Banguecoque,
13 set (Lusa) -- A polícia tailandesa obteve uma ordem de prisão de um cidadão
chinês que considera o 'cérebro' do atentado à bomba do passado 17 de agosto
num templo de Banguecoque que causou 20 mortos e uma centena de feridos.
O
suspeito é Abudureheman Abudusataer, conhecido por "Ishan", oriundo
da região chinesa de Xinjiang, onde reside a minoria uigur que tinha saído da
Tailândia um dia antes do atentado, segundo o diário The Nation.
A
ordem foi emitida depois de "Ishan" ter sido identificado como o
autor intelectual do atentado por Yusufu Miereli, um dos detidos por alegada
ligação ao ataque.
Um
tribunal da capital tailandesa aprovou o pedido de prisão de "Ishan"
com base em acusações de conspiração para obter material militar sem
autorização.
Várias
testemunhas disseram à polícia que o suspeito estava num apartamento de um
subúrbio de Banguecoque, onde também pernoitou Mieraili, e foi detida outra
pessoa, Adem Karadag, que tinha dezenas de passaportes turcos falsos e material
para fabricar explosivos.
A
polícia indicou que Mieraili, detido na fronteira com o Camboja com um
passaporte que situa o local de nascimento em Xinjiang, confessou que deu a
bomba à pessoa que executou o atentado e que foi captado por câmaras de
segurança.
Além
de Ishan, a polícia deu ordem de prisão para outras 11 pessoas, a maioria
estrangeiros.
As
autoridades tailandesas insistem em vincular o atentado ao crime organizado
apesar de a investigação policial alimentar a hipótese de uma represália pela
deportação, em junho, de uma centena de uigures para a China.
FV
// MSF
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