até às 20:30 (13:30 em Lisboa).

Centenas de partidários do Governo, reunidos pela associação Aliança para a Paz e Democracia, um grupo próximo de Pequim, encontravam-se hoje de manhã nas imediações do complexo do Conselho Legislativo para dar o seu apoio à reforma.

Os deputados vão pronunciar-se sobre a proposta de Pequim para introduzir o sufrágio universal, uma reivindicação antiga, mas que, de acordo com este diploma, só permite dois ou três candidatos, sendo que estes têm de ser previamente aprovados por uma comissão vista como próxima do Governo Central chinês.

Salvo ocorra uma mudança de última hora, os 27 deputados da ala democrática devem rejeitar a proposta, por considerarem que não permite uma real democracia.

A reforma eleitoral precisa do apoio de dois terços da câmara para ser aprovada, o que significa que pelo menos quatro membros dos grupos liberais tinham de dar apoio à proposta, que esteve na origem das amplas manifestações de 2014.

O resultado da votação pode só ser conhecido na sexta-feira, já que o debate se deve prolongar.

ISG // JPS

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